A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 72
Dia na piscina


Notas iniciais do capítulo

*Lumus!
Oi gente, novamente, desculpa ter demorado tanto para postar, esse capítulo já estava pronto faz uns dois dias, mas toda vez que eu tentava postar o internet caia.
Espero que o feriado de vocês seja ótimo, e que de tempo para mais pessoas comentarem. Em falar em comentário, gostei bastante dos comentários que li, obrigada a todas.
Bom, espero que gostem do capítulo, que comentem, e boa leitura.



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P. D. V. Sirius

Acordei do meu sono de beleza antes do Jay, que com certeza estava pensando na Lily, pois estava com um sorriso muito estranho, tipo de bobo apaixonado. Revirei os olhos e levantei da cama, ainda estava escuro lá fora, que horas eram? Sai do quarto e fui para cozinha, iria beber alguma coisa.

Desci as escadas silenciosamente e com muito sono, nunca tinha acordado no meio da noite, nem lá em casa. Acabei de descer a escada e fui para a cozinha, quando abri a porta dei um bocejo, e não consegui ver se tinha alguém lá ou não.

– Sirius? O que está fazendo? – Perguntou a voz de uma menina, a voz da Carol.

– Acordei no meio da noite e vim tomar água. – Falei conseguindo vê-la. – E você?

– Fiquei com sede. – Falou mostrando o copo de água.

– Hm. – Falei e peguei um copo e coloquei água no mesmo.

Virei para a Carol, ela estava encostada na pia, de costas para a pia, e a copiei. Dei dois goles no copo e olhei de novo para Carol, e ela parecia pensativa.

– Tudo bem? – Perguntei.

– Tudo, só uma noite agitada. – Respondeu, e acho que ela teve pesadelo.

– Pesadelo? – Perguntei e ela me olhou. – Sonhou com o que?

– Quase a mesma coisa que eu tenho sonhado todas as férias. – Falou e eu com certeza fiz cara de quem não entendeu, pois ela logo continuou: - Comensais atacando, casas pegando fogo, pessoas morrendo, fugindo, chorando. – Falou e deu para ver tudo o que ela estava falando nos olhos.

– Foi só um sonho. – Falei e a abracei pelo ombro.

– Pode até ser um sonho, mas às vezes os sonhos viram realidade. – Falou olhando para o chão.

– Fala um sonho seu que virou realidade. – Pedi.

– O Remo ser lobisomem, o Malfoy me perseguindo, casas pegando fogo... – Falou como se estivesse em transe.

– Ok, mas pode ser coincidência. O Remo ser lobisomem você já tinha pensado, o Malfoy te perseguindo ele tinha falado isso, e casas pegando fogo pode ter sido apenas uma coincidência. – Falei tentando alegra-la.

– Pode ser. – Falou e encostou a sua cabeça no meu ombro. – Ás vezes eu gostaria de ser normal, andar com meninas, ser invisível às vezes, não levar coisas tão a serio.

– Você é normal. Fala e anda com meninas, ás vezes você fica invisível que ninguém consegue te achar... – Falei e ela riu com essa parte. – E que coisas a serio você leva? Nunca vi você ligar para algum comentário.

– Nada, não. – Falou e colocou o copo na pia. – Boa noite, Sirius. – Falou me dando um beijo na bochecha e um sorriso fraco, e virou as costas para mim.

– Carol. – Falei segurando a sua mão. – Me conta. – Falei assim que ela se virou para mim.

– Sirius... – Começou a falar, mas eu a contei.

– Me conta, eu sei que precisa desabafas.

– É que eu não gosto de falar disso. – Falou.

Peguei-a pela cintura e a coloquei sentada na pia.

– Você não vai sair daqui até me falar o que enche a sua cabecinha. – Falei me colocando na frente dela.

– É complicado, Sirius. – Falou me olhando nos olhos.

– É, você também falou o ano passado que era complicado explicar tudo o que...

– Por favor, não me faz lembrar do Malfoy. – Me cortou com a voz mais firme dessa vez.

– Está bem, mas você já nos contou coisas tão complicadas e intimas que nem eu teria coragem de contar. – Falei e ela suspirou. – Por favor, é só para mim. Se você não quiser falar para os outros meninos... – Continuei falando, mas ela me cortou.

– Você já escutou algum comentário sobre mim ou sobre o Bob depois que terminamos? – Perguntou.

– Não... – Falei e fiquei pensando se tinha escutado.

– É por que eles não falam nada perto da gente, mas é só virar as costas que já começam a comentar. – Falou e parecia um pouco brava.

– E o que eles falam?

– Que eu só usei o Bob, que eu devo estar pegando um de vocês, ou todos vocês ao mesmo tempo, que eu sou estranha, que eu sou lésbica. – Falou tudo de uma vez sem respirar, parecia que se ela não falasse agora, não iria falar depois. – Não sei por que me importo com isso, nunca me importei, por que estou me importando agora?

– Não sei, talvez você esteja mudando, eu também me importo com coisas que eu não me importava antes. – Falei, era verdade isso.

