A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 77
Um dia lindo de sol, ou não.


Notas iniciais do capítulo

*Lumus!
Oi gente, desculpa pela demora, mas eu tive um problemas de criatividade esses dias e não conseguia terminar o capítulo, mas agora eu já acabei e estou esperando comentários. E obrigado quem comentou no capítulo anterior.
Boa leitura a todos.



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P. D. V. Carol

Dia 28 de janeiro, primeiro dia de jogo de Quadribol, Sonserina vs Corvinal. Hoje o tempo amanheceu bonito, o jogo seria às 10 horas da manhã, e hoje não teria aula graças a esse jogo. Era 9 horas e o tempo estava mudando, parecia que iria chover, e isso complica muito as coisas, e como todos falam que os times estão ótimos, vai ser ainda mais emocionante com chuva, só espero que não aconteça nenhuma coisa grave durante o jogo.

Eu e os meninos estávamos torcendo pela Corvinal, eu por causa do Hugo e minha família, que eram da Corvinal, os meninos porque eles não gostavam da Sonserina, assim como a maioria dos grifinórios, o único aluno da Grifinória que eu sei que está torcendo pela Sonserina é a Lily, por causa do Seboso chato, que fica pedindo para ela torcer com ele.

Todos já tinham tomado o café-da-manhã e os jogadores da Corvinal já tinha ido para o campo, parece que ele iriam fazer um ritual que todos os anos eles fazem quando eles vão jogar na chuva, e claro que algumas pessoas achou isso estranho e ridículo, incluindo os meus amigos, e era sobre isso que estávamos discutindo.

– Por que eles têm que fazer um ritual macabro para jogos em dia de chuva? Isso é muito desnecessário e estranho. – Falou Sirius pela oitava vez, e nós estávamos sentados na frente da lareira quentinha esperando a hora do jogo começar.

– Ai, para com isso, é um ritual deles, deixe-os. – Falou Remo cansado de o Sirius ficar falando a mesma coisa toda hora.

– Mas é estranho e desnecessário, se eles forem bons vão vencer, não precisa disso tudo. – Falou Sirius mais uma vez.

– Não discutem, ele não vai colocar isso na cabeça dele. – Falou Remo antes de alguém falar alguma coisa.

– Não vou mesmo, isso não faz sentido nenhum. – Falou Sirius e vai começar de novo.

– AI, CALA A BOCA SIRIUS BLACK. – Gritei e pulei em cima dele. – Eles fazem isso por que faz quase mil anos que isso existe, é uma tradição da Corvinal, mas você não iria entender nem se você foço de lá, por que você é um cabeça dura que não aceitar que existe coisas que você não compreende. – Falei e sai de cima dele, e todos a minha volta estavam me olhando estranhos.

– Se acalmo? – Perguntou Remo sorrindo para mim, depois de sair do susto de antes.

– Bem mais calma, obrigada por perguntar. – Respondi sentando onde eu estava antes.

– Está bem, mas me explica o que você falou. – Pediu Jay.

– Esse ritual que eles fazem antes de jogos com chuva é como se fosse um pedido para darem segurança a todos os jogadores que estão em campo, sendo de qualquer time. Isso chegou a Corvinal por um aluno que estudou aqui alguns anos depois que foi fundada Hogwarts, os pais eram de uma tribo indígena de alguma parte do mundo, mas ele nasceu aqui na Inglaterra, mas os pais deram todas as tradições de sua tribo, e uma dessas era a de chuva. Eles pediam que tudo desse certo no mundo quando estava chovendo, e esse aluno o trouxe para Hogwarts e transformou esse ritual indígena em um ritual para jogos de Quadribol.

– Como você sabe disso? – Perguntou Pedro.

– Esqueceu que meu pai é da Corvinal? Ele me ensinou e ensinou o Leandro desde pequenos esse ritual, falando que mesmo que não fossemos para a Corvinal, sendo de uma família de corvinos, fizéssemos esse ritual sempre que chovesse.

– Que legal. – Falou Sirius, finalmente ele compreendeu o por que, e prestou atenção no que eu estava falando.

– E você já fez? – Perguntou Remo.

