Dias De Guerra escrita por Mereço Um Castelo, Luiza Holdford 2


Capítulo 12
Capítulo 12 - Super Major


Notas iniciais do capítulo

Um agradecimento especial ao bonde cabuloso dessa fanfic. You rule my world, and I love you all! ♥

Ando postando (aqui) só por causa do Josiel, então obrigada a ele também ♥



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O caos estava instalado em Galveston. Algumas casas estavam completamente destruídas, enquanto outras se prostravam como fortes e humildes mini montanhas rochosas. Mas, na verdade, não tinha nada disso, era só mais um combatezinho de nada que elas viriam à baixo em pouco tempo. 

Para falar a verdade, algumas estavam em um modo tão trágico que se eu espirrasse por perto, ela já cairia. E que ninguém tenha inventado de estar dentro dela naquele momento porque, além de ter uma casa em cima da cabeça, correria o sério risco de pegar uma gripe. 

Aí, eu vou pedir para alguém das papeladas fazer um certificado de pessoa azarada. Porque, né, casa na cabeça e gripe? O que mais poderia de acontecer ao coitado? Bem, piorar sempre pode, e minha estadia nesse Exército comprova toda essa teoria. 

Melhor calar a boca.

Jasper estava à frente de todos no seu cavalinho “não Pégasus” e passava com o olhar preocupado. Droga. Por que ele tinha que se preocupar tanto assim? Eram só casas! O que tinha de mais nelas?

Ele deu a ordem de que precisávamos nos dispersar e procurar por sobreviventes. Ha! Como se eu realmente quisesse procurar alguém. Eu, com fome, já estava com preguiça de procurar por comida, quanto mais pessoas!

- Vamos nos dividir em grupos... Vocês – e ele indicou uns pé rapados, – vocês vão para lá. Vocês – e ele dividiu mais um grupo de pamonhas, – vão para lá. Agora... – ele me encarou. Ah, sim, como eu já tinha uma ideia se formando em mente, o grupo dos gatões ia junto. – Damon e vocês ficam comigo. 

- Porque o amor é lindo! – meio que sussurrei alto demais para que alguns ouvissem e soltassem uma risada baixa.

Na verdade, eles tentavam conter, mas acho que só riram porque já conheciam esse meu passado desastrado no Exército. Conheciam também esse meu “amor” recíproco pelo Jasper. Ele me amava, sério!

- Vamos. Não podemos perder tempo – Jasper chamava como se fosse um herói. Só faltava um raio de luz brilhando nele, uma capa voando e um topete ridículo brilhando de tanto produto no cabelo ensebado. – Vamos. 

Comecei a correr para acompanhar Jasper, mas ele era muito bom. Enquanto eu ficava de boa só nas perseguições, ele realmente ia à procura de alguém. Entrava nas casas, procurava embaixo das camas, embaixo das mesas, atrás dos móveis e até mesmo dentro dos guarda roupas. 

Por um breve momento, até cheguei a pensar que ele merecia o cargo de Major, que ele havia feito por merecer. Mas foi um momento tão breve que até um espirro pareceria era eterno perto dele – que isso fique bem claro!

Enquanto Jasper era o Major herói, salvador dos desprotegidos e necessitados, eu era o carinha que falava para as pessoas: “Fica aqui. Espera a gente. Vamos juntos. Depois você vai para um lugar seguro. Confie no Major ali, ele é arrombadinho, mas é confiável!”

Tudo estava indo na mais linda sintonia com pessoas fedendo e se encostando em mim na maior boa vontade. Eu precisaria de uns três dias de banhos depois disso. Enfim, enquanto todo mundo saía feliz com a missão resgate do Super Major, eu ficava cada vez mais emburrado. 

Não estávamos sozinhos, em outras palavras, como eu ia fugir dessa? Eu tinha vindo com a intenção de fugir, lembra? Pois bem, como fazer isso com milhões de pessoas prontas para testemunhar contra você? 

É preciso fazer isso quando não tem mais ninguém, nenhuma pessoa por perto – ou sóbria o suficiente – para testemunhar contra um carinha tão legal, injustamente obrigado pelo e apaixonado pela minha deusa como eu. Damon Salvatore, no fim das contas, não era um cara do mal, só era mal compreendido e obrigado e fazer coisas que não gostava, o que acarretava em certas consequências. 

Duvido que mamãe me mandaria para a guerra. E, se por acaso me mandasse, duvido que eu ficaria tanto tempo assim. Ela saberia do meu amor por Katherine e, se é que realmente me mandasse para esse quinto dos infernos, rapidinho me tiraria daqui. Ela não tinha cara de quem gostava desses lances de quem tinha feito isso ou aquilo – apesar de que ela era mulher, e mulheres adoram uma fofoca!

