A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 74
Meu maior pesadelo aparece na minha frente


Notas iniciais do capítulo

*Lumus!
Oi de novo, desculpa a demora para postar, mas só entrei no computador hoje depois que o Nyah "saiu do ar", então boa leitura, espero que gostem e aproveitem a novidade que vai aparecer durante o capítulo.
Espero que gostem, comentem, recomendem e boa leitura.



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P. D. V. Carol

Já era dia 18, e faltavam dois dias para voltarmos á Hogwarts, claro que eu queria voltar a Hogwarts, mas também gostaria de ficar mais um pouco na casa dos Potter. Motivos: Diverti-me muito, fiquei mais tempo com os meninos, pude ser mais eu mesma sem passar vergonha, e acima de tudo, não tinha um bando de sonserinos correndo atrás de mim para se vingar.

Era 01h30min da tarde, numa sexta-feira, e os meninos e eu estávamos sentados em frente à TV vendo um jogo de futebol. Os times eram Barcelona e Atlético de Madri, e os dois times jogavam muito bem. Enquanto eu assistia os meninos discutiam sobre os melhores do jogo. Faltando 20 segundos para o fim do jogo, o Atlético de Madri sofreu um pênalti, que o juiz marcou, o jogo estava empatado no 1 á 1, se o Atlético fizesse o gol, ele ganhava.

– Agora é tudo ou nada. – Falou Sirius, que voltou a prestar atenção no jogo na hora do pênalti.

– Se o Atlético faz, a vitória é dele, não dá nem para o Barcelona empatar. Tanto que o estádio inteiro está rezando, alguns para fazer e outros para errar, e alguns para o jogo acabar logo. – Comentei, os jogadores estavam discutindo quem bateria ainda.

– Vamos fazer uma aposta. – Falou Jay. – Quem perder vai dar dois galeões para quem ganhar a aposta.

– Feito. – Falamos Remo, Sirius e eu juntos.

Olhei para a televisão e vi quem iria bater, o moço era um horrível batedor de pênalti, nunca o vi fazer um gol, de pênalti pelo menos.

– Acerta. – Falou Sirius e Remo e Jay concordaram.

– Erra. – Falei olhando para a tela.

Vi o rapaz, que era bonito por sinal, ir até a bola, colocou-a no lugar certo e olhou para o goleiro.

– Ele vai bater no lado direito. – Comentei.

– Tem certeza? – Perguntou Jay.

– Tenho. – Falei com convicção.

O rapaz, que agora descobri que se chamava Robert Licon, se preparou para bater, correu até a bola, bateu no lado direito e a bola passou no lado do gol, ele errou. O time do Atlético, junto com a torcida, “chorou”, já o Barcelona gritou de alegria, iriam levar a decisão para a próxima partida, na próxima semana, e nós não iriamos ver.

– Como você sabia? – Perguntou Sirius abismado para mim.

– Ele nunca acertou um pênalti. – Falei.

– Isso não é bem uma resposta, mas você acertou. – Falou Remo e tirou dois galeões do bolso e me deu.

– Toma. – Falou Sirius me entregando dois galeões para mim sendo seguido pelo Jay.

– Obrigada, é ótimo fazer acordos com os senhores. – Falei sorrindo e colocando os galeões no meu bolso.

– Vem cá. – Falou Sirius pulando em cima de mim e começando a fazer cocegas, sendo seguido pelo Remo e Jay.

– Parem, por favor, parem. – Falei entre risadas.

– Ok, só porque você pediu, por favor. – Falou Sirius e o mesmo saiu de cima de mim.

– Cadê o Pedro? – Perguntou Jay.

– Foi até a cozinha. – Respondi. – E isso já faz uma meia hora.

– Deve estar comendo chocolate. – Falou Sirius.

– Vamos atrás dele, tive uma ótima ideia. – Falou Jay.

Levantamos do sofá e fomos até a cozinha, mas não o avistamos, o que era estranho. Quando eu estava saindo, escutei barulho de mordidas, igual à de um rato. Chamei os meninos de novo e fomos seguindo o som em perfeito silencio. Chegamos à mesa da cozinha, e o barulho vinha do outro lado, fomos silenciosamente até lá, e vi o Pedro todo encolhido comendo uma barra de chocolate.

– Um perfeito rato. – Comentou Jay dando um susto no Pedro e nos fazendo rir.

– Desde quanto vocês estão ai? – Perguntou Pedro.

– Só há alguns segundos. – Respondi sorrindo.

– Vem, vamos colocar uma roupa bem quente. – Falou Jay.

– Por quê? – Perguntou Remo.

– Vamos dar uma volta pelo bairro, já que só faltam dois dias para voltarmos á Hogwarts, temos que aproveitar.

– Gostei da ideia. – Concordou Sirius.

Todos nós subimos correndo para colocar uma roupa de frio (eu, pelo menos) eu coloquei um casaco e uma toca (http://www.polyvore.com/passeio_de_natal/set?id=120778677). Jay falou para senhora Potter que iriamos sair, e ela falou que tudo bem, mas para tomarmos cuidado. Respondemos que estava tudo bem, e que sabíamos nos cuidar. Saímos logo em seguida, todos juntos, com casacos de frio.