– Tipo?

– Tipo minha mãe falando que eu não faço nada, que sou um inútil, um peso nas costas dela e do papai. Antes ela poderia gritar isso para o mundo inteiro que eu não ligaria, mas nas férias comecei e pensar se ela achava mesmo isso de mim. Por mais que ela não seja a mãe perfeita, que eu não goste muito dela, ela ainda é minha mãe. – Falei e a Carol limpou uma lágrima solitária no meu rosto, nem a percebi caindo.

– Isso mostra que no fundo você gosta da sua mãe e que se importa com ela, mesmo tendo raiva dela 24 horas por dia. – Falou e eu dei uma risada baixa e curta. – E essa lágrima solitária só mostra que você tem sentimentos e que tudo o que você parece não é verdade. – Falou mexendo no meu cabelo. – E, por favor, nunca mais faça isso quando eu estiver carente, estou quase chorando litros de água aqui. – Falou e enxugou uma lágrima que caiu do olho.

– Pode deixar, essa foi a primeira e ultima vez que vou falar isso. – Falei sorrindo.

– Será mesmo que as pessoas podem mudar de um dia para o outro? – Perguntou colocando a mão no joelho.

– Não tenho fé nisso. Para mim tudo o que a pessoa demonstra de um dia para o outro, é só o que ela realmente é. – Falei e tirei uma mecha do cabelo dela do seu rosto.

– Desde quando você filosofa? – Perguntou achando estranho.

– Tenho os meus momentos. – Falei dando de ombros.

– Deveria mostrar mais esses seus momentos e menos a sua galinhisse. Iria ter qualquer menina aos seus pés. Das chatas, as legais. Das feias, as bonitas. Das que não tem nada, as que são gostosas. Das raivosas, as docinhas. – Falou e o “Das raivosas” me lembrou muito a Lily.

– Isso eu já tenho. – Falei sorrindo convencido e a Carol revirou os olhos. – E não liga para o que as pessoas dizem, elas não te conhecem, não sabe nada sobre a sua vida, estão dando palpites sobre a sua vida e você.

– Mas talvez eles estejam certos. – Falou olhando para baixo.

– O que? Você gosta de menina?

– Não. – Falou dando um sorriso.

– Então está pegando quem daqui? O Remo, não é?

– Sirius, para, você está igual aos fofoqueiros de Hogwarts. –Falou e eu parei. – Eu acho que eu não passo tempo suficiente com as meninas. E eu vim para cá só deu mais motivos para eles acharem que estou pegando um de vocês, ou os quatro.

– Mas nós sabemos, as meninas sabem, seus pais sabem, todo mundo que te conhece sabe a verdade, e isso já não é o suficiente? – Perguntei sorrindo.

– Tem razão. Obrigada, Sirius. – Falou sorrindo para mim.

– De nada. - Falei sorrindo para ela, e nos abraçamos.

– Você está com sono? – Perguntou quando desceu da pia.

– Nem um pouco, e você? – Perguntei.

– Não. Vamos ficar na sala?

– Pode ser. – Respondi dando de ombros.

Fomos para a sala e sentamos no sofá. A Carol colocou a cabeça no meu colo e ficamos conversando, eu mexendo no seu cabelo e ela só na boa. Estou brincando, ela ficou mexendo no cordão que ela tinha no pescoço, só que eu nunca tinha visto aquele cordão antes.

– Carol, que cordão é esse? – Perguntei.

– Era da minha avó, achei junto com algumas coisas lá em casa nas férias. – Falou olhando o pingente de flor no colar. – Minha vó o adorava, nunca a usava, não queria estragar, e também nunca falou para ninguém da sua existência. Só para mim, que descobrir nas suas coisas e ela me falou a história.

– Quem deu para ela? – Perguntei.

– O vovô, quando eles ainda estavam namorando, e uma semana depois ele pediu ela em casamento. – Falou dando um sorriso. – Vovó o guardou com muito cuidado, acho que só usou no dia do casamento, por causa do vovô, e depois ficou numa caixinha dentro do porta joias dela. Toda vez que ela sentia falta do vovô pegava esse colar e ficava vendo-o.

– E agora toda vez que você sente falta da sua avó, você pega o colar e fica vendo-o? – Perguntei olhando nos olhos dela.

– Às vezes, sim. – Respondeu dando um sorriso.

– Você não sente falta do seu avô?

– Eu não lembro muito dele, quando ele morreu eu tinha quatro anos. Às vezes o reconheço pelas fotos, ou tenho sonhos com ele, mas são muitos poucos. – Falou me olhando.

– E por parte de pai?

– Eles morreram um ano depois que meus pais casaram, num acidente de carro. – Falou sem se preocupar em me contar. – E os seus avós?

– Ah, eles são iguais a minha família, chatos, sonserinos e me odeiam. – Falei sorrindo sínico, não gostava de falar dos meus avôs.

A Carol se sentou e me deu um beijo na bochecha.

– Desculpa ter perguntado. – Falou com um olhar preocupado.

