Sombras Da Luz escrita por Victor Nunes


Capítulo 24
Capítulo 24: Entrada do vale da morte.


Notas iniciais do capítulo

estou quase acabando pessoal, aposto que muitos desistiram de ler pq está enorme kk, mas to postando pq quero a opinião de vcs pq esse ser´aum futuro livro.



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– De onde você tirou essa ideia? – Perguntou Michael, com um tom de ironia e ao mesmo tempo com olhares surpresos.

–Está na cara. Você sabe uma usar uma espada, age e fala como o rei, você é ele, e sabe disse, admitia. – Disse Mike, levantando os braços como se estivesse mostrando a paisagem.

– Não, não sou! – Protestou Michael.

Mike não respondeu nada, ficou calado por alguns segundos.

– Tem como provar que eu sou ele? – Michael interveio com outra pergunta.

– A única coisa que o rei não é igual a você é a aparência. Mas o modo de agir é igual à descrição.

Michael se abaixou e pegou mais um pedra, essa pedra era do tamanho de sua própria mão, grande e pesada.

– Impossível, um inútil como eu não seria um rei! – Disse Michael com um tom de raiva, jogou a pedra com tanta força que ela foi jogada longe até desaparecer no ar. – Tire essa ideia da cabeça, Mike! – Michael saiu daquele lugar frustrado, mas percebeu que Mike estava certo em relação ele ser o rei, mas Michael não queria acreditar nisso. Voltou para onde todos estavam em volta da fogueira. Já era tarde da noite, o céu estrelado brilhava, todos estavam deitados, dormindo. Exceto Michael e Mike.

Mike chegou no local e se sentou ao lado de Michael.

– Eu sei que você está escondendo isso, porque? – Disse Mike

– porque continua teimando? Você ainda nem viu eu usar os poderes, viu que sou uma pessoa normal. Porque ainda insiste que eu sou o antigo rei?

– Sim, eu não vi você usar o poder da luz ou algo parecido. Mas não sou daqueles que acredito vendo, quando eu ver, terei a certeza. Mas ainda acho que você seja ele. Se parece muito com ele.

– Talvez seja apenas coincidência.

– Acho que não. – Mike se levantou e limpou as sujeiras da roupa. – Vou dormir um pouco, acho que deveria fazer o mesmo, meu rei.

– Não me chame assim, por favor.

– Como quiser. – Mike se deitou escorado em uma arvore, fechou os olhos e pegou no sono. Michael adormeceu logo ali onde estava.

A manhã chegou em um piscar de olhos, Michael acordou com os raios de sol batendo em seus olhos, o dia estava muito claro, o seu estava limpo e azul, estava completamente admirável. Viu que todos estavam acordados e levantados, estavam se preparando. Nicolle estava afiando sua adaga em uma pedra, Jake olhava e montava sua arma, Michael viu que as armas de Jake estavam desmontadas, Michael com sua curiosidade andou até ele.

– Oque está fazendo com sua arma? – Perguntou Michael.

– Ouvir dizer que no vale da morte existe vampiros, vampiros e lobisomens, então estou colocando bala de prata e banhadas com água benta para ficar mais fácil de mata-los, afinal, eles são praticamente imortais com munições normais. – Respondeu Jake enquando desmontava sua escopeta para colocar as balas de prata banhadas por água benta.

– Entendi.

Por outro lado, Elizabeth estava mexendo em suas flechas, construindo mais flechas explosivas e normais. Sim, ela fazia suas próprias flechas e munição, colocava tudo em sua alijava. Mike estava treinando pelo visto, estava socando a arvore com as mãos nuas, Michael percebeu isso e achou estranho. Porque Mike estaria socando uma arvore? E ainda com as mãos nuas, sem nada para proteger? Andou até ele.

– Porque está fazendo isso? – Michael perguntou.

– Estou somente treinando, não quero ser um inútil quando não estiver usando alquimia, assim como fui na luta contra Romix! – Disse Mike enquanto socava a arvore.

Michael não podia contradizer nada. Na verdade Mike estava certo, precisava ser forte mesmo sem usar alquimia.

– Mas acha que vai ficar mais forte assim tão rápido? – Michael perguntou.

– Acho que vale a pena pelo menos tentar.

Michael saiu de perto e deixou Michael a sós com a árvore. Viu que Michelle estava longe, na beira do rio, olhando para a água. Michael resolveu ir até ela.

