A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 30
Por que tudo tem que ser tão complicado?


Notas iniciais do capítulo

Espero que goste.
Boa leitura



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P. D. V. Sirius

Lá estava eu, sentado no sofá da sala comunal esperando os meninos e a Carol chegarem. Por incrível que pareça, eu acordei antes de todos os meninos hoje, também fui dormir antes que todos. Era sábado e faltava alguns dias (dois na verdade) para voltarmos para casa, eu queria ficar em Hogwarts, mas a mãe do James praticamente me obrigou a passar o natal na casa deles, então eu vou.

Depois que voltamos de Hogsmeade o Remo sumiu de novo e só apareceu hoje (eu o vi na cama). Tem alguma coisa errada do Remo sumir assim, a Carol diz que não, mas eu sei que tem e o James e Pedro concordam comigo. Então meus pensamentos viraram 360 graus e foram para o Malfoy, não sei por que, só sei que tenho muita raiva dele, como queria fazer uma pegadinha com ele antes do natal; é isso, uma pegadinha para falar um feliz natal.

– No que está pensando, senhor Sirius Black? - Perguntou a Carol no meu ouvido e me dando um belo de um susto.

– Não faz mais isso, sua louca. - Falei olhando para ela, que estava com um sorriso brincalhão.

– No que estava pensando? - Perguntou de novo se sentando do meu lado.

– Na vida. O Remo voltou e está com um novo corte no rosto. Isso não é normal Carol, como você pode não se preocupar com isso? - Falei olhando para ela.

– Quem disse que eu não me preocupo? Eu só acho que se o Remo quiser falar para gente porque ele some, ele vai contar. - Falou olhando para as mão que estavam no seu colo.

– Desculpa. - Falei percebendo que tinha jogado meu nervosismo na Carol.

– Pelo que? - Falou agora olhando para mim.

– Por falar daquele jeito com você. Não era para sair daquele jeito.

– Tudo bem, você só disse o que você vê. Eu realmente não demostro que fico preocupada com o Remo, acho que é para deixar vocês mais calmos, mas sempre penso.

– Por que você quer deixar nós calmos?

– Não vai adiantar nada nós ficarmos pensando nisso. Já não chega uma louca preocupada, Hogwarts não precisa de quatro loucos preocupados. - Falou sorrindo para mim.

– Tem rasão. Obrigado por se preocupar com a gente.

– Vocês são meus amigos. Mas, o que fez o senhor a acordar sedo num sábado?

– Fui dormir mais sedo que os outros, então acordei mais sedo também.

– Tem certeza que não quer dormir mais? - Perguntou desconfiada.

– Tenho. Não estou com sono. - Falei olhando para a lareira apagada, do nada apareceu uma mão na minha cabeça e vi que era da Carol.

– Não está com febre, desconfiado.

– Carol, o que você está fazendo?

– Algum bicho te mordeu Sirius?

– Não.

– Então está possuído, só pode. - Falou ela tirando a mão da minha cabeça.

– Não estou possuído. Só não vou conseguir dormir mais.

– Tá, vou fingir que acredito. - Falou se sentando reta de novo.

– Não vai acreditar? - Falei e comecei a fazer cocegas nela.

Ficamos uns minutos assim, eu fazendo cocegas nela e ela tentando se soltar.

– O que vocês estão fazendo? - Perguntou James aparecendo com o Remo e Pedro atrás do sofá.

– Eu estou fazendo cocegas na Carol e ela está rindo. - Falei, gente lerda, era a coisa mais obvia que já se viu.

– Agora você morre Sirius Black. - Falou Carol me jogando no chão (já que estávamos encima do sofá) e subiu em cima de mim e começou a fazer cocegas em mim, sim eu tenho cocegas.

– Para vai Carol. - Falei entre as risadas.

– Parem você dois, perecem duas crianças. - Falou Lily atrás do sofá também, com a Alice, Gina, Lene e Dorcas rindo.