– Tudo bem. – Falei sorrindo para ela.

Ela suspirou e colocou a cabeça no meu ombro.

– Não acredito que estávamos falando dos nossos avós. – Comentou.

– Eu não acredito que estamos conversando no meio da madrugada. – Falei.

– Eu não acredito que você acordou no meio da madrugada. – Falou sorrindo. – Afinal, por que você acordou no meio da noite?

– Eu não sei, só acordei e fui beber água. – Falei olhando para ela de lado, e a mesma parecia pensativa. – Está pensando em que?

– Que eu estou carente. – Respondeu olhando de lado para mim.

– Por quê? Você tem quatro meninos todas as horas por dia perto de você. – Falei olhando diretamente para ela.

– É diferente. – Falou tirando a cabeça do meu ombro.

– Sabe o que eu acho? Que você não está carente. Só acha que está carente porque quer um abraço. – Falei e a abracei beijando a sua bochecha.

– Acho que vou começar a te acordar de madrugada para conversar, você fica muito mais simpático. – Falou apoiando a sua cabeça no meu ombro, eu ainda estava abraçando-a.

– Não, é só você falar que você quer conversar sério, e eu tento fazer o mínimo de piadinhas possíveis. – Falei sorrindo.

– Vou lembrar-me disso. – Falou sorrindo.

Eu deitei no sofá (ainda bem que eu não estava de tênis) e trouxe a Carol comigo, já que ainda estávamos abraçados. Ela ficou com a cabeça no meu ombro e eu encostei a minha cabeça na dela, e ficamos assim, em silencio. Escutei grilos cantando lá fora e corujas, e acabei dormindo assim mesmo.

P. D. V. Carol

Acordei com um sol forte batendo no meu rosto e o cheiro de perfume masculino forte e super marcante, mas naquele momento estava franco, era o cheiro do perfume do Sirius.

– Dorea, a Carol e o Sirius estão dormindo no sofá. – Falou o senhor Potter não muito longe de mim.

– Estão com roupa? – Perguntou.

– Claro.

– Então está tudo bem, os deixa ai dormindo. – Os dois estavam sussurrando.

– Eles estão namorando? – Perguntou o senhor Potter.

– Não que eu saiba. – Respondeu à senhora Potter. – Mas, vai que você vai acabar chegando tarde. – Falou e escutei um barulho de beijo.

– Até de noite. – Falou o senhor Potter e eu o escutei passando pela sala.

Eu só não falei nada nem abri os olhos por que eu ainda estava zonza, mas agora eu consegui e vi o senhor Potter abrindo a porta de entrada.

– Já vai para o trabalho senhor Potter? – Perguntei ainda com uma voz sonolenta, e acabei dando um susto nele.

– Ai, acabei acordando você, não é?

– Não, eu acabei de acordar. – Falei. – Por que está indo tão sedo para o Ministério?

– Me mandaram uma carta falando que precisavam da minha presença urgente lá. – Respondeu.

– Eles falaram por quê? – Perguntei preocupada com tudo o que vem acontecendo.

– Não, mas te falo quando chegar. – Falou sorrindo para mim, e eu dei um sorriso de lado. – E também falo com seus pais, tenho certeza que eles estão com saudades.

– Fala que eu mandei um beijo, por favor? – Perguntei sorrindo de verdade agora.

– Pode deixar. Agora me deixa ir antes de chegar atrasado. Tchau. – Falou e saiu da casa.

Olhei a porta se fechar e escutei uma fungada do Sirius e olhei para ele e o mesmo ainda estava dormindo, até tinha me esquecido dele. Espera, eu dormi no sofá com o Sirius? Nossa, eu nem tinha reparado que tinha dormido no sofá com o Sirius. Mas, me deixa acordar esse dorminhoco porque daqui a pouco os meninos vão acordar.

– Sirius, Sirius acorda. – Falei o balançando e o mesmo acordou na hora.

– Carol, por que...?

– A gente dormiu na sala. – Falei e o mesmo arregalou os olhos sem acreditar. – É, e ainda é sedo, acho que dá para dormir mais umas duas horas antes dos meninos acordarem.

– Ok, vamos correndo para cima para dormir mais. – Falou e levantamos e corremos escada acima e entramos cada um no seu quarto.

Joguei-me na cama igual a uma baleia e tentei não pensar em nada relacionado ao pesadelo ou ao Ministério chamar urgente o senhor Potter para lá bem sedo. Tentei pensar em uma paisagem linda, lembrar dos meninos usando roupa de meninas (que devo informar que a senhora Potter tirou uma foto para registrar o momento) e de como tinha sido divertido o primeiro dia na casa do Jay, e acabei dormindo enquanto brigava comigo mesma.

Acabei sonhando com o Voldemort atacando um vilarejo trouxa, e ele tinha acabado de matar uma criança, a criança estava morta aos seus pés. Ele olhou diretamente para mim e deu um sorriso misturado com sonserinos, comensal e maligno, tudo isso poderia ser demostrado em um sorriso dele.