– Claro, assim que fui me trocar e vi que o tempo estava mudando fiz o ritual. – Falei, em falar em roupa eu estava com uma jaqueta de couro cor bronze, uma blusa de manga comprida azul, uma calça jeans e um tênis preto e minha unha cor bronze também, e também vou pintar o meu cabelo de azul com um feitiço (http://www.polyvore.com/jogo_corvinal_vs_sonserina/set?id=142264096).

– Você pode nos encimar? – Perguntou Sirius, agora ele não acha tão desnecessário?

– Não posso, é só quem é da Corvinal pode ensinar. – Falei e já levantei, está na hora do jogo. – Vamos, já vai começar o jogo, e eu combinei de me encontrar com o Hugo e com a Lucia para torcermos juntos.

– Então vamos. – Falou Jay levantando e todos o seguiram.

Saímos da sala comunal e todos de Hogwarts já estavam indo para o campo de Quadribol também. Os meninos ficaram conversando sobre coisas sem importância e eu fiquei decidindo se iria fazer o feitiço no cabelo ou não. Eu acho melhor esperar chegar ao campo e conversar com a Lucia, ela é bem maluquinha, é bem capas de se juntar a mim, aparecer com alguma coisa nova para o jogo, é bem a cara dela.

Fomos andando pelo jardim em direção ao campo, e acabou que o Hugo apareceu correndo e fez um comentário a cara do tio Larry: Está uma perfeita corvina, Carol. Eu apenas revirei os olhos e fiquei conversando com ele sobre como está indo o ano e como está a tia Suceia, e ele falou que continua sendo a nossa tia biruta de sempre.

Assim que chegamos ao campo encontramos a Lucia e fomos nos sentar, ficamos entre a arquibancada da Grifinória e Corvinal, que ficavam lado a lado quando não era jogos entre Corvinal e Grifinória (Hugo tinha ido se sentar com os amigos para torcer). Então, como a Lucia não tinha aparecido com nada novo e maluco para o jogo, perguntei o que ela achava de eu fazer o feitiço para o cabelo, e ela falou na hora que ficaria ótimo e quis fazer também, então joguei o feitiço em mim e nela.

Depois de alguns minutos conversando Madame Hooch entrou no campo e o narrador do jogo, Joseph Lehnom, da Lufa-Lufa, começou a falar os times, primeiro foi o da Corvinal, que tinha mudado o time totalmente dês do ano passado, se ficou um ou dois é muito. E depois falou o da Sonserina, onde um nome que já tinha ouvido foi chamado: Antonin Dolohov, até aqui eles me infernizam.

Madame Hooch falou as regras para os times e logo depois jogou as bolas, Goles, Balaços e Pomo de Ouro. O jogo começou quente, e a Corvinal já começou atacando com tudo, eles estavam muito bons esse ano, vai ser difícil jogar contra eles, quem quer que sege. E é claro que a Sonserina não abaixou a guarda, eles tentavam tirar a Goles da mão dos artilheiros corvinos de qualquer modo.

Depois de a Goles ir e voltar das mãos dos artilheiros de ambos os times, Corvinal fez um gol e marcou dez pontos, deixando a Corvinal na frente. E ficou assim durante um bom tempo, Goles vai Goles vem, e quase uma hora depois que começou o jogo já estava 30 a 10 para a Corvinal. E nesse exato momento começou a chover, e a chover forte, então tiveram que dar tempo no jogo para os times se arrumarem adequadamente para um dia de chuva.

E todos que estavam na arquibancada já foram pegando suas capas de chuva ou fazendo algum feitiço (no meu caso, já que esqueci a minha em casa) para aparecer uma. Depois de dez minutos o jogo voltou, e voltou ainda mais esquentado que antes, a Sonserina estava igual a um cavalo correndo atrás da Goles e atacando-a no gol.

Mais uma hora depois e já estava 50 a 30 para a Corvinal.

Algumas horas depois...

O jogo estava 150 a 140 para a Corvinal, agora 160 a 140. O jogo estava demorando muito, já era quase 3 horas da tarde, mas por conta da chuva estava difícil para os apanhadores acharem o Pomo de Ouro e o agarrarem, sempre acontecia um trovam e o Pomo subia. E nesse exato momento que estava pensando nisso os apanhadores viram o Pomo (por sorte já tinha parado de chover) e saíram voando atrás dele enquanto a Corvinal atacava e fazia mais dez pontos, 170 a 140.

