I Love To Love You escrita por Senhorita Jackson


Capítulo 5
Um amigo


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo vai especialmete para Tamer Unicorns, é leitores igual ele que me inspiram e me dão certa determinação pra continuar escrevendo
Obrigada pela remendação realmente estou muito feliz e pulando de alegria, espero que goste.
Boa leitura.



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P.O.V. Percy.


Ouvimos batidas na porta, e em um sobressalto me levanto de cima dela, ambos corados.



– Entra – disse, a porta se abriu e meu pai e Melissa entraram.


– Oi filhão e Annie, só vim avisar que chegamos – chegou na hora certa pensei, eu estava quase abraçando meu pai por ele ter impedido a besteira que eu iria fazer.

– E que daqui a pouco a pizza chega – Disse Melissa, do canto do olho pude ver Annabeth se encolhendo.

– Tudo bem, depois descemos então – respondi.

– Vou tomar um banho – a loira pegou seus pertences e saiu para o banheiro às pressas, parecia que estava nervosa, mas deixei quieto porque quando se trata de Annabeth as coisas ficam imprevisíveis, essa garota era muito misteriosa.

– Atrapalhamos alguma coisa? – pergunta Melissa com um sorrisinho de malicia. Arregalei os olhos.

– Não – saiu praticamente gritado – pelo contrário, vocês me impediram de cometer um erro.

– Oh! O que Annabeth fez contigo? Ela te bateu de novo? – A ruiva parecia preocupada, me senti meio bobo, já tendo apanhado de uma garota.

– Não, não aconteceu nada – menti – só estávamos brincando – rir nervoso, ela, porém não acreditou muito.

– Se é assim – meu pai olhou para mim desconfiado e de uma maneira engraçada – Vou pedir as pizzas, vocês desçam depois.

Assenti e eles saíram, assim que fecharam a porta, pulei em minha cama, suspirei e fechei meus olhos, o que aconteceria se eles não estivessem chegado? Provavelmente a maior besteira de todas. Mas Annabeth tinha alguma coisa que me deixava atraído, além de ser diferente das outras garotas, no seu estilo e no seu jeito em tudo, depois de um tempo pensando nisso, escuto a porta do banheiro sendo aberta e a loira saindo de lá. Annabeth usava uma camisa roxa com uma coruja desenhada, um short preto meio curto e confesso que suas pernas eram bem... vamos dizer definidas, seu cabelo solto descia pelo rosto e usava pantufas de panda. Soltei uma risada involuntária.

– O que foi? – perguntou a mim.

– Nada, só que essas pantufas são uma graça – a loira revirou os olhos, parou em frente a foto que ficava acima de sua cama e ficou a observado.

– Quem são? – eu estava curioso para saber quem era as pessoas das fotos, ela simplesmente virou para mim.

– Não te interessa – ótimo não podíamos ficar cinco minutos sem brigar.

– Se não me interessasse eu não estaria perguntando – justo quando eu pensei que tinha ganhado, ela veio com outra resposta.

– Então faça o favor de não perguntar, porque como eu disse não te interessa – eita linguinha, será que ela tinha resposta para tudo?

– Argh!! Você é insuportável – me irritei.

– E você é um chato de galocha – devolveu.

– Metida.

– Irritante.

– Boba.

– Lerdo.

– Doida.

– Jegue.

– Jegue? – comecei a rir e ela me acompanhou.

– Sim, você é lento, lerdo e hum... –a loira fez uma cara de pensativa – feio igual um jegue.

– Você passou dos limites me chamando de feio – Annabeth sorriu de lado e deu de ombros.

– Só disse a verdade – lancei um olhar travesso para ela – Ei o que vai fazer?

Não respondi, apenas sai correndo atrás dela, ambos rindo feito crianças, Annabeth pulou a cama e eu a segui, ela jogou um travesseiro tentando me acertar, mas em vão, até que a alcancei por trás e segurei sua cintura a levantando no ar, a mesma se esperneava para tentar se livrar de mim, mas não conseguia, digamos que sou um pouco forte.

– Me solta Percy – pediu entre risadas.

– Só se você falar que eu sou o cara mais gato que já conheceu – ela soltou uma gargalhada gostosa de se ouvir.

– Nem brincando, seu pai nunca te falou que mentir é feio? – brincou, eu não disse que até para brincadeira Annabeth tinha a resposta na ponta da língua.

– Percy e Annabeth a pizza chegou – gritou meu pai, acabando com a diversão, coloquei a loira no chão, ela se virou para mim e deu-me um sorrisinho vitorioso.

– Isso ainda não acabou – eu disse apontando para ela.

