Sombras Da Luz escrita por Victor Nunes


Capítulo 5
Capítulo 5: Começando a procurar Mike


Notas iniciais do capítulo

Avaliem se puderem, criticas construtivas são bem-vindas :)
divirtam-se e espero que gostem



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Michael coçou a cabeça depois bocejou.

- Michael. Sou eu. Elizabeth.

Michael demorou um pouco para raciocinar, depois a ficha caiu.

- Elizabeth? Elizabeth Thompson?

- Sim, essa mesma.

- Não acredito – Michael disse em um tom de felicidade.

Os dois então se abraçaram.

- Meu Deus! Há quanto tempo eu não te vejo. Como está?

- Estou morta pelo jeito.

- A é mesmo. Foi uma pergunta idiota.

 Os dois sentaram de novo. Dessa vez um do lado do outro.

- me passa seu numero. – disse Michael colocando a mão no bolso – para eu anotar na minha list... Ha é... não tenho mais celular.

- Você não tinha meu numero antes? – perguntou Elizabeth

- Sim, mas quando eu soube que você morreu. Achei que não precisava mais. A não ser que eu ligasse para um defunto.

- É verdade... Faz sentido.

- Mas não tenho celular agora. Nem adianta.

- Então tá.

  Michael colocou a mão no ombro estalou o pescoço, depois se espreguiçou.

- Tá com sono? – perguntou a Elizabeth.

- Apenas cansado. Então. Vamos?

- Vamos.

 Os dois se levantaram e caminhou a direção ao norte. Andaram por mais ou menos duas horas até chegar em um vilarejo. Michael não acreditou que vilas e casas normais existiam nesse lugar. O vilarejo era enorme. Parecia uma cidade. Com mercados, pessoas, animais, crianças brincando. Parecia o mundo real. Aquilo tudo era muito normal.

- Isso é demais. – disse Michael.

- É. Venha vou te levar para minha casa.

  Michael e Elizabeth chegou em uma casa. Era uma casa humilde. Feita de pedra e tijolos com uma porta feita com grades de ferro. Elizabeth colocou a mão no bolso e pegou uma chave. Colocou no cadeado da chave e girou abrindo a porta.

- Você mora aqui sozinha? – perguntou Michael.

- Sim. Moro sozinha. Vamos entre.

  Michael entrou.

- Casa legal – disse ele

- Não é grande coisa. Mas é legal. – respondeu Elizabeth. – fique a vontade. Irei preparar algo para jantar.

  Michael olhou para o pulso procurando o relógio para ver as horas. Mas não estava usando relógio. Então lembrou que deixou no seu quarto quando estava no mundo real.

- Que horas são? – perguntou ele

- Não sei. Não tem relógio aqui. – respondeu ela.

- a tá.

  Michael sentou-se no sofá olhando para a parede. Naquele lugar não existia televisão então isso tornaria um tedio para ele. Levantou-se e foi até a cozinha.

- Ei. Me devolve o mp3 por favor? – disse ele

- Claro. Toma aqui. – Elizabeth colocou a mão no bolso e pegou o mp3 e o entregou.

  Michael começou a ouvir suas musicas até a bateria acabar. Quando a bateria acabou ele guardou o seu Mp3 no bolso. Se levantou e foi em direção a porta.

- Elizabeth. Estou saindo. – disse Michael

- tudo bem, mas não demore.

  Michael começou a andar pela rua do vilarejo. Viu que tudo por ali era calmo. Não parecia nenhum pouco que aquilo tudo fazia parte de um mundo que era habitado por demônios. Michael parou perto de uma construção que parecia uma igreja, parou e admirou a construção. Era o ponto mais alto da vila. Então Michael se virou e começou a andar para conhecer o povoado. Todos lá vestiam roupas estranha roupas parecidas com traje de índio. Todos estavam olhando para Michael de um jeito estranho. Como se estivessem com medo dele. Michael ficou envergonhado, será que era as roupas que usava ou eram as manchas de sangue em suas roupas? O casaco de couro dele estava com varias manchas de sangue da Elizabeth quando colocou para ela usar. Então Michael tirou o casaco e colocou do lado avesso para ninguém continuar olhando para ele. Michael olhou dois amigos. Um garoto e uma garota andando juntos.

- Fiquei sabendo que o Alucard tem dois novos prisioneiros no reino dele. – disse o garoto.

- é verdade, mas fiquei sabendo que um deles conseguiu fugir. – disse a garota.

  Michael olhou para eles e ficou se perguntando: será que eles estão falando da Dorothy? E o cara que fugiu era o Mike? Pensando nisso lembrou que precisava achar Mike de algum jeito.

  Michael voltou para a casa de Elizabeth. Michael viu que era pelo menos oito horas da noite. Os dois jantaram e depois se sentaram no sofá.

– por que você não me reconheceu quando me viu? – perguntou Michael

– ninguém iria te reconhecer. Na época que eu estava viva você era magrelo, baixinho e tinha um cabelo longo. Hoje você está alto, mais forte com cabelo curto. E por que você não me reconheceu?

