A velha ficou olhando para Michael por um longo minuto, depois olhou para Elizabeth.

– essa raça não existe mais nesse mundo. – disse a velha.

– existe sim, se foi ele que me trouxe pra esse mundo. – disse Michael.

– os alquimista foram mortos pelos servos do Alucard, pois ela considerava uma ameaça. alquimista eram muito poderosos, poderiam derrota-los com um só golpe. – disse a velha

– e por que não derrotou?

– eles foram pegos de surpresa pelos Spikers. Os alquimista estavam se preparando para uma guerra contra Alucard. Mas perderam por falta de uma coisa.

– oque? – Michael perguntou curioso.

– a reencarnação do antigo rei.

Michael colocou a mão na cabeça, depois se levantou da cadeira.

– oque esse tal de antigo rei tem de tão especial? – perguntou Michael.

– apenas ele tem o poder de combater os exercito de Alucard. – Disse Elizabeth.

– isso mesmo minha garota.  – disse a velha. – por mais que os alquimista sejam fortes, nunca irá vencer sem a ajuda do antigo rei.

– eu não estou entendendo mais nada. – disse Michael confuso. – mas enfim, mudando de assunto. Você viu ou não viu ele por ai?

– lamento. Eu não o vi. – a velha se levantou da cadeira e foi até o fogão, pegou um bule de chá, colocou em uma xicara e depois bebeu.

– tenho mais uma pergunta. – disse Michael. – por que esse vilarejo está assim?

– assim como? – perguntou a velha

– esse lugar está podre, feio, pobre, pessoas com fome e morrendo. Por quê?

A velha tomou seu ultimo gole de chá, depois se levantou e foi até o armário da cozinha e pegou um cigarro, depois acendeu e começou a fumar.

– esse lugar não era assim. Antigamente esse era o vilarejo mais bonito desse mundo. Agora estamos em uma desgraça. – disse ela.

– por quê? – perguntou Elizabeth.

– Os spikers, foram tudo culpa deles. Eles chegaram aqui há cinco anos, destruindo tudo, querendo nosso dinheiro, nossa comida, e se não tivermos nada para dar para eles, eles levam um morador desse lugar para serem seus servos.

– por que isso aconteceu? Perguntou Michael.

– ninguém sabe.

– Muito obrigado pelas as respostas. Estamos saindo. – Michael se levantou e foi até a porta, saiu da casa. Elizabeth também estava saindo.

– Garota. – disse a velha. – venha aqui. Sozinha

Elizabeth foi até a velha. Michael já estava fora da casa. A velha segurou na mão de Elizabeth e a levou até a cozinha novamente.

– por que está me trazendo aqui? – disse Elizabeth

– tem uma coisa que quero lhe mostrar.

A velha foi até o armário da cozinha e pegou uma panela grande e depois encheu de água, a velha colocou o balde na mesa e as duas se sentaram.

– Olhe para esse balde. – disse a velha.

– por quê?

– não temos muito tempo, apenas olhe.

– tá bom, tá bom, vou olhar.

Elizabeth olhou fixo para a água que estava na panela.

– não está acontecendo nada. – disse ela.

– apenas olhe.

  Elizabeth olhou a água por um minuto, depois a água começou a borbulhar e lá estava Michael, lutando contra alucard. Elizabeth viu uma grande luta, com explosões e sangues, também viu o Mike lutando contra os spikers e havia outro garoto lá ajudando-os um garoto que estava usando armas de fogo, duas pistolas. E lá estava à luta final, Michael contra Alucard.

  Elizabeth pôde ver Alucard usando seu poder em outra pessoa, não era em Michael, pois Michael estava jogado pelo chão. Alucard estava levantando uma espada feitas das sombras, logo depois ele disse “morra seu verme inútil” enquanto ele dizia isso, Alucard ria em um tom de felicidade, como se conseguisse algo que queria a muito tempo.

