A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 73
Descobrindo coisas interessantes


Notas iniciais do capítulo

*Lumus!
Oi, gente, demorei para postar, não é? Mas eu juro que foi sem querer. Vou me explicar, fiquei umas duas semanas sem criatividade nenhuma para escrever, depois fiquei sem computador, então veio as provas (que ainda estão tendo), mas eu estava escrevendo no meu caderno, então nessa semana comecei a passar para o computador, e só acabei hoje. Me desculpem de verdade pela demora.
Bom, espero que gostem do capítulo, comentem, recomendem, compartilham, tudo o que vocês quiserem. Se quiser me perguntar alguma coisa, pode perguntar, se quiserem me matar, também podem.
Beijos e boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/329775/chapter/73

P. D. V. Carol

Nós, os Marotos, estávamos sentados no chão da sala da casa dos Potter, jogando Snap Explosivos. Nesse exato momento estavam o Jay e o Sirius, os dois maiores rivais no Snap Explosivos, jogando, e parecia que estavam empatados.

Sabe como essa rivalidade começou? Comigo. Em um lindo dia de verão, no ano passado, estávamos jogando (Remo, Pedro, Jay, Sirius, Frank e eu) Snap Explosivos. Eu já tinha vencido do Remo, do Pedro, e do Frank naquele dia, então todo mundo começou a falar que quem vencesse de mim seria o melhor, e acabou que os dois venceram (sim, eu tinha os deixado vencerem só para ver a treta).

Já estava acabando o montinho, e os dois estavam com um montão no lado (acho que o Sirius estava vencendo por duas cartinhas). Não demorou mais de 20 minutos para o jogo acabar e começar a contagem. A contagem acabou com 16 para o Jay e 18 para o Sirius.

– Ah há! Ganhei! Sou o melhor. – Comemorou Sirius.

– Sorte. – Resmungou Jay com a cara fechada.

– Ai, parem com isso. Eu sou bem melhor que vocês. – Falei revirando os olhos.

– Nada a ver, nós ganhamos de você. – Falou os dois juntos, como sempre.

– Eu deixei vocês ganharem só para ver a treta que iria acontecer. E valeu a pena. – Falei sorrindo marota. (Remo estava segurando a risada)

– Não acredito nisso. – Falou Sirius.

– Vamos tirar a prova, então. – Falei tirando a minha varinha do bolso e sentando no lugar em que o Sirius tinha sentado.

Alguns minutos depois...

Eu estrava acabando com a praia do Sirius, já estava quase acabando o monte, e eu tinha uma boa quantidade de cartinhas a mais que o Sirius. Ele estava ficando irritado com aquilo, ele não gosta de perder. Assim que a última cartinha foi tirada, fizemos a contagem, e eu acabei ficando com cinco pares de carta a mais que o Sirius.

– Nunca mais vou desconfiar de você. – Falou Sirius me olhando sorrindo torto.

– Você já me disse isso. – Falei sorrindo para ele também.

– Minha nossa, o cabelo de vocês precisam ser cortados urgentemente. – Falou a senhora Potter.

– Já faz um bom tempo que não corto o cabelo. – Comento, já fazia uns 7 meses que não corto o cabelo.

– Vamos cortar esses cabelos hoje, agora. – Falou e foi pegar a sua bolsa, que se encontrava perto da cozinha.

– Posso pintar o meu cabelo de rosa? – Perguntei, queria ver sua reação, minha mãe piraria.

– Que? – Perguntou abismada, era ela mais calma que minha mãe.

– Só queria ver sua reação, minha mãe piraria. – Respondi sorrindo.

– E com razão. – Falou sorrindo também. Ela seguiu até a porta e parou perto da mesma. – Por que ainda estão sentados? Vamos, levantem-se.

– Mas, mãe... – Tentou protestar Jay, mas a senhora Potter não o deixou continuar.

– Sem mas, vocês precisam cortar esses cabelos, eles estão enormes.

– Você que vai pagar? – Perguntou Sirius na maior cara de pau, e eu bati no seu braço o repreendendo.

– Claro, Sirius. – Respondeu rindo.

– Então vamos. – Falou Jay revirando os olhos e levantando junto com os meninos.

– Aonde vamos? – Perguntou o mesmo a senhora Potter, já na rua.

– No cabeleireiro aqui perto. – Respondeu nos guiando.