– seu rosto era familiar. Só estava tentando lembrar de onde era.

– a tá

  Os dois ficaram quietos. Michael olhou para o ombro dela e viu que o lenço ainda estava ali. Encharcado de sangue.

– como está seu ombro? – perguntou ele.

– ainda dói. – respondeu Elizabeth colocando a mão no ombro.

– existe algum medico por aqui?

– existia. Mas ele morreu.

– como faremos para parar o sangramento disso?

– não sei.

Michael tirou o casaco novamente. Rasgou a outra manga da blusa.

– vem cá. – disse ele

  Ele tirou com cuidado a faixa do ombro dela. Viu que ainda sangrava um pouco então amarrou no ombro e apertou. A Elizabeth gemeu de dor. Depois Michael pegou o lenço sujo de sangue e jogou no lixo.

– como você pretende pegar essa tal chave?

– por enquanto essa chave é só um rumor. E dizem que ela não esta nesse mundo.

– você não deve acreditar em rumores. São todos boatos mentirosos.

– é. Dizem que só a reencarnação do antigo rei sabe onde está. Mas ele está no mundo dos vivos agora.

Michael suspirou.

– eu posso ajudar a procurar essa chave. Acho que eu sei quem é essa tal chave.

–como assim “quem”? – perguntou Elizabeth

– a garota que estou procurando aqui é a única que pode se transportar pelos mundos. Acho que ela pode nos levar de volta.

– serio? – disse Elizabeth em um tom de alivio. – então a chave está aqui?

– sim. Ela é prisioneira do Alucard.

– Alucard? – Elizabeth já estava preocupada. – então é impossível. Alucard é rei desse mundo. É o mais forte de todos.

– nada é impossível se você tentar. – disse Michael.

– disseram que só a reencarnação do rei pode deter Alucard.

– foda-se essa coisa de reencarnação. Vamos até lá e dar um jeito naquele demônio de preto e pegar a Dorothy de volta.

  Elizabeth olhou para ele como se o despreza-se.

– você é novo por aqui. Não entende. – disse ela

– sim eu entendo. Estamos no inferno. Onde há demônios e fantasmas por todos os lados querendo nos matar. E um deles pegou e trancou minha melhor amiga em cativeiro e estou tentando resgata-la. – Michael fez uma pausa para respirar. – Eu posso te ajudar a voltar para a terra. Mas isso só se você me ajudar. Conheço um cara que sabe chegar até lá, o nome dele é Mike e é um alquimista. Pelo jeito é o humano mais poderoso de todos que estão por aqui. Ajude-me a encontra-lo que sairemos daqui juntos.

  Elizabeth estava sentada, encolhida. Michael viu uma lagrima escorrendo no rosto dela

– e se não conseguirmos? – perguntou ela. – apenas a reencarnação do antigo rei. O homem da luz poderá derrotar o Alucard.

 Michael sentou-se do lado dela e colocou o braço em seus ombros.

– escute. Iremos conseguir. Acredite nisso e tudo dará certo. Então oque me diz?

 Elizabeth limpou as lagrimas dos olhos.

– partiremos pela manhã– disse ela.

– boa garota. – disse Michael.

  Os dois foram dormir. Elizabeth dormiu na cama e Michael no sofá.

   Já era manhã quando acordou, Michael viu Elizabeth acordada na frente dele.

– eai, vamos?  – disse ela.

  Michael viu que ela estava usando uma calça de couro preta, uma camiseta preta e botas pretas. Michael também viu que ela estava com espada na pendurada na cintura da calça e arco e flechas nas costas.

– vamos. Mas também preciso de armamentos. Você tem alguma espada para me dar? – disse ele

– vai ter uma daqui a pouco. Disse elizabeth

– então vamos.

  Michael se levantou do sofá e foi em direção a porta.

– você não vai com essa roupa né? – perguntou elizabeth

– são as únicas que tenho no momento. Quer que eu vá pelado?

– vem comigo. – disse ela – tome essa bolsa de dinheiro. Irá precisar se eu não estiver por perto

– está bem. – Michael andou com ela e guardou a bolsa de dinheiro. Viu que era apenas moedas de ouros ali. – Não achei que precisasse de dinheiro nesse mundo, mas, regras são regras.

 Michael a seguiu pela rua do povoado e pararam em um tipo de loja onde vendia armas e roupas.

– escolhe oque você quer.

Michael ficou olhando para os produtos da loja e viu uma espada de prata.

– Quero aquela espada. – disse ele. A espada era feita de prata muito bonita

– Precisará de uma roupa apropriada para a viajem. – disse Elizabeth. – escolha uma e partiremos.

  Michael olhou novamente os produtos da loja e viu uma roupa que lhe interessou.

­– Quero aquela – disse ele apontando para a roupa pendurada no teto. A vendedora a entregou para ele. Ele foi para o vestiário que tinha logo atrás da cabana para experimentar a roupa.