Annabeth deu língua e saiu comigo logo atrás. Chegamos a cozinha, Poseidon e Melissa já estavam comendo, nós nos sentamos junto á eles e também começamos a comer.

– Vocês parecem que estão se dando bem, ouvi as risadas daqui de baixo – Melissa disse. Olhei para a loira a minha frente, que respondeu de boca cheia.

– Acho que não, porque ainda odeio ele.

– Eu digo mesmo, meu ódio por ela ainda não passou, e será que dá para você ter modos na mesa? – eu disse tentando provocá-la, mas aconteceu foi o contrário, pois Annabeth começou a mastigar de boca aberta e fazendo um barulho nojento. Meu pai abafou o riso.

– Annabeth, por favor – sua madrasta a repreendeu, a loira abaixou o olhar e voltou a comer normalmente. Okay, isso foi muito estranho, será que ela sofria de distúrbio bipolar, porque em uma hora Annabeth estava me provocando e agora está de cabeça baixa, mal olhando para nós na mesa, deixei quieto. Ficamos em silêncio o resto do jantar, até meu pai e Melissa se levantarem.

– Vamos ao cinema, juízo vocês dois – Poseidon falou de uma forma maliciosa, corei violentamente. E eu também estava acostumado ver meu pai sair assim, ele mal tem tempo para mim – Não espere a gente.

E saíram deixando eu e Annabeth sozinhos, ela se levantou.

– Que horas são? – perguntou-me.

– Quase nove, por quê?

– Tem alguma sorveteria aqui por perto? – estava começando a desconfiar.

– Sim, virando a esquina, mas por quê?

– Tchau – ela simplesmente disse saindo, eu a segui.

– Aonde você vai? – perguntei quando a alcancei.

– Tomar sorvete – a olhei de cima a baixo.

– De pijama? E pantufas? – soltei uma risadinha, ela me encarou séria.

– Percy, eu vou a sorveteria, não á uma festa – respondeu como se fosse a coisa mais normal do mundo, e não era. Que doida sai de sua casa hora dessas pra tomar sorvete de pijama com pantufas de panda? Só Annabeth.

– Aliás, você também está de pijama – falou só ai que me toquei que eu usava meu moletom e chinelo de dedo, dei um tapa em minha testa.

– E por que você foi me avisar só agora que estamos chegando? – irritei-me.

– Ninguém mandou você vim atrás de mim – disse entrando, me calei, era verdade eu odiava quando ela tinha razão. Todos eu disse TODOS que estavam lá olharam para nós, dois palhaços em uma sorveteria lotada de pijama, queria cavar um buraco e enfiar minha cabeça dentro, mas Annabeth parecia tranquila, não se importando com os olhares e comentários que falavam a nosso respeito. Fomos até o balcão, à moça que estava lá nós olhou dos pés a cabeça.

– O que desejam? – perguntou com uma voz enjoada.

– Dois potes de sorvete de maracujá, uma coca dois litros e três pacotes daqueles palitos de chocolate – pediu a loira – E você Percy vai querer alguma coisa?

Fiquei de boca aberta, aquilo tudo era para ela? Nossa e para onde ia tudo isso.

– Hã... não.

– São vinte e quatro dólares – falou a moça, pagamos e fomos embora. Metade do caminho caminhamos em silêncio, até eu falar.

– Você come pouco hein – ironizei. Ela riu pelo nariz.

– Só quando estou chateada – isso me pegou de surpresa.

– E com que? – perguntei curioso. Ela abriu a boca para falar, mas desistiu.

– Com nada, esquece – essa loira tinha um jeito tão misterioso que só fazia a gente querer saber mais sobre ela. Passamos por um grupinho de garotas, vamos dizer, patricinhas, para não falar outro palavrão, elas começaram a rir.

– O moreno até que é um gato, pena que está acompanhado com uma doida de pijama e essas ridículas pantufas de panda, agora já vi de tudo nessa cidade.

– Você por acaso perdeu alguma coisa aqui – disse Annabeth tentando se manter calma, e acredite não é uma boa ideia ver a loira furiosa, eu já provei de sua fúria e não recomendo a ninguém, a não ser que queiram ter um braço quebrado.

– Não, mas vejo que você perdeu a educação, com quem acha que está falando? – desafiou a garota provocando Annabeth, sério essa menina não tinha noção com quem estava se metendo, mas a loira fez uma coisa que me surpreendeu, ela começou a rir.

– Bom, não perdi a educação, apenas deixei-a guardada para usar com quem merece, e eu estou falando com uma vadia que não sabe com quem está se metendo – não podia negar que Annabeth tinha coragem – E se vocês grupos de vadias no cio tiverem a coragem cruzar meu caminho novamente, posso acabar com suas vidinhas pink, basta um estalar de dedos, entenderam?

