A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 75
De volta ao lar


Notas iniciais do capítulo

*Lumus!
Oi pessoas lindas do meu coração. Então, já vou começar me desculpando, desculpa pela demora, muita demora, eu estava concentrada na minha outra fanfic, ai meu computador quebrou e demorou para conserta-lo, então quando o computador finalmente voltou faltou criatividade, e essas duas ultimas semanas tive prova na escola, então eu realmente não tive muito tempo para escrever.
Esse capítulo ficou grandinho, espero que gostem e boa leitura.



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D. V. Dorea Potter

Mais um dia de férias do meu querido James com os amigos em casa. Posso falar com clareza que não tenho nada contra o James trazer amigos, antes ele ficava tão sozinho, agora, pelo menos, ele de diverte. Certo, eles fazem muito bagunça, mas eu não ligo também, não tenho nada, na maior parte do tempo, para fazer aqui, e eles me fazem rir o tempo todo com suas brincadeiras.

Era, mais ou menos, 7:45 da manhã, e era sábado, então daqui a um dia os meninos voltariam para Hogwarts, e essa casa ficaria silenciosa outra vez, sentiria falta. Mas vou parar de falar na minha cabeça sozinha, isso está me deixando chateada. Levantei da cama e me troquei, Charles já tinha levantado e estava saindo do banheiro quase devidamente trocado para o trabalho.

Ele veio até mim e me deu um selinho de bom dia.

– Bom dia, amor! – Disse depois do beijo.

– Bom dia. – Falei sorrindo. – Vou fazer o café, acaba de se trocar e desce. – (Ele só estava com a calça).

– Está bem. – Respondeu e foi escolher uma camisa.

– Sai do quarto e comecei a andar pelo corredor, parei no quarto que Remo e Pedro dormiam e abri a porta, mas não achei nenhum dos meninos lá. Fui até o quarto do James e não vi nenhum dos meninos lá, sem uma sombra. Sim, eu tenho essa mania de olhar todos todas as manhãs, fiz isso às férias inteiras (Menos no dia que o Sirius e a Carol estavam dormindo juntos no sofá).

Então fui ao quarto que estava a Carol, esperando que ela também não estivesse lá e todos estivessem na cozinha fazendo bagunça, mas nunca estive tão errada sobre isso. Assim que abri a porta encontrei todos deitados no chão, um em cima do outro.

James estava deitado de lado na horizontal, Pedro estava de barriga para baixo na vertical acima do James. Já remo estava na vertical com a Carol deitada na sua barriga, à mesma estava na horizontal e com o Sirius deitado na barriga dela, e roncando (não tanto quanto o Pedro, mas estava roncando, o Sirius não a Carol). Todos estavam parecendo um anjo, cada um deles.

– Dorea, o que está olhando? – Perguntou Charles parando no meu lado, rindo logo em seguida pela sena do quarto. – Eles têm tamanho, corpo e idade de 15 anos, mas ainda se comportam como se tivessem 9 anos.

– Pode ser. Eles se conhecem dês dos 11 anos de idade, mas parece que se conhecem desde pequenos, pelo que James me falou. - Disse.

Tive uma ideia, a câmera da Carol está em cima da penteadeira, que tal registrar esse momento único na vida deles? Tenho certeza que a Carol vai adorar, pelo que os meninos me disseram quando ele não estava outro dia, ele adora tirar foto de momentos importantes ou só por tirar.

Fui silenciosamente até onde estava a câmera e a peguei, ligando logo em seguida para tiras a foto. Centralizei bem a foto e tirei, fazendo um barulho mais alto do que eu esperava, mas graças a Merlin, ninguém acordou para me pegar com a mão na botija. É mão na botija ou boca na massa? Não importa agora, o importante é que eu tirei a foto e a mesma saiu e vi que ficou muito boa para quem não está acostumada.

Coloquei a foto e a câmera no lugar em que estava e voltei para perto de Charles. Dei um selinho nele bem demorado e ele me abraçou pela cintura fazendo nossos corpos ficarem bem próximos, então teve um resmungo atrás de nós e quando olhamos para as crianças nenhuma estava acordada, só a Carol que estava virando a cabeça para outro lado.

Charles e eu trocamos olhares aliviados e sussurrei no seu ouvido:

– Vamos descer e tomar café, deixe-os aproveitarem o último dia de dormir até tarde.

Ele concordou com um aceno de cabeça e começamos a descer as escadas calmamente.

P.V. D. Carol

Senti uma coisa saindo de cima da minha barriga, o que achei estranho, mas eu estava com tanto sono que nem liguei. Como eu estaca de barriga para cima, virei de lado e coloquei a minha mão em baixo da minha cabeça, mas, espera, não parece o meu travesseiro. Abri os olhos e vi que estava deitada em cima do Remo, eu estava com tanto sono (de novo) que esqueci que os meninos dormiram aqui no meu quarto.