– Mas Lily, nós somos crianças. - Falou a Carol olhando para ela ainda fazendo cocegas em mim.

– Você entendeu. - Falou Lily revirando os olhos e indo com as outras meninas para o buraco da quadro da mulher gorda, deixando um James praticamente babando.

– Será que vocês podem me ajudar? - Falei conseguindo segurar a risada.

– Claro! Vamos comer. - Falou Remo indo para o quadro da mulher gorda também e me deixando com a Carol.

Ficamos mais alguns minutos ela encima de mim e eu rindo que nem um louco por que ela estava fazendo cocegas em mim. Todo mundo que passava ria da sena ou só reviravam os olhos e continuavam andando. Minha barriga estava começando a doer de tanto rir, eu vou matar a Carol por isso, com certeza eu estou vermelho.

Estou ficando cansado de tanto rir e eu preciso comer alguma coisa ou eu vou passar mal. Já sei o que eu vou fazer, mas o que eu vou fazer não vou contar para você, vai ser surpresa.

– Já chega, Caroline Caldin. - Falei segurando os seus punhos e girando ela para o lado ficando encima da mesma e prendendo os seus punhos no chão.

– Há, mas estava legal. - Falou fazendo biquinho, essa menina não existe.

– Só se for para você. - Falei saindo de cima dela e a puxando para cima.

– Mais você também fez. - Falou ela pegando suas coisas comigo e saindo pelo quadro da mulher gorda comigo.

P. D. V. Carol

Foi muito legal fazer cocegas no Sirius, foi uma revanche pelo todos os dias que ele já fez cocegas em mim. Ainda tinha a risada gostosa que o Sirius dava enquanto eu fazia cocegas nele, era muito engraçada e com certeza eu estava com um sorriso divertido no rosto, pois o Sirius bufou no meu lado e isso me fez segurar a risada.

Chegamos no salão principal e logo vimos os meninos comendo. Quando chegamos os meninos nos olharam divertidos, eu revirei os olhos e comecei a pegar ovos e um pedaço de torta, já o Sirius olhou feio para eles, bufou e começou a atacar a comida, coisa normal de Sirius Black, pelo menos para mim.

Logo depois de tomarmos café fomos para o jardim pensar um pouco ou só conversar, coisa que eu estava fazendo com o Remo. O Pedro estava escutando a nossa conversa, mais não falava nada, só poucas coisas como "Como assim?". O James estava falando alguma coisa com o Sirius, com certeza sobre as pegadinhas que vão fazer nas ferias, ou sobre outra coisa, eles estavam falando muito baixo de mais para ser pegadinha.

– Então Remo, vai falar por que sumiu dessa vez? - Perguntou o Sirius do nada, eu mato esse filho de uma bruxa.

– O de sempre. - Falou Remo simplesmente.

– Não quero a desculpa, quero o real motivo. - Falou James, já sei sobre o que eles estavam falando tão baixinho.

– Eu já disse, fui para o médico.

– Nós não acreditamos nisso. - Falou Sirius.

– Mais é a verdade. Se vocês não querem acreditar, problema de vocês. - Falou Remo se levantando e saindo indo em direção ao castelo.

– Vocês são chatos em! - Falei encarando o Sirius.

– Nós só queríamos a verdade. - Falou James.

– Vocês já pensaram que o Remo não quer contar para gente?

– Por quê? - Perguntou Pedro.

– Porquê pode ser melhor para gente, ou até para ele mesmo. Vocês já chegaram a pensar que a verdade pode machucar o Remo e que é por isso que ele não conta?

– Não. - Falaram todos constrangidos, pelo menos eu acho.

– Vocês nunca tiveram um segredo que não queriam contar? - Continuei o meu sermão, estou parecendo a Lily. Todos balançaram a cabeça positivamente. - Pois é, eu também. Então pensem como vocês se sentiriam com alguém te pressionando para descobrir o segredo. Não muito bem né? É o mesmo jeito com o Remo, só que o dele pode ser muito pior. - Falei me levantando e deixando os meninos lá, pensando, e fui atrás do Remo.

