A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 20
Descoberta.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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P. D. V. Carol

Era dia 27 de março, tinha tido o pesadelo de novo esse mês, nessa noite iria ser a primeira noite de lua cheia e eu já estava tendo pesadelos. Como eu não iria conseguir pegar no sono novamente tão rápido, eu fui ate a janela do meu quarto, que ficava no lado da minha cama, olhar o seu estrelado nessa noite, por incrível que pareça, as estrelas me acalmavam.

Fiquei um bom tempo olhando para as estrelas e a lua quase cheia, dava para ver a floresta e o salgueiro lutador do meu quarto. Depois de um tempo olhando para as estrelas, decidi olhar para a floresta que estava calma há essas horas, olhei para o salgueiro lutador e o vi calminho também. Voltei a olhar para a floresta, abri a janela para poder ouvir os grilos e corujas e foi quando eu olhei de relance para o salgueiro que eu vi um vulto andando ate ele.

Tentei olhar mais de perto, conhecia aquele corpo e o jeito de andar, agora olhando fixamente para a pessoa andando, sabia quem era, era o Remo! Mais por que ele estaria a essa hora da noite fora da cama e, acima de tudo, indo para o salgueiro lutador? Ele sempre sumia na semana da lua cheia, nunca entendi por que, e agora que eu sabia que ele ia para toda noite para o salgueiro lutador, ele teria que me contar a verdade.

Depois de o ver parando na frente do salgueiro, pegando alguma coisa no chão e fazendo o salgueiro parar, e logo depois entrando, eu fiquei pensando no que ele iria fazer lá em baixo e como ele entrou, só poderia ser uma passagem para algum lugar para fora de Hogwarts. Mais o que Remo estaria fazendo fora de Hogwarts?

No final acabei pegando no sono na janela e só acordei quando escutei a Lily falar:

– Carol, acorda. Você está toda torta dormindo na janela. – Falou encostando-se a mim e me fazendo acordar. – Carol, por que você dormiu na janela?- Perguntou ainda de pijama.

– Eu vim ver a paisagem acho que acabei dormindo aqui. – Falei sonolenta.

– Todo bem agora vai tomar banho. – Falou e eu só balancei a cabeça e entrei no banheiro para tomar banho.

Tomei um banho rápido e me troquei, peguei minha coisa e desci para a sala comunal. Pela primeira vez eu tinha saído do banheiro antes que a Lily, então ela nem me viu descer, ainda bem. Como eu sabia que os meninos tinham acabado de acordar, não iria invadir o quarto deles, principalmente com o Frank lá, se fosse só o James, o Sirius e o Pedro tudo bem, mais tinha o Frank, não iria invadir o quarto do nada.

P. D. V. James

Acordei um pouco mais tarde que os outros dias e vi que Remo e Frank não estavam lá, mais só tinha um banheiro ocupado, estranho. Entrei no que estava vago e tomei um banho. Depois de alguns minutos eu sai e encontrei o Frank acordando o Pedro, o Remo tinha sumido de novo. Acabei de me arrumar e fui tentar acordar o Sirius, depois de uns 10 minutos tentando acorda- ló ele abriu os olhos e foi para o banheiro que não estava sendo usado, já que no outro estava o Pedro.

– Remo sumiu de novo? – Perguntou Sirius saindo do banheiro.

– Sumiu. – Afirmei.

– O que será que está acontecendo com ele? Faz dês do começo do ano que ele some uma semana por mês e nunca contou para gente o que era. – Falou Pedro.

– Eu não sei, mais talvez seja um segredo dele que ele não quer contar para gente. Mais agora vamos descer, esperar a Carol e descer para tomar café. – Falei.

Descemos as escadas do dormitório e encontramos a Carol sentada no sofá, ela não parecia estar muito bem.

– É impressão minha ou a Carol não está bem? – Perguntou Sirius.

– Acho que não é impressão sua Sirius, ela não parece muito bem. – Falei olhando preocupada a Carol. Ela estava meio que jogada no sofá com a cabeça apoiada na mão.