Levantei a cabeça para olhar o quarto melhor e vi o Pedro de barriga para baixo com o rosto no travesseiro, James estava de lado, Sirius estava de barriga para cima com a boca aberta, e o Remo estava em baixo de mim de barriga para cima. Quanto tentei levantar escutei o Remo suspirar e quando olhei para ele, o mesmo estava se espreguiçando.

– Eu te acordei? – Perguntei o olhando com sono.

– Não, eu acordei agora. – Respondeu com cara de sono.

– Eu também. – Respondi sentando, sendo seguida pelo Remo que olhou em volta.

– Nós dormirmos no seu quarto? – Perguntou.

– É o que parece. – Respondeu Jay sentando também.

– Ai, ai! – Disse Sirius abrindo os olhos. – Onde estou? – Perguntou olhando em volta.

– No meu quarto. – Respondi o fazendo olhar para mim.

– Entendi. – Respondeu sentando também.

Eu estava com tanto sono (ok, tenho que parar de falar isso) que apoiei a minha cabeça no ombro do Remo e fechei os olhos de novo. Depois de alguns segundos alguém pulou em cima de mim, me fazendo deitar no chão e ficando em cima de mim. Quando olhei era o Sirius sorrindo maroto e segurando as minhas mãos.

– Acorda menina, não pode mais dormir. – Disse rindo por dentro.

– Sirius, você é muito chato. – Disse ainda com voz de sono.

– Eu sei. – Falou sorrindo. – Você não deveria ter apoiado a cabeça no ombro do Remo. – Disse no meu ouvido, me fazendo rir.

– Ficou com ciúmes? – Perguntei rindo no seu ouvido.

– Nós vamos nos trocar, esperamos vocês lá em baixo. – Falou Jay já na porta.

– Ok. – Respondeu Sirius.

Assim que todos saíram e fecharam a porta, Sirius voltou a olhar para mim, que estava quase fechando os olhos novamente.

– Carol! – Falou Sirius me balançando.

– Para Sirius, estou cansada. – Falei coçando a cabeça, não sei por que eu ainda estou com muito sono (consegui trocar as palavras dessa vez) e cansada.

– Mas você não pode, já está tarde, e amanhã voltamos para Hogwarts. – Falou saindo de cima de mim.

– Eu sei, mas eu não consigo perder o sono. – Falei me arrumando para dormir de novo.

– Levanta. – Falou Sirius me pegando no colo (igual a casamento).

– Chato. – Falei abraçando seu pescoço e apoiei a minha cabeça no seu ombro. Então ele me soltou e fiquei de pé ainda com a cabeça no seu ombro, sentindo seu cheiro. – Valeu. – Disse ficando de pé e perdendo quase todo o sono.

– Não tem de que. – Disse sorrindo e saindo do quarto para me deixar me trocar.

Pequei uma calça jeans, uma blusa de manga comprida, uma bota preta e o colar que tinha ganhado da minha avó. Lavei o rosto e desci para a cozinha para tomar café, encontrando todos os meninos, menos o Sirius, e a senhora Potter fazendo ovos para todos, e os meninos estavam rindo de alguma coisa falada pelo Remo.

Senti braços me envolverem na cintura e um beijo na bochecha, e senti o perfume do Sirius e vi seu cabelo cacheado pelo canto do olho. Sorri e segurei suas mãos (como estávamos na porta, ninguém estava vendo), o olhando de lado, ele também estava sorrindo, e não era um sorriso malicioso ou maroto, era um sorriso verdadeiro e muito lindo, e eu nunca tinha visto esse sorriso.

Empurrei o Sirius para longe da porta e fiquei encarando aquele sorrido.

– Que foi, Carol? – Perguntou ainda sorrindo.

– Nada, só sorri mais vezes assim, você fica muito bonito com esse sorriso. – Respondi sorrindo também.

– Obrigado. – Disse e me deu um beijo na bochecha. – Adorei a blusa.

– Obrigada. – Agradeci. – Mas porque você está tão feliz?

– Não sei, acho que foi por que eu dormi bem, tive um sonho bom... Eu realmente não sei.

– Bom, nunca tire esse sorriso, ele iluminou a casa. – Falei e o abracei, é muito bom ver alguém de bom humor, ainda mais meus amigos.

– Vamos tomar café antes que os meninos revolvam nos procurar. – Falou Sirius e entramos na cozinha sorrindo.