Ele apontou a varinha para mim e saiu um raio verde de lá, um feitiço muito usado pelo próprio, Avada Kedavra. Fechei os olhos esperando o feitiço, mas o mesmo não aconteceu, e quando abri os olhos estava olhando para a parede do “meu” quarto. Que raiva, poderia ter um sonho normal pelo menos enquanto eu estiver aqui? Em, Merlin? Faria esse favor?

– Jay, acho melhor você não fazer isso. – Escutei a voz o Sirius no outro lado da porta, e enfiei a minha cabeça no travesseiro, ele não poderia ter vindo em hora pior.

– Por quê? Acordei você e os outros do mesmo jeito, por que não vou acordar a Carol? – Perguntou abrindo a porta.

– Esse é o problema, o jeito que você acordou a gente. – Falou Sirius, e ele não parecia estar de bom humor também.

– Fiquem quietos. – Falei colocando a cabeça em baixo do travesseiro.

– Vamos Carol, acorda, já é tarde e hoje é só o segundo dia de férias.

– James... – Falou Sirius de modo repreensivo.

– Então, James, é só o segundo dia de férias, me deixa dormir e fica quieto. – Falei tacando o travesseiro nele e cobri as minhas orelhas com as mãos, e escutei a Liande piar. – Cala a boca, Liande. – Falei olhando a coruja.

– Ok, você está estranha. – Comentou Jay.

– Sai daqui. – Falei um pouco mais calma.

– Que? – Perguntou sem entender.

– Sai daqui, preciso me trocar. – Falei dando um sorriso mínimo, esses meninos são muito lerdos.

– Está bem, vamos estar te esperando na sala. – Falou e colocou o travesseiro num dos pufes.

Assim que eles saíram do meu quarto e fecharam a porta me sentei na cama.

– Por que será que a Carol estava tão estressada? – Perguntou Jay.

– Preocupada. – Respondeu Sirius e acho que ele deu de ombro.

– Ela te falou alguma coisa? – Perguntou Jay.

– Não, é intuição. Talvez seja alguma coisa dela. – Respondeu. – Vamos descer por que estamos na frente da porta dela.

– Ok. – Falou Jay e escutei passos, que foram se silenciando conforme desciam a escada.

Olhei para a Liande e a mesma estava me olhando com a cabeça de lado, como se estivesse me acusando deu ter gritado com ela.

– Não me olha assim, você sabe como eu sou quando eu não tenho um sonho bom. – Falei olhando para ela, e a mesma revirou os olhos.

Olhei para o quarto e levantei da cama, seguindo para o guarda roupa. Peguei um short jeans, coloquei um sutiã, por que eu estava de top, e coloquei uma blusa rosa com uma borboleta desenhada nela. Prendi o meu cabelo em um rabo de cavalo e escovei os dentes, e lavei o rosto. Fui até a gaiola da Liande e dei comida para ela.

Sai do meu quarto e desci as escadas, encontrando os meninos sentados no sofá da sala, todos eles. Assim que o Jay me viu perguntou:

– Passou o estres?

– Sim, desculpa ter gritado com você. – Falei sorrindo para ele, que deu de ombro sorrindo também.

– Bom dia para vocês, achei que iriam dormir até tarde. – Falou a senhora Potter aparecendo no meu lado.

– A intenção era essa, mas teve uma pessoa que acordou a gente gritando. – Falou Sirius sorrindo sínico e eu e os meninos começamos a rir.

– Bom, já que já estão acordados, vamos tomar café. – Falou e seguiu para a cozinha.

Pedro e o Jay levantaram em um pulo e correram para a cozinha, Remo logo seguiu eles, e o Sirius também saiu correndo atrás deles, mas eu o segurei.

– Que foi? Juro que não contei nada. – Falou e eu revirei os olhos.

– Eu sei disso, eu só queria falar que o senhor e a senhora Potter nos viram dormindo na sala.

– Sério? E o que eles acharam?

– Estranho, e que talvez nós estivéssemos namorando. – Respondi sorrindo.

– Sério? – Perguntou sorrindo e eu concordei com a cabeça. – Quando eles vão entender que não é só por que eu abraço uma menina ou sou amigo dela que eu gosto dela?

– É, só que não foi só abraços. – Falei cruzando os braços.

– Está bem, mas ninguém sabe disso. – Falou e eu olhei para o lado. – Ou sabe?

– E-eu acabei contando para as meninas. – Falei fazendo uma careta.

– Sabia, depois do natal elas ficaram olhando para gente de um jeito estranho. – Falou e eu ri. – Por que estava tão estressada hoje de manhã?

– Eu... – Comecei mais fui cortada por alguém na porta da cozinha.

– Ei, dois, não vão tomar café? – Perguntou Jay.

– Nós já vamos, só estou perguntando uma coisa para o Sirius. – Respondi.

– E não pode falar isso depois do café?

– Não. É rápido, nós já estamos indo. – Falei e ele voltou para cozinha.

– Foi um pesadelo, não foi? Você sempre fica irritada ou triste quando tem pesadelo. – Perguntou Sirius me olhando nos olhos.