Andamos pelas ruas durante uns 15 minutos até achar uma barbearia. Entramos na mesma e a senhora Potter falou o corte dos meninos para um moço, que ficou me olhando enquanto eu conversava com os meninos. Saímos, eu e ela, logo depois que a mesma falou tudo para o moço (que ficou olhando nós saindo da barbearia). Atravessamos a rua e fomos ao cabeleireiro algumas casas de distancia.

P. D. V. Jay

Fiquei olhando a minha mãe e a Carol saírem da barbearia. Também reparei que o atendente ficou olhando muito para Carol, essa é a parte ruim de ter amiga bonita, todos ficam olhando para ela. Depois que minha mãe e a Carol saíram das nossas visões o atendente virou para nós.

– Bom, vamos fazer o que a dona Potter falou, néh? – Falou sorrindo. – Antônio, Guill, Karlos, venham até aqui, por favor. – Falou para uma porta.

De lá saíram dois senhores e um moço de meia idade.

– Antônio, você fica com o Pedro. – Falou para o homem de meia idade e apontou para o Pedro. O mesmo levou o Pedro até uma cadeira. – Guill, você fica com o Sirius. – Falou para um dos velhos e apontou para o Sirius, o mesmo seguiu o idoso até uma cadeira. – Karlos, você com o Remo. – Falou e apontou para o Remo, e o ultimo homem levou-o para uma cadeira. – E você comigo. – Falou sorrindo para mim.

O segui até uma cadeira, e ele começou a molhar o meu cabelo.

– Então, a menina que estava com você era sua irmã? – Perguntou fingindo que não queria nada, mas eu conheço esse tipo, sou um deles.

– Não, ela é minha amiga. – Respondi sem preocupação.

– Nova no bairro? – Perguntou pegando uma tesoura.

– Não, ela não mora aqui, só veio passar o natal.

– Hum, e de onde se conhecem?

– Da escola, somos amigos desde que entramos nela, ela é quase uma irmã para mim. – Falei e fiquei olhando-o pelo espelho, e ele ficou sem jeito.

– Humm. – Resmungou e começou a cortar o meu cabelo. – Sabe se ela tem namorado?

– Não, ela não tem. Mas acabou com um namoro recentemente, não está com cabeça para namorar agora. – Respondi, e ele corou.

– Você gosta do seu cabelo mais curto, médio ou comprido? – Perguntou mudando de assunto rápido.

– Médio. – Respondi sorrindo, mas na verdade estava segurando a risada.

P. D. V. Carol

Entramos e fomos até a recepção, falamos que queríamos cortar o cabelo, e a senhora Potter iria fazer as unhas. E como só tinha uma moça para corta o cabelo livre, deixei a senhora Potter cortar antes, pois ela iria pintar a unha também, pura logica. Pois enquanto eu cortava o cabelo ela pintava a unha e saíamos de uma vez.

Fiquei sentada numa das cadeiras que se encontrava livre lá, enquanto a senhora Potter ia cortar o cabelo. Aproveitei e peguei uma revista de cortes de cabelo que achei. Fiquei folheando e vi vários cabelos legais e bonitos, só que não dava para fazer no meu cabelinho lindo e divo esses cortes, e minha mãe nunca iria deixar fazer alguns.

Não demorou 10 minutos para cortar o cabelo da senhora Potter, e ela ficou muito linda. Era um corte reto na altura da orelha, o que combinou com o rosto fino dela, ficou muito legal. Ela sentou na frente de uma das manicures e eu segui a cabeleireira para lavar o meu cabelo, para conseguir cortar o meu cabelo lindamente.

Lavei o cabelo e sentei numa cadeira que a moça me direcionou e começamos a conversar sobre como queria o corte do meu cabelo. Acabou que combinamos que vou cortar meu cabelo em V e a minha franja fashion do jeito que estava antes, só mais curto. Enquanto ela começava a cortar, começamos uma conversa animada.

– Você é nova aqui no bairro? – Perguntou sorrindo.

– Não, eu não moro aqui.

– Então é parente de Dorea?

– Também não, sou amiga do filho dela, amiga de escola faz tempo.

– Amiga, sei. – Falou irônica.

– É verdade, ele é quase um irmão para mim.

– Vocês já devem ter tido algo. – Falou sorrindo igual ao Sirius, o Sirius tinha uma parente trouxa e não sabia? (Estou brincando, calma).