– Até que fim, já íamos levantar para ir atrás de vocês; pensamos que vocês tinham voltado a dormir. – Falou Jay enquanto eu sentava no lado do Remo e do Pedro e o Sirius sentava ao seu lado.

– Bem que eu gostaria, mas não consegui. – Falei ainda sorrindo.

– Por que vocês estão sorrindo assim? – Perguntou Remo. – O que aconteceu?

– Nada, não podemos estar felizes? – Falou Sirius depois de trocarmos olhares, não sei por que.

– Está bem então. – Disse Jay desconfiado.

– O café-da-manhã está pronto. – Falou a Sra. Potter, e deu tempo para o Sirius mandar uma piscadela para mim, dizendo: o que falamos antes fica só entre a gente, e eu sorri em resposta e acenei com a cabeça. – Nossa Sirius, seu sorriso está encantador. – Comentou a Sra. Potter o olhando, olhei para ele falando: eu disse, e ele só revirou os olhos ainda sorrindo.

Eu amei esse sorriso.

No outro dia...

– Vamos meninos, estamos atrasados. – Disse a senhora Potter correndo da cozinha para a sala.

– Cadê o Sirius? – Perguntei quando todos já estavam na sala.

– Ele estava no banheiro. – Respondeu Jay ao meu lado.

– Cheguei! – Falou Sirius entrando correndo na sala.

– Vamos, temos que pegar a chave do portal. - Falou Sr. Potter com um livro velho na mão.

Ele colocou o livro no chão da sala e todos se sentaram a sua volta, segurando as malas e as corujas (quem tinha) ou o rato e colocamos a mão sobre o livro. Dez segundos depois senti uma pontada no umbigo, mostrando que a chave do portal estava funcionando (eu sempre sentia isso quando aparatava, usava uma chave de portal ou usava a rede de flú). Giramos durante algum tempo até encostarmo-nos ao chão, em um lugar que identifiquei sendo escondida na estação de King’s Cross.

Saímos de dentro da sala num corredor e fomos para as plataformas, andamos durante algumas até acharmos a plataforma 9 e 10. Eu, Jay, Remo, Sirius, Pedro e Sr. e Sra. Potter passamos, respectivamente, pelo portal chegando a plataforma 93/4, ainda faltava 20 minutos para o trem partir, era 9:39, o trem partiria as 10 horas.

Nós falamos tchau e agradecemos o Sr. e a Sra. Potter pelo natal e entramos no trem, queríamos pegar a cabine logo para ficar despreocupados.

– Carol, Carol! – Escutei uma voz me chamando.

Quando virei vi o Hugo correndo até mim e me abraçar sorridente e forte.

– Hugo. – Falei sorrindo e o abraçando também, ele batia no meu ombro agora, tinha crescido um pouco.

– Nossa você está bonita, o que aconteceu na casa dos Potter? Já sei, você cortou o cabelo. E, nossa, tenho muita coisa para falar... – Começou Hugo e não parava mais.

– Ei, Hugo, calma, respira. – Falou Jay chegando perto da gente com os meninos. – Tenho certeza que a Carol não vai sair correndo de você.

– Boa ideia, Jay, valeu. – Falei e fingi que iria correr, mas voltei. – Estou brincando. Mas vamos entrar na cabine, daqui a pouco vai ficar tudo lotado.

Nós entramos numa cabine qualquer e sentamos no sofá Jay, Remo e Pedro no da direita, eu, Sirius e Hugo no da esquerda (olhando da porta). Assim que nos arrumamos Hugo recomeçou a falar:

– Sabe a tia Annabella? Ela está esperando um bebê, e a tia Suceia acha que é uma menina, ela teve um sonho com isso, e todos os sonhos que ela tece de gravides estavam certos.

– Nossa que legal, mais um primo. E a tia Annabella é a mãe do Gabriel, o menininho com problema com portas, e a tia Suceia é a nossa tia biruta. – Falei para os meninos, que concordaram com a cabeça entendendo.

– E não é só isso, parece que o primo Rodrigo está namorando uma menina trouxa. – Informou sorrindo. – E o Josh apareceu no natal, ele mandou presentes.

– O Josh voltou?

– Ele só seu uma passada, continua viajando pelo mundo.

– Ah. – Falei triste, sentia falta do primo Josh, ele sempre me fazia rir.

– Não te contei, não é? – Perguntou Hugo franzindo a testa, os meninos não estavam mais prestando atenção, viram que era papo de família.

– Não sei.

– Eu consegui derrubas três sonserinos do 7º ano antes do natal. – Falou sorrindo feliz, era um sorriso enorme.

– Sério? Parabéns, sabia que conseguiria. – Falei e fizemos o nosso toque.

– Não teria conseguido sem você.