  Quando Alucard foi cravar a espada na pessoa apareceu uma sombra. Uma sombra de uma pessoa protegendo a outra pessoa, Michael entrou na frente da espada e recebeu o golpe no peito. “Jurei que iria te proteger não foi?’’ foram as ultimas palavras de Michael. Depois caiu no chão. Michael estava Morto.

– Oque foi isso que acabei de ver? – perguntou Elizabeth assustada.

–o futuro. – disse a velha.

– não é possível. Você é vidente?

– sim. Sou uma bruxa vidente, e esse será o futuro daquele seu amigo. Ele irá morrer. Eu vi o futuro dele logo quando o olhei nos olhos.

Elizabeth começou a suar e ficar preocupada. Passou a mão na testa para limpar o suor.

– mas você pode impedir disso acontecer – disse a velha.

– como? Como faço para isso não acontecer? – Disse Elizabeth

– você terá que alerta-lo. Dizer para parar, faze-lo desistir de ir até Alucard.

– ele não irá me ouvir.

– terá de ouvir.

Michael abriu a porta da casa e depois entrou.

– ah, você ainda esta aqui. Vamos embora logo, estou com pressa. – disse ele.

Michael olhou para Elizabeth e viu que tinha uma lagrima escorrendo no rosto dela.

– Elizabeth, você está chorando? – perguntou ele. Andou até Elizabeth e limpou a lagrima com o polegar. – por quê? Essa velha fez alguma coisa com você?

Michael olhou para a velha com raiva.

– não foi culpa dela Michael. – disse Elizabeth. – é que essa casa é muito suja e acabou entrando poeira em meus olhos. Não é nada.

– a tá.  Então vamos.

  Michael e Elizabeth saíram da casa e foram até seus cavalos. Quando montaram em seus cavalos eles ouviram um só de uma casa se desamando vindo da parte de trás do vilarejo.

– oque foi isso? – perguntou Michael.

– não sei. – Respondeu Elizabeth.

Michael desceu do cavalo e foi em direção ao som.

– Michael, espere – gritou Elizabeth. Depois correu atrás dele. Os dois viraram uma esquina e viu spikers por ali, tinham no máximo seis Spikers.     Viu que os Spikers voltaram para atormentar o vilarejo e tomar tudo que eles tinham.

– Não temos mais nada. Eu juro. – Era a voz de um garoto. Michael olhou e viu que era o garoto que o havia roubado mais cedo. Um dos Spikers que tinha uma aparência horripilante segurou o garoto pelo pescoço. Esse Spiker tinha um corpo de humano, mas sua cabeça era de um besouro, tinha olhos de libélula e asas de pernilongo nas costas.

– Oque você disse? Você não tem mais nada? – disse o monstro com olhos de libélula, sua voz era grossa, áspera e rouca, típico de voz de monstro.

  O monstro já estava quase enforcando o garoto, segurando pelo pescoço. O garoto cuspiu no rosto do monstro.

– Está surdo é? Eu disse que não tinha mais nada. – Retrucou o garoto.

O monstro deu um soco na barriga do garoto, depois o jogou contra a parede.

– Você deve me respeitar garoto, eu sou o Líder desse grupo.

  Michael saiu de onde estava escondido e foi andando até o monstro. O monstro e todos e todos que estavam atrás dele olhou para Michael.

– Quem é você moleque? – disse o monstro

  Michael estava andando, tirou a espada da bainha que estava nas costas e a segurou arrastando no chão.

– Está me desafiando? Chamando-me pra uma briga?

 Michael olhou para o monstro com um olhar de fúria.

– não preciso lutar com você para te matar, meus homens podem fazer isso sozinho. Mate ele. – O monstro deu a ordem de ataque a um Spiker que estava atrás dele.