– Preocupada com alguma coisa? – Perguntou Michael andando devagar até ela.

– Apenas com o fato do que eu disse ontem. – Respondeu Michelle olhando para o rio.

– O caso do seu irmão? – Perguntou Michael.

– Sim.

– Hum... Queria poder fazer algo para ajudar.

Michelle ficou quieta, continuou olhando para a água cristalina do rio.

– Mas eu sei que ele vai sair dessa. – Continuou Michael.

– Espero que sim, obrigada!

– Eu não entendo a dor de perder alguém... Nunca tive ninguém.

Michelle virou os olhares para ele, não sabia se ficava triste ou confusa com oque Michael acabou de dizer.

– Mas e a Dorothy? – Perguntou Michelle – Você não a perdeu?

– Eu senti o medo de perdê-la, não a dor. – Respondeu Michael. – ainda não a perdi, e não perderei uma das poucas amigas que tenho.

Michelle olhou em volta.

– Olhe em volta, Michael. – Disse Michelle. – Você não tem poucos amigos, eles valem por muitos.

Michael se virou e olhou para todos.

– Eu sei, eu gosto deles, mas estão todos mortos, exceto Mike.

Michelle não soube oque responder, Michael estava certo. Todos estavam mortos, ou seja, quando ele sair desse mundo, não vai mais vê-los.

– Por isso pretendo achar a chave da saída desse mundo também. – Continuou Michael. – Elizabeth me disse que esta a procura dela, ela serve para levar os mortos à vida, pretendo levar todos eles comigo. – Michael voltou e olhou com um leve sorriso para Michelle. – Quer voltar conosco?

– Não, obrigada! – Michelle recusou, mas no fundo se sentia feliz e aliviada com o que Michael disse, ela nunca imaginaria alguém chama-la para sair daquele mundo, para ela e para todos aquilo era impossível.

– Por quê? Você não gosta desse lugar né? – Perguntou Michael.

– nem um pouco!

– Então vamos!

– Sinto muito, mas prefiro ficar!

– Não gostaria de ver seu irmão novamente?

Michelle demorou um pouco para responder a essa pergunta, sentiu um grande aperto em seu peito, sentiu saudades, e ao mesmo tempo duvidas.

– Gostaria de ver todos eles novamente, meu irmão, minha família, o idiota do meu namorado. – Disse Michelle com um leve sorriso no rosto.

– Então vamos!

– Sinto Muito, Michael, mas não irei, continuarei por aqui. Sinto muito, mas recusarei seu convite.

Michael não disse mais nada, ficou quieto, soube que não deveria mais insistir.

– Desculpe pela insistência. – Michael se desculpou, olhou para o lago e viu que o dia estava lindo, mas deveria ir embora. Olhou para todos e já estavam todos preparados, estavam em volta da fogueira assando os peixes que pescaram, estavam recuperando as forças. – Vamos voltar, temos que comer alguma coisa.

Michael chegou e se sentou em volta a fogueira que já estava quase se apagando, Michelle fez o mesmo.

– Que horas deveremos partir? – Perguntou Mike massageando as mãos que foram machucadas ao socar uma arvore.

– Acha que devemos passar mais um dia aqui? – Nicolle Respondeu com outra pergunta, olhando seu próprio reflexo na lamina da sua adaga.

– Acho melhor não, estamos todos preparados e prontos para continuar? – Disse Elizabeth.

– Eu estou pronto para o que der e vier, estou preparado! – Afirmou Jake.

Michael virou os olhos e olhou para Michelle que estava sentada ao seu lado, olhando para a fogueira com olhares de tristeza.

– Acho que devemos ir agora! – Anunciou Michael.

– Me deixe comer o peixe primeiro. – Disse Jake de boca cheia, devorando o peixe.

Dois minutos de silencio se passaram, até Mike resolver quebrar o silencio.

– O Vale da Morte! Só falta apenas esse. Não sabemos oque anda por lá, as armadilhas ou demônios que vivem naquele lugar... Acham que vamos sobreviver?

– Já sobrevivemos até aqui, não vamos desistir agora. – Respondeu Jake.

– Quem está falando de desistir? Eu estou falando sobre nossa sobrevivência.

Nicolle virou os seus olhos cor de mel para Mike, foi a primeira vez que ela olhou com olhares de segurança para alguém.