– Na verdade, não, estou tentando ajuda-lo a conquistar a menina que ele é perdidamente apaixonado. Mas ele é muito cabeção para me ajudar a ajuda-lo. – Falei e ela riu.

– Todos os homens são assim. Com o meu marido ele demorou cinco anos para falar que gostava de mim. Nós trabalhávamos no mesmo banco, e depois de casada vim trabalhar aqui, e isso já faz uns seis anos.

– Homens, atura-los é melhor que não tê-los. – Comentei e ela concordou comigo com um aceno de cabeça.

Demorou mais 5 minutos para ela acabar de cortar o meu cabelo, até a franja, e segui ao encontro da Sra. Potter, que estava acabando de fazer as unhas. Depois que terminou agradecemos as moças que nos atenderam e fomos pagar. Saímos do cabeleireiro logo em seguida, e claro que a senhora Potter elogiou meu cabelo, era a Sra. Potter, e eu elogiei o dela.

Fomos até o barbeiro pegar os meninos e pagar (demoramos 30 minutos com os nossos cabelos), e os meninos ainda não estavam prontos, estavam finalizando seus cortes. Sentei numa cadeira enquanto a senhora Potter pagava. Depois de 10 segundos o Jay se sentou no meu lado, e o moço que tinha nos atendido quando vimos ficou me olhando de novo.

Ficamos mais dez minutos esperando na entrada os outros meninos terminarem seus cortes, e todo esse tempo o carinha ficava me olhando “discretamente”, tomara que nenhum dos meninos tenha reparado. Quando finalmente todos os meninos chegaram olhei para cada um deles, e consegui ver seus olhos novamente, fazia um bom tempo que não os via.

– Nossa, estou vendo seus olhos novamente. – Comentei com a boca aberta e a senhora Potter sorriu.

– E você está com o rosto mais definido. – Falou Jay com uma cara, sou sexy, gostoso e o máximo, e não consegui segurar o sorriso (e isso causou um suspiro do carinha que ficava me secando).

– Todos estão lindos, mas acho melhor voltarmos, Charlus chega daqui a pouco por ser natal. – Falou a senhora Potter e saímos da barbearia, mas antes eu olhei o carinha e ele estava com cara de bobo, comecei a rir quando na hora.

– Que foi? – Perguntou Remo sorrindo.

– Nada, não. – Respondi ainda sorrindo.

Horas depois...

Já eram 10 horas da noite, e estávamos todos jantando, e claro, vestidos graciosamente. Eu estava com um vestido com manguinha vermelho, que ia até o joelho. Os meninos estavam com calça jeans e camisa social, assim como o senhor Potter. Já a senhora Potter estava com um vestido de alça azul marinho comprido (até o pé). Todos estavam lindos.

Comemos peru, frango, lasanha, torta de palmito, arroz e lentilha. De sobremesa comemos pudim, bolo de chocolate e torta de morando, que estava uma delicia. Jantamos só comidas típicas trouxas, tirando as nossas famosas bebidas, whisky de fogo, suco de abobora e cerveja amanteigada.

Depois do jantar eu, os meninos e o senhor Potter fomos “jogar” Quadribol, e a senhora Potter ficou narrando, e ela era boa nisso. Os times ficaram assim: CSP (Eu, Sirius e Pedro) contra o time JRSP (Jay, Remo e senhor Potter).

O jogo começou bem, estava equilibrado, até o Remo fazer um gol (Pedro estava como goleiro, e o senhor Potter estava no outro). Eu e Sirius fizemos vários gols, mas o senhor Potter era muito bom, pegou varias goles jogadas. E o jogo acabou com o time vencedor o time JRSP, por dois pontinhos a mais, mas eles mereceram, colocaram o Remo para me marcar ( e ele é grande).

Logo depois que tudo acabou nos sentamos no jardim, eu e os meninos na grama, e o senhor e a senhora Potter numa cadeira, e assim começamos a conversar sobre coisas banais. Depois de uns 10 minutos os senhores Potter entraram para fazer sei lá o que, então ficamos eu e os meninos.

– Carol, Carol, você está arrasando corações. – Falou Jay passando o braço no meu ombro.

– Como assim? – Perguntei sem entender.

– O atendente na barbearia, ele ficou te secando o tempo todo. – Respondeu.

– Ah, isso. Eu percebi.

– Ele ficou me perguntando sobre você enquanto cortava o meu cabelo. – Falou me olhando.