Os apanhadores estavam lado a lado, não dava para ver direito onde estava o Pomo. Eles passaram voando bem na nossa frente e logo em seguida veio um balaço, e como só estava eu e a Lucia naquele lado, me joguei em cima dela e o balaço passou raspando por nós, fazendo um buraco bem onde estávamos (por sorte não tinha ninguém atrás da gente). E sabe quem jogou o balaço? Foi o filho da mãe do Dolohov, e eu tenho quase certeza que não era para acertar o apanhador da Corvinal.

– Vocês estão bem? – Perguntou Remo, Sirius e Jay chegando perto da gente, pois ainda estávamos jogadas no chão (Pedro não aguentou e foi comer a algumas horas).

– Estamos sim, eu acho. – Respondeu Lucia para os meninos me olhando, eu estava olhando para o Dolohov rindo mais a frente, e estava tentando fazer a dor no ombro parar, eu não sei se o balaço rapou em mim ou eu bati quando me joguei em cima do Lucia e cai no chão, só sei que está doendo muito.

– Ai. – Falei e encostei a cabeça no chão, tinha ficado um pouco tonta, acho que por causa da dor e da repentina movimentação.

– Carol, você está bem? – Perguntou Lucia vendo a minha careta de dor e que fechei os olhos

– Estou, só fiquei um pouco tonta e acho que bati o ombro. – Falei a olhado.

– Acho que você tem que ir para a ala hospitalar. – Aconselhou Remo enquanto ajudava a Lucia a se levantar, e o Sirius me ajudava.

– Eu só bati o ombro quando cai, não vou morrer por isso. – Falei para o Remo, que me olhou com uma sobrancelha levantada. – Está bem, se no jantar ainda estiver doendo eu vou, mas só em ultimo caso, você sabe que eu não gosto de ficar indo para a ala hospitalar.

– Melhor que nada. – Falou Jay antes que o Remo retrucasse.

– Os apanhadores ainda estão lado a lado, mas espera, o Kingns está levantando a mão, e ele está com o Pomo de Ouro, Corvinal vence, 220 para a Corvinal contra 140 para a Sonserina. Corvinal passa para a próxima face. – Fala Joseph no microfone, fazendo todos vibrarem, gritarem e pularem de alegria.

Meu braço ainda estava doendo um pouco, mas já estava melhorando, então eu pulei e fiz um abraço em grupo com meus amigos, nem doeu o que eu esperava. Depois disso vimos os sonserinos saírem de cabeça baixa (alguns sonserinos, outros ficaram discutindo no campo) e os corvinos fazerem a maior festa.

Depois de alguns minutos todos começaram a sair, mas eu, Lucia e os meninos ficamos conversando sobre coisas banais. Depois de mais alguns minutos conversando reparamos que a maioria do pessoal já tinha ido embora, então a Lucia saiu correndo para a comemoração na sala comunal da Corvinal, ela não queria perder a festa por nada.

– Bom, quase todo mundo já foi embora, vamos? – Perguntou Jay olhando em volta.

– Vamos. – Respondi e todos levantaram, coloquei a mão no bolso da calça, onde deveria estar a minha varinha, mas não a encontrei.

– Vamos para a cozinha comer alguma coisa? – Perguntou Sirius.

– Droga! – Falei olhando em volta procurando a minha varinha.

– Que foi Carol? – Perguntou Remo.

– Minha varinha, ela sumiu. – Respondi procurando em baixo do banco onde estava sentada.

– Quer ajuda para procurar? – Perguntou Jay.

– Não precisa, vão indo para a cozinha que encontro vocês lá, daqui a pouco eu encontro a minha varinha. – Falei sorrindo para eles não se preocuparem, não é a primeira vez que isso acontece, mas as outras vezes foram em casa, e não em um castelo gigante onde várias pessoas podem pegar.

– Ok, te esperamos lá. Mas se você demorar de mais nós vamos voltar. – Falou Sirius e eles já foram saindo da arquibancada.

Comecei a procurar em baixo de todos os acentos de lá, mas nem sinal da minha varinha querida, procurei até no buraco que o balaço tinha feito para ver se não tinha caído lá na hora que levantei, mas nenhum sinal novamente de minha varinha, tomara que ela não tenha quebrado. Olhei par o campo, talvez ela tenha rolado pela arquibancada e caído pelo vão, mas eu não vi nada, estou começando a ficar desesperada.