P. D. V. James

A Carol tinha rasão, nós não poderíamos pressionar o Remo quando nós mesmo tínhamos os nossos segredos. Mais eu ainda não entendo por que esse sermão, até parecia a Lily falando. Será que a Carol sabe de alguma coisa? E se souber, por que não conta?

– A Carol tem rasão, não devíamos ficar pressionando o Remo assim. - Falou Pedro.

– Foi a mesma coisa que ela me falou hoje de manhã. - Falou Sirius.

– Será que a Carol sabe de alguma coisa? - Perguntou Pedro.

– Mesmo se souber, e se for uma coisa ruim mesmo? Tanto para nós, tanto para o Remo? - Perguntei lembrando das palavras da Carol.

– Nós somos amigos, ajudamos uns aos outros. Se o Remo precisar de ajuda, nós vamos ajuda-lo, certo? - Falou Sirius.

– Claro. - Falamos juntos.

– Então já sabemos o que fazer. Vamos agora atrás do Remo, pedir desculpa e falar que estamos com ele para o que der e vier.

– Isso. - Falamos todos juntos e nos levantamos para ir atrás do Remo.

P. D. V. Carol

Acho que dei um pouco de juízo na cabeça deles, pois quando sai, pareciam pensativos, tomara. Nesse exato momento eu estava subindo as escadas correndo, avia encontrado com o Frank e ele me disse que o Remo tinha subido para o dormitório, então eu estava indo para lá.

Cheguei na frente do quadro da mulher gorda e falei a senha "Bombas saltitantes". Entrei e logo subi para o dormitório, parei na porta para ver se eu poderia entrar e escutei o Remo resmungando "Eu não posso... Não dá. Mais eles vão descobrir e ficar bravos comigo.". Acho que eu tenho que entrar.

– Remmy... - Falei abrindo a porta e o encontrando sentado na cama.

– Você falou não é? - Falou sem olhar para mim enquanto eu me sentava.

– Falei o que?

– Do meu problema. - Falou ainda sem olhar para mim.

– Claro que não Remo. Eu prometi que não contaria. E mesmo que eu não prometesse, você me pediu para eu não contar, não vou contar. Quem tem que contar é você. - Falei olhando para ele e depois para o chão.

– Valei Carol, e desculpa por ter desconfiado. - Falou me abraçando.

– Tudo bem. Só que eles estão desconfiados de mais, uma hora eles vão descobrir. - Falei depois do abraço.

– Eu sei, e esse é o meu medo. - Falou olhando para o chão de novo.

– Remo, eles são seus amigos...

– Esse é o problema, não quero perder os meus amigos. - Falou olhando para mim triste.

– Se eu conheço esses três, eles não vão fazer nada disso. Eles vão continuar sendo seus amigos, assim como eu continuei. Mais você pode ajudar eles e contar em vez deles correrem o risco de aparecerem na casa e você os atacar.

– Obrigado Carol, ajudou muito. - Falou irônico

– Só estou querendo disser que você pode contar em vez deles descobrirem igual a mim, foi o melhor jeito que já descobri um segredo. - Falei a ultima parte irônica.

– Você não existe Carol. - Falou dando risada. - As vezes você consegue ser pior que a Sirius nesse pondo de colocar tudo na brincadeira.

– Ninguém consegue me passar.

– Ninguém consegue passar o Sirius. - Falamos juntos, e quando eu olhei para trás tinha o Sirius entrando no quarto com os outros meninos.

– Podemos falar com você Remo? - Perguntou o James.

– Claro. - Falou olhando para eles e eu me levantei e no meu lugar sentou o Sirius e o Pedro e James se sentaram na cama do Pedro de frente para o Remo e Sirius.

– Nós viemos pedir desculpa por mais sedo. - Começou o Sirius.