– Espera, você disse que derrubou três sonserinos do 7º ano sozinho? – Perguntou Sirius com a boca aberta.

– Sim.

– Uau! Parabéns! – Falou Jay batendo nas costas do Hugo, e logo foi seguido pelos outros meninos.

– Três sonserinos, ops, três vivas para o Hugo. – Falou alto Sirius e os meninos comemoraram, fazendo eu e o Hugo rirem.

– Obrigado. Mas deixa-me ir encontrar os meus amigos. Tchau. – Me deu um beijo na bochecha e acenou para os meninos, logo saindo com sua mala.

– Seu primo é esperto. – Comentou Jay.

– Ele é da Corvinal. – Falou Remo.

– E hiperativo. – Disse Sirius.

– Eu sei. – Falei sorrindo.

Ficamos mais 5 minutos conversando sobre coisas banais até as meninas (Lily, Dorcas e Lene) entrarem na cabine.

– Oi. – Falaram sentando no meu lado.

– Sai Sirius. – Falou Dorcas tirando o Sirius do meu lado e sentando no lugar.

– Novidades? - Perguntou Lene para todas as meninas.

– Não. – Respondi.

– Minha irmã vai casar. – Falou Lily triste.

– O que? – Perguntei surpresa.

– Como alguém pode casar com aquela monstra? – Disse Dorcas.

– Sem ofensas. – Completou Lene.

– Com ofensas, eu estou ofendendo ela não a Lily. – Falou Dorcas.

– Sem briga. – Comentei antes de algumas delas falassem alguma outra coisa.

– Tudo bem, eu não ligo. – Disse Lily sorrindo. – Ela vai casar com um cara gordinho e feio, faz uns três anos que estavam namorando.

– Bom, parabéns para ela, e que sorte para você. – Falei sorrindo.

– Obrigada, eu acho. – Falou sorrindo.

– Amigas, vocês não sabem. Fiquei com um menino gatinho na natal, deu até dó de deixa-lo sozinho lá no bairro. Ele é novo na rua. – Disse Lene. – E ele era muito gato, beijava muito bem, era perfeito. – Falou quase babando e derretendo pelo menino.

– Marlene e seus peguetes. – Comentou Dorcas rindo.

– E depois nós que somos pervertidos. – Comentou Sirius para o Jay.

– Vocês são pervertidos, mas a Lene também é. – Falei sorrindo para eles.

– Valeu. – Falou ironicamente Lene.

– É um fato, Lene, você não pode negar. – Falou Lily.

– Pelo menos eu falo que gosto da pessoa, não fico escondendo os sentimentos para si própria. – Falou Lene olhando desafiador para nós, e a Dorcas começou a rir.

– Que? – Perguntou todos os meninos e eu e a Lily.

– Fala sério. Você gosta do Sirius... – Falou apontando para mim. – E você gosta do James. – Completou apontando para a Lily.

Nós duas começamos a rir.

– Quando você vai colocar na sua cabeça que eu só gosto do Sirius como amigo? – Falei.

– E que eu não gosto do Potter? – Falou Lily.

– Achei que ela iria falar que só gosta de você como amigo. – Comentou Sirius para o Jay, mas só eu escutei.

– Eu adoraria que ela tivesse falado isso. – Falou Jay para o Sirius.

– Qual é? Todo ódio e raiva tem um pouquinho de amor. – Disse Lene para Lily e virou para mim. – E você já be...

– Fica quieta Marlene. – Falei pulando em cima dela tampando sua boca. – Fecha a boca. – Falei entre dentes a olhando, que concordou com a cabeça. – Boa menina. – Falei tirando a minha mão da sua boca.

– Oi gente. – Falou Alice chegando com o Frank de mãos dadas.

– Alice. – Gritei e pulei em cima dela. – Me salva, a Marlene está falando daquele dia no terceiro ano. – Falei no seu ouvido, ela sabia de que dia eu estava falando, ela que inventou essa indireta para tocarmos no assunto discretamente sem ninguém saber sobre o que era.

– Pode deixar, te tiro dessa. – Falou no meu ouvido.

– Obrigada. – Sussurrei e virei para o Frank. – Frank – Gritei e pulei em cima dele também, só para não parecer desesperada.

– Oi Carol. – Falou me abraçando e rindo da minha maluquice.

– Podem ficar ai juntos, eu sento aqui. – Falei me enfiando no meio do Pedro e do Sirius, estava ficando apertado.

– Bom, oi. – Disseram juntos para todo mundo e se sentaram um no lado do outro de mãos dadas.

– Conte as novidades , pombinhos. – Falou Lene sorrindo maliciosamente para eles.