– Procurando isso, Caldin? – Perguntou Zabine aparecendo na vassoura com a minha varinha nas mãos e o Dolohov logo atrás.

– Minha varinha, me devolva. – Falei chegando mais perto da beirada (eu tinha ido para trás depois que vi que minha varinha não estava no campo).

– E os modos Caldin? Um por favor, e obrigado por achar a minha varinha seria bom às vezes. – Comentou com seu sorriso sonserinos.

– Eu não te devo modos nenhum, tudo isso é culpa sua e do seu amiguinho ali atrás. – Falei apontando para o Dolohov.

– Eu tenho nome. – Falou Dolohov magoado.

– E isso tudo é culpa sua, era para acertar os seus amiguinhos irritantes, mas o Dolohov não conseguiu fazer nem isso direito. – Falou, e dava para ver que ele estava irritado com o Dolohov. E acabei dando uma risada mínima, que só eu escutei.

– Acertar os meus amigos? – Perguntei, será que era o que estava pensando?

– Nós falamos que iria ter volta. – Respondeu Dolohov, era isso mesmo que eu estava pensando, era a vingança deles por eu ter recusado a sua proposta.

– E isso é só o começo. – Completou Zabine, jogando a minha varinha para mim e saindo voando com o Dolohov logo atrás.

– Vocês dois são loucos, lunáticos. – Gritei vendo eles voarem para longe.

Depois que eu guardei a minha varinha no bolço da minha calça novamente, sai da arquibancada e fui para o jardim, e acabei encontrando o Bob, na verdade foi ele que me achou, eu estava andando pensando como fazer para o Zabine e o Dolohov não chegarem perto dos meus amigos, quando ele me alcançou correndo no jardim.

– Carol, não me ouviu te chamar? – Perguntou me parando.

– Desculpa Bob, eu estava pensando, não te ouvi mesmo. – Falei sorrindo para ele, pois ele estava com um sorriso enorme, nunca o vi com um sorriso tão grande. – Está feliz por terem vencidos o jogo?

– Claro, muito feliz.

– E o que você está fazendo aqui e não na sala comunal comemorando? – Perguntei, já tínhamos voltado a andar pelo jardim.

– Eu tive que ficar para pegar uma coisa para um amigo, ele jogou e todos saíram puxando ele para a sala comunal, só deu tempo para ele gritar comigo pedindo o que ele precisa, sua roupa. – Respondeu.

– Entendi. – Falei rindo. – Você está feliz, não é só por causa de vocês terem vencido o jogo, é? – Perguntei, eu sei que quando uma pessoa está feliz demais, não é só por uma causa, são varias.

– É que, eu estou saindo com uma menina, e acho que estou gostando dela. – Falou ficando vermelho.

– Nossa, foi rápido. – Comentei, mas era só para ser na minha cabeça, mas minha boca quis participar disso também.

– Ai, você ficou magoada? – Perguntou preocupado. – Não devia ter falado, nem sei se ela gosta de mim mesmo.

– Bob, calma. Eu não fiquei magoada, estou feliz por você. Espero de coração que de certo. – Falei e ele deu um sorriso de agradecimento. – Mas, eu conheço? – Perguntei.

– Não, ela é trouxa. Conhecemo-nos por que o meu amigo namora a amiga dela, e ele fez aniversário antes do natal, então nos conhecemos e saímos algumas vezes nas férias. – Respondeu.

– Quantas vezes? E qual é o nome dela? – Perguntei.

– Saímos umas quatro vezes, e ficamos conversando muito por cartas. O nome dela é Kelly. – Respondeu.

– Ela gosta de você. - Respondi depois de pensar um pouco.

– Você acha?

– Acho, nenhuma menina, nem se fosse para amizade, conversaria tanto assim com um menino. Ela está descobrindo sobre você aos poucos, está te testando. – Respondi, e vi que ele iria me usar como exemplo no que eu disse. – Eu sou um caso a parte que prefere ficar com meninos do que com meninas que só ficam fofocando sobre meninos.

– Está bem, tomara que o que você disse esteja certo. – Falou sorrindo para mim. – Mas e você? Como está indo?