Mulheres são estranhas. E Jasper queria salvar todas. Hmmm... Safadinho. Só para se mostrar como o Super Major na frente delas, o herói destemido, que corre grandes perigos em busca de donzelas inocentes de frente a uma guerra que elas não tiveram oportunidade alguma de decidir se aconteceria ou não. 

Tudo parecia normal, até que bem... Até Jasper me entregar uma menina loirinha que estava tremendo que nem bambu verde. Olhei bem para ela e para Jasper. 

- Vai, vai para a carroça e fique com ela. Cuide dela. 

- Mas...

- Já volto!

Droga! Se eu já era péssimo em serviços de salvamento com qualquer um, por que ele achava que eu seria bom com crianças? Essa menininha aqui não tem cara de ter nem uns cinco anos. Por que ele não me entregou no colo uma daquelas moçoilas loiras? Aquelas eu fazia questão de levar nos braços, mas... essa miniatura de moça? 

- Oi – ela disse meio que sem saber o que dizer, me encarando com os olhos castanhos bem esbugalhados. Ela parecia um bicho assustado. 

- Oi. 

- Qual seu nome?

- Meu nome afeta no seu salvamento, minha cara?

- Eu sei o nome dele. 

- Porque ele é um quase Stefan e gosta de ser o bom moço da vizinhança, não conta com prováveis maldades e difamações causadas por inimigos. Além do mais, gosta de fama.

- O quê? – ela me olhava mais confusa ainda. 

- É, você sabe... Ele tem uma característica que é típica de Stefans.

- Mas ele se chama Jasper! – ela me olhava mais confusa ainda franzindo o cenho.

- Mas aposto que foi um nome escolhido de última hora. Até aí, o nome prevalecente na escolha devia ser Stefan, porque... Olha, não tem outra explicação! Ele era para se chamar Stefan e alguma coisa saiu dos trilhos, porque ele tem todos os requisitos para ser um Tefinho. 

- E o que é um Tefinho?

- Não se trata do que é, apesar de que ele é bem uma coisa bem sem vergonha que me dá vontade de tacar na parede ou deixar nos trilhos do trem para passar em cima. Tenho certeza de que aquele safado está se dando bem com minha Kath e eu aqui com essas coisinhass...

- Hei – ela me cortou. – Eu não sou uma coisinha, muito menos uma menininha qualquer!

- Ah, sim, não é. Você é a deusa Afrodite renascida em um corpo de borboleta gigante, com pernas de humano, braços humanos, cabeça e até mesmo expressões humanas! Olha só que aberração que você é!

Ri internamente. Fazia tempo que eu não tinha tempo para meus sagrados sarcasmos de cada dia. 

- Quem é essa deusa? 

- Ninguém.

- Mas você disse qu...

- “Disse” é verbo de passado, e passado é antes, passado, sacou? Já se foi. Chega de conversinhas – acabei que por finalizando aquele bate papo todo entusiasmado da menina monstro e intrometida. 

Eu já estava próximo da nossa carroça, via todos voltando com mais sobreviventes e de longe vinha um Jasper com mais uma moça. Desgraçado. Por que eu tenho que ficar com meninas monstro e você com as moçoilas bonitas, de vestido agarrado e colo à vista? Isso é injusto!

Depois dessa, é certa. Jasper, definitivamente, usou de métodos poucos à vontade por mim para subir de cargo. 

- Meu nome é Cristina. 

- Azar o seu! – disse ainda encarando a moça bonitona. Ela me lembrava vagamente Katherine, o que me fez me perder em lembranças. Ah, seu cheiro. Tão maravilhoso. Sua pele, tão lisa e macia quanto... quanto qualquer coisa. Ela não tinha comparações. 

Katherine era Katherine, e isso a fazia ser única. Era como se ela fosse uma deusa, uma divindade extrema de algum mundo inexistente. Como se ela não pertencesse a esse mundo atual e, por alguma infelicidade, estava tentando sobreviver a esse caos de hoje em dia. 

Pobre Katherine. Ela não merece uma coisa dessas.

- Jasper, não quero ficar com ele! – eu a ouvi gritar de repente. O que? Jasper já estava do nosso lado? Como assim? É, bem, é nisso que dá ficar preso à Katherine em pensamentos. 

- Mas... Por que? Damon é um cara legal, Cris! – ele tentou fazer com que ela ficasse na carroça, ou abrandar a braveza da monstruosidade soltando fogo pela garganta que estava em meus braços.

- Ah, então ele chama Damon, é? – ela me olhava com os olhos quase fechadinhos, e se estivesse em pé, tenho certeza de que estaria com mãos no quadril e batendo o pé freneticamente no chão. Essas mulheres bravas, assustadoras desde pequenas!!!

- Sim, por que? Vai me enfeitiçar, fazer um vodu ou bruxaria com meu nome? – falei rindo como uma forma de instigar a criatura a responder, mas ela só fechou o bico e continuou me olhando com cara feia. 