Andamos por algumas ruas até chegar a um parquinho, deserto pelo frio e brinquedos congelados, mas como meus amigos são estranhos, resolveram brincar mesmo assim. Eles foram até as balanças e começaram a se balançar nelas, e eu ficava olhando tudo aquilo rindo por dentro, eles são muito estranhos.

Depois de mais ou menos dez minutos os vendo brincarem, olhei para trás (eu avia me encostado numa árvore) e avistei o carinha da barbearia passando perto de lá.

– Droga. – Falei me escondendo dele, mas ainda vendo-o.

Ele atravessou a rua e entrou no mercado que tinha ali perto, me fazendo suspirar de alivio, não queria ninguém me olhando, já tive experiências demais para saber o que poderia significar.

– Que foi Carol? – Perguntou Jay.

– Nada. – Falei virando e levando uma bola de neve no rosto. – Agora vocês vão ver. – Falei ameaçadoramente e joguei uma bola de neve no Pedro.

O mesmo jogou no Jay, que tentou jogar no Sirius, mas o mesmo abaixou na hora para amarar o tênis, fazendo a bola acertar o Remo, que jogou no Jay de novo, e assim começamos uma guerra de bola de neve no meio de um parquinho infantil. Isso me fez lembrar o passeio a Hogsmeade, quanto fizemos uma guerra de neve também, foi muito engraçado aquele dia.

Fui atingida por mais uma bola, me fazendo voltar à realidade, e quem tinha jogado tinha sido o Sirius. Joguei uma bola de neve nele, que acerto no braço dele e começamos uma perseguição particular, eu e o Sirius. Ficamos mais ou menos 10 minutos eu correndo atrás do Sirius e jogando bolas de neve um no outro, além das bolas dos outros meninos.

Num desses momentos o Sirius, que estaca correndo de costas acabou tropeçando em alguma coisa que eu não identifiquei e caiu. E eu acabei tentando parar bruscamente, mas acabei escorregando por conta da neve e cai em cima do Sirius. Ficamos com os rostos muito perto um do outro, eu consegui sentir a respiração pesada do Sirius pela corrida, estávamos quase na mesma distancia do acidente que teve o beijo.

– Você está bem? – Perguntei olhando nos seus olhos.

– Já estive melhor. – Respondeu sorrindo maroto.

– Que bom, por que... – Falei e sentei em cima dele. – Te peguei. – Falei e mexi no cabelo dele com neve na mão, revanche.

– Não, meu cabelo não. – Choramingou enquanto mexia a cabeça tentando desviar das minhas mãos.

Ficamos assim durante uns cinco minutos, até ele segurar a minha mão e virar, ficando em cima de mim, prendendo a minha mão contra o meu corpo, então não conseguia me mexer.

– Seu chato. – Falei fazendo manha, com bico até, que infantil.

– Mas eu sei que você me ama. – Falou sorrindo maroto e convencido, chegando com o rosto perto de mim.

– Já acabamos com a brincadeira. – Falou Jay sorrindo.

– Nós também. – Respondeu Sirius, mas continuou me segurando e ficando em cima de mim.

– Sirius, sai de cima. – Falei para quebrar o silencio chato.

– Por quê? Você é fofinha. – Falou me olhando nos olhos na maior inocência.

– Faz mais um comentário assim que eu arrebento a sua cara. – Falei o olhando mortalmente.

– Já entendi o recado. – Falou sorrindo amarelo e saindo de cima de mim.

– Agradeço. – Falei depois de levantar o olhando e depois olhando para os meninos, que estavam segurando a risada.

– Vamos andar por ai. – Falou Jay sorrindo e mudando de assunto para não rir.

– Fofa! – Falou/sussurrou Sirius no meu lado só para eu escutar.

– Imbecil! – Falei sorrindo e dando um tapa nele, que riu, como ele adorava encher a minha paciência.

Andamos por várias ruas, passamos por varias casas, mas sem nada de interessante para olhar. Depois de passarmos por quatro quarteirões ida e três volta o Pedro parou repentinamente e ficou olhando para o lado com cara de assustado. Seguimos o se olhar e vimos uma casa em pre-ruinas, parecia que tinha sido queimada e abandonada.

– O que aconteceu com aquela casa? – Perguntou Pedro ao Jay.

– Não sei, mas parece que foi abandonada. – Respondeu olhando fixamente para a casa.

– Mas por quê? – Perguntou Pedro novamente enquanto atravessávamos a rua.

– Ela foi queimada. – Respondi.

– Como pode ter certeza? – Perguntou Sirius me olhando.

– Tem partes na casa chamuscadas. – Respondi o olhando.

– E como sabe disso? – Perguntou Jay, fazendo a mesma pergunta que todos queriam.

– Sabendo. – Respondi dando de ombros, nunca iria falar o verdadeiro motivo de saber os pontos chamuscados da casa.

– Vamos entrar. – Falou Sirius decidido sorrindo maroto.

O mesmo abriu a porta de entrada e entrou no jardim da casa, que continha uma grama muito alta por causa do tempo sem ser aparada. Sirius foi seguido pelo Jay e depois pelo Pedro, Remo e eu trocamos olhares, ele sabia o que eu tinha com fogo. Dei de ombros e entramos, o que poderia dar errado? Era uma casa abandonada.

Como o Sirius estava na frente, ele foi o primeiro a entrar na casa, a porta estava tão velha que quase abria sozinha. Entramos com a porta rangendo e andamos pelo primeiro andar da casa (sendo que tinha esse, o andar dos quartos e provavelmente um sótão)., mas os meninos não acharam nada de interessante e revolveram ver o andar de cima. Não gostei muito da ideia, o chão não parecia muito resistente.