– Vou bem, vida como sempre foi, me metendo em encrencas com os meninos e estudando bastante para os NOMs. – Respondi sorrindo.

– É, os NOMs estão chegando. – Comentou sorrindo.

– Mas acho melhor você ir correndo para a festa, está perdendo-a. – Falei sorrindo para ele.

– Verdade. Tchau, foi um prazer te ver demovo. – Falou já correndo.

– Igualmente. – Gritei, ele corre rápido.

– Gostei de ver você como uma corvina, principalmente o seu cabelo azul. – Gritou ao longe e eu ri com isso.

Estava feliz pelo Bob, ele merecia uma menina legal, espero que de tudo certo entre ele e a Kelly. Sabe o que reparei? O Bob está mais solto depois que passou o natal, acho que a Kelly está fazendo bem para ele.

Andei pela ponte pensando no que aqueles dois sonserinos idiotas e nojentos estavam tramando para mim e meus amigos, eles não podem aceitar o não como resposta? Só vou falar uma coisa, se eles mexerem com os meus amigos eles vão ter a pior vingança que se pode ter, muito pior que as do Malfoy, até porque eu cresci e estou mais poderosa, não queiram mexer comigo e com meus amigos e sair impune.

Mas voltando a realidade sem ter que me preocupar com pessoas querendo o meu mal, eu estou faminta preciso ir rápido para a cozinha comer alguma coisa. Então eu desci para a sala comunal da Lufa-Lufa, mas em vez de eu virar a direita para o corredor da sala virei para a esquerda onde ficava a cozinha.

Andei um pouco e virei para outro corredor, até alguém me puxar para uma sala. Espera, tinha uma sala aqui? Desde quando tem essa sala aqui?

– Carol, preciso falar com você. – Falou Regulo depois de fechar a porta.

– Tudo bem, o que aconteceu? – Perguntei, ele parecia meio desesperado para falar comigo.

– O Zabine e o Dolohov estão tramando alguma coisa para você, meu irmão e seus amigos. – Falou rápido, mas deu para entender.

– Eu sei, eles me ameaçaram falando isso depois do jogo. – Falei.

– Vocês tem que tomar cuidado, os dois são loucos. – Falou sentando numa cadeira.

– Eu sei, eu vou tomar cuidado e ter muito cuidado por onde os meninos andam. Mas vou te pedir um favor, vigia eles por mim e me conte tudo o que eles estiverem tramando, não deixe passar um detalhe se quer do que eles falarem. – Pedi, o Regulo é minha única esperança para saber os planos dele.

– Pode deixar, mesmo que você não me pedisse isso iria fazê-lo. – Comentou sorrindo, acho que nós dois ficamos mais calmos.

– Obrigada. – Agradeci e abracei-o, não o tinha visto desde que voltamos das férias, e ele já batia no meu ombro. – Meu Merlin, você cresceu ou eu já estou encolhendo?

– Carol, eu já tenho 13 anos, está na hora de começar a crescer não acha? – Perguntou rindo.

– Com certeza. – Falei sorrindo para ele. – Mas me deixa ir que estou morrendo de fome e os meninos estão me esperando na cozinha.

– Eu sei, eu os ouvi falando sobre você enquanto estavam vindo para cá.

– Bom, já que você sabe o porquê deu estar aqui, vou indo, tchau. – Falei e ele me deu um beijo na bochecha, e cada um foi para um lado.

Segui pelo resto do corredor (passando pela passagem do cozinheiro) e cheguei ao quadro da pera verde, que se transformava numa maçaneta para a entrada da cozinha. Assim que fiz cocegas nela e a maçaneta apareceu, abri a passagem e entrei, encontrando os meninos sentados nas mesas e os elfos correndo de um lado para o outro fazendo comida.

– Vocês não tem vergonha na cara, não é? – Perguntei chamando a atenção deles.

– Finalmente chegou, já íamos sair correndo atrás de você. – Falou Sirius.

– Achou a sua varinha? – Perguntou Jay ignorando o comentário do Sirius.

– Achei. – Falei e coloquei a mão no bolço. – Essa não, ela sumiu. – Falei, era brincadeira, ela estava no meu bolço sim.

– Está brincando não está? – Perguntou Remo sorrindo.