– Foi, mas não quero falar disso. – Respondi e vi quatro cabeças na porta, Jay, Remo, Pedro e a senhora Potter, e segurei a risada. – Eles estão nos observando pela porta. – Sussurrei para o Sirius.

– Serio? – Perguntou sorrindo.

– Sim, não olha, eles estão desconfiados de que estamos escondendo alguma coisa. – Falei antes de ele virar a cabeça para olhar.

– Desconfiados? – Perguntou pensativo. – Será que eles estão achando mesmo que está rolando alguma coisa entre a gente?

– Talvez. – Falei dando de ombro. – Vamos dizer a verdade, ficamos muito ligados depois de tudo que aconteceu o ano passado. – Falei, principalmente depois do dia que o Malfoy tentou me beijar.

– Pode ser, mas você também ficou bastante ligada com o Remo depois que descobriu que ele era lobisomem, e não ficamos achando que vocês estavam se pegando. – Falou sorrindo.

– Acharam sim, vocês já perguntaram se nós estávamos namorando umas cinco vezes, e as meninas acham que eu o peguei o ano passado. – Falei cruzando o braço e revirando os olhos.

– Coitada de você, todos acham que está pegando algum dos Marotos. – Falou fazendo voz de criança.

– Devem estar falando que estou pegando o James e eu vim para cá para “oficializar” as coisas para os pais deles. – Falei fazendo aspas com a mão.

– Como eles inventam coisas. – Falou rindo e me abraçou.

– Eles estão se pegando? – Escutei o Jay falando.

– Acho que não. – Escutei o Remo falando e eu e o Sirius estávamos segurando a risada ainda abraçados.

– Eu tenho certeza que sim. Eles estavam dormindo juntos no sofá hoje de manhã. – Falou á senhora Potter.

– Não era para falar, senhora Potter. – Falei olhando por cima do ombro do Sirius, e para isso tive que ficar na ponta dos pés.

– Estavam com roupa? – Perguntou Jay ao mesmo tempo que eu.

– Sim. – Respondeu à senhora Potter.

– Quando que vocês vão parar de falar da gente pelas costas? – Perguntou o Sirius sorrindo e virando para eles.

– Vocês escutaram tudo o que estávamos falando? – Perguntou Pedro.

– Tudo, em claro e bom som. – Respondi sorrindo vendo a cara deles de quem fez coisa errada e foram pegos.

– Droga, não era para vocês ouvirem. – Falou Jay.

– E pelo jeito nem verem. – Falei dando uma indireta. – Vocês não são nem um pouco discretos.

– Nem vocês. Vocês ficaram se pegando de noite no sofá da minha sala. – Falou Jay.

– James, nós não ficamos se pegando, nós não estamos ficando, e muito menos namorando. – Falou Sirius e eu completei:

– Acabou que por coincidência nós dois acordamos de noite e começamos a conversar na sala, e acabamos dormindo sem perceber.

– Mas é estanho, vocês ficaram muito ligados dês do natal do terceiro ano, parecia que tinha alguma coisa. – Falou Remo.

– Nós não ficamos muito ligados dês do natal do terceiro ano. – Falei e eles, sim todos eles, me olharam de modo repreensivo. – Ok, talvez um pouquinho, mas foi do mesmo jeito que eu fiquei mais próxima do Remo quando descobri o seu segredo, do Jay quando ele finalmente falou que gostava da Lily e eu tentei desde então ajudar ele, e do mesmo modo que eu fiquei mais próxima do Pedro quando salvei o rato dele e começamos a conversar sobre chocolate. – Falei e dei uma pausa. – Estou falando mentira?

– Não. – Falou Pedro por todos.

– Então parem de ser ciumentos e achar que eu e o Sirius temos alguma coisa, já tem Hogwarts inteira achando isso. – Falei e revirei os olhos.

– Como assim? – Perguntaram todos os meninos juntos, até o Sirius (e a senhora Potter já tinha voltado para cozinha nesse meio tempo).

– Vocês nunca escutaram nada? – Perguntei e eles negaram com a cabeça. – É, estão falando que eu estou pegando um de vocês, e o mais votado é o Sirius. – Falei sorrindo sínica.

– Wou. – Falou Sirius abismado. – E a desculpa é que eles acham que nós parecemos? – Perguntou olhando para mim, e eu concordei com a cabeça. – Quem te falou isso?

– Marlene, ela é uma das pessoas que acha que temos alguma coisa, e quando não acha que é com nós dois é com o Remo.

– Comigo? – Perguntou sem entender.

– É, o ano passado e retrasado ficamos conversando bastante por causa das luas cheias, e como elas são estranhas, acharam que estava rolando alguma coisa. – Respondi.

– Essa eu não sabia. – Comentou.

– Duvida quando que vão começar a falar que estou pegando o Jay por que vou ajudar ele a conquistar a Lily?

– Você vai me ajudar a conquistar a Lily? – Perguntou Jay sorrindo.

