Sombras Da Luz escrita por Victor Nunes


Capítulo 7
Capítulo 7: Uma reviravotla na vida de Michael


Notas iniciais do capítulo

opa... passei por um bloqueio criativo para escrever esse capitulo uhueeu mas ta ai, espero que gostem
(se não gostarem foi por culpa do meu bloqueio criativo e.e)
avaliação e criticas são sempre bem-vindas



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  Quando Mike chegou ao acampamento ele desmaiou, estava muito cansado para continuar, caiu logo ali. Michael foi até ele e viu que ele estava sem camisa, sua camisa estava amarrada na cintura, não estava mais com seu casaco e estava muito suado, tão suado que tinha moscas ao redor dele, ele fedia e estava grudento por causo do suor.

  Michael o virou para cima e viu que ele estava com um corte no rosto perto da boca. Mike estava de olhos fechados, Michael viu que Mike ainda continuava respirando, ele estava apenas dormindo. Michael deixou Mike dormir no chão, depois foi dormir também.

 Já era de manhã, o sol raiava no rosto de Elizabeth logo depois ela acordou se levantou e se espreguiçou. Procurou por Michael, mas ele não estava lá. Elizabeth ficou preocupada procurando por ele.

– Michael? – Gritou ela preocupada. – cadê você?

 Ninguém respondia, Elizabeth ficou andando pra frente, tropeçou em algo e caiu. Olhou para o chão e viu um cara suado deitado, virado de barriga pro chão e estava rocando, era Mike. Mike dormindo se virou para o outro lado. Elizabeth olhou o rosto dele, e aquele rosto era familiar para ela, só não sabia de onde tinha visto. Então Michael chegou.

– Onde estava? – perguntou Elizabeth. – e quem é esse sujeito?

– eu estava procurando algum rio, ou lago. – disse Michael de costas para Elizabeth, olhando a paisagem. – e esse cara ai é o Mike.

  Agora Elizabeth soube de onde tinha visto o rosto de Mike, tinha visto da visão que a bruxa vidente mostrou para ela.

– e felizmente eu achei um rio perto daqui. Podemos ir dar uma passada lá.

– Oque iremos fazer em um rio? – Perguntou Elizabeth.

– oque se faz em um rio, Elizabeth?

– Lavar roupas?

–  haha engraçadinha, isso também, mas não temos roupas pra levar. Precisamos de um banho. Principalmente ele. – Michael apontou o dedo para Mike e andou até ele.

– Vamos acordar rapaz. – Michael disse dando uns tapas nas costa de Mike.

  Mike acordou morrendo de sono, seu olhos estavam ainda pesados de tanto cansaço. Caiu e voltou a dormir. Michael se levantou e andou até Elizabeth.

– Me empresta sua bolsa de dinheiro? Ela é de couro, vai servir. – Disse Michael?

– pra quê?

–somente me empreste a bolsa, sem o dinheiro.

Elizabeth pegou a bolsa tirou o dinheiro e guardou na bolsa de comida.

– pra que você quer isto?

– Já volto. – Michael andou em direção de onde tinha chegado nessa manhã, Elizabeth soube para onde ele estava indo.

  Elizabeth foi até Mike que estava deitado no chão e o olhou examinando. Olhou para o rosto sujo de Mike e viu que tinha um corte perto da boca dele, não era profundo, pelo visto era apenas um pequeno arranhão. Viu que ele estava dormindo em sono profundo então não tentou acorda-lo, sentou-se perto da fogueira que continuava acesa, colocou uma carne para assar e pensou no futuro que tinha visto. O futuro de Michael, como iria explicar pra ele? Oque iria falar para fazer ele desistir de ir até o reino de Alucard? Ela estava pensando nas palavras certas para falar sem que o magoasse.

  Cinquenta minutos depois Michael voltou segurando a bolsa de dinheiro com as duas mãos. Elizabeth viu que a bolsa soltava pingos de água, estava cheia de água.

– ele ainda está dormindo? – perguntou Michael.

  Michael caminhou até Mike e abriu a bolsa de dinheiro, despejando água no rosto de Mike.

Mike se levantou assustado, limpando a água da cara.

– Está maluco cara? Por que fez isso? – disse ele

 Michael riu da cara dele.

– você estava dormindo feito pedra, precisava de alguma coisa para te acordar.

– acordei, e agora está feliz? – Mike se levantou, olhou para Elizabeth. – quem é essa garota?

– Meu nome é Elizabeth. – disse ela.

– ah, prazer meu nome é Mike.

– eu sei, prazer.

– posso te chamar de Liza? É chato ter falar “Elizabeth”.

– claro.

– preciso de um banho. Urgente. – disse Mike.

– foi por isso que te acordei, você precisa de um banho, todos nós.

– então foi por isso que jogou água em min? Queria me dar um banho?

– não exatamente. Eu encontrei um rio, podemos ir lá.