– E?

– E que ele perguntou se você tinha namorado, falei que não, mas que não queria um agora. – Respondeu sorrindo.

– Obrigada. – Agradeci sorrindo também.

– De nada, você é como uma irmã mais nova que nunca tive, sempre vou cuidar de você. – Falou dando o seu sorriso fofo.

– Eu sei. – Falei o abraçando.

Ficamos conversando até dar meia noite, depois disso entramos e começamos a abrir os presentes. Ganhei um colar do senhor e senhora Potter, um anel do Remo, doces do Pedro, logros do Sirius e Jay, livros de ficção dos meus tios, um par de brincos do Leandro e da Sophia, uma carta da Gina falando as novidades, e um diário dos meus pais, o que achei um pouco estranho.

Quando olhei melhor, tinha um cartão na capa de trás do diário. Peguei-a e vi a letra da minha querida mãe.

Carol, você deve ter achado estranho o presente, mas não ache. Esse diário era da sua avó nos seus 15/16 anos, e ela me pediu para lhe entregar quando completasse 15 anos, mas acabamos esquecendo de lhe entregar no seu aniversário.

Espero que lhe seja útil,

Com amor, mamãe, papai e vovó.

Sorri com aquilo, a vovó sempre tinha essas surpresas, mesmo depois de morta (que ela descanse e enteje em paz). Olhei os meninos e eles tinham ganhado coisas legais também, pelo sorriso deles. Logo depois de abrir todos os presentes a senhora Potter mandou-nos todos irem dormir, e nós obedecemos, claro, sem pensar duas vezes.

No outro dia...

P. D. V. Carol

Eu queria ficar num lugar calmo, sem barulho, nem um lugar que os meninos focem com frequência. E o único lugar que poderia ter esse sossego seria em uma biblioteca, mas aqui não tinha uma biblioteca para eu conseguir começar a ler o diário da minha avó. Espera, aqui tinha uma biblioteca, a biblioteca da senhora Potter.

Sai apresada, mas sem chamar atenção, do “meu” quarto e fui até a porta que tinha visto no primeiro dia aqui na casa dos Potter, onde tinha acontecido o pequeno incidente com o Sirius. Abri a porta e entrei, logo fui até o meio das prateleiras (Gosto de ler no meio das prateleiras, é mais silencioso).

Sentei no chão e abri o diário na primeira página, onde tinha outra carta nela, mas parecia ser mais antiga. A peguei e comecei a lê-la:

Carol, se você estiver lendo essa carta, é porque já completou 15 anos e sua mãe cumpriu sua palavra, e eu já não estou ao vivo para te entregar pessoalmente.

Estou lhe dando este diário, pois sei que você é diferente (mais parecida comigo, principalmente) e acho que as minhas experiências podem te ajudar no futuro, ou até no presente.

Beijos, da sua avó Emily.

Virei à outra página, onde tinha uma letra maravilhosa, a letra da minha avó mais nova.

15 de setembro de 1910

Hoje é a primeira vez que escrevo aqui, pois meu antigo diário acabou as folhar. Eu estou no meu 5º ano aqui em Hogwarts e está sendo maravilhoso, como já era previsto.

Hoje teve o primeiro jogo do campeonato escolar de quabribol em Hogwarts, Grifinória VS Sonserina, e a Sonserina acabou ganhando por 100 pontos...

– Carol, o que faz aqui? – Perguntou uma voz femininame interrompendo.

– Senhora Potter!? – Falo quando a vejo.

– O que está fazendo aqui? – Pergunta novamente sorrindo e se sentando no meu lado.

– Eu queria ler o diário da minha avó em paz, e no meu quarto não daria, pois os meninos iriam ficar entrando o tempo todo. – Respondi.

– Entendo. – Falou e reparei que ela estava com um livro também, e parecia que a mesma cuidava muito bem dele.

– Que livro é esse, senhora Potter? – Perguntei curiosa, odeio quando sou curiosa para essas coisas.

– É o livro da árvore genealógica da família, ela se modifica com os acontecimentos ao passar do tempo. – Explicou.

– Então mostra toda a família Potter? – Perguntei abismada, nunca tinha visto uma dessas.

– Isso. Mostra toda a família de Charlus e toda a minha família. – Falou sorrindo para mim. – Funciona assim, no meio do livro tem as últimas gerações da família, do lado esquerdo a família de Charlus e do lado direito a minha família. – Falou mostrando tudo o que explicava.