  Esse tinha o corpo parecido com um de zombie, pés tortos, pele verde, o olho esquerdo era solto pendurado do lado de fora e era careca. O monstro correu em direção a Michael com uma espada na mão, quando chegou perto de Michael, o monstro recebeu uma flechada no olho o sangue jorrou e o monstro caiu no chão, morto. O líder deles olhou para trás de Michael e viu uma garota usando um arco e flechas. Era Elizabeth. O Lider ordenou   outro Spiker para matar Michael. O monstro era um homem peludo, parecido com o pé grande. Atacou Michael com uma espada, tentando cortar o pescoço dele. Michael foi rápido e se esquivou e depois cortou a cabeça do monstro com só um golpe usando sua espada. Outro monstro veio em seguida, nesse o Michael deu um chute na barriga, depois cravou a espada no pescoço.

  Vieram dois em direção a Michael, um dos dois o atacou com uma adaga, o outro estava apontando uma arma de fogo. O que estava com a adaga atacou Michael, Michael se defendeu com sua espada decepando a mão do monstro, depois cortou as duas pernas fora, Michael pode ver que o sangue desses monstro são verdes,logo deu um chute no rosto da criatura e ela caiu, o monstro que usava arma de fogo estava mirando para atirar, mas uma flecha entrou no cano da pistola, Elizabeth tinha atirado na arma, logo depois correu em direção ao homem armado, pegou sua espada e partiu a cabeça do monstro ao meio, o sangue verde e gosmento jorrou para o alto, a criatura lentamente se ajoelhou e caiu morto no chão

  Agora só restava o Líder deles, o líder não usava arma, nem armadura, seria fácil derrota-lo, apenas sua aparência era assustadora com aqueles olhos de libélula. Michael correu em direção ao líder e o atacou, mas o líder não estava mais naquele lugar, Michael atacou o ar.

–  onde está ele? – Perguntou Michael.

  Michael ficou balançando a cabeça pra um lado e para o outro tentando procurar o sujeito.

–  Atrás de você- Gritou Elizabeth.

  Michael se virou rapidamente e viu o sujeito atrás dele, atacou o monstro rapidamente, o monstro virou pó no ar e desapareceu. Apareceu novamente do lado de Michael.

– Rabigfor. – o monstro sussurrou, era alguma palavra magica. Michael ficou imóvel, não conseguia se mexer.

– E agora, quem é o bonzão por aqui garoto? – disse o Líder com um gesto de esnobação. – você matou os meus homens, mas eles eram fracos, eram apenas meros Holys.

  Michael ficou olhando para ele se perguntando como ele fez aquilo e oque era “Holys”? Não tinha tempo para pensar, tinha que agir.

– e essa linda garota? Quem é? – disse o monstro caminhando para Elizabeth, ficou atrás a segurando e colocando a mão no queixo dela.

– Largue ela seu maldito! – gritou Michael.

  Elizabeth pisou no pé do monstro, a criatura largou e Elizabeth saiu correndo em direção a Michael, Elizabeth foi puxada por uma corrente de ar com uma força inacreditável, logo depois o monstro a agarrou novamente.

– oque irá fazer se eu mata-la agora? – perguntou o homem, ele estava agarrado no pescoço dela.

– porque iria fazer isso? Oque ela fez contra você? – Perguntou Michael, já estava ficando assustado.

– ela matou dois dos meus homens.

– eu que matei, ela só me protegeu.

– e agora quem irá protegê-la?

  O monstro colocou uma mão no queixo de Elizabeth e outra mão atrás da cabeça, um gesto que usava para quebrar o pescoço. Elizabeth fechou os olhos, Michael viu que ela estava chorando, mas a expressão dela não era de medo.

– NÃO! –  Michael gritou tão alto que fez eco no lugar. Quando ele gritou seus olhos mudaram de cor, para uma cor branca, seus olhos estavam completamente brancos, seus cabelos também estava um branco brilhante e uma luz apareceu ao seu redor, ficando cada vez mais forte que nem dava para enxergar, Michael conseguiu se mexer e olhou para o monstro e levantou a mão apontando com o dedo para ele, e do nada o monstro foi jogado longe e sua cabeça explodiu no ar.

 Elizabeth estava parada, ainda de olhos fechados, Michael voltou ao normal e foi até ela.

– você está bem? – perguntou ele.