– Eu confio em vocês. – Disse ela. – Vocês são mais fortes do que imaginam, eu pude ver isso.

Michael sentiu segurança e ao mesmo tempo medo, realmente, eles não estavam completamente preparados para enfrentar o próximo vale, sem falar que esse é o mais perigoso, onde estão escondidas e espalhadas varias criaturas demoníacas e perigosas, vampiros, lobisomens e outros demônios que estão com sede de sangue.

– É oque espero. – Disse Michael. – Sair de lá vivos, e entrar no reino de Alucard.

– De fato não sabemos oque há lá dentro! – Anunciou Jake. – Todos que entraram lá nunca saíram, ou morreram na entrada. É oque dizem. Mas se trabalharmos em grupo, assim como sempre fazemos, vamos sair dessa mole mole.

Michael realmente não imaginava oque poderia ter no Vale da morte, porém podia pensar em qualquer coisa ruim que poderia haver lá, coisas assustadoras e sobrenaturais.

O pôr de sol chegou, estavam todos preparados para a partida. Mais um vale os espera.

– Temos que ir! – Anunciou Michael, todos concordaram e começaram a andar em direção ao leste. Michael pensou que todos estavam caminhando, mas viu que estava errado quando olhou para trás e viu a Michelle parada, sentada perto da fogueira olhando para o rio de braços cruzados. Michael não aguentou ver aquilo, percebeu que ela estava triste pelo caso do seu irmão mais novo. Michael voltou até onde ela estava.

– Vai dar tudo certo, prometo! – Michael tentou consola-la colocando a mão no ombro dela. – Se eu por acaso achar o antigo rei por ai, eu converso com ele tá? Não se preocupe seu irmão não vai morrer, não tão cedo.

Michelle não disse nada, estava totalmente calada, a única coisa que se ouvia era a sua respiração que estava alta pois ela estava chorando. Limpou a lagrima e olhou novamente para a margem do rio.

– Boa sorte, e não se meta em encrenca. – Disse Michael dando-lhe um beijo no rosto e se afastando aos poucos para voltar para onde os outro estavam. Michelle olhou para Michael e ele já estava de costas, caminhando lentamente para seu grupo.

– Michael! – Michelle gritou, porém Michael continuava andando, mas escutando oque ela dizia. – Boa sorte, espero que consiga recuperar sua amiga, obrigada pelo que fez por mim. – Gritou Michelle por baixo de choro. Michael acenou fazendo um sinal de “tchau”, abaixou as mãos e voltou a caminhar, todos do grupo acenaram para Michelle, ela acenava de volta, até todo o grupo, inclusive Michael, desapareceram ao leste, em direção ao Vale da morte.

Na manhã do dia seguinte o sol rachava, o vento estava quente, que lugar era aquele? Ou melhor que calor era aquele? Era oque Michael pensara o tempo inteiro. Mike e Jake estavam sem camisa por causa do calor, Michael também resolveu tirar pa refrescar mais um pouco, mas mesmo assim não adiantava muita coisa porque o vento que batia era ainda quente por causa do calor. Todos estavam suados e grudentos, estavam atraindo as moscas que estavam naquele local. Elizabeth e Nicolle não estavam aguentando o calor, desabotoou as camisas para receber um ar fresco, mas não adiantava muita coisa, o vento quente batia em sua pele e fazia suar ligeiramente, o suor descia em seus pescoços molhando os sutiãs.

– Há quantas horas estamos andando? – Perguntou Michael enquanto ofegava por causa do calor.

– Há 20 ou 24 horas, não sei. Não contei direito. – Respondeu Jake.

– Que calor do inferno, cara. Estou quase tirando a roupa aqui para refrescar um pouco. – Disse Mike.

– Por favor, não faça isso. Não quero que meus olhos ardem mais do que já estão ardendo. – Retrucou Jake.

– Háhá, engraçadinho. Calor ta tão forte que quando eu cuspir eu assoviei. Isso aconteceu há pouco tempo. Estou com sede.

– Beba o próprio suor. – Jake disse em uma forma irônica. Mas pelo incrível que pareça, o Mike estava com tanta sede que tentou beber o próprio suor. E conseguiu. Viu o pingo do suor descendo a ponta do nariz, colocou a língua pra fora e bebeu a gota que caiu.

– Isso não adianta nada. E o gosto é horrível. – Respondeu mike.