– Então quando o Jay casar vai aparecer à família da mulher dele?

– Não, vai mostrar o nome dela e os filhos que tiverem, só.

– Ah tá, entendi. – Falei e voltei a prestar atenção no livro da senhora Potter.

Avistei o nome do Jay, o nome do senhor Potter e o nome da senhora Potter, mas espera, “Dorea Black Potter”? Como assim a senhora Potter é uma Black? Como ninguém nunca me contou? Como nunca souberam disso?

– Sim, eu sou uma Black, mas não me julgue por isso, sei como é a minha família. Não queria que ela fosse assim, mas não posso muda-la. – Falou quando viu minha expressão de surpresa, acho.

– Não vou julga-la, o Sirius é um Black e é uma ótima pessoa. – Falei olhando-a. – Não estou falando que gosto da família Black, mas... Deixa pra lá. – Falei antes de começar a falar alguma besteira.

– É, o Sirius é mesmo uma ótima pessoa. – Falou rindo do meu comentário e virou a página, e com isso consegui ver os avós do Jay, junto com os tios e filhos dos tios.

A senhora Potter tinha três irmãos, e ela era a mais nova. O irmão mais velho era pai da mãe do Sirius, então a senhora Potter era tia da mãe do Sirius, tia-avó do Sirius, e o Sirius e o Jay eram primos. E tenho certeza que eles não sabem disso.

– Senhora Potter, você é...? – Comecei a perguntar, mas a mesma me cortou.

– Sim, sou tia-avó do Sirius, mas acho que ele não sabe. Walburga nunca gostou de mim, eu era só alguns anos mais velha, talvez 6/7 anos, mas ela nunca gostou de mim, e nunca descobri o porquê.

– A mãe do Sirius gosta de não gostar de muitas pessoas sem motivos. – Falei, eu era uma delas.

– Walburga sempre foi estranha para sentimentos. – Comentou á senhora Potter.

– Isso quer dizer que o Sirius e o Jay são primos de 2º/3º grau? – Perguntei mudando de assunto, não gosto muito de falar da senhora Black.

– Sim, primos de 3º grau mais precisamente. – Respondeu sorrindo.

– E eles não sabem disso. – Conclui sorrindo.

– Isso. – Respondeu novamente. – Quando o Jay me falou que um amigo dele estava tendo problemas com a família e iria ficar sozinho em Hogwarts e o Jay me pediu para deixa-lo vir para cá passar o natal conosco, não gostei muito da ideia de principio, mas quando ele me falou que era o Sirius e vi de quem era filho, deixei na hora. Poderia compreender o que ele estava passando.

– Eu já tinha falado para o Sirius passar o natal em casa, mas ele nunca aceitava, achava melhor não ir e ficar em Hogwarts. A senhora foi a nossa salvação, ninguém gostava da ideia do Sirius ficar sozinho em Hogwarts. – Falei sorrindo verdadeiramente para ela.

– Não foi nada, o Sirius é um bom menino, tem seus defeitos, mas todo mundo tem. – Falou sorrindo também.

– Todos eles são. Ás vezes acho que não poderia ter achado amigos melhores. Eles sabem quando você precisa deles, mesmo não falando nada, nem demonstrando, nem estando por perto. – Falei me lembrando do dia mais horrível da minha vida, o dia que o Malfoy me beijou, e o dia que eu percebi que poderia contar com os meninos sempre que eu quisesse e precisasse.

– É bom encontrar amigos assim. – Falou senhora Potter me olhando nos olhos, que com certeza estavam brilhando de emoção.

– Verdade. – Concordei sorrindo igual a uma boba, com certeza. – Acho melhor eu ir, os meninos devem estar me procurando.

Levantei-me e sai da biblioteca da senhora Potter o mais depressa possível, acho que ela precisava ficar mais sozinha do que eu. Fui até o meu quarto, deixei o precioso diário da minha avó lá e desci para a sala, onde espera encontrar os meninos, mas eles não se encontravam lá, o que estranhei um pouco.

Logo depois desse pensamento escutei as famosas risadas deles, e vinha do jardim, então resolvi ir até lá. Abri a porta e com o meu reflexo de artilheira, peguei uma perigosa goles que ia entrando na cozinha. Mas como essa goles veio parar ali?