– Claro, sou sua amiga, lembra? – Falei sorrindo.

– Valeu, Carolzinha. – Falou e me deu um abraço de urso.

– Ok, quando você conseguir conquistar a Lily você me agradece. Mas vamos tomar café? – Falei.

– Nós estávamos tomando, vocês que não apareceram. – Falou Remo.

– Está bem, mas nós já conversámos e vamos tomar café agora. – Falou Sirius e fomos para a cozinha.

Nos sentamos na mesa e comemos ovos com leite. Depois que acabamos o Jay falou de ir à piscina, e todos concordamos na hora. Subimos para nos trocas e eu fiquei encarando os biquínis, não sabia qual usar. Escutei os meninos passarem correndo, eles já estavam indo para a piscina. Olhei um biquíni que eu adorava usar, ele era amarelo com flores rosas, a parte de baixo do biquíni não era fio dental, não tinha nenhum biquíni assim, e a parte de cima parecia um top, era perfeito.

Peguei-o e comei a me trocas. Depois deu colocar o biquíni, peguei um dos meus vestidos para usar em cima do biquíni e uma toalha. Coloquei o vertido e peguei a toalha e parti para a piscina. Desci as escadas e fui em direção à saída que dava para o lado de trás da casa, e tinha que passar pela cozinha para isso, e a senhora Potter estava fazendo alguma coisa, que não cheguei a prestei atenção.

Quando sai pela porta, vi os meninos já na piscina fazendo uma guerra de água, eu ri baixo com aquilo, revirei os olhos, coloquei a toalha nas cadeiras de tomar sol, e comecei a tirar o vestido.

– Para, para, para. – Falou Jay e quando olhei para piscina de novo, os meninos estavam me olhando com a boca aberta.

– Que foi gente? – Perguntei.

– Como você esconde tudo isso? – Perguntou Jay apontando para mim.

– Tudo isso o que? – Perguntei me olhando.

– Tudo, você entendeu. – Falou Sirius mexendo a mão para todos os lados.

– Eu não escondo nada. Até por que não tem nada para esconder, eu não tenho nada demais. – Falei percebendo que eles estavam falando do meu corpo.

– Ela disse que não tem nada de mais? Por favor, fala que ela não disse que não tem nada demais. – Falou Remo e mergulhou a cabeça na água, logo voltando para cima.

– Carol, você é minha amiga e não me mata depois deu falar isso, mas... Você é muito gostosa. – Falou Jay.

– Obrigada, eu acho. – Falei sorrindo e com certeza corei.

– Agora me explica como você conseguiu esconder tudo isso. – Falou Jay.

– Eu não escondo- nada. – Falei e olhei para o Pedro. – Pedro, você está babando. – Falei rindo.

– Ah, desculpa. – Falou corando.

– Carol, nós só te vimos uma vez usando roupas mais curtas, que foi no seu aniversário o ano passado que você estava usando um short mais curto. – Falou Remo e logo continuou: - Você só usa roupa larga.

– Eu não gosto de usar roupa muito apertada, mas também não uso roupa tão larga que não mostra o meu corpo. – Falei e sentei numa das cadeiras.

– Não vai entrar? – Perguntou Sirius.

– Não agora, vocês vão ficar me secando de baixo d’água. – Falei sorrindo eles reviraram os olhos. – Eu não gosto de entrar na piscina direto, prefiro ficar um pouco fora e depois entrar.

– Está bem, mas não demora muito para não perder a piscina. – Falou ele novamente.

– Pode deixar. – Falei e deitei.

Fiquei olhando as nuvens, e estava um sol aconchegante, não estava forte, mas também não estava escondido, por mais que estejamos no inverno. Fechei os olhos para aproveitar o sol e só escutava as risadas dos meninos e o barulho de água caindo fora da piscina. Passou-se 10 minutos, desde que fechei os olhos, e o sol desapareceu e senti alguns pingos caindo em mim. Quando abri os olhos, era o Sirius me olhando.

– Que foi Sirius? – Perguntei.

– Você não vai entrar? – Perguntou.

– Eu disse que já vou. – Respondi.

– E isso faz meia hora atrás. – Falou. – E você vai entrar agora. – Falou e me pegou no colo.

–Sirius. – Falei e abracei o seu pescoço. – Você é muito chato.

– Eu só estou te fazendo um favor. – Comentou, e nós já estávamos perto da piscina.

– Se você me jogar eu vou te afogar. – Falei olhando brava para o Sirius.

– Está bem. – Falou, parou e me colocou no chão, se eu desse mais um passo, caia na piscina.

– Tenho mesmo de entrar agora? – Perguntei olhando para ele por cima do ombro.

– Entra logo. – Falou revirando os olhos e me empurrou.

Como reflexo peguei a mão dele e acabamos caindo nós dois juntos na piscina. Depois de voltar à superfície, esperei o Sirius, e quando o mesmo apareceu na piscina com os cabeços encaracolados nos olhos, comecei a falar:

– Eu vou te afogar. – Falei e pulei em cima dele, empurrando-o para baixo, mas ele me puxou junto.