– Contei para os meus pais que estava namorando o Frank no mesmo dia em que Frank contou para os pais deles que estávamos namorando. Então nós combinamos de fazer um encontro, meus pais com os deles, para conversarem em um restaurante. Ao primeiro momento nossos pais ficaram receados e desconfiados, mas depois de alguns minutos eles estavam conversando como se fossem velhos amigos. – Contou Alice.

– Então os pais de vocês aceitaram o namoro? – Perguntou Lily.

– Sim, e mesmo se não aceitassem, não iria mudar nada. – Falou Frank sorrindo.

– Que legal. – Falei sorrindo, estava feliz pelos dois, eles mereciam ser felizes (isso está parecendo os últimos momentos das pessoas, mas não é o caso).

Então todo mundo ficou em silencio ou conversando paralelamente baixinho. Pequei o livro que estava na minha mão desde que entrei na cabine e fingi que estava lendo, tinha que fazer uma coisa.

– Sirius, olha essa parte, é muito engraçada. – Falei levantando o livro para ninguém ver a nossa conversa. – É mentira, eu queria falar com você sem ninguém ouvir. – Sussurrei para ele.

– Que foi? – Perguntou sussurrando fingindo que estava lendo.

– Desculpa ter contado para as meninas sobre o beijo no terceiro ano, a Lene quase falou. – Falei mais baixo ainda.

– Não tem problema, uma hora nós vamos ter que contar mesmo. Mas por enquanto está bem assim, não quero os meninos enchendo o nosso saco. – Falou baixo também.

– E agora eles vão ficar perguntando o que a Lene iria dizer toda hora até a gente contar. – Comentei prevendo o obvio.

– Mas até lá, não tocamos no assusto dos dois beijos. – Falou e beijou a minha bochecha. – Desse talvez sim. – Falou sorrindo maroto e ri por dentro. – Tem razão, essa parte é muito engraça. – Falou alto e voltamos a fazer o que estávamos fazendo antes, nada.

Então o trem soou o apito falando que iriamos partir da estação de King’s Cross em Londres para a estação Hogsmeade perto de Hogwarts. Escutamos as mães gritando tchau para seus filhos queridos e eles gritando até mais de dentro das cabines. Parece que as mães estão mais receosas que o costume em deixar o filho ir para Hogwarts com esses ataques, mas uma coisa eu sei, Dumbledore nunca vai deixar acontecer alguma coisa com seus alunos.

Comecei a ler de verdade o livro, os meninos estavam conversando (Jay, Sirius e Remo), Pedro estava dormindo, Alice e Frank estavam conversando e as meninas estavam conversando fazendo mimicas (Lene, Dorcas e Lily estavam mexendo muito as mãos). Passaram-se mais alguns minutos e o Frank começou a falar com os meninos sobre Quadribol, Alice conversava com as meninas e o Pedro ainda dormia, e eu continuava lendo.

Mais alguns minutos e a moça com o carinho de doces passou, Sirius comprou vários doces, pois não tinha tomado café direito, pois demorara de mais para se trocar. Pedro, assim que sentiu o cheiro de doces acordou e comprou varinha de alcaçuz e feijõezinhos de todos os sabores, três de cada. Claro que todos os obrigaram a dividirem com a cabine inteira, e ambos não gostaram da estória.

Passamos a ultima hora conversando e comendo doces, e rindo das caretas que faziam quando pegavam um feijãozinho de todos os sabores com gosto ruim. Estava tudo muito bem e muito bom, conversando sobre o que tínhamos ganhado de natal e o que eu e os meninos ficamos fazendo na casa do Jay até que vejo a porta se abrir alguns centímetros, mas nem ligo, até alguém jogar uma bomba de fedor que sai até a fumaça na nossa cabine.

Todos começaram a tossir e saímos correndo para a porta da cabine, eu fui à primeira, a bomba tinha caído bem na minha frente. Assim que sai tossindo vi os outros saírem também e a fumaça sair junto, até sentir mãos me agarrarem e me puxarem para fora da bagunça da bomba. Elas me colocaram na parede (já que nossa cabine era a última do vagão) e depois de tossir mais um pouco consegui respirar.

Quando olhei para cima, vi o Zabine e o Dolohov na minha frente sorrindo com aquele sorriso sonserinos. O que eles queriam dessa vez? Eu não vou beijar eles nem ficar com eles, nem encostar neles se depender de mim.

– Caldinzinha. – Falou Dolohov com seu sorriso. – Há quanto tempo.

– É, preferiria que continuasse assim pela eternidade. – Falei cruzando os braços.

– É, mas graça a você mesma vamos ficar no teu pé. – Disse Zabine.