– Tudo bem Carol? – Perguntou Sirius quando chegamos perto dela e nós sentamos no sofá junto com a mesma.

– Tudo. – Respondeu simplesmente.

– Pois não parece. – Falei.

– Não é nada, só não dormi bem essa noite. – Falou olhando para gente com um sorriso fraco.

– Tem certeza que é só isso? – Perguntou Sirius.

– Tenho, agora vamos comer. – Falou se levantando puxando a minha mão e a mão do Sirius, já que o Pedro já estava de pé.

– Acho que vou ficar aqui. – Falou Sirius.

– Eu também. – Falei entendendo a brincadeira com a Carol.

– Qual é meninos? Vamos.

– Só quando você der um sorriso. – Falei.

– Mais eu já dei. – Falou tentando, inutilmente, nos levantar.

– Um sorriso de verdade. – Completou Sirius.

– Vocês não existem mesmo. – Falou sorrindo.

– Agora sim vamos. – Falou Sirius se levantando e logo o segui. Passei o braço pelo pescoço da Carol e saímos pelo quadro da mulher gorda.

– Você esta bem mesmo Carol? – Perguntei no teu ouvido.

– Estou sim James, só cansada porque não consegui dormir direito.

– E por que você não conseguiu dormir direito?

– Tive pesadelos à noite inteira. Nada de mais. – Falou.

– Tem certeza? – Perguntei persistindo.

– Tenho. – Falou sorrindo.

No café a Carol comeu pouco, tentamos faze - la comer mais, só que ela não comeu mais nada. Na hora do almoço foi a mesma coisa, ela não comeu nada e eu e Sirius quase que enfiamos a comida na boca dela, mais não funcionou. Depois das aulas fomos fazer as lição na sala comunal, a Carol estava quase dormindo em cima das lições, falamos para ela ir dormir, só que que a mesma falou que só iria sair depois que acabasse as lições.

Era quase sete e ela ainda estava lutando contra o sono, ela já tinha feito todas as lições para o outro dia e não ia dormir.

– Carol, já chega. Vai dormir. – Falei para ela pegando suas coisas de suas mãos. – Eu não estou pedindo nem perguntando se você quer ir ou não. – Falei antes dela falar alguma coisa.

– Carol, eu concordo com o James. Vai se deitar. – Falou Sirius.

– Tá bom. – Falou indo em direção ao dormitório feminino e subindo a escada para o quarto dela.

– Conseguimos fazer- la descansar. – Falou Sirius aliviado.

– Conseguimos. Agora é só ver se ela vai conseguir. – Falei.

– Como assim? – Perguntou Pedro.

– Ela falou que estava cansada assim por que teve pesadelo a noite, então não conseguiu dormir direito.

– Quando ela falou isso? – Perguntou Sirius.

– Hoje de manhã.

– E por que não falou nada para a gente? – Perguntou Sirius bravo.

– Por que ela estava junto. Não iria falar isso para vocês com ela aqui. – Expliquei.

– Tá bom. Agora vamos descer para jantar. – Falou Sirius levantando e indo para o quadro da mulher gorda comigo e com o Pedro.

P. D. V. Carol

Não sei se tenho que agradecer ou não os meninos, acho que os dois. Agradecer por que consegui dormir um pouco, foi mais um cochilo. E não agradecer por que tive o pesadelo com o lobisomem de novo depois do meu cochilo. Quando eu acordei do meu pesadelo já estava de noite, todas as meninas já estavam dormindo.

Levantei- me da cama e fui ate o banheiro lavar o rosto ver se eu esquecia o sonho. Depois de lavar o rosto voltei para a cama, deveria ser meia noite quando eu consegui pegar no sono de novo. No começo não tive sonho nenhum, só que depois o sonho mudou e apareceu um lobisomem uivando, parecia com sofrendo, agora eu me pergunto, como eu posso saber o que ele estava sentindo? Eu não sabia. Ele parou de uivar e respirou, olhou para onde eu estava olhando e ele uivou de novo, então eu acordei.