– Claro que estou. – Falei e tirei a varinha do bolço.

– Ainda bem, eu não iria sair correndo atrás da sua varinha, estou faminto. – Comentou Jay olhando os elfos.

– E não nos culpe, eles que estão fazendo comida para Hogwarts inteira, nós só pedimos um lanche. – Falou Sirius me olhando sorrindo.

– Está bem. – Respondi e sentei na mesa, e logo um elfo veio me perguntar o que eu queria, e eu respondi que um suco de abobora e torrada com geleia de goiaba estariam ótimos para mim.

– E depois nós que estamos abusando. – Falou Jay me olhando.

– Ei, a coisa mais fácil de se fazer é torrada com geleia. – Falei e Remo concordou comigo.

– Mas por que demorou tanto? – Perguntou Remo.

– É que o Za... – Falei e me cortei, não quero falar nada para eles. – Deixa para lá. Eu encontrei o Bob. – Falei fazendo uma careta e completei logo em seguida.

– Que legal, como ele está? – Perguntou Remo.

– Está bem, parece que está gostando de uma menina que conheceu nas férias. – Respondi.

– Nossa, esse foi rápido. – Falou Jay.

– E como assim “É que o Za...”? Pela careta que você fez tem a ver com o Zabine. – Falou Sirius, ele tem que estragar tudo?

– O que o Zabine tem haver? O que ele está aprontando? – Perguntou Jay.

– Está bem, eu vou contar. – Falei e dei uma pausa. – Conta ai Sirius. – Ele que começou, ele que termine.

– Você está dizendo que está me pedindo para eu contar o que você pediu para eu não contar alguns dias atrás? – Perguntou.

– Espera, você sabia? – Perguntou Jay.

– O deixa contar depois você faz as perguntas. – Falei e olhei para o Sirius falando para ele começar a contar logo.

– Está bem. O Zabine e o Dolohov... – Começou, mas o Jay o cortou.

– O Dolohov também está na história?

– Como eu ia dizendo... O Zabine e o Dolohov fizeram uma proposta para Carol, que foi recusada. – Disse finalmente.

– E qual era a proposta? – Perguntou Remo.

– Eu iria fazer uma coisa por eles e eles me deixavam em paz, se eu respondesse não eles tornariam minha vida um inferno. – Respondi.

– Espera, você está dizendo que escondeu isso da gente? – Perguntou Jay.

– É, eu não queria que vocês soubessem. – Respondi.

– Você escondeu mais um segredo da gente? Quando vai começar a confiar em nós? – Perguntou mais uma vez, só que com raiva agora.

– Eu confio em vocês.

– Então por que não contou? Nós poderíamos ter os feito esquecerem essa tal proposta.

– É? Como? Iriam jogar feitiços e fazer pegadinhas com eles? Não iria adiantar nada.

– Poderia não adiar, mas pelo menos nós tínhamos tentado fazer alguma coisa. – Falou ficando de pé.

– Eu não queria que os meus problemas caíssem em vocês, não quero que se machuquem. – Falei ficando de pé também. – Mas todo o meu esforço foi em vão. – Falei e encostei-me à mesa da frente.

– Como assim? – Perguntou Remo.

– Sabe o balaço que quase me acertou no jogo? – Perguntei e todos concordaram. – Era para acertar vocês. O Dolohov queria acertar vocês, mas por sorte ele é ruim de mira.

– Você não está inventando isso só para mostrar que não queria a gente nessa, não é? – Perguntou Jay com os braços cruzados, mas ele não estava com uma voz brava, já é um bom sinal.

– James, por que eu inventaria uma maluquice dessas? Vocês são as pessoas mais importantes da minha vida e acha que eu mentiria em um balaço acertar vocês e provavelmente deixar vocês em coma ou muito machucados? – Perguntei e ele olhou para baixo. – Quer saber, você tem razão James, eu sabia que iria sobrar para você, mas preferi não falar nada na esperança de nada acontecer, mas foi totalmente o contrario disso. – Falei indo para a porta.

– Carol... – Chamou-me Jay, mas não queria ficar nem mais um minuto falando disso.

– Esquece, Jay. Eu vou para a sala comunal, perdi a fome. – Falei, imaginar como seria ver meus amigos numa cama sem poder fazer nada foi a pior coisa que poderia ter acontecido hoje.