Coisinha, cara feia não me afeta, vivi a vida inteira com meu pai e agora estou no Exército, sou imune a caras feias!

- O que ele te fez? – ele parou do lado cruzando os braços. 

- Eu não gosto dele! – ela estendeu os braços para Jasper, que a pegou no colo. VIVA! Estou livre da monstro devoradora de cabeças humanas!!!

- Tudo bem, tudo bem. Você vem comigo, Damon...

- Eu fico com o meu cavalinho lindo, Pégasus e meu popô, uma história de amor melhor do que Romeu e Julieta!

- Quê? – ele me olhava com uma forma bem “menina monstro” de ser.

Mas, bem, azar o dele, eu já estava acostumado com as expressões do senhor Super Arrombadinho aqui na frente e não ia ficar aturando agora ele ter uma crise de existência e herdar algumas expressões da “criatura monstro borboleta humana”. 

- Podemos ir? – mudei de assunto.

- Sim. Todos já estão reunidos, vamos indo – ele concordou com minha mudança repentina. Muito bom. Assim, ele não me deixa mais traumatizado com essa menina e suas reações. 

Cada um seguiu para seu cavalo – Jasper acomodou a criatura desumana bem à sua frente, dividindo a sela do seu “não Pégasus” com ela. Medonho!

Como era de se esperar, percorremos o caminho de volta. A mesma trilha com aquelas plantas com carrapicho quando ficam secas, as mesmas florzinhas que pareciam ter espinhos – na primeira vez que vi elas, lembrei de Katherine. Uma flor branca, tão delicada, mas com espinhos por todos os lados, inclusive nas pétalas. Katherine não era uma moça inocente e indefesa como todos achavam que era, assim como essa flor deixava isso bem claro.

Ah, Katherine, aguente firme, meu amor, chegarei em breve. (E que Stefan esteja mantendo suas mãozinhas bem longe de você e as calças bem onde elas devem estar!)

Enquanto eu só via Katherine em minha mente, chegamos a uma cidade próxima de Galveston. Lá, tinha uma base montada de última hora que serviria para abrigar para todos os soldados da viagem e cuidar de todos os refugiados. 

Acomodei Pégasus em um cocho bem gostosinho, cheio de palha e coloquei alguma água fresca. Porque, cá entre nós, depois de um longe dia como esse, com as costas encostando em partes íntimas e um popô muito bonito, Pégasus merecia alguma mordomia. 

Apesar de que pensar isso era meio estranho. Meio não! Completamente estranho. Esse Exército está realmente me fazendo mal. Estou cortejando um cavalo. Um cavalo macho ainda por cima! DEUS! EU PRECISO REALMENTE SAIR DESSE EXÉRCITO!

Corri à procura de Jasper, mas parecia que ele já tinha saído fazia algumas horas. Seu danadinho. Deve ter saído mostrar as montanhas para aquela moçoila de vestido justinho, que fazia com que seus... bem, seus... “melões” ficassem à venda na quitanda. 

Safadinho. E depois fica todo choroso por aí por causa de sua ex. Seu safado. Isso tudo nunca passou de uma desculpinha para pegar mulheres, isso sim! Ah, moleque, tu é dos meus!

A janta foi servida, e como minha barriga já tinha se transformado em um monstro mais cabuloso do que aquela menina, corri encher meu prato. Comi até me empanturrar. Minha calça quase já não fechava mais, mas me deitei um pouco para que eu pudesse me movimentar melhor quando fosse a hora.

Porque, sim, enquanto Jasper estivesse com sua festa particular, eu daria um jeitinho de me encontrar com minha Katherine. 

Mas, antes mesmo de eu ter tempo para qualquer coisa, veio um rapaz com uma cara indescritível (Esse era arrombado até a alma! Certeza absoluta!) dizer que já era hora de partir.

- Mas e o major?

- Nos encontra no caminho.

E ele saiu sem dizer nada mais. Droga, vou ter que fugir sem a ajuda do Jasper mesmo. Mas, bem, se for ver, duvido que ele seja muito favorável à minha fuga, afinal, ele seria encarregado de dar explicações depois, certo? 

Não estou nem aí. Arrumei minhas coisas, peguei Pégasus de novo e montei pronto para mais uma viagem de volta a Galveston. Ainda precisávamos buscar pessoas que tinham ficado para trás junto das casas caindo e dos pequenos incêndios que rodeavam a vila. 

Bem, “precisávamos” era uma palavra que se dirigia apenas a todo mundo... Menos eu! Eu mudaria minha rota e iria direto para minha vida, minha deusa maior, razão de existência. 

Katherine, estou chegando, amor!


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos vocês quem tem a história nos acompanhamentos e não comentam. Eu espero que o fantasma da culpa puxe seus pés todas as noites e vocês não consigam dormir :)

Vocês podem se livrar dessa maldição voltando e comentando em todos, tá?

Beijo.



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