Sentei na cama assustada e levantei, coloquei uma roupa mais quente e sai do dormitório sem fazer barulho. Desci para a sala comunal e passei pelo quadro da mulher gorda que estava dormindo. Desci as escadas de se movem rápido e passei pelo salão principal, parei bem na porta para a ponte que dava para o jardim.

– Onde eu estou indo? – Falei em foz alta mais continuei a andar.

Quando eu estava perto do salgueiro lutador, olhei para os dormitórios da Grifinória, estavam todos apagados e provavelmente todos estavam dormindo deveria ser três horas da madrugada. Olhei para o salgueiro e não vi nenhum objeto ou pedaço de pau que poderia usar para sei lá o que, nem sei o que o Remo fez, como eu faria também?

Decidi que o jeito mais fácil seria pular para dentro do buraco o mais rápido possível, e foi o que eu fiz, dei alguns passos para trás e corri em direção ou salgueiro. Achei que o salgueiro iria bater em mim, só que eu desviei e pulei no buraco que eu tinha visto de ultima hora, cai de cara no chão. Quando eu levantei, vi que era um túnel igual ao das passagens que achamos.

Comecei a andar, depois de alguns minutos escutei o mesmo uivo que avia escutado no sonho, e ainda faltava bastante túnel para chegar ao meu destino que eu não sabia qual era. Depois de mais alguns minutos consegui ver o fim do túnel, era atrás de uma portinha. Quando abri a porta vi uma casa velha, tinha uma escada para subir de madeira.

Subi a escada até o final e quando cheguei no andar superior encontrei três portas, uma parecia ser um quarto que era a do lado direito, a outra era um banheiro, suponho, no meio das duas portas e por ultimo uma sala que ficava no lado esquerdo, onde tinha um lobisomem me encarando muito estranho.

Eu iria começar a dar um passo para trás só que ele pulou em cima de mim me fazendo cair de costa e me esconder o rosto, afinal, lobisomens comem humanos e eu esperava que esse me comesse. Mais ao invés disso ele não fez nada só ficou em cima de mim, mais como eu não tirava os braços de cima do meu rosto ele fez a coisa mais inimaginável que você poderia imaginar, ele fez carinho com o focinho no meu braço me fazendo olhar para ele.

E por incrível que pareça, olhei para os mesmos olhos dos meus sonhos, uns olhos cor de mel, era inacreditável o que estava vendo, era os olhos do Remo.

– Remo? – Perguntei meio surpresa e ele fez carinho no meu rosto agora. – Não acredito que é você! – Exclamei rindo.

Fiz carinho nele e ele parecia um cachorro, só que muito maior e muito mais bravo, pelo menos com os outros. Ficamos assim durante bastante tempo, acho que estava amanhecendo pois Remo estava voltando ao normal, legal eu tinha ficado metade da madrugada acordada, mais pelo menos tinha feito companhia ao Remo.

Quando ele voltou ao normal, caiu em cima de mim, pois ele tinha desmaiado. Coloquei- o deitado no lado, e me ajoelhei no seu lado esperando ele acordar, passou alguns minutos e ele abriu os olhos.

– Tudo bem Remo? – Perguntei assim que ele abriu os olhos.

– Carol? O que você esta fazendo aqui? – Falou tentando levantar, e eu o ajudei.

– Eu vi você ontem entrando no salgueiro e resolvi ver como você estava. – Falei.

– Como assim como eu estava? – Perguntou.

– Quer que eu te explico desde o começo?

– Seria melhor.

– Bom, nas férias eu tive um sonho com um lobisomem e estou tendo ele em toda lua cheia desde então. Ontem foi o primeiro dia, e quando eu acordei a noite e fui olhar as estrelas vi um volto, você, indo para o salgueiro lutador...

– Como sabia que era eu?

– Remo eu te conheço. Reconheceria-te de longe. Então hoje eu fui dormir mais sedo e tive de novo o pesadelo, então resolvi vim ver.

– Como sabia que era eu o lobisomem.

– Seus olhos. Toda vez que eu sonhava olhava nos olhos do lobisomem, e sempre parecia com o seu.

– Mais como você sabia que eu não faria nada para você? Eu não fiz néh? – Perguntou preocupado.