– E também falar que estamos aqui para o que der e vier, não importa o que aconteça, vamos sempre estar com você. - Sim eu escutei, tinha parado na porta.

– Obrigado gente.

– Wou! - Exclamaram algumas meninas atras da porta.

Quando eu a abri tinha o meu quarto inteiro coladas na porta para escutar a conversa. Elas são muito curiosas e a sena estava engraçada então eu, como uma bela amiga, comecei a ir da cara delas e elas e olharam mortalmente e os meninos sem entender, abri mais a porta para eles poderem ver a sena e logo depois começaram a rir também.

– Com licença, viemos pagar a Carol de vocês um minuto. - Falou Dorcas me segurando e começando a me puxar, eu ainda estava rindo.

Quando eu já estava na porta falei tchau para os meninos e então minha ficha caiu, eu estou ferrada.

– Me ajudem, socorro. - Falei me segurando na porta e então, como bons amigos, começaram a rir.

As meninas me levaram até o dormitório onde me "jogaram" na minha cama e começaram a fazer perguntas como "Por que eles estavam pedindo desculpa?", "O que ele aprontaram para estarem pedindo desculpa um para o outro?", e assim por diante.

– GENTE... - Gritei essa parte para elas pararem de falar e me escutar. - Eu não posso falar.

– Vai Carol conta. - Choramingou a Lene.

– Foi só um desentendimento, mais nada.

– Que tipo de desentendimento? - Perguntou a Alice.

– Não posso falar, é assunto nosso.

– Vai Carol, fala. - Falou Gina.

– Não dá gente. - Falei me levantando.

– Vai Carol somos suas amigas. - Tentou de novo a Lene.

– Eu... Não... Posso. - Falei pausadamente e já estava na porta.

– Vai Carol. - Falaram todas as meninas, sim até a Lily.

– Não. - Abri a porta e sai correndo escada do dormitório feminino abaixo e subi escada do dormitório masculino e logo entrei no quarto dos meninos. Os folgados estavam deitados nas camas.

– Me ajuda. - Falei segurando a porta e tentando acalmar a minha respiração.

– Por quê? - Perguntou James olhando para mim.

– Por que tem um bando de meninas vindo para cá. Se vocês não quiserem ver o seu quarto cheio delas e uma amiga morrendo, me ajudem.

– CAROLINE! - Escutei todas elas gritando.

Quando os meninos escutaram o grito, logo levantaram da cama e foram me ajudar a segurar a porta. Logo depois deles chegarem as meninas começaram e empurrar a porta, elas eram fortes. A porta ia e vinha e nós tentando segurar a porta e proibir a entrada das meninas que queriam me matar.

– Afinal, por que elas estão aqui? - Perguntou James do meu lado.

– Elas querem saber por que vocês pediram desculpa para o Remo.

– Então você resolveu trazer ela para cá? - Perguntou Sirius, é impressão minha ou o Sirius está mal- humorado?

– Não fui eu que fiz a burrada. - Falei brava para ele que estava do lado do Remo que estava no meu lado. - E além disso, não sabia se você queriam que a escola inteira soubesse que vocês brigaram e pediram desculpa.

– Como assim a escola inteira? - Perguntou todos os meninos.

– ELAS SÃO UMAS FOFOQUEIRAS. - Gritei para elas ouviram.

– Não somos. - Falaram todas do outro lado.

– Duvido vocês guardarem que eu não sou mais virgem. - Falei as desafiando, e elas pararam na hora e os meninos me olharam com os olhos arregalados. - Não acredito que eu falei isso.

– É verdade que você não é mais virgem Carol? - Perguntou Gina, olha que ela é minha prima.

– Vocês prometem não contar para ninguém. - Falei dando um sorriso, e os meninos me acompanharam, eles entenderam.

– Sim. - Falaram todas.

– Tá bom, vou falar a verdade. CLARO QUE EU SOU VIRGEM, EU NÃO SOU PUTA PARA SAIR TRANSANDO COM QUALQUER UM. - Berrei essa parte.