– Carol, nós acertemos a goles em você? – Perguntou Remo voando, com a minha vassoura, até mim.

– Não, não acertaram, mas se eu não tivesse pegado já teria quebrado alguma coisa na cozinha. – Respondi e joguei a goles para o Sirius, que tinha chegado com os outros meninos.

– Culpe o Remo, ele que deixou a goles passar. – Falou Jay.

– Culpa minha? Foi você quem jogou forte demais, além de alto. – Retrucou Remo olhando para o Jay.

– Não comece, por favor, ninguém merece uma discussão por isso. A culpa não é de ninguém. – Falou Sirius antes deles recomeçarem a falar para começar uma discussão.

– Concordo. – Comentei.

– Onde estava? – Perguntou Pedro para mim, mudando de assunto. Agora eu não sei se foi de proposito ou só por perguntar?

– Conversando com a senhora Potter. – Respondi para ele.

– Sobre o que ficaram falando? – Perguntou Jay.

– Sobre você ser um idiota perto de Lilian Evans. – Falei irônica. – Nada de interessante. – Falei sorrindo e dando de ombros, queria mata-los de curiosidade.

– Começou, agora nos conte os detalhes. – Falou Sirius.

– Está bem, mas vamos nos sentar, porque conversar de pé não é confortável. – Falei.

Andamos até as cadeiras de sol perto da piscina, em um semicírculo, onde nós cinco conseguíamos ver cada um.

– Comece do começo, por favor. – Falou Sirius me olhando.

– Está bem. – Falo revirando os olhos. – Eu estava num dos quartos da casa tentando começar a ler o diário da minha avó, então a senhora Potter apareceu com um livro também. Começamos a conversas e acabei descobrindo que era o livro da árvore genealógica da sua família. – Falei olhando para o Jay.

– Descobri que a senhora Potter é uma Black, tia da sua mãe... – Falei olhando para o Sirius. – Então vocês dois são primos de 3º grau. E que sua mãe se chama Walburga. – Falei olhando, novamente para o Sirius.

– Droga, não era para ninguém saber. – Resmungou Sirius, causando risos de todos.

– Sem querer ofender, mas Walburga da mais medo que Morgana. – Falou Jay quase rindo.

– Da mais medo que Morgarath. – Falei sorrindo.

– Onde viu esse nome? – Perguntou Pedro para mim.

– Num livro que li na infância. – Respondi.

– Nomes que dão mais medo: Walburga, Morgarath e Morgana. Você-sabe-quem nem entra nessa lista. – Falou novamente Jay sorrindo.

– Ok, já entendi, agora parem de zoar com a minha cara. – Disse Sirius parecendo mal-humorado.

– Não estamos zoando, estamos falando a verdade. – Falou Jay brincando para o Sirius.

O mesmo levantou com cara de bravo e seguiu para dentro da casa.

– Sirius. – Falei quando ele passou por mim.

Vi-o entrar na casa e virei para ou outros meninos.

– Vai falar com ele. – Falou Remo olhando para mim.

– Eu? Por que eu? – Perguntei abismada.

– Vocês se intendem, além de não parecer gay falando por ser uma menina. – Respondeu Jay sorrindo de lado.

– Está bem. – Concordei suspirando e levantei.

– Boa sorte! – Falou Pedro para mim.

Segui correndo para dentro da casa dos Potter, e fui até a sala, mas não tinha ninguém. Escutei uma porta se fechar com mais violência que o normal, e logo soube onde o Sirius se encontrava. Subi as escadas e fui até o quarto do Jay, que também era o quarto do Sirius, por enquanto, nessas férias.

Parei em frente à porta e tentei escutar alguma coisa, Sirius resmungando, mas foi sem sucesso, estava mais silencioso que de noite em Hogwarts. Abri a porta silenciosamente e avistei o Sirius, deitado na “sua” cama, com os olhos fechados. Andei até chegar perto da cama e falei:

– Sirius.

– O que foi? – Perguntou ainda sem abrir os olhos.

– Não leve a sério o que falamos do nome da sua mãe. – Falei sentando na sua barriga (sem varinha é claro). – Nós só estávamos brincando.

– O problema não é esse, o problema foi que tudo o que vocês falaram era verdade, o nome da minha mãe diz claramente quem ela é. – Falou olhando para o lado.

– Sirius, nós só estávamos brincando, não estávamos falando sério. – Falei, mas ele continuou olhando para o lado.