Jake riu, Michael e todos do grupo começou a rir dele enquanto caminhava.

– Podem continuar rindo, não são vocês que estão morrendo de sede.

Continuaram a andar em direção ao Leste,o caminho que deveriam seguir. Depois de alguns minutos de uma caminhada cansativa, Michael viu pegadas pelo chão, pois agora não estavam mais em um chão onde havia mato, chegaram a um lugar cujo solo era de areias de deserto. Michael viu pegadas e parecia ser pegadas de pessoas normais que passou por ali agora. E houve uma coincidência, as pegadas seguiam caminho ao leste, será que essa pessoa também procura, ou procurava o Vale da Morte?

– Essas pegadas... – Disse Michael. – Será que ela nos levam até o vale da morte?

– Não sei. – Respondeu Mike. – Acha que devemos segui-las?

– Vamos, não temos outra escolha.

Todos seguiram as pegadas, pisando sobre a areia quente do deserto. Depois de muitas horas andando seguindo as pegadas, Michael percebeu que elas estavam desaparecendo, depois de alguns minutos as pegadas pararam no meio do caminho, não havia mais pegadas. Eles estavam no meio de um deserto montanhoso de areias e o sol quente. Michael olhou para todos os lados para tentar achar algum sinal das pegadas, mas não havia nada além de areias. Michael parou de andar, todos pararam também.

– Porque parou de andar? – Jake perguntou.

– As pegadas... Elas sumiram! – Respondeu Michael.

Jake olhou para o céu como se estivesse procurando algo.

– Será que o maluco saiu voando? – Sugeriu Jake.

– É bem capaz. – Respondeu Nicolle.

Michael ficou confuso, como pode as pegadas parar ali e não ter continuação? Ou as pegadas terem parado ali e não ter ninguém parado por perto, ou pelo menos um cadáver que estaria morto por cansaço.

– Acha que devemos seguir o caminho? – Elizabeth perguntou.

Michael pensou, ou pelo menos tentou pensar em algo para responder. E pela primeira vez, a cabeça do garoto funcionou e explicou para todos.

– Acho que devíamos esperar um pouco aqui! – Afirmou ele.

– Por quê? – Perguntou Mike.

– Pense Bem. A velha disse que devíamos seguir o Leste certo? Então. Mas antes, antes de entrarmos no segundo vale, o vale da misericórdia, ela pediu para “seguir o vento” e seguimos, até ele parar, aquele foi um sinal para nos mostrar onde está a entrada. Ou seja, essas pegadas são o sinal de que o portão do Vale da Morte está por aqui, em algum lugar. Entendem?

– Pensei nisso por um momento. – Disse Mike. – Eu concordo com sua teoria, vamos ficar aqui até anoitecer.

– Ainda acho que o carinha saiu voando. – Disse Jake com um tom de brincadeira, mas pelo jeito ninguém achou graça. – Então ficaremos aqui até anoitecer? Vou virar frango assado se eu continuar aqui nesse calor infernal.

– O jeito é esperar, Jake. – Disse Michael. – Já é pôr do sol, faltam apenas algumas horas.

O pôr do sol chegou, faltava apenas algumas horas para a noite chegar. E todos estavam ali, esperando algum sinal, no pior tedio de todos. Naquele lugar parecia fazer mais calor ainda ao pôr do sol.

Depois de horas esperando, depois de horas sentados sobre a areia quente, finalmente apareceu algo que parecia um sinal. Um vento quente soprou por ali, seria normal ventar quente ao dia, mas a noite isso já seria estranho. Mas Michael se lembrou que tudo naquele mundo é normal, não havia nada de estranho. O vento começou a soprar ainda mais forte. Michael achou que iria formar outro tornado para a passagem do Vale da Morte, então esperou. De repente, a guardiã dos vales apareceu novamente, como sempre causando susto ao grupo.

– Olá, novamente. – Disse Michael.

– Acharam a entrada do Vale da Morte. – Retrucou a velha. – estão preparados?

A velha nem se quer deixou Michael responder, se virou de costas e desenhou uma linha reta na areia do deserto. Do nada o chão tremeu, um buraco enorme se abriu no chão, mostrando uma enorme escadaria para o fundo do chão, o fundo era escuro, não dava para ver o fundo.

– Vocês, entrem aqui e estarão no Vale da Morte.


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Notas finais do capítulo

eae pessoal, oque acharam? espero suas reviews xD



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