Subimos a escada e viramos a direita, onde ficavam dois quartos e um banheiro, ambos sem nenhum móvel. Depois fomos para o outro quarto, no outro lado, perto da escada, onde era uma suíte. Entramos nessa suíte e vimos alguns ferros pelo chão, era a única coisa que tinha no quarto e talvez até na casa inteira (nem pias eles tinham mais).

Fui até a janela e olhei para fora, dava para ver muito bem a rua de lá. Sai de perto da janela e andei pelo quarto, mas não tinha nada, literalmente.

– O que é isso? – Perguntou Pedro parecendo assustado (de novo) olhando a janela, e os meninos foram ver.

– Que estranho. – Comentou Jay olhando as mãos de vermelho nela.

Espera, eu já tinha visto essa casa, mas aonde? Do nada veio umas senas, imagens, na minha cabeça, uma casa pegando fogo, pessoas correndo de uma lado para o outro pegando fogo também, uma pessoa na janela, com as mãos encostadas, pegando fogo e parecia gritando, isso tudo dentro de uma televisão. Então escutei um choro de bebê e minha mãe falando alguma coisa que eu não entendi.

Era isso, eu tinha visto essa casa pegando fogo pela televisão, e desde então eu tinha medo de pessoas pegando fogo. Voltei à realidade com as vozes dos meninos falando sei lá o que, e foi ai que vi. Sabe a mão na janela? Então, ela estava vindo à minha direção, fazendo um caminho vermelho pela parede. Ela parou bem onde eu estava, na porta e continuou pelo chão.

Cheguei perto da porta e encostei na linha vermelha, mas a tinta era fresca; mas não é tinta, é sangue. Limpei a minha mão na parede e olhei a linha no chão, segui a linha até a mesma terminar, e o que achei não era nem um pouco legal, era um fantasma pegando fogo. Dei um grito inconsequente e continuei olhando o fantasma assustada, e quando o mesmo deu um passo, virei para trás e comecei a tentar abrir a porta, mas ela estava trancada.

Não desisti, continuei tentando abrir a porta, inutilmente sucedido, até sentir braços me abraçando e sabia que era o Remo, a pessoa era alta, e ele era o único que sabia do meu medo/trauma. Cobri os meus olhos com a mão e escondi o meu rosto no Remo, e só então reparei, percebi, que estava tremendo.

– Andem, fazem alguma coisa. – Falou Remo para os outros meninos.

– O quê? Não podemos bater num fantasma. – Respondeu Sirius.

– Que tal tentarem abrir a porta? – Perguntou Remo ironicamente, mas estressado. Escutei os meninos baterem na madeira. – Calma, vai ficar tudo bem. – Falou pra mim.

Eu concordei com a cabeça, mas estava me segurando para não chorar. Isso me lembrou muito quando estávamos aprendendo o feitiço Riddikulos, naquele treinamento com o professor eu tive vontade de chorar, e muita, mas consegui me segurar, não queria que o professor me visse chorando.

– Vamos todos juntos no três. – Falou Jay. – Um, dois... Três. –Falou e escutei um som como se fosse uma porta caindo.

– Vem, vamos sair daqui. – Falou Remo e todos nós saímos correndo do quarto do fantasma.

O primeiro foi o Pedro, depois o Sirius, Jay, Remo e finalmente eu. Todos nós corremos para a escada, que não era tão longe, nessa ordem, todos queriam sair logo dali. Pedro desceu a escada correndo (nunca o vi correr tanto), depois o Sirius, Jay pulou os dois últimos degraus e Remo quase caio da escada por causa de uma tabua que tinha soltado na nossa corrida.

Quando eu pisei no penúltimo degrau, o chão cedeu, criando um enorme buraco.

– Droga. – Resmunguei quase chorando, sabia que isso iria acontecer.

– Carol. – Falou Remo parando de correr. – Pula. – Gritou chegando perto do buraco.

– Não dá, é muito longe. – Falei para ele.

– Você consegue. – Falou de volta tentando me encorajar.

Olhei para cima e vi o fantasma na escada, ainda pegando fogo e acho que olhando para mim. Olhei para o buraco de novo e decidi pular, preferiria morrer pelo buraco do que pelo fantasma pegando fogo. Criei coragem e ia pular, mas o chão se rompeu mais, me obrigando a subir alguns degraus, e fazendo o buraco ficar maior.

– Vem logo, Carol. Você consegue. – Falou Remo para mim.

Olhei em volta e tive uma ideia, vou sair pelo corrimão. Eu sei, é loucura, mas pelo menos vou sair viva, com alguma parte do corpo quebrada, mas viva. Olhei para cima e o fantasma estava a cinco degraus de mim, é agora ou nunca. Passei as minhas pernas pelo corrimão e olhei para baixo, o negocio era alto, mas mesmo assim pulei.

Antes de cair no chão, senti dois braços me segurando, e quando abri os olhos, vi que era o Remo.

– Nunca mais vou te deixar para trás. – Falou me olhando preocupado.

– Sem problema, mas vamos sair daqui. – Falei para ele.