Não esperei nem mais um minuto, nem um respiro, e sai a cozinha o mais rápido que pude e fui em direção à passagem do cozinheiro.

P. D. V. Jay

A Carol praticamente saiu correndo daqui. Nem me deixou falar o que eu queria.

– A Carol vai passar mal, ela não come desde manhã. – Comentou Remo.

– Você pisou na bola, Jay. Você sabe que se ela não contou tinha um bom motivo. – Falou Sirius me olhando.

– Eu sei, mas eu fiquei tão magoado e irritado dela não ter contado que nem pensei direito. Achei que depois do natal lá em casa ela iria confiar mais na gente. – Falei.

– Você sabe que ela confia. E você também sabe que ela ficou se corroendo toda por não contar. Mas ela preferiu não se arriscar e ficar com o segredo para a nossa segurança do que contar e fazermos alguma besteira para a segurança dela e sairmos mal. – Falou Remo.

– Eu sei, está bem? – Falei ficando com raiva de novo, eu já percebi que pisei na bola e fui um idiota.

– O que os senhores pediram. – Falou um elfo trazendo nossa comida. – Cadê a senhorita bondosa que estava com vocês?

– Ela foi embora, mas você pode colocar isso numa certa para levarmos a ela? – Perguntei e o elfo concordou com a cabeça. – Vamos comer logo e sair daqui.

– Você vai falar com a Carol? – Perguntou Remo.

– Vou tentar, só falta ela me escutar. – Respondi e começamos a comer.

P. D. V. Carol

Que droga, odeio quando brigo com pessoas que gosto, principalmente meus amigos. Eu andei a passagem inteira pensando no que iria acontecer depois, não se eu e os meninos iriamos fazer as pazes, mas o que o Zabine e o Dolohov iriam fazer para me atingir. Posso fazer uma pergunta a você, Merlin? Quando que isso vai acabar? Quando vão parar de ficar correndo atrás de mim querendo vingança? O que eu fiz de errado?

Assim que acabou a passagem segui para a sala comunal e fui direto para o meu quarto, ainda bem que não tinha ninguém lá, pois queria ficar pensando sozinha. Fechei a porta do meu quarto e quase pensei em trancar, mas lembrei que não estava em casa e que dividia o quarto com mais 4 pessoas, então não tranquei.

Deitei na minha cama e fiquei pensando em como eu poderia fazer para proteger os meus amigos do Zabine e do Dolohov, ou como eu faria para eles deixarem os meus amigos em paz. Eu pensei em tudo, aceitar a proposta, ameaça-los também, mas isso só iria piorar as coisas, então eu estava pensando seriamente em aceitar a proposta. Estava tão preocupada que acabei dormindo com o travesseiro sobre a cabeça.

P. D. V. Jay

– O que aconteceu com a Carol? – Perguntou Alice assim que entramos na sala comunal.

– Por que a pergunta? – Perguntou Sirius.

– Ela chegou aqui e subiu direto para o quarto, e ainda não saiu de lá, e não parecia estar muito bem. – Respondeu Frank.

– Vocês brigaram? – Perguntou Alice. – Eu conheço a Carol, para ela ter ficado desse jeito deve ter sido uma coisa muito seria, o que vocês fizeram?

– Nada. – Respondi. – Nós vamos para o dormitório, até mais. – Falei e puxei o Sirius e o Remo para o dormitório.

– Por que a presa? – Perguntou Sirius.

– Eu vou falar com a Carol. – Respondi pegando a minha varinha e a cesta na mão do Remo.

– Tem certeza? Talvez ela não queria ninguém lá. – Falou Remo.

– Eu vou correr o risco. – Falei e subi na vassoura, saindo voando do dormitório logo em seguida.

Cheguei à janela do dormitório das meninas, no quarto da Carol, e vi se tinha alguém, mas não tinha. Olhei para a cama da Carol e ela estava em baixo das cobertas com o travesseiro em cima da cabeça. Entrei no quarto e sai da vassoura, e a Carol não se mexeu.

– Carol. – Chamei, mas nenhuma resposta. – Carol? – Perguntei chegando perto da cama dela, acho que ela estava dormindo. – Carol. – Falei e encostei no seu ombro. – Carol. – Balancei-a um pouco.