– Não, você não me machucou. E como eu sabia que você não faria nada? Não sabia.

– E você se ariscou mesmo assim?

– Claro você é meu amigo Remo. E eu tinha um pressentimento que não aconteceria nada. Não me pergunte como, eu só sabia.

– Você não contou para os meninos sobre o sonho néh?

– Não, nem para a minha mãe eu contei.

– Obrigado.

– Mais você sabe que eles vão descobrir, não sabe? – Perguntei para conferir.

– Claro que eu sei. Só que eu não queria. Vocês são os únicos amigos que eu tive e tenho, não quero que nada aconteça com vocês. E eu tenho medo que vocês se afastem de mim por que sou um lobisomem.

– Remo eu tenho certeza que os meninos não vão se afastar. Agora eu não sei os outros alunos. Temos que tomar cuidado. E se não fosse eu que tinha visto você entrar no salgueiro? E se fosse outra pessoa? Ela poderia contar para a escola inteira.

– Eu sei.

– Mais você tem quatro amigos que não vão te deixar e três que tem uma mente super marotas. Nós vamos te ajudar.

– Não, quero você e os meninos longe desse problema. E não quero que os meninos descubram. Não era nem para você descobrir, não quero mais ninguém ligado nisso.

– Por quê?

– Porque eu posso machucar você.

– Remo, eu acabei de ver um lobisomem em cima de mim que nem abrir a boca abriu. Claro que precisamos de um plano B, mais eu vi nos seus olhos que você precisava de ajuda Remo, você não tem que fazer isso sozinho. Tem amigos para isso. – Falei me ajoelhando na frente dele. – Você tem a gente Remo. Não está sozinho. – Falei o abraçando.

– Você vai sempre estar comigo não é? – Perguntou respondendo o abraço.

– Claro Remo. Agora você poderia ter contado para gente que você era lobisomem. – Falei saindo do abraço e sorrindo para ele.

– Não queria vocês longe. Vocês são meus únicos amigos. Eu tive medo.

– Eu sei, faria a mesma coisa que você Remo.

– Como você passou pelo salgueiro?

– Pulando para dentro do buraco com o salgueiro tentando me acertar. – Falei dando um sorriso sínico.

– Você é louca. Por que não deu meia volta?

– Sinceramente, eu não sei. Na verdade, nem sei por que sai do dormitório. Quando reparei estava na ponte.

– Como assim?

– Acho que Merlin e Morgana queriam tanto que eu descobrisse que jogaram um Império na minha perna. – Falei brincando.

– Você não existe Carol. – Falou dando risada.

– Bom acho melhor eu ir para a escola e você descansar que vai ter uma semana longa. Afinal, onde estamos?

– Na casa dos gritos, em Hogsmeade.

– Bom você já para a cama e eu para Hogwarts. Quer ajuda?

– Claro. – Falou estendendo a mão e eu o ajudei a levantar. – Carol, quando você voltar pela passagem, tem um nó no salgueiro é só apertar ele. – Falou depois de levantarmos.

– Tá bom, ate o final da semana, ou antes. – Falei sorrindo.

– Não vem aqui, se você vir vou ficar muito chateado com você.

– Remo eu não posso prometer nada.

– Você não vem Carol. – Falou serio.

– Tá bom. O senhor que manda. – Falei dando as costas para ele.

– Carol... – Falou segurando meu braço e depois de dando um abraço. – Obrigado por estar comigo.

– Sempre vou estar com você Remo. Não importa o que aconteça. Tchau.

– Tchau. – Falou entrando quarto e eu desci as escadas.

Passei pela passagem novamente e procurei o nó no salgueiro lutador, e achei estava perto do chão, parecia um nó mesmo, só que de madeira. Apertei- o e na hora o salgueiro parou de se debater e eu pode passar calmamente. Entrei no castelo e corri para a sala comunal e de lá para o dormitório tomar um banho bem gostoso para começar as aulas naquele dia e esperar o Remo voltar para eu ficar mais calma, sabendo que ele estava bem.


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Notas finais do capítulo

Comentem. Bjs, bjs.



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