Pov Spencer

Sonho On

- Não, olha pra cá. – Dizia eu, com uma câmera fotográfica na mão, tentando tirar foto de uma menina que aparentava ter quase um ano.

Eu estava numa praça, daquelas que tem brinquedos infantis, e tinha um rapaz brincando com a menina, parecia que eu já tinha visto aquele rapaz, alto, cabelos negros, olhos bem azuis e corpo atlético. Ele sorria pra mim e eu sorria de volta, quando alguém chamou meu nome.

- Spencer? – Eu olhei, era um cara que aparentava ter mais de vinte anos, era alto e musculoso, tinha cabelos loiros e olhos verdes.

Sonho Off

- Spencer! Spencer acorda! – Eu ouvia alguém dizer, eu abri os olhos e encarei os olhos azuis do Henry. – O que aconteceu? Eu ouvi você gritar.

- Eu não sei, eu estava sonhando, e parecia mais que um sonho. – Eu estava com muito frio, e chorando, Henry colocou a mão em mim e disse:

- Você está queimando em febre. O que tinha nesse sonho? – Perguntou ele preocupado.

- Eu não lembro. – Respondi desesperada e chorando feito uma criança. – Eu só lembro de aparecer alguém chamando meu nome.

- Eu vou pegar um remédio pra você. – Ele fez eu deitar e puxou o cobertor.

Em menos de dois minutos ele tinha voltado com um comprimido e um pouco de água num copo, eu tomei os dois, eu ainda chorava, eu estava muito assustada, parecia que eu já tinha visto aquele cara em algum lugar.

- Agora você precisa descansar. – Disse ele passando a mão nos seus cabelos e deixando eles totalmente bagunçados.

- Obrigada Henry. – Disse eu, um pouco mais calma, virando para o outro lado e voltando a dormir.

Três meses depois

Eu e Henry havíamos ficado muito amigos, eu o considerava como meu salvador. Eu estava no quinto mês de gravidez, eu já tinha começado a fazer acompanhamento médico, mas hoje era um dia mais que importante, porque talvez eu descobriria o sexo da criança.

- Ta pronta? – Disse Henry abrindo a porta.

- Sim. – Disse sorrindo e pegando um casaco.

Eu entrei no carro dele e fomos em direção ao hospital. Eu ainda tinha aqueles sonhos, do cara falando meu nome, mas eu não havia contado para o Henry, era capaz dele querer me levar a um psicólogo e eu não queria isso.

Chegamos ao hospital, e o médico fez todo aquele processo que ele sempre fazia e que me dava um baita tédio.

- É uma menina. – O médico anunciou. E eu congelei, olhei para o Henry, que olhava para o pequeno monitor que tinha ali. – Parabéns papais. – Eu olhei pro Henry com cara de “ Deixa assim”, vou poupar o médico dessa pequena explicação de que o Henry me salvou de uma chuva.

- Henry, nós podemos passar naquela praça? – Eu perguntei, Henry balançou positivamente.

Desci do carro e sentei no banco onde eu fiquei no dia que saí de casa, Henry também desceu e ficou encostado no carro, me olhando, quando eu ouço alguém dizer:

- Então esse foi o desgraçado que fez isso com você?!