O mesmo me colocou no chão e saímos correndo, dessa vez eu na frente dele. Saímos pela porta de entrada e vimos os meninos no outro lado da rua, olhando para casa, parecia que estavam procurando alguma coisa ou alguém, pois assim que Remo e eu saímos eles fizeram uma cara de alivio.

Atravessamos a rua e fomos até os outros meninos, assim que chegamos ao outro lado, paramos de correr e começamos a tentar acalmar as nossas respirações. Olhei para a casa, tinha sentido alguém me observando, e vi o fantasma no porta. Então ele sumiu, a porta se fechou e ele apareceu na janela do quarto que ele apareceu, ele estava com a boca aberta, parecia gritando, e com as mãos no vidro, foi igual à sena que vi, e do mesmo jeito que ele apareceu, sumiu.

Fechei forte os meus olhos e tentei tirar as senas da minha cabeça. Quando acalmei a minha respiração me ajoelhei na grama que tinha lá e falei para os meninos:

– Nunca mais vamos fazer isso.

– Foi divertido. – Comentou Sirius.

– Divertido? Nós podíamos ter morrido. – Falei brava.

– Para uma mente bem estruturada a morte é só mais uma aventura seguinte, você mesmo fala isso. – Falou me olhando, eu olhei para o chão brava, mas com um sorriso mínimo no rosto, ele prestava atenção em algumas coisas que eu dizia. – Ai. – Falou, acho que ele levou uma cotovelada do Remo.

– Para de ser idiota. – Sussurrou Remo, mas deu para ouvir. – Você está bem? – Perguntou se ajoelhando na minha frente.

– Estar eu não estou, mas eu supero. – Falei olhando para ele e sorrindo de lado.

– Vai ficar tudo bem. – Falou colocando a mão no meu ombro e dando um sorriso encorajador, e eu sorri para ele.

– Por que todo esse drama? – Perguntou Sirius sem entender nada.

– Cala a boca, Sirius. – Advertiu Jay olhando para ele, e isso me fez segurar a risada, eles nunca mudam.

– Quê? Eu quero entender o que está acontecendo. – Falou para o Jay.

– Não está acontecendo nada. – Falou Remo.

– Eu só estou tentando absorver que vi um fantasma na minha frente pegando fogo. – Falei, já estava na hora de contar a verdade sobre o meu bicho-papão e todo aquele papo de já ter feito o feitiço antes do terceiro ano.

– E dai? Nós vemos fantasmas todos os dias em Hogwarts. – Falou Sirius dando de ombros ainda sem entender nada.

– O problema é que eu tenho medo de pessoas pegando fogo. – Falei e o Sirius, Jay e Pedro ficaram surpresos.

– Eu não sabia. – Falou Sirius como se sentisse culpado por tantas perguntas.

– Eu sei. – Falei sorrindo triste.

– Não está brava comigo, néh?

– Não. – Falei sorrindo verdadeiramente.

– Por que não contou antes? – Perguntou Jay se sentando no meu lado.

– Sei lá. – Falei dando de ombros.

– Mas se seu medo é esse, o bicho-papão também é. – Falou Pedro.

– Isso. – Falei.

– Seu irmão não ligou quando viu o bicho-papão se transformando em uma pessoa pegando fogo? – Perguntou Jay, chegou a hora.

– Ele nunca viu o meu bicho-papão. – Respondi olhando para baixo.

– Como não? Você falou que... – Começou Sirius, mas eu o cortei.

– Eu menti. – Falei olhando para ele, que ficou surpreso.

– Como assim? – Perguntou Jay.

– Leandro e eu nunca ficamos treinando o Riddikulos num bicho-papão. Sim, já teve um bicho-papão lá em casa, mas eu não tinha nem um ano e o Leandro não tinha nem varinha.

– Mas como você sabe? – Perguntou Remo.

– Mamãe me contou quando eu tinha cinco anos, mas acho que ela pensa que eu esqueci o acontecimento. – Falei dando de ombros. – Acho que eles nem sabem qual é meu maior medo.

– Por que não contou antes? – Perguntou Jay colocando a mão no meu ombro.

– Não sei, acho que eu não queria lembrar e talvez não quisesse que vocês soubessem também. – Respondi dando de ombros.

– Você foi muito tola em fazer isso. – Falou Jay e me abraçou. Já disse que esses meninos eram muitos fofos?

– Vamos voltar para casa do Jay. – Falou Sirius sorrindo e levantando com todo mundo.

Fomos caminhando pelas ruas, e os meninos ficaram fazendo palhaçada durante o percurso para me fazer rir, e claro que deu certo, eu ri o caminho inteiro. Quando chegamos á casa dos Potter, vimos que é era cinco da tarde, ficamos três horas na rua, o tempo passa muito rápido. Entramos e a senhora Potter nos ofereceu um chocolate quente para esquentar, aceitamos na hora.

Tomamos o chocolate quente enquanto conversávamos com a senhora Potter sobre como era no seu quinto ano em Hogwarts. Ela nos contou que era legal, precisou estudar várias coisas e mesmo assim tirou uma nota razoável, estávamos perdidos, eu iria me matar de tanto estudar, isso eu tinha certeza.

Depois de tomarmos o chocolate quente subimos para tomar um banho, já que estávamos cheios de neve. Assim que acabamos o banho descemos para a sala e ficamos vendo televisão, estava passando um seriado, que era muito engraçado, então ficamos assistindo. Depois de alguns belos minutos o Sirius, que estava no meu lado, perguntou:

– Quando você viu uma pessoa pegando fogo para ter medo? – E todos os meninos viraram sua atenção para nós.