Desci de cima dele e me ajoelhei na frente do mesmo, na direção que ele estrava olhando.

– Não é só por causa disso, néh?

– Para se sincero, não. – Eu tive uma noite péssima, praticamente não dormi. – Falo com o olhar cansado.

– Você lembra-se do sonho? – Perguntei mexendo no seu cabelo, adoro fazer isso.

– Não, só sei que acordei umas cinco vezes de noite e uma de manhã.

– Não posso te ajudar muito nesse quesito, meu dia fica péssimo também quando acordo de noite, não sei um jeito de melhorar isso. – Falei sorrindo de lado e suspirando.

– Sem problema, eu vou tentar não ficar mais tão mal-humorado. – Falou sorrindo.

– Isso vai ser ótimo. Ninguém gosta de te ver bravo, mal-humorado, etc e tal, não parece você. – Falei revirando os olhando e sorrindo, o fazendo rir.

– Vamos descer. – Falou sorrindo.

Levantamo-nos de onde estávamos e saímos do quarto.

– Você não iria ou estava começando a ler o diário da sua avó? – Perguntou para mim, e eu concordei com a cabeça. – O que descobriu?

– Que a vovó me achava parecida com ela, só. – Respondi quase fazendo uma careta.

– Não acredito que você sabe mais da minha família do que eu. – Comentou rindo.

– Sou curiosa. É o meu defeito e qualidade. – Falei dando de ombros.

– Ás vezes essa sua curiosidade é uma benção. Por sai causa descobrimos o segredo do Remo, achamos todas as passagens...

– Entramos em várias encrencas, criamos inimigos, fui várias vezes ameaçada. É, minha curiosidade é uma benção. – Falei na maior ironia.

– Você só pensa no lado negativo da coisa. – Falou colocando o braço no meu ombro.

– Só estou sendo realista. – Falei o olhando.

– Então seja menos realista e mais otimista. – Falou. – Você não vê que você é uma curiosalista de primeira classe?

– Curiosalista? Sirius, essa palavra não existe. – Falei rindo, esse moleque é doido.

– Agora existe, e você é uma. – Falou sorrindo.

– Está bem, você quem manda. – Falei levantando a mão em forma de redenção.

– Puxa saco. – Falou revirando os olhos.

– Não sou puxa saco, só não adiantaria discutir com você por isso. – Falei dando um soco de leva na sua barriga, o fazendo rir (isso tudo na escada).

Quando chegamos à cozinha, quase na porta de saída para o quintal, o Sirius me chama de lado e me abraça, agradecendo.

– Vou começar a não deixar mais vocês dois sozinhos. Toda vez está acontecendo abraços, beijinhos na bochecha, agarra-agarra, risos, mão dadas, braço no ombro...

– Já entendi James. – Falou Sirius cortando o discurso do Jay, sorrindo claro.

– Mas eu nem comecei. – Protestou, e sim, eu e o Sirius ainda estávamos abraçados.

– Pelo jeito deu certo. – Falou Remo Sorrindo marotamente.

– Meus argumentos são muito convincentes. – Respondi sorrindo.

– Sei seus argumentos. – Falou Jay levantando as sobrancelhas e sorrindo marotamente.

Soltei-me do Sirius e dei um tapa na cabeça oca do Jay e um chute na canela.

– Ai, ai, ai... – Falava enquanto pulava de um pé só, segurando a canela.

– Conheça um dos meus argumentos. – Falei sorrindo marota colocando a mão no quadril.

– Ok, ok, já vi que funcionam. – Falou com cara de dor.

– Como eu disse, bem convincentes. – Falei e coloquei o meu braço no ombro do Jay, sorrindo convencida, fazendo os meninos rirem.

– Vem cá, sua convencida. – Falou Jay me abraçando no pescoço e mexendo no meu cabelo, de brincadeira, causando mais risos dos meninos.

Quando me soltei o meu cabelo estava em pé, e os meninos se jogaram no chão de tanto rir, e eu comecei a rir com a risada deles tentando arrumar o meu cabelo com a mão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? O que acham que deve melhorar? Comentem, ficarei feliz em lê-los. E leitores novos, não se acanhem, pode comentar, adoro ver opiniões novas.
Beijos e até os comentários e/ou o próximo capítulo.
Beijos, beijinhos e beijocas.
*Nox.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Marota- Caroline Caldin" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.