– Eu não fiz nada com vocês.

– Esse é o problema. – Comentou Dolohov.

– Fecha essa porta, o cheiro está vindo todo para cá. – Falou Lily, quase gritou na verdade.

– Falasse antes. – Retrucou Lene e Sirius juntos.

– Sabe, isso só foi a demonstração do que vamos fazer. – Falou Zabine. – O Malfoy vai parecer santo perto da gente.

– Sabe o que pensei, poderíamos ter deixados os amigos dela lá, para ver se ela aceita a nossa proposta. – Comentou Dolohov.

– Verdade, mas agora já foi.

– Como me acharam? – Perguntei os fazendo pararem de conversar paralelamente.

– Foi só seguir as risadas. – Falou Dolohov.

– O que vocês querem? – Perguntei tensa olhando para eles.

– Você sabe. – Disseram juntos me olhos, e mostrando o seu desejo de me beijar nos olhos.

– Nunca. – Falei com raiva e nojo.

– Carol. – Escutei Dorcas falar preocupada.

Quando olhei para meus amigos todos estavam olhando para mim com o Zabine e o Dolohov, e o Sirius já colocou a mão no bolso, ele sabia o que o Dolohov queria comigo, e pegou a sua varinha.

– Não, não faz nada, não vale a pena. – Falei para o Sirius que estava começando a levantar a varinha.

– É, escuta a amiga de vocês e não fazem nada, senão vai ser muito pior. – Comentou Dolohov olhando para mim, e eu engoli em seco.

– Pensa no que te falamos, tá? – Falou Zabine segurando o meu rosto, soltando-o e depois indo embora.

– Você está bem? – Perguntou Sirius correndo até mim.

– Estou, é só os seguidores do Malfoy seguindo seus passos. – Falei olhando por onde eles saíram.

– Meu Merlin, o que aconteceu aqui? – Perguntou uma monitora da Lufa-Lufa.

– Eu não sei, simplesmente jogaram uma bomba fedorenta na nossa cabine. – Falou Lily tirando o fato de que sabíamos quem eram.

– Acho que posso ajudar nisso. – Disse e balançou sua varinha fazendo todo o cheiro e a fumaça saírem em um piscar de olhos.

– Obrigada, você salvou nossas vidas. – Falou Alice e todos concordaram.

– Não tem de que. Se cuidem. – Falou e saio andando para o outro lado.

– Aqueles dois vão ver só. – Comentou Sirius só para mim.

– Você não vai fazer nada. – Falei e ele me olhou sem acreditar. – Não vai adiantar, eles são iguais ao Malfoy, nós vamos nos vingar ai eles vão se vingar da nossa vingança e vai ficar assim até acabar igual àquele dia. – Falei olhando para baixo.

– Está bem. Mas se eles fizerem mais alguma coisa eu não me seguro. – Falou e me abraçou.

– Obrigada por tentar me ajudar. – Agradeci.

– Uma tentativa inútil, mas de nada. – Falou e eu ri, logo em seguida entramos na cabine de novo.

– Acho que vou ficar com esse cheiro no nariz durante uma semana. – Falou Dorcas mexendo no nariz.

– Todos nós vamos ficar assim. – Falou Lily levantando para mexer na sua mala. – Vamos, estamos quase chegando.

Todas as meninas incluindo eu levantaram e pegaram suas roupas, logo em seguida saímos para o banheiro. Andamos por dois vagões para chegar ao banheiro (tinha 4 banheiros femininos e masculinos, um no começo, um no final, um cinco vagões depois do primeiro e cinco vagões antes do ultimo, ao todo eram 18 vagões para alunos e dois para professores).

Assim que chegamos ao banheiro cada uma entrou num Box (não tinha ninguém, só a gente), eu tirei minha roupa e coloquei a da Grifinória (saia, meia três quartos, camisa com o primeiro botão aberto, e a gravata com o nó um pouco frouxo) e sai do Box encontrando todas as meninas se maquiando na frente do espelho que tinha lá, sim todas, até a Lily.

– Vem Carol, vamos voltar chegando. – Disse-me Dorcas olhando-me pelo espelho.

– Está bem. – Falei sorrindo e peguei o lápis de olho da Lene.

Passei o lápis nos olhos e peguei o batom da Lily, que era um rosa claro, não chamaria tanta atenção. Assim que acabei, olhei as meninas. Lily estava praticamente igual a mim, só que com uma sombra rosa nos olhos, Alice estava com batom claro, lápis e rímel, Dorcas estava com lápis, rímel e um batom mais escuro que o nosso, mas a Lene estava muito escandalosa. Ela estava com batom vermelho, muito rímel, lápis nos olhos, e uma sombra ouro nos olhos.

