‘’Quando você está longe.
Os pedaços do meu coração sentem a sua falta’’

~Avril Lavigne~

Percy POV’s

Aquele foi sem dúvidas o melhor jantar que já tive, o restaurante era refinado, a comida era esplêndida, o atendimento transbordava gentileza e a coisa mais importante, Annabeth estava ali comigo. Como na aposta, a loirinha pagou.

– Agora é esperar o relógio bater meia noite – essa era a segunda parte do trato. Ir ao cemitério meia noite e gritar algo para se humilhar. Segurei sua mão, já estávamos dentro do carro.

– Acho que essa parte podemos esperar mais um pouco – ela arqueou a sobrancelha, apenas sorrir e lhe dei um selinho.

(...)

A boca de Annabeth estava aberta em um perfeito ‘’O’’, ela estava parada na praia, olhando para onde eu apontava.

– Percy – disse depois de algum tempo – Aquilo é um barco?

– Um Hiate – seu queixo continuava caído, a loira abria a boca para falar, mas nada saia. Comecei a rir da sua situação, mas como sempre acontece levei um murro no braço e me calei.

– Como você conseguiu um Hiate?

Dei uma piscadela.

– Tenho meus contatos.

(...)

Estávamos na proa do Hiate quando ele começou a se movimentar aprofundando mais na tranquilidade do oceano. Olhei para Annie que estudava cada canto do lugar, só agora eu me perguntei, por que nunca tinha reparado em seu jeito? Por que só agora deixamos nossas diferenças de lados? Balancei a cabeça, afastando esses pensamentos.

Tornei a observa-la. Seus olhos adquiriram uma certa serenidade, a lua ainda os deixavam mais cristalinos. Seu cabelo balançava quando a brisa o tocava. Ela era mais linda que milhões de estrelas no céu noturno. Me aproximei e toquei seu rosto, percebi que um pequeno choque percorreu meu corpo, indo até meu coração, fazendo-o bater mais rápido.

– Aqui é tão lindo Percy – falou, sorrir.

– Sabe por que eu decidi lhe fazer essa surpresa? – Annie negou - Porque quando te olho, tudo que consigo enxergar é a verdade, é o perdão é a uma garota que sofreu na vida, mas que está de pé e lutando para que um dia consiga seu objetivo na vida. Eu não sei qual é o seu objetivo Annabeth, mas eu descobrir o meu. Acho que essa viagem para São Francisco esclareceu meus pensamentos, me fez ter uma certa clareza das ideias que eu queria para meu futuro.

Parei um pouquinho, e olhei bem dentro dos seus olhos, esse era o nosso momento.

– Annabeth eu percebi que eu quero que você faça parte do meu futuro.

Ela ficou me encarando por um tempo, provavelmente tentando captar o que eu disse. Seus olhos brilhavam com o luar, seu perfume dançava no ar, espalhando-se para todo canto. Meu coração martelava, as palmas de minhas mãos estavam suadas, mas essa tensão toda se foi quando eu vi aquele sorriso que tanto me encantava.

– Então senhorita Chase, eu lhe trouxe aqui hoje, para oficializarmos nosso namoro.

Me ajoelhei, e peguei uma caixinha que vinha carregando comigo. Eu