– Sabe a casa que entramos? Então, a vi pegando fogo na televisão quando era bebê.

– Você lembra-se disso? – Perguntou Pedro.

– Bom, eu não lembrava, nunca soube o porquê o bicho-papão tinha se transformado numa pessoa pegando fogo, mas hoje quando eu vi a casa lembrei o acontecimento. – Expliquei na maior calma.

– Então por que entrou? – Perguntou Jay.

– Eu lembrei lá dentro. – Respondi sorrindo amarelo.

– E por que não falou nada depois que lembrou? – Perguntou Sirius.

– Porque eu estava mais ocupada em tentar fugir do fantasma pegando fogo.

– Já chega de perguntas. – Interferiu Remo.

– Só mais uma. – Falou Jay e olhou para mim. – Por que demorou tanto para sair da casa?

– O chão desabou depois que vocês passaram, tive que pular pelo corrimão para sair.

– É verdade. – Respondeu Remo quando os meninos olharam para ele como se para confirmar.

– Boa noite para todos. – Falou o senhor Potter aparecendo pela rede de flu, e ele estava sorrindo, o que será que tinha acontecido?

– Boa noite senhor Potter. – Respondemos Sirius, Remo, Pedro e eu.

– Boa noite pai. – Falou Jay.

– Oi, amor. – Falou a senhora Potter aparecendo da cozinha.

– Oi. – Respondeu o senhor Potter e foi da um beijo na mulher.

Quando eles se beijaram, foi tão romântico, tão lindo, tão fofo, mas tinhas outras pessoas que pensavam o contrario.

– Que fofo. – Comentei olhando.

– Eca. – Falaram os meninos fazendo um careta.

– Parem de olhar. – Falou a senhora Potter toda vermelha.

– Ok. – Respondemos e viramos para frente.

– Só não fazem muito barulho, não queremos acordar de noite. – Falou Jay.

– James. – Falei de modo repreensivo e a senhora Potter, que falou junto comigo, de modo meio raivecido.

– Só foi um comentário. – Falou erguendo a mão em forma de rendição.

Eu revirei os olhos e os senhores Potter saiam para cozinha. Depois de uns 5 minutos o Jay falou:

– Vamos espiar os meus pais. – Falou sorrindo.

– Quê? Nem pensar. Isso é falta de privacidade. – Falei.

– São meus pais. – Falou dando de ombros.

– Gostaria que eles ficassem te espionando quando estivesse com a Lily? – Perguntei e ele ficou pensativo.

– Vamos. – Falou Sirius e os meninos logo levantaram.

Revirei os olhos e levantei a mão pedindo ajuda para Merlin, precisaria. Levantei do sofá e fui até onde os meninos estavam. Eu sei, é errado, mas fiquei curiosa para ver como é o amor deles, o quanto eles são cariosos um com o outro, o quanto eu quero que seja parecido. Quando cheguei todos meio que enfiaram a cara pela porta e ficaram espionando.

Os senhores Potter estavam se beijando muito fofos, a senhora Potter estava encostada no balcão da cozinha, e o senhor Potter estava com as mãos ao seu lado, no balcão, a senhora Potter estava com as mãos no pescoço do senhor Potter. Estavam iguais aquelas senas perfeitas de filmes românticos, estava muito fofo.

– Wont. – Sussurrei, e os meninos me olharam estranho.

– Dorea, não acha que está na hora de dar um irmãozinho para o James? – Perguntou o senhor Potter.

– Irmãozinho? – Perguntou Jay abismado.

– Seria bom, mas você sabe que não dá. – Respondeu à senhora Potter meio triste, coitada, deve ser triste não conseguir ter mais filhos.

– Verdade, esqueci. – Falou o senhor Potter triste também. – Vamos esquecer isso. – Completou quando viu a cara triste da senhora Potter, e ela a beijou de novo.

– Que fofo. – Comentei de novo.

– Já sei seu ponto fraco. – Sussurrou Sirius sorrindo maroto para mim.

– Que ponto fraco? – Perguntei olhando-o desconfiada.

– Você é romântica demais. – Falou ainda sorrindo e chegando perto de mim.

– Sirius... Nem pense. – Falei indo para trás, mas só fez o seu sorriso aumentar. – Sai Sirius. – Falei e sai correndo, e ele saiu correndo atrás de mim.

Demos uma volta na sala, comigo gritando para o Sirius parar de correr atrás de mim, e ele rindo respondendo que não, nunca. Resolvi subir para o segundo andar, talvez ele desistisse de correr atrás de mim. Subi a escada e quando ia passar pelo meu quarto, ele me alcançou, me agarrou pela cintura e me puxou para o meu quarto.

Ele me puxou com tanta força que acabou caindo em cima de mim num dos pufes que tinha no quarto, e como reflexo eu o empurrei e ele caiu no chão e eu cai em cima dele. Olhamo-nos e ele estava com um olhar desafiador e ao mesmo tempo sexy, o mesmo olhar que ele jogava nas meninas que ele pegava.

Então ele sorriu do jeito mais cachorro que poderia ser e começou a beijar a minha bochecha. Depois de uns dois minutos ele chegou perto do meu ouvido e falou bem baixinho:

– Duvido alguém ser mais sexy que eu. – E isso causou um arrepio nas minhas costas, ninguém nunca tinha feito isso comigo.