– Não, não, não pode ser. – Falou levantando da cama num pulo.

– Carol, você está bem? – Perguntei, isso tudo não era por causa da discussão, é?

– Jay, o que você está fazendo aqui? Cadê os outros? – Perguntou.

– O Remo e o Sirius estão no dormitório. – Respondi e ela pareceu mais relaxada. – E eu vim conversar com você.

– Sobre o que? – Perguntou sentando na sua cama, e eu sentei ao seu lado.

– Eu queria pedir desculpas, não deveria ter discutido com você. – Falei.

– Tudo bem, eu deveria ter contado antes. – Falou sorrindo. – Prometo que conto tudo que vocês precisam saber a partir de hoje.

– Obrigado, mas se você não quiser contar tudo não precisa, mas seria bem legal.

– Está bem. Então, aqueles sonserinos nojentos vão ficar correndo atrás de vocês até conseguirem machucar alguém. Como consegui deixar isso acontecer?

– Ei, calma, nós vamos ficar bem. – Falei colocando minha mão no seu ombro.

– Não está mais bravo comigo?

– Não, e eu não estava bravo, só meio chateado por não ter contado de você estava sendo ameaçada e não ter confiado que não iriamos fazer nada se você pedisse.

– Eu sei, fui uma bobona. Obrigada por vir aqui me ver. – Falou e me abraçou.

– Você é minha melhor amiga, é o mínimo que eu poderia fazer. E também trouxe comida. – Disse pegando a cesta.

– Obrigada, estou morrendo de fome. – Falou tirando a cesta das minhas mãos.

– Bom apetite, espero você mais tarde no dormitório para acabarmos com o dia juntos. – Falei pegando a minha vassoura.

– Vou estar lá. – Respondeu e colocou a torrada com geleia na boca e logo sai voando do quarto dela, foi bom ter explicado as coisas direito.

Horas depois...

P. D. V. Carol

Já tinha jantado, já tinha conversado com os meninos sobre tomarem cuidado com o Dolohov e o Zabine e estava tudo resolvido. Agora eu estava na minha cama lendo o diário da minha avó, não tinha coisas muito interessantes, só o Malfoy infernizando a minha avó todo o dia. Ela era muito esperta, toda a vez que ela via-o se escondia para ele não falar com ela. Queria que eu tivesse pensado nisso quando o Malfoy estava aqui, mas eu posso usar agora com o Dolohov e o Zabine.

– Carol, o que você está lendo? – Perguntou Alice chegando junto com as outras meninas no quarto.

– Minha avó me deu, era o diário dela. – Respondi sentando de perna de índio na minha cama.

– Quem dá um antigo diário para outra pessoa? – Perguntou Lene.

– Minha avó acha que pode me ajudar em alguma coisa. – Respondi.

– E ela já ajudou? – Perguntou Lily na sua cama.

– Ela me deu umas ideias para uma vida melhor. – Falei sorrindo.

– Que bom. Vamos dormir? – Perguntou Dorcas bocejando.

– Espera, vamos ver os babados da avó da Carol. – Falou Lene sentando na sua cama e olhando para mim. – E ai, o que já aconteceu?

– Nada de mais, minha avó estudando e descobri que o nosso time naquela época era horrível, não vencia um jogo.

– Que chato. – Comentou Dorcas com sono. – E agora vamos dormir?

– Sua avó não tinha um namorado? Um paquera? Alguém que ela gostasse muito? Nada? – Perguntou Lene, e eu neguei com a cabeça. – Sua avó tinha uma vida muito chata.

– Ela se preocupava com os NOMs se aproximando, você sabe, ela era parecida comigo nessa época. – Falei.

– Legal, vamos dormir. – Falou Dorcas se arrumando na cama.

– Vamos, já está ficando tarde. – Falou Lily e Alice concordou, e acabou que todas nós fomos dormir.

Deitei na cama e peguei o colar da minha avó, eu realmente espero que esse diário me ajude em alguma coisa muito importante, segundo a minha avó isso iria acontecer.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Espero que sim, e comentem o que acharam, e os leitores novos, podem comentar também, adoro saber opiniões novas.
Obrigada por lerem e estarem acompanhando a fic.
Beijos, beijinhos e beijões.
*Nox.



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