 Mike bocejou.

– vamos até lá então, mas antes preciso beber água.

– lá tem água de sobra, vamos Elizabeth. – disse Michael. Os dois pegaram seus colchonetes e colocaram de volta nos cavalos, Mike também foi ao cavalo e montou no mesmo cavalo que Michael. Os três começaram a andar.

– esperem, esperem um segundo.  – Michael desceu do cavalo e foi até a fogueira e pegou a carne que já estava assada. – nossa que fome.

– hey, essa carne era minha- disse Elizabeth.

– era, agora não é mais. – Mike disse sorrindo. – brincadeira, toma aqui um pedaço. –  Mike tirou metade da carne com as mãos sujas. Elizabeth olhou para a carne e viu que ela também estava suja por causa das mãos de Mike.

– Perdi a fome. – disse ela.

– depois não reclame dizendo que não ofereci.

– Vamos, monte logo no cavalo. – disse Michael.

– ok!

  Mike se sentou atrás de Michael e eles começaram a andar pela a estrada.

  O céu continuava com as nuvens densas e vermelhas, mal dava para ver o sol, se é que existia sol naquele lugar. Mike estava devorando a carne parecendo um morto de fome e realmente estava faminto, ele comeu o ultimo pedaço de carne e arrotou.

– essa foi a melhor refeição da minha vida. – disse ele.

 Os três fizeram cinquenta minutos de viajem, chegaram no final de  uma montanha e pararam com os cavalos.

– Aqui não dá para seguir com os cavalos. – disse Michael. – teremos de ir andando.

  Os três desceram dos cavalos e estavam caminhando em uma ponte de madeira nada segura, segurada apenas por cordas, era estreita mas muito longa que ligava uma montanha e a outra. Logo abaixo deles havia um abismo muito alto que era tudo escuro no fundo.

– Imagino se essa ponte quebrar. – disse Elizabeth.

– calma Liza. O máximo do que pode acontecer é nós morrer.

–Especificou muito. – Disse Michael. – mas não se preocupem, ela não irá cair... eu acho.

  A ponte balançava de um lado para o outro, Elizabeth estava branca de medo, mas continuava andando. Eles conseguiram atravessar. Michael estava na frente os guiando, Mike estava ainda sem camisa, estava sentido muito calor, Elizabeth estava logo atrás de Mike. Mike e Elizabeth viram que eles estavam em um lugar completamente diferente daquele mundo.

  O lugar era estranho, não tinha arvores nem plantas, apenas mato e o mato daquele lugar estava praticamente morto, seco, parece que não chovia a dias naquele lugar.

– como conseguiu achar um rio por aqui? – perguntou Mike.

– não sei, só sei que achei.

– não faz sentido, esse lugar parece um deserto. – disse Elizabeth.

– eu não sei como achei. Só sei que achei.

 Os três começaram a andar. Mike começou a assobiar logo depois começou a cantar e pelo visto ele cantava muito mal, tinha uma voz de taquara rachada. Elizabeth riu de Mike.

– que musica é essa? E você está cantando em qual idioma? – perguntou ela.

– Livin on preyer, estou cantando em inglês.

– está parecendo hebraico. – disse Michael sorrindo.

– haha engraçadinho.

– continua assobiando, cara – disse Elizabeth sorrindo.

– okay.

  Enquanto Mike assobiava, os três andavam em direção ao norte, para Mike e Elizabeth a viajem parece que iria durar para sempre, vinte minutos depois chegaram ao rio. O lugar era muito lindo por ali, o gramado estava verde, tinha arvores, flores, nem parecia o lugar de onde estavam há vinte minutos atrás. O rio era enorme, a água era limpa e havia uma cachoeira com águas cristalinas do alto de uma montanha.

– é aqui? – Perguntou Mike.

– sim, é aqui.

– beleza.  – Mike correu apenas com a samba-canção no rio, mergulhou e começou a boiar.

– então, vamos? – Disse Michael para Elizabeth. Michael tirou o colete, jogou o no chão e correu para o rio. Elizabeth não teve escolha, pulou com roupa e tudo no rio, se sentiu aliviada se livrando do calor infernal que estava sentindo.

  Os três se divertiram no rio, fizeram brincadeira, o maluco do Mike pulou do alto da cachoeira dando mortais no ar, aquilo pareciam férias de verão, mas sabiam que aquilo iria ter que acabar. Ficaram no banho até mais ou menos oito horas da noite, terminaram o banho e ficaram na beirada do rio,

  Mike com seu poderes de alquimista desenhou outra estrela de cinco pontas com o circulo em volta, mas dessa vez era pequena.

– por favor, me traga um graveto, qualquer um. – disse Mike

– onde iremos achar gravetos nesse lugar? – perguntou Elizabeth.

– nas árvores, me traga apenas madeira.