– Já achei alguns com mais pegada. – Falei, não era totalmente verdade.

– Como é? – Perguntou olhando nos meus olhos abismado.

– É, já encontrei caras com mais pegada que você. – Falei sentando na sua barriga.

– Exemplo? – Pergunto sentando como se estivesse na praia.

– Vane, Malfoy, Zabine, Dolohov, Bob... – Ai falando e a cada nome sua careta aumentava. – E Remo. – Não, não tínhamos ficado, mas era só para mexer com o Sirius.

– Haha, o Remo? Ter mais pegada que eu? O Remo? – Perguntou rindo, como ele é besta.

– É. – Respondi, mas o mesmo continuou rindo.

– O que tem eu? – Perguntou Remo entrando no quarto junto com Jay e Pedro.

– A Carol falou que você tinha mais pegada que eu. – Respondeu Sirius, ainda rindo, depois que sai de cima dele.

– Você disse o quê? – Perguntou olhando para mim.

– Disse mesmo, qual o problema? – Perguntei dando uma piscadela, para ele saber que estava brincando com o Sirius, e ele entendeu, pois revirou os olhos discretamente.

– Por que disse isso? Vocês já se pegaram? – Perguntou Jay desconfiado.

– Talvez... – Falei, mas deixei a frase morrer.

– Quantas vezes? – Perguntou Pedro.

– Talvez umas duas ou três o ano passado. – Respondeu Remo entrando na brincadeira.

Os meninos ficaram nos encarando e como o Remo estava no meu lado, ele aproveitou para falar uma coisinha no meu ouvido:

– Eu vou te matar depois.

– Não vai não. – Falei passando o meu braço na sua cintura e ele fez o mesmo comigo.

– Já vi que a noite vai ser longa para vocês também. – Comentou Jay e eu e o Remo começamos a rir.

– Do que estão rindo? – Perguntou Sirius ficando de pé.

– Vocês são muito inocentes. – Falei ainda rindo.

– Acham mesmo que iriamos ficar juntos? – Perguntou Remo rindo também.

– E não contar para vocês? – Completei.

– Mais ou menos. – Respondeu Pedro pelo Sirius e Jay, que queriam nos matar pelo olhar.

– Não se preocupem, quando eu começar a namorar, de novo, vocês serão os primeiros á saber. – Falei sorrindo e ficando entre Jay e Sirius, e colocando o meu braço nos seus ombros.

– Não sei, não. Quando você namorou o Flint, não contou nada para gente, nós descobrimos por causa da Lene. – Falou Jay.

– Eu ia contar. – Me defendi.

– É, mas... – Começou Sirius, mas o Remo o contou.

– Não estamos nos pegando, nunca vamos ficar juntos, nada aconteceu e nem vai acontecer. Vamos mudar de assunto?

– Ok, agora são... – Falei olhando no relógio que tinha no quarto. – Quase nove horas, vão se trocar e depois voltem para cá.

– Ok. – Responderam todos os meninos e saíram do quarto.

Fui até a cama e peguei o meu pijama (http://www.polyvore.com/dormir_5%C2%BAano/set?id=121048720) que estava em baixo do travesseiro. Troquei-me e esperei os meninos voltarem, coisa que não demorou cinco minutos. Nós nos sentamos nos pufes que tinha no quarto, e eu dividi um com o Jay, já que só tinha quatro.

– Vamos falar sobre o que? – Perguntou Sirius.

– Sei lá. – Respondeu Jay.

– Carol, por que não lê um pouco o diário da sua avó? – Sugeriu Sirius.

– Tem certeza? É a minha avó com a minha idade.

– Não vamos ler todo o diário da sua avó, só queremos ter assunto. – Respondeu Sirius.

– Vocês querem mesmo? – Perguntei para todos os meninos.

– Por mim tudo bem. – Respondeu Jay e todos os meninos concordaram.

– Ok. – Falei e levantei.

Fui até a minha cama e peguei o pequeno embrulho que guardava o diário da minha avó, onde o escondia em baixo do travesseiro. Voltei com o diário na mão e sentei no lado do Jay de novo.

– Querem que eu leia a carta? – Perguntei segurando a carta da minha vó na mão.

– Pode ser. – Respondeu Remo.

– Ok. – Falei e abri a carta. – “Carol, se você estiver lendo essa carta, é porque já completou 15 anos e sua mãe cumpriu sua palavra, e eu já não estou ao vivo para te entregar pessoalmente.

“Estou lhe dando este diário, pois sei que você é diferente (mais parecida comigo, principalmente) e acho que as minhas experiências podem te ajudar no futuro, ou até no presente.

“Beijos, da sua avó Emily.”

– Será mesmo que você é parecida com a sua avó? – Perguntou Sirius e fez uma cara pensativa. – Vamos descobrir com esse diário. – Falou como se fosse um episódio de televisão, e todos nós rimos.

15 de setembro de 1910

“Hoje é a primeira vez que escrevo aqui, pois meu antigo diário acabou as folhar. Eu estou no meu 5º ano aqui em Hogwarts e está sendo maravilhoso, como já era previsto.

“Hoje teve o primeiro jogo do campeonato escolar de quabribol em Hogwarts, Grifinória VS Sonserina, e a Sonserina acabou ganhando por 100 pontos á mais que a Grifinória...”