Já a roupa estava como sempre, Lily toda arrumada, Alice não fez um nó na gravata perfeito, Dorcas estava com o nó da gravata frouxo e a Lene estava com uma saia curta com o nó da gravata o mais frouxo de todas nós e o ultimo botão aberto (não sei disser se era um ou dois). Se ela gostava de chamar atenção? Sempre que queria conseguia, já sabem o porquê.

– Lene, quando você vai começar a usar uma roupa mais madura? – Perguntou Alice falando por mim e Lily.

– Quando eu quiser. – Respondeu grossa enquanto mexia no cabelo.

– Você não quer um namorado? – Perguntei e ela me olhou mais atentamente. – Você não vai conseguir um assim, só vai conseguir ser usada pelos meninos, igual o que o Sirius faz.

– Você estava falando mal do Sirius? – Perguntou Dorcas me olhando.

– Estou; Ele pode ser meu amigo, mas não acho certo o que ele faz. E sim, eu já fazei isso para ele, eu sempre falo isso para ele, mas parece que entra por um ouvido e sai pelo outro. – Falei antes de a Lily falar alguma coisa.

– Seus amigos tem esse grande problema. – Falou Lily.

– É, mas esse problema é diferente para o Sirius e para o Jay. O Sirius não escuta por que não quer; o Jay não escuta porque ele fica babando por você. – Disse sorrindo para a Lily.

– Verdade. – Concordou comigo Alice.

– Mas em falar em meninos, quem eram aqueles dois que estavam “conversando” com você? – Perguntou Lene sentando na pia do banheiro.

– Flabicio Zabine e Antonin Dolohov . – Respondeu Dorcas.

– É. – Concordei.

– E o que eles queriam? – Perguntou Lily cruzando o braço.

– Querem que eu conte dês do começo? – Perguntei e todas concordaram. – O Zabine me beijou antes das férias e no 4º ano, já o Dolohov ele queria que eu beijasse ele, mas me recusei e joguei um feitiço nele. Parece que os dois se juntaram para me infernizar no lugar do Malfoy, já que falei umas verdades para o Zabine e joguei um feitiço nada legal no Dolohov. – Falei encostando-me à parede do lado.

– Ai Carol, eu já falei para não se meter em encrencas. – Falou-me Lily suspirando.

– Esse é o problema, as encrencas me acham, eu tento fugir, eu juro. – Disse olhando para a Lily.

– Eu acredito. – Falou sorrindo para mim.

– Não sei do que vocês estão reclamando. Eu adoraria ter meninos correndo atrás de mim. – Falou Lene saindo de cima da pia.

– Lene, nós não somos você. – Falei e cheguei ao lado dela, a fazendo virar para o espelho. – Olha como você está. – Disse e dei uma pausa. – Olha como nós estamos. – Falei apontando para Lily, Dorcas, Alice e eu.

– Eu não me importo com a opinião de vocês. – Falou se olhando no espelho indiferente.

– Pois deveria, somos suas amigas. E depois quando ficarem falando de você pelas costas não diga que não avisei. – Falei dando um passo para trás e ficando ao lado da Lily.

– Eu já disse o que eu penso. – Falou e saiu batendo o pé como uma criança mimada.

– Mais sedo ou mais tarde ela vai perceber que está sendo ridícula. – Falou Dorcas.

– Não me importo quanto tempo demorará, só não quero que a Lene fique magoada depois.

– Nós também não. – Falou Alice colocando a mão no meu ombro. – Vamos voltar para a cabine.

Pegamos tudo o que precisava pegar e começamos a voltar para a cabine, vendo a Lene andar, ainda batendo o pé, mais a frente. Passamos pelos dois vagões que precisávamos passar e chegamos à cabine, vendo a Lene se jogar irritada no sofá, eu simplesmente revirei os olhos e ia sentar no sofá, mas o Sirius me puxou, me fazendo ficar sentada em cima dele.

Assim que olhei para ele perguntando o porquê disso, ele apontou para a bomba fedorenta que tinha sido jugada pelo Zabine e Dolohov na cabine, e logo depois apontou para o Jay.

– Filho da mãe. – Falei olhando brava para o James, e peguei a bomba fedorenta. – Engole isso, engole. – Falei tentando colocar a bomba goela a baixo no Jay.

– Para Carol. – Falou se esquivando.

– Engole isso, James Charlus Black Potter. – Falei o olhando mortalmente para ele, que só discordou com a cabeça. – A não vai engolir? Então tá. – Falei e comecei a passar a bomba fedorenta pelo corpo dele.

– Para, Carol, para. – Falou James tentando me tirar de cima dele.