  Michael e Elizabeth se levantaram de onde estava sentado, foram até uma arvore. Michael cortou o galho da arvore com sua espada e levou até Mike.

– oque pretende fazer com isso? – Perguntou Michael.

– uma fogueira.

– como irá fazer uma fogueira com apenas esse galho? – perguntou Elizabeth.

  Mike não respondeu, simplesmente colocou o pedaço de galho em cima do desenho da estrela de cinco pontas que havia feito.

– Ogof esaçaf – a estrela de cinco pontas brilhou em uma cor vermelha, então do nada surgiu uma fogueira.

–  como fez isso? –  Michael perguntou boquiaberto

–  Alquimia.

– poderia me explicar como fez essa fogueira?

–  os alquimista podem criar qualquer coisa com seus poderes, mas não todos, apenas aqueles com mais experiência. Os alquimista que tem mais experiência podem trazer pessoas de volta a vida.

– mas infelizmente estão extintos. Você foi o único que sobrou dessa espécie não foi? – disse Elizabeth.

– sim. No caso da fogueira, para eu invoca-la eu precisei de um galho que serviria de lenha e algo que surgia do fogo. As cinzas.

– e onde você achou cinzas nesse lugar? – perguntou Michael.

Mike colocou as mãos no bolso e tirou varias cinzas de lá.

– sou um cara prevenido. Guardei as cinzas no meu bolso quando fiz minha ultima fogueira.

– fez a fogueira usando magia? – perguntou Elizabeth.

– não, fiz manualmente.

– você falou uma palavra quando fez a magia, oque isso quis dizer? – perguntou Michael.

– as palavras magicas dos alquimistas são usadas pelo ao contrario, como eu disse “Ogof esaçaf” isso era “faça-se fogo” de traz pra frente.

 Houve um silencio profundo

– quem ai sabe contar piada? – perguntou Mike

  Os três começaram a contar piadas e rir um para o outro, Elizabeth viu Michael sorrindo pela primeira vez, pois eles não era de rir ou de contar piadas, nem se quer conversava com outras pessoas. Elizabeth saiu de perto deles e foi até uma arvora que estava a quatrocentos metros deles, se sentou na arvore e se encolheu.

– oque a Liza está fazendo lá sozinha? – perguntou Mike.

– não sei, irei chamar ela.

– vai lá enquanto eu frito nosso peixe.

 Michael foi andando até Elizabeth.

– está fazendo oque aqui? Vamos lá pra fogueira. Está tendo churrasco.

– não quero. Como podem está fazendo piadas e rindo?

– piadas são engraçadas, devemos rir.

– não foi isso que quis dizer.

– então foi oque?

  Houve uma pausa e Michael se sentou na frente dela.

– me fale, oque está acontecendo? – Perguntou Michael colocando a mão no ombro dela.

– nada, só estou preocupada, você não sabe oque vai acontecer quando chegarmos até Alucard.

– e você sabe?

– sei.

– oque então?

– quando estávamos naquele vilarejo que foi atacado pelos Spikers, aquela velha era um bruxa vidente. Ela mostrou-me o seu futuro.

– e qual será?

– você irá morrer nas mãos de Alucard.

  Elizabeth abaixou a cabeça colocando entre os braços. Michael se levantou e se sentou do lado dela, colocou a mão no ombro dela, abraçando-a.

– As vezes essas visões podem dar errado. aquela velha estava caduca, nem conseguia pensar direito.

– não importa. Não quero que você morra, não aqui.

– não irei morrer, tentarei recuperar uma amiga que está presa em cativeiro no reino de Alucard. Eu a recuperarei ou morrerei tentando.

– saberia se ela iria fazer o mesmo por você?

– disso eu não sei, ninguém sabe. Mas você esta me ajudando mesmo sabendo das consequências. Não importa oque acontecer, eu irei te proteger.

  As últimas palavras que Michael disse ecoaram na cabeça de Elizabeth, ela virou o rosto triste e olhou para o chão.

– vamos voltar para a fogueira antes que Mike coma os peixes e não sobra nada pra nós. – Disse Michael.

  Voltaram para onde Mike estava, Michael viu que tinha varias escamas de peixes no chão. Mas por sua sorte tinha mais peixes assando na fogueira.

– vocês esqueceram suas bolsas de comidas nos cavalos. – Disse Mike.

– por que não nos disse antes? – perguntou Elizabeth.

– só lembrei agora.

  Michael e Elizabeth se sentaram em volta da fogueira, Michael cutucou o fogo com o graveto, estava brincando com o fogo, olhou para Mike que estava limpando os dentes com o dedo mindinho.

– Mike, quero lhe perguntar uma coisa importante. – disse Michael.

– oque é?

– Por que você quer tanto resgatar a Dorothy?

– por um simples fato, ela é minha irmã.


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Notas finais do capítulo

eaee, gostaram?? espero suas criticas e comentario euhehue xD



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