– Ahhh, que droga. – Falou Jay, e eu ri, logo continuando a ler.

– “Não gostei muito do resultado, mas a Sonserina mereceu, jogou muito. Depois do jogo, todos fomos almoçar e logo em seguida fomos para as aulas. Encontrei um amigo meu da Grifinória, que era artilheiro do time, no corredor, ele se chama Victor Guinger. Ele não estava com uma cara muito boa por causa do jogo, mas não pude fazer nada.”

– Sua avó conhecia o avô do Thomas? – Perguntou Sirius.

– Sei lá, talvez. – Falei dando de ombros.

– Continua. – Pediu Pedro.

– “Depois de longas e divertidas horas de estudos consegui um descanso de dez minutos e aproveitei para ir até o jardim. Quando cheguei lá, você não vai acreditar, eu quase caio na ‘frente’ do menino que era considerado o mais bonito de Hogwarts, ele era da Sonserina e se chamava Arcturus Black.”

– É meu avô. – Falou Sirius abismado.

– Está no sangue os Caldin gostarem dos Black. – Falou Jay.

– Minha avó não é uma Caldin, é uma Khan. E cala a boca. – Falei dando um tapa nele, que riu. – “Claro que ele não reparou, ele só olha o próprio umbigo, e é um exibido. E para você saber, eu não gosto dele, não sou ‘caidinha’ por ele, e não quero ter nenhum relacionamento com ele, o quero longe de mim.” É assim que se fala vovó. – Comentei.

– Ei, é meu avô. – Falou Sirius.

– Já sei quem você puxou. – Falei e voltei a ler antes dele falar alguma coisa. – “Fiquei alguns minutos no jardim, mas logo tive que entrar para fazer as lições, e assim passei o resto do meu dia.

“Fim”.

– A vida da sua avó não era muito emocionante. – Falou Jay.

– Pode até ser, mas segundo ela, esse diário vai me ajudar. – Falei dando de ombros.

– Me deixa ver. – Falou Sirius pegando o diário da minha avó.

– Ei. – Reclamei, só que o mesmo não deu ouvidos.

Ele passou algumas páginas e sorriu parando em uma.

– Essa vai ser ótima. – Comentou e se preparou para ler. – “27 de novembro de 1910.

“Hoje o dia foi bastante animado, já que era sábado, e fiquei no jardim, que já continha neve, conversando com a Clarisse Norde e a Vanesca Cohnner, minhas amigas. Ficamos falando sobre quantos meninos nós achávamos bonitos, e devo admitir que minhas amigas são muito pervertidas.

“Quando já estava no meio da tarde fui á biblioteca desenhar, passava o tempo desenhando. Peguei o livro de ‘Quadribol Através dos Séculos’ e comecei a desenhar o Pomorim Dourado, usado antigamente nos jogos de Quadribol.

“Então, em um desses momentos desenhando, chegou à pessoa que menos gostava, Reynaud Malfoy.

“- Olhe se não é a lindinha da Emily. – Falou com a sua voz escrota se sentando na minha frente.

“-Olhe se não é o oxigenado do Reynaud. – Falei do mesmo jeito, e dando um sorriso sínico.

“- Não fala assim comigo, sabe que eu te amo. – Falou fazendo voz de indignando.

“- Que pena para mim. – Falei em voz baixa, voltando a minha atenção ao desenho.

“- O que está desenhando? – Perguntou pegando o pergaminho das minhas mãos.

“- Ei, me devolve. – Falei tentando pega-lo de suas mãos, mas inutilmente sucedido.

“- Está ficando bonito. Por que não desenha um para mim? – Falou esquivando das minhas mãos.

“- Porque eu não gosto de você. – Falei e tentei pegar, mas ele colocou mais longe, me fazendo me debruçar em cima dele.

“- Uoooouuu. – Falou e ele estava me olhando.

“- Para de olhar para mim. – Falei tirando o meu desenho de suas patinhas e peguei as minhas coisas, saindo da biblioteca rapidamente, não queria ficar mais 10 minutos na presença dele.

“Mas tirando a pequena e perturbada aparição do Malfoy, meu dia foi perfeito.”

– É, faz um bom tempo que os Malfoy dão em cima da sua família. – Falou Sirius olhando para mim.

– Eeecccaa! – Falei fazendo uma careta, só falta eu descobrir que minha mãe namorou com um Malfoy.

– Mas vê pelo lado positivo, realmente você e a sua avó tem coisas parecidas. – Falou Jay sorrindo.

– O quê? Nós duas tivemos um Malfoy enchendo o nosso saco? – Perguntei.

– Não, vocês duas tem o mesmo tom maroto de falar, de agir, de pensar. – Falou Remo sorrindo, não tinha pensando nisso.

– É verdade. – Concordou Pedro também sorrindo.

– Talvez vocês tenham razão. – Falei sorrindo e pegando o diário da minha avó das mãos do Sirius.

Fui até a minha cama e a coloquei em baixo do travesseiro.

– Se vocês tocarem no diário da minha avó sem eu deixar, vão ficar sem dedinhos. – Falei sorrindo maligna enquanto eu sentava no lado do Jay.

– Pode deixar, não queremos saber a vida toda da sua avó. – Falou Jay colocando o braço no meu ombro sorrindo.