A garota recuou se eu percebi bem, ela estava tremendo, Annabeth se virou para mim.

– Vamos – apenas assenti, não tinha palavras diante dessa cena que presenciei, ela sozinha coloquei umas oito meninas para correr, impressionante.

Chegamos em casa e fomos direto para cozinha. Annabeth abriu um pote de sorvete e colocou a coca dentro, pegou os palitos e subiu, eu guardei o outro na geladeira, tranquei as portas que por sinal tinha ficado aberta, sorte que ninguém entrou, e também subi. Annabeth estava sentada em sua cama comendo, me joguei na minha, em menos de quinze minutos ela devorou um pote de sorvete, dois litro de coca e três pacotes de palitos de chocolate. Olhei-a abismado.

– Vou escovar os dentes – se levantou e foi em direção ao banheiro. Também me levantei, só que fui ver novamente as fotos, alguma coisa nelas me atraia.

– São meus melhores amigos – falou uma voz atrás de mim, assustei um pouco.

– Hã?

– Meus melhores amigos – repetiu Annabeth – Silena, Charles, Katie, Jonh e Rafael – ela se deitou na cama e eu na minha.

– Vocês pareciam se dar bem – ela me olhou em dúvida se me contava ou não, mas acabou falando.

– Sim nós seis aprontávamos muito, direto recebíamos suspensões ou nos metiamos em brigas. Toda sexta fazíamos uma fogueira em frente a praia para comemorar o fim de semana, e nos finais de semana nos reuníamos para um passeio ou ajudar algum centro de caridade – ela deu uma pausa, mas logo continuou – Está vendo o de olho azul, ele é o Rafael somos melhores amigos, o garoto mais gentil e legal que conheci, foi ele que me ensinou a andar de skate, mas em troca tive que lhe ensinar a tocar guitarra, sabemos tudo um do outro, hoje de manhã quando fui para o aeroporto, ele me deu isso – ela puxou uma correntinha de prata com o pingente do infinito com as letras gravadas em dourado BFF – Rafa falou que nossa amizade vai ser eterna. Sinto falta dele – murmurou.

Alguém poderia me explicar porque eu fiquei irritado enquanto ela falava do tal Rafa. Mudei de assunto.

– E você sabe tocar aquela belezura ali? – perguntei apontando para a guitarra dos meus sonhos.

– O Roni, claro que sei – não consegui segura e me explodir na gargalhada.

–Quem é, que coloca o nome em uma guitarra de Roni?

– Eu algum problema, cabeça de alga? – eu só ria.

– Claro acabei de ver que você é completamente maluca – senti um travesseiro em minha cabeça e parei de rir – Essa doeu.

– Bem feito – Annabeth deu de ombros – não mandei você rir de mim.

– Mas você sabe tocar mesmo? – perguntei me segurando para não cair na risada com o “Roni”.

– Claro que sei – respondeu com ar de sabe tudo.

– Então toca Sabidinha – desafiei-a.

– Fala sério? Sabidinha?

– É você é toda metida a sabida, então resolvi colocar esse apelido.

– Não tinha outro melhor não? – pensei um pouco (o que é raro)

– Não – respondi ainda pensando – mas não mude de assunto, se sabe mesmo tocar, em toque a introdução de Sweet Child of Mine de Gun’s Roses - Annabeth nem pensou duas vezes, levantou pegou o “Roni” e começou a tocar, minha boca caiu em um perfeito “O”, ela tocava perfeitamente todas as notas e acordes, quando terminou colocou o instrumento no suporte e deitou novamente em sua cama,eu ainda estava de boca aberta.

– Feche a boca, pode entrar mosquitos – brincou.

– Você toca muito bem – disse ainda impressionado.

– Eu sei, agora vou dormir, amanhã já tenho aula – me lembrei de uma coisa.

– Vai estudar aonde?

– Na Goode – meu queixo caiu de novo, ela viu minha expressão e sorriu de lado.

– Sei que você estuda lá, não se preocupe posso fingir que nem te conheço, e não precisa me levar, já arrumei companhia – suspirei aliviado, mas alguma coisa ainda me incomodava.

– Que é essa companhia?

– Só um amigo, agora boa noite e não deixe os carrapatos te morderem.

– HÁHÁ – rir irônico – Boa noite.

Levantei apaguei a luz e deitei novamente, dormi que nem uma pedra na escuridão de minha mente, pensando quem será esse amigo de Annabeth.


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Notas finais do capítulo

O que acharam???