– Que droga! Só por que iria tem um babado para contar para todos. - Falou Lene e ou olhei para os meninos com cara de "eu falei."

– Ainda não sei como a Gina acreditou... - Dei uma pausa e falei para os meninos sairem da porta. - Eu sou sua prima. - Falei magoada abrindo a porta e encontrando o olhar da Gina, estava magoada mesmo.

– Carol, foi na hora. Se você me falasse isso na casa da vovó, eu não acreditaria. - Falou tentando se explicar. Eu não tinha nem notado que tinha sido a Gina que tinha falado aquilo, só caiu a ficha depois que a Nele falou.

– Mesmo assim. - Falei abrindo espaço entre as meninas e sai correndo para o dormitório deixando todos para trás.

Entrei no meu dormitório e tranquei a porta. Logo depois me joguei na minha cama e fiquei pensando como minha prima poderia acreditado naquilo, nós nos conhecemos desde bebé, como ela pode acreditar que eu já tinha feito sexo?

– Carol deixa eu falar com você. - Falou Gina batendo na porta, acho que todas as meninas estavam atrás da porta. - Vai me deixa entrar.

– Não adianta Gina, ela não vai te deixar entrar agora. - Falou Alice.

– Mais tarde você tenta. - Aconselhou a Dorcas.

– Vem vamos descer. - Falou a Lily.

– Fresca! - Sussurrou a Lene na porta.

– Se você é assim, McKinnon, eu não tenho culpa. Mas eu não sou assim. - Gritei para ela escutar.

Eu sentei na cama e abracei a minha perna apoiando o meu queixo no meu joelho. Não estou mais brava com a Gina, eu também ficaria abismada com a noticia, o que deixou chateada foi a Marlene me chamando de fresca. Nós somos amigas, não somos? Também depois dessa não sou mais.

A pessoa vem me chamar de fresca por que eu me senti ofendida pela minha prima, pois ela achou que eu já tinha transado mesmo, e vem falar que eu sou fresca, pois praticamente me chamou de puta? Tudo bem que eu é que dei o exemplo, mais mesmo assim, só foi um exemplo, ai vem a pessoa falar que sou uma puta ou me chamar de fresca porque me ofendi? Ela que se enxergue antes de falar de mim.

– Carol, você está bem? Você está chorando? - Perguntou Sirius aparecendo na minha janela.

– Não. - Falei olhando para ele.

– Não é o que parece. - Falou entrando e passando a mão no meu rosto, só agora que eu percebi que eu estava chorando.

– Obrigado. - Falei passando a mão na minha bochecha para tirar a outra lagrima.

– Tudo isso é por causa da Gina? - Perguntou se sentando no meu lado na cama.

– Não. Na verdade, agora não tem nada a ver com a Gina.

– Então tem a ver com quem? - Falou passando o braço por cima do meu ombro.

– Com a Marlene.

– Por quê? - Perguntou me olhando.

– Nada. - Falei olhando para o lado.

– Não me parece nada.

– É que ela praticamente me chamou de puta. - Falei abraçando a minha perna de novo.

– Só por causa disso? - Falou e agora eu olhei para ele.

– Você gostaria que alguém virasse para você agora e falasse que você é um galinha ou cachorro?

– Não...

– É a mesma coisa.

– Mas eu não ligaria. - Completou a sua frase.

– Eu também não vou ligar para isso. Mas eu tenho certeza que você daria um soco no cara que falasse isso.

– Isso é verdade. Mais você vai ficar aqui, trancada, até quando?

– Quando chegar o dia de São Nunca eu saio. - Falei brincando.

– E isso vai ser aqui a quantos minutos? - Perguntou brincando.

– Isso só Merlin sabe. - Falei sorrindo e o Sirius começou a rir, e como a risada do Sirius é contagiante, comecei a rir também.