– Vamos tirar uma foto. – Falei levantando e pegando a câmera no guarda-roupa.

– Você ficou com mania de tirar foto. – Comentou Sirius.

– Não fiquei não. Se tivesse mania de tirar foto levaria a câmera em todo lugar. – Falei e sentei no chão. – Vem, vamos tirar foto deitados no chão.

– Vai ficar parecendo foto de garota. – Falou Sirius fazendo uma careta.

– Não se tirarmos com sorrimos marotos. – Falei sorrindo para ele.

– Agora gostei. – Falou e levantou. – Como vamos ficar?

– Que tal formar um circulo encostando as nossas cabeças? – Sugeriu Jay.

– Boa ideia. – Falei.

Remo, Pedro e Jay levantaram e sentaram no meu lado em forma de circulo. Deitamo-nos e levantei a câmera.

– Sorriso maroto. – Falei dando um sorriso maroto, esperei e tirei a foto. Depois de 10 segundos a foto saiu e eu vi. – Essa eu vou colocar a poção. Outra fazendo careta. – Falei e fizemos caretas. Tirei a foto e vi assim que saiu. – Ficou ótima, vou guardar essas fotos minha vida inteira.

Levantei e peguei uma caixa no fundo da minha mala, onde tinha todas as fotos que já tinha tirado, só não tinha as da formatura do Leandro, já que dei para ele guardar de recordação. Depois de colocar a caixa de volta na mala e a mala embaixo da cama, voltei para perto dos meninos, e deitei com a cabeça em cima da barriga do Remo.

– Essa foi às férias mais divertidas que já tive. – Comentei sorrindo.

– Verdade, pena que está acabando. – Falou Sirius e colocou a cabeça na minha barriga.

– Já que vocês dois são folgados e fazem a barriga do outro de travesseiro, onde posso pegar mais três? – Perguntou Jay.

– Pode pegar o meu que está na cama e tem mais dois no guarda-roupa. – Falei sorrindo.

– Obrigado. – Agradeceu Remo quando o Jay deu o meu travesseiro para o Remo enquanto o Pedro pegava os outros dois travesseiros.

Depois que cada um tinha o seu travesseiro, ficamos em silencio sem falar nada.

– Os NOM’s estão chegando. – Comentei mais para mim mesma do que para os outros.

– Vamos ter que estudar bastante. – Falou Remo.

– Vamos não, vamos ser Aurores, é só saber os feitiços de combate. – Falou Sirius.

– Não é bem assim, você tem que saber o máximo de feitiços possíveis para não acabar morrendo. – Falei, lembrando do meu tio Barry.

– Do jeito que você fala parece que já viveu isso. – Comentou Jay olhando para mim.

– Mas eu já vivi.

– Como assim? Você já foi Auror? – Perguntou Sirius rindo.

– Não, mas meu tio já. – Respondi.

– O pai do Hugo? – Perguntou Remo.

– O irmão dele.

– Já? Como assim já foi? – Perguntou Pedro.

– Ele foi Auror antes de morrer. – Respondi, não tinha nenhum problema em falar disso, não lembro muito do tio Barry, mas nunca vou ser Auror por esse trauma.

– Faz quanto tempo que ele morreu? – Perguntou Jay.

– Mais ou menos 11 anos. – Informei.

– Que pena, morreu novo. – Falou Remo.

– Os bons morrem sedo. Como dizia a minha avó. – Falei.

– Meu Merlin, então eu vou morrer novo? – Perguntou Sirius abismado, fazendo todo mundo rir.

– Não somos bonzinhos, Sirius, podemos ser melhor que outros, mas não somos santos. – Falei sorrindo.

– Talvez você não seja, mas eu sou um santo. – Falou fazendo cara de inocente.

– Vou ignorar esse comentário. – Falei rindo junto com os meninos.

Depois disso fiquei mexendo no cabelo do Sirius enquanto o mesmo brincava com a varinha e o Remo mexia no meu cabelo. Já o Jay estava fazendo desenhos com o dedo no tapete e o Pedro estava deitado, quieto, parecia que já tinha dormido. Depois de mais ou menos 10 minutos assim e sem falar nada comecei a ficar com sono.

– Que horas são? – Perguntei com voz de sono para ninguém em especial.

– Quase 11 horas. – Respondeu Remo com voz de sono também.

– Só eu estou com sono? – Perguntou Sirius sonolento.

– Não, a tarde foi bastante agitada. – Falou Jay quase fechando os olhos.

– Nem me diga. – Comentou Remo.

Dei um bocejo longo e escutei os outros meninos darem também. Continuei mexendo no cabelo do Sirius, só que com os olhos fechados. Escutei o Jay se arrumar e senti a respiração leve do Remo, esses dois já tinham dormido. Acho que não demorou nem dez minutos para eu dormir também, nem sei se o Sirius já estava dormindo ou não, mas sei que quando dormi não tinha nada na cabeça.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Comentem o que acharam, vou adorar lê-los de novo, estava com saudades.
Talvez eu demore um pouco para postar o próximo, pois vou estar focada em um dos capítulos da minha outra fic, então tenham paciência, por favor.
VOCÊS PODERIAM ME AJUDAR? Estou gostando de um garoto da escola, mas não sei se ele gosta de mim e eu não sei como posso mostrar para ele que gosto dele. Vocês podem me dar algumas dicas? Isso ajudaria muito.
*Nox.