  Depois de alguns minutos Michael voltou e mostrou seu novo visual para Elizabeth. Agora ele estava usando um colete de couro preto com um desenho de uma fênix desenhado no peito, usava calças de couro preta com listras vermelha escura, usava um cinto preto que tinha varias caveiras de ferro decoradas e usava botas de couro preto. Sua espada estava pendurada em uma bainha em suas costas.

– Oque achou? – perguntou ele

– Ficou parecendo um emo – Elizabeth riu

– Engraçadinha – disse ele. – ficarei com essa.

  Elizabeth pagou a roupa e a arma e os dois foram até a saída do vilarejo. Na saída tinha dois cavalos. Os dois sentaram em cavalos diferentes e partiram para a viajem. Michael ficou aliviado pois não teria que andar a pé.

– Para onde vamos agora?

Elizabeth pegou uma bússola do seu bolso.

– Vamos para a próxima ilha. Está ao norte daqui. – disse Elizabeth

  Os dois seguiram em frente. Entrando em uma outra floresta. Dessa vez o lugar era mais bonito. Não tinha somente arvores. Tinha gramados, flores plantadas no chão, animais. Poderia dizer que eles estavam em uma floresta normal. Michael percebeu um movimento com o canto do olho. Olhou para o lado e não viu nada, talvez fosse sua imaginação, mas logo depois viu uma cobra rastejando no chão.

– aquilo é uma naja?- perguntou ele – como isso vive aqui?

– você encontra de tudo por aqui – respondeu Elizabeth

– percebi.

  Os dois viajaram por três horas e pararam na beira de um rio. O rio era enorme e a água era limpa. Pararam eles beberam um pouco dessa água e voltaram para a viajem. Logo depois chegaram em outro vilarejo, dessa vez o vilareja não era tão legal quanto o outro. Nesse parece que não chovia a dias, tudo era seco e mal acabado. Muitas pessoas passavam necessidades de água por lá.

  Michael e Elizabeth entraram nesse vilarejo deixando seus cavalos presos. Quando Elizabeth e Michael estavam caminhando pela rua do vilarejo eles poderiam ver que tudo por ali era podre. Lixos jogados pelo chão, animais magrelos, mendigos deitados no chão pedindo por esmolas. Michael percebeu um movimento com o canto do olho e olhou para trás uma pessoa, ou melhor, um garoto estava correndo em direção a ele, se esbarrou em Michael e roubou sua bolsa de moedas.

– Hey. Devolva-me isso – Michael gritou. Depois correu atrás do garoto.  O garoto era muito rápido para seu tamanho. Mas logo Michael o alcançou agarrando-o

– Me dê isso seu ladrãozinho de uma figa. – disse ele. Pegando o seu dinheiro violentamente.

  O garoto ficou olhando para Michael por dois segundos depois e cuspiu nos pés dele e saiu correndo. Elizabeth chegou correndo logo atrás de Michael.

– Oque aconteceu? – perguntou ela.

– Aquele moleque me roubou. Só vim pegar meu dinheiro de volta. – disse ele – acha que o Mike está por aqui?

– Não sei. Ele deve estar em algum vilarejo, pode ou não pode ser este.

– Podemos perguntar para algum morador para ver se o viu por aqui?

– Podemos. Mas por quem devemos começar?

– Hum... que tal aquela casa? – Michael apontou o dedo em direção em uma casa feita de tijolos. Com varias rachaduras pelas paredes, com telhados feitos de madeiras e uma grade de ferro logo em frente da porta de madeira. A casa estava quase desabando. Qualquer vento forte poderia derruba-la. Os dois chegaram a casa e bateram na porta. Com uma simples batida à porta se abriu sozinha, guinchando, eles entraram.

–Tem alguém ai? – perguntou Elizabeth

  Os dois ouviram uma coisa caindo. Provavelmente seria barulho de metais caindo no chão. Os dois andaram devagar para a frente e do nada apareceu uma senhora olhando para eles. Eles tomaram um susto.

– Oque estão fazendo na minha casa? – perguntou a senhora com uma voz rouca e áspera.

  A senhora tinha cabelos longos e brancos, pele enrugada, olhos pretos, estava com um vestido branco, estava descalça e tinha um nariz gordo e feio. Michael pensou que fosse uma bruxa, pois nem dentes ela tinha.

– Nós entramos para lhe perguntar algo – Disse Michael.

– Não tenho nada para responder – disse a velha

– Por favor. Precisamos muito de respostas.

– Então ta bom. Sentem-se – os três se sentaram em uma mesa na cozinha, a mesa era pequena e redonda.

– Então. Oque vocês querem me perguntar? – disse a velha.

–Estamos procurando um amigo. – disse Elizabeth – queremos saber se você o viu por ai.

– Descreva-o para min. – A velhou olhou nos olhos de Michael.

– Então – Michael começou a falar. – ele tem cabelos longos e pretos que vai até o ombro, olhos azuis, media mais ou menos 1,75.  Usava uma camisa branca com casaco vermelho, calça jeans preta e botas. Ele é um alquimista.

– um alquimista? – disse a velha assustada.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado :)



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