Então a Alice simplesmente tirou a bomba da minha mão, abriu a janela da cabine e jogou a bomba para fora.

– Parabéns, Alice, agora a paisagem vai ficar com um cheiro horrível. – Falei a olhando, mas é claro que falei brincando.

– Não me agradeça, agradeça ao Zabine e ao Dolohov. – Falou sorrindo irônica, foi uma sena engraçada de se ver.

– Pode deixar, vou colocar como segunda habilidade especial no currículo deles. Primeira é serem escrotos, segunda é poluir o ambiente, e o resto vocês já sabem. – Falei causando risos na cabine inteira.

– Agora eu estou cheirando a coco de... – Começou a falar Jay, mas Sirius o cortou.

– Veado. – Falou Sirius, e todos riram de novo, eles sabiam dos nossos apelidos internos, só não sabiam o porquê.

– Ok, desculpa Jay, você sabe como eu sou. – Falei dando um beijo na sua bochecha, ele realmente estava cheirando mal, mas menos que a bomba em si.

– Está bem. – Falou e me colocou no seu lado. – Mas só vou te perdoar depois de fazer isso. – Disse e começou a passar seu braço no meu braço, dividindo o cheiro ruim comigo.

– Ai, James. – Falei rindo, fazendo todos rirem também. – Sirius, passa o seu perfume.

– Mas é o meu cheiro, só eu posso ter esse cheiro. – Retrucou Sirius.

– Para de ser chato e empresta, é só hoje.

– Está bem. – Falou suspirando e pegando o perfume.

O Jay passou muito perfume nele e eu peguei o meu e passei em mim também, não queria arriscar. Depois disso ficamos conversando sobre qualquer coisa e rimos muito. Assim que o trem começou a parar nos levantamos e pegamos nossas malas, prontos para sair assim que o trem parasse, e foi o que a gente fez, assim que o trem parou saímos da cabine e fomos para a plataforma.

Assim que saímos vimos à multidão de Hogwarts andando pela plataforma. Seguimos pela multidão até ter que pegar a carruagem, então fomos Os Marotos em uma e as meninas mais o Frank em outra, falando que nos encontrávamos em Hogwarts, e assim entramos nas carruagem para seguir “viagem”.

Fomos o caminho inteiro conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo, isso existe? Não importa. Assim que a carruagem parou saímos da mesma e fomos para a entrada de Hogwarts, deixamos nossas coisas na porta e fomos para o salão, sentando perto de todo mundo que conhecíamos.

As mesas estavam Lufa-lufa, Grifinória, Sonserina e Corvinal, respectivamente, da esquerda para a direita. Depois de alguns minutos, e de todos terem chegados, Dumbledore se levantou e se colocou para falar, e no mesmo minuto todos ficaram em silencio absoluto.

– Bem vindos de volta para mais meio ano aqui...

Sim, eu não estava prestando atenção em nada do que ele estava falado, comecei a pensar no diário da minha avó, nos meus pais e no Leandro, nos meus tios e primos, na guerra, em como todo mundo ficava olhando a Lene daquele jeito “quero usar você”, como eu odeio o Malfoy e os amigos dele, como eu sou estranha por ficar pensando nisso enquanto Dumbledore fala, e assim por diante.

Depois de alguns minutos Dumbledore finalmente parou o seu discurso e o banquete começou.

– O que foi que ele disse? – Perguntei baixo para o Remo, que estava no meu lado.

– Que devemos ser fortes e cuidadosos nesses tempos. – Respondeu olhando a comida.

– Depois dessa perdi até a fome. – Comentou Jay fazendo uma careta ao olhar a comida.

– Só você perdeu a fome. – Falou Sirius e começou a comer como sempre. – Que saudade dessa comida. Nada contra a comida da sua mãe, James.

– Tudo bem. – Falou sorrindo e começou a comer também.

Todos nós começamos a comer calmamente e foi assim à volta a Hogwarts, pelo menos no começo do jantar, mas depois começamos a rir e a brincar um com o outro, e foi assim até termos que ir para o dormitório dormir, pois amanhã tem aula sedo e a Lily não me deixou ficar com os meninos, pois todas queriam saber como foi minhas férias de natal, e claro que não escondi nada, só o beijo que rolou entre mim e o Sirius, de novo. E depois de colocarmos todos os babados em dia, fomos dormir.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Gostaria de agradecer todos que comentaram e me ajudaram a escrever esse capítulo, sim vocês que comentaram me ajudaram a escrever esse belo capítulo, obrigada de coração.
E vocês que não comentaram e estão acompanhando, obrigada também e comentem, adoro saber o que estão achando da minha fanfic.
Beijos para todas e bom feriado.
*Nox.