Rimos durante alguns segundos e quando paramos ficamos em silêncio. O Sirius colocou o braço encima do meu ombro de novo e eu aproveitei e apoiei a minha cabeça no seu ombro e ficamos assim durante um tempo. Quando o silêncio estava começando a ficar chato e a dar somo em mim e no Sirius, eu escuto o ronco da barriga do Sirius, foi tão alto que eu até me assustei e depois comecei a rir.

– Acho melhor você ir comer Sirius, sua barriga já está avisando. Também, já está na hora do almoço. - Falei olhando para o relógio que tinha no meu criado mudo.

– Você não vai? - Perguntou quando estava levantando para ir pegar a vassoura do James, é isso mesmo o Sirius tinha pego a vassoura do James.

– Ainda não, estou sem fome. - Falei indo com ele para a janela.

– E o que eu vou disser para os outros?

– Fala que estou super mal e não estou afim de ver ninguém. - Falei irônica.

– De verdade.

– Fala que eu não estou com fome e vou ficar na cama fazendo umas coisas.

– E para o James, Remo e Pedro?

– Fala que eu estou bem.

– Tem certeza que não vai comer? - Falou já encima da vassoura.

– Não, agora vai se não os meninos vão invadir aqui. - Falei e ele logo foi embora, voando pela vassoura até o dormitório dos meninos.

Fiquei o almoço inteiro no dormitório, pensando na vida. Pensei nas minhas férias de final de ano na casa da vovó, pensei os momentos bons que passei aqui com os meninos, os momentos bons que passei com as meninas... Estava tudo normal até alguém bater na porta e eu me levantei para abri- la.

– Lily, entra. Esqueci de destrancar a porta. - Falou e logo depois a Lily entrou e eu fechei a porta.

– Eu sei que você estava fingindo estar magoada. Mais por que não foi almoçar? - Perguntou Lily se sentando na minha cama junto comigo.

– Para fazer drama.

– Por quê?

– Sei lá, deu vontade. Mais na verdade eu não estava com fome.

– Olha eu escutei o que a Lene falou, não acredite no que ela falou.

– Deixa Lily. Eu não ligo, de verdade. - Falei assim que ela me olhou com as sobrancelhas erguidas. - Na hora eu fiquei triste, ela era minha amiga e então fala isso? Mas depois vi que tinha rasão e como eu não estava com fome e também não queria sair, fiquei aqui.

– Tá bom, mas você precisa falar com a sua prima, ela quase não comeu por ficar pensando em você.

– E depois eu que faço drama. - Falei e logo depois eu comecei a rir com a Lily. - Os meninos estão no quarto deles?

– Sim.

– Bom, eu estou saindo. Você vai ficar aqui?

– Não vou descer também. - Falou se levantando comigo.

Saímos do dormitório e não tinha quase ninguém na sala comunal, também com esse calor e sol lá fora, quem iria ficar aqui dentro? Só os meus amigos loucos. Lily foi para o buraco do retrato da mulher gorda e eu pedi para ela não falar nada para a Gina. Subi para o dormitório dos meninos e escutei eles conversando.

Entrei silenciosamente no quarto e os encontrei virados de costa para a porta conversando. Quando cheguei perto tinha um pergaminho no centro e tinha varias coisas escritas, era sobre uma pegadinha.

– Nem me chamaram, magoo. - Falei dando um susto nos meninos.

– Não faz mais isso. - Falaram todos juntos.

– Tá bom. - Falei meio entendiada. - O que que é? - Falei me sentando entre o Remo e Sirius.

– Uma pegadinha que podemos fazer em alguém. - Falou James olhando para o pergaminho analisando.

– Que show foi aquele mais sedo? - Perguntou Remo se referindo a minha crise sobre ofensas.

– Nunca escutou em atuação? - Falei me exibindo.

– Você deveria ganhar um Oscar. - Falou James.

– Eu sei. - Falei convencida.