Prendi a respiração e abri os olhos em baixo d’água, e o Sirius estava com os olhos abertos também e com um sorriso maroto, dei um tapa nele de baixo d’água, e o mesmo riu por dentro e me abraçou, e assim acabamos voltando para a superfície.

– Você não me afogou. – Falou no meu ouvido.

– Você não deixou. – Falei sorrindo, e ainda estávamos abraçados.

Depois de dois segundos levei um jato de água no rosto, e quem tinha jogado tinha sido o Remo.

– Por que fez isso? – Perguntei junto com o Sirius, e acho que ele também tinha levado um jato de água, pois o Remo apontou para o Jay.

Olhei para ele e no mesmo momento ele começou a falar:

– Era para vocês não ficarem se pegando.

– Nós não estávamos se pegando. – Falou Sirius revirando os olhos.

– Já disse que eu e o Sirius não temos nada. – Falei revirando os olhos também.

– Mas, mais dois segundos e iria acontecer alguma coisa. – Falou Jay.

Revirei os olhos e mergulhei, nadei para perto do Jay, mas ele não percebeu, acho que nenhum dos meninos me viram nadando, pois escutei eles perguntando um para o outro aonde eu me encontrava, e isso quase me fez rir. Depois que passei pelo Jay, levantei nas suas costas e gritei:

– Buuu! – Saindo da água e pulando nas suas costas, que deu um pulo.

– Um dia você me mata. – Falou rindo, rindo da minha risada e das risadas dos outros meninos.

– Nunca faria isso. – Falei e dei um beijo na sua bochecha, e eu estava de cavalinho nas suas costas.

Depois que dei o beijo no Jay, veio um jato de água nas nossas caras, e o Sirius estava com um sorriso de que conseguiu chegar ao seu objetivo.

– Sirius, por que fez isso? – Perguntei passando a mão no rosto.

– Para vocês não ficarem se agarrando. – Respondeu sorrindo.

– O Jay é só da Lily. – Falei.

– Verdade. – Concordou. – Eu prefiro as ruivas, sem ofensas Carol. – Completou me olhando.

– Sem problema, ainda bem que nunca pensei em pintar o meu cabelo de ruivo. – Falei pensativa, e os meninos riram.

– Você ficaria estranha de cabelo ruivo. – Falou Remo.

– Também acho, por isso nunca pintei o cabelo de vermelho. – Falei e mergulhei de novo.

– De novo não. – Resmungou Sirius.

Nadei até a borda e pulei para fora, me sentando na mesma. Acho que assustei o Pedro, pois ele me olhou com cara de quem tomou um susto. E os meninos apenas reviraram os olhos.

– Não vai sair, vai? – Perguntou Sirius chegando perto de mim.

– Não. – Respondi sorrindo para ele.

– Que bom. – Falou e encostou-se à borda, no meu lado direito.

– Desculpa estar voltando no assusto, mas, por que acordou tão irritada hoje? – Perguntou Jay.

– Eu normalmente acordo irritada quando tenho pesadelo, mas isso demora uns 20 minutos. – Respondi.

– Teve pesadelo? – Perguntou Pedro.

– Sim, Vol... – Comecei a falar, mas vi a careta que o Pedro iria fazer. – Você-sabe-quem estava atacando um vilarejo trouxa.

– Acha que esse sonho pode ter sido de verdade? Ou virar realidade? – Perguntou Sirius.

– Não sei, tem 50% de ser verdade e 50% de ser apenas um sonho. – Respondi. – Estou torcendo para que os 50% de ser apenas um sonho vença.

– Me conta essa história dos seus sonhos. Nunca entendi como você percebia que o seu sonho era realidade. – Falou Jay colocando um dos braços na minha perna.

– Nem eu sei explicar, mas minha família tem umas coisas estranhas com sonhos. Hugo tem ”premonições”, minha mãe uma vez sonhou com os números da mega sena e ganhamos quatro mil dólares, Leandro sonha às vezes com o que faríamos no dia, e o papai recupera alguns momentos do dia que ele viu no sonho. E esses são só o que eu sei, e a vovó falou que meu nome seria Caroline alguns minutos antes deu nascer, mas não tinha ninguém junto, só meus tios.

– Nossa, você é o sonho de toda professora de Adivinhação. – Falou Pedro.

– Não, para ser o sonho de toda professora eu precisaria abrir a minha mente para ver o futuro. – Falei e imitei a voz da professora Gurfi-viko, professora de Adivinhação. –E eu não sei fazer isso. Às vezes tenho o meu momento, mas nada demais. – Falei dando de ombro.

– Já que você é “vidente”, o que vai acontecer agora? – Perguntou Jay.

– Você vai levar um tapa na cabeça. – Respondi e ele esperou o empaqueto, que não aconteceu.

– Tem certeza... – Começou a falar, mas dei um tapa na cabeça dele quando iria continuar.

– Tenho. – Respondi sorrindo marota.

– Você me paga. – Falou e pulou para fora e ficando em cima de mim.