Elizabeth abriu os olhos devagar e olhou para trás, lá estava o monstro, com a cabeça estourada havia apenas um pedaço do osso do pescoço para fora, caído no chão, coberto de sangue.

– Oque aconteceu? Perguntou ela.

– É difícil explicar. Vamos, vamos embora daqui.

– vamos. – Elizabeth limpou a lagrima do rosto, andou em direção  os dois corpos que ela matou com sua flecha, retirou a flecha da cabeça de um skipers e depois pegou a que estava dentro do cano da arma do outro, estava apenas recuperando as munições.

  Michael ficou parado, olhou para trás e viu o garoto que foi jogado no chão, andou até ele e depois se agachou.

– Desculpe pela a ignorância de hoje cedo, tome aqui. – Michael colocou a mão no bolso e pegou sua bolsa de dinheiro e deu para o garoto. – irá precisar. – O garoto olhou para Michael com um olhar de felicidade.

Michael se levantou e foi direto até Elizabeth, colocou a mão no ombro dela.

– é hora de irmos, temos uma longa viagem pela frente.

  Elizabeth confirmou com a cabeça e os dois andaram até os seus cavalos, montaram neles, Elizabeth olhou sua bússola.

– Leste. – disse ela. – vamos para o leste.

  Os dois caminharam em seus cavalos pela a estrada, indo em direção ao leste. Eles andaram por três horas, até ficar de noite, as nuvens estavam vermelhas. Michael olhou para as nuvens e viu que uma delas estava em formato de caveira, outra tinha um formato de um cavalo com asas, era pegasus, Michael olhou direito e viu que tinha alguém montado no cavalo com uma espada erguida. Não tinha estrela no céu, apenas nuvens vermelhas e sombrias.

  Michael ficou olhando para a paisagem em que estavam, ele via montanhas gigantescas, animais correndo pelos matos, notou que viu um grupo de veados saltitando na estrada em que estava andando, olhou para o alto e viu pássaros voando e piando, olhou para baixo e viu que estava em  uma montanha muito alta. Percebeu que já era tarde, já era de noite, o sol já tinha ido embora.

– precisamos parar para acampar. – disse Elizabeth.

– Mas onde?

– não sei, mas acho que por ali deve ter um bom lugar.

  Os dois viraram para o lado esquerdo e correram com seus cavalos. Depois de trinta minutos acharam um lugar perfeito para acampar, o lugar era limpo, tinha somente uma rocha grande naquele lugar, Elizabeth achou que a pedra poderia servir de “ponto de encontro” caso alguns deles querer sair para procurar algo que precisasse.

 Os dois acenderam uma fogueira e Elizabeth voltou aos cavalos e pegou os colchonetes que havia trazido para a viagem.

– desde quando você tem isso? – perguntou Michael.

– desde quando começando a viajem, você não viu?

– não.

– isso mostra o quanto você é lerdo para perceber as coisas. – Elizabeth riu.

– não zombe de min, você sabe que sou meio lerdo.

– meio?

  Depois dessa Michael se lembrou de uma das conversas engraçadas que teve com Dorothy, fechou os olhos depois suspirou.

– Trouxe comida também? – perguntou ele

– sim. – Elizabeth pegou uma bolsa enorme no cavalo, nela tinha comida e água como frango, peixe, carne, mas tudo estava cru, então acenderam uma fogueira. Depois de uma hora Elizabeth pegou no sono e dormiu. Michael ouviu um pequeno barulho, olhou para trás e viu uma sombra andando em direção dele. Michael se assustou e se levantou.

– não se assuste, – disse a sombra – só estou cansado e com sede, só quero água e vou embora.

  Michael reconheceu a voz, mas não sabia de onde era. O homem tinha um tom de quem realmente estava cansado. Ele andou até a fogueira e a luz iluminou seu rosto, então Michael o reconheceu na hora.

– Mike? – disse ele.

– Michael? Que bom que você está aqui, finalmente te encontrei. – Mike desmaiou e caiu de cara no chão.