Os meninos se entreolharam e então o Remo e Sirius bagunçaram o meu cabelo e o James e Pedro começaram a fazer cocegas em mim. Depois de alguns segundos eles pararam e começaram a rir, pois o meu cabelo estava todo bagunçado e para cima, armado. Fechei a cara e eles riram mais ainda.

Bufei e fui logo para o banheiro arrumar meu cabelo. Se fosse outra menina tinha gritado com eles e quebrado tudo e ainda tinha corrido para o banheiro gritando feito louca para se arrumar, mas eu não sou assim. Enquanto eu arrumava o cabelo com a minha mão (ou nesse caso tentando arrumar, pois eles tinha feito muitos nós no meu cabelo) em frente do espelho apareceu um rato.

Quase que eu grite, mas então vi que era o rato do Pedro, o Branquizo, já que ele era muito branco. Ele estava onde se pendurava as toalhas, não sei como ele tinha chegado ali.

– Vem Branquizo, já que seu dono não olha para você. - Falei pegando o rato e saindo do banheiro.

– Já arrumou o seu cabelo Carol? - Perguntou James tentando me irritar.

– Eu já, e também achei um rato branco no banheiro, alguém quer? - Falei mostrando o rato.

– Branquizo, valei Carol. - Falou pegando o rato e o colocando na gaiola.

– Então, essa pegadinha vai ser em quem? - Falei depois do Pedro ter voltado e se sentado no seu lugar.

– Eu tinha pensado na pegadinha quando estava pensando em faze- la no Malfoy. - Falou Sirius.

– É uma boa ideia, mas por que? - Perguntei olhando para o Sirius.

– Para inferniza- lo. - Falou sorrindo e eu o acompanhei.

– No que vocês pensaram?

– Sei lá, um bolinho de bomba de bosta numa caixa e na outra um presente que quando ele abrisse, explodisse tinta na cara dele. - Falou Sirius.

– Quando?

– Poderia ser antes do natal, antes de irmos para o trem. - Falou James.

– Poderia. Então? Quando começamos? - Perguntei com os olhinhos brilhando, adoro pegadinha, ainda mais no Malfoy.

– Amanhã, combinado? - Falou Remo.

– Claro. - Respondemos todos juntos.

Ficamos falando da pegadinha durante um bom tempo, até eu me enjoar e descemos para o jardim. Não encontrei a minha prima lá. Depois do jantar, subi para a sala comunal e lá estava la sentada perto da lareira. Cheguei perto dela e me sentei no seu lado, os meninos tinham subido, eu acho.

– Carol, desculpa. Não queria ter te ofendido. - Falou tudo rápido e olhou para mim.

– Não ofendeu. - Falei sorrindo para ela.

– Não? - Me olhou sem entender.

– Era só para brincar, desculpa ter te preocupado. Não fiquei brava com você, só um pouco, mas então voltei a mim. - Falei sorrindo de lado.

– Você me enganou Caroline Caldin? - Perguntou um pouco mais alto.

– Desculpa. - Falei me encolhendo.

– Você me enganou direitinho. Deveria ter percebido que você estava brincando. - Falou rindo.

– Fala serio, deveria ganhar um Oscar néh?

– Não. - Falou balançando a cabela e eu abaixei a minha e a Gina começou a rir, e a acompanhei.

Logo depois de pararmos de rir, subimos para o dormitório e ficamos conversando sobre coisas aleatórias. Elas, as meninas, tinha perguntado se nós duas tínhamos nos entendido e eu falei que sim, tinha falado para Gina não falar que foi uma brincadeira aquele show que eu dei, e foi o que ela fez, não falou nada.

Depois de conversarmos bastante, deitamos nas nossas camas e logo pegamos no sono. Tive um sonho muito legal, estávamos eu, os meninos e as meninas em Hogwarts brincando normalmente. Foi o melhor sonho que eu já tive durante a minha vida inteira, pelo menos os sonhos que eu lembro.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler.
Comentem.
Bjs, bjs.



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