– James. – Dei um grito esganiçado quando ele ficou em cima de mim, e começou a fazer cocegas. – Para... James... – Falei entre risadas.

– Só mais um pouco. – Falou e continuou a fazer cocegas. Ele só parou depois de uns 10 segundos rindo igual a uma louca. – Já estou feliz. – Falou sorrindo e me deu um beijo estralado na bochecha.

– Vocês são muito vingativos. – Falei depois de sentar novamente.

– É um dom. – Falou Sirius sorrindo convencido.

Revirei os olhos e entrei na água de novo.

– Vamos apostar corrida? – Perguntei.

– Claro. – Responderam todos e fomos para uma das bordas da piscina.

– 1, 2, 3, e já. - Falei e começamos a corrida nadando.

Horas depois...

Ficamos a tarde inteira na piscina, só saímos para almoçar. Agora eram 6 horas da tarde, e Pedro, Sirius e eu estávamos vendo uma partida de xadrez entre o Jay e o Remo, e devo admitir que os dois eram bons, eles estavam quase empatados.

– Boa noite. – Falou o senhor Potter abrindo a porta de entrada.

– Xeque- Mate. – Falou Remo e o jogo acabou.

– Oi. – Falamos todos juntos para o senhor Potter, e voltamos para ver a cara do Jay.

O senhor Potter chegou perto de mim e me deu um jornal.

– Acho que vai ser mais fácil do que eu explicar. – Falou quando olhei para ele. – Seus pais de mandaram um abraço e seu irmão falou para você se cuidar que depois ele vai querer saber tudo.

– Obrigada, senhor Potter. – Falei sorrindo e rindo pelo meu irmão.

– De nada. – Falou sorrindo e foi para a escada.

– Por que meu pai te deu jornal? – Perguntou Jay quando o senhor Potter saiu de vista.

– Não sei direito, mas sei que vai responder uma pergunta que eu fiz para ele. – Falei e abri o jornal.

Primeira página não tinha nada de interessante, na segunda a mesma coisa, mas na terceira foi uma coisa totalmente diferente.

– Droga. – Falei olhando a manchete.

– Que foi? – Perguntou Pedro.

Virei o jornal para eles e o Remo leu o titulo:

– “Mais um ataque aos trouxas.”.

– “Hoje, ás cinco horas da manhã, teve mais um ataque em um vilarejo trouxa (Park Nigthing), ninguém sabe como começou, nem quem foi, mais um trouxa que estava passando no local viu varias pessoas encapuzadas saindo de uma casa, e começando a colocar fogo nas outras casas.

“O dono da casa que os encapuzados saíram era um bruxo aposentado chamado Gordon Viena, que morava há anos nesse vilarejo, ele foi um grande escritor e durante um tempo foi ministro da magia, mas ficou no cargo apenas cinco anos.

“Não sabemos por que os encapuzados foram lá e depois colocaram fogo nas outras casas, mas sabemos que quase todos os moradores foram mortos, ou pelo fogo, ou caíram sem explicação no chão...” – Li em voz alta, mas a reportagem continuava, mas não estava a fim de ler.

– Caíram sem explicação no chão? – Perguntou Sirius.

– Avada Kedavra. – Falei, e vi foto da menina que vi caída aos pés de Voldemort no meu sonho. – Então eu sonhei com uma coisa que já tinha acontecido?

– Como sabe que tem a ver com o seu sonho? – Perguntou Pedro.

– A menina é a mesma. – Falei e mostrei a foto.

– Mas por que os Comensais iriam atrás desse velho? – Perguntou Jay.

– Ele é muito esperto. – Respondeu Remo.

– E ele não é tão velho assim, só tem 80 anos, e está em perfeita forma. – Completei.

– Ainda não entendi por eles estariam atrás dele. – Falou Jay.

– Ele era muito esperto e inteligente, com certeza Você-sabe-quem estava atrás dele para fazê-lo se juntar a eles, nós já sabemos que ele quer o poder. – Respondi.

– Faz sentido. – Falou Sirius. – E como ele, com certeza, recusou a oferta generosa dele, acabou morrendo por isso.

– Exatamente. – Concordei.

– Será que ele vai matar todo mundo que recusar virar Comensal? – Perguntou Pedro com os olhos brilhando de medo.

– Não sei, nunca me ofereceram uma vaga. – Falei sorrindo. – Mas sei que preferiria morrer a se juntar a ele.

– Eu também. – Concordaram Remo, Sirius e Jay, mas o Pedro ainda estava com cara de medo.

– Não se preocupa, Pedro, ele vai cair antes do que o esperado. – Falei.

– Como sabe? – Perguntou.

– Eu não sei. Mas tenho fé nisso.

– A janta está pronta. – Gritou à senhora Potter a cozinha.

– Vamos jantar e esquecer isso. – Falou Remo levanto do chão, seguimos o seu exemplo e fomos jantar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo, comentem o que acharam, o que acham que deve acontecer e etc.
Beijos, beijinhos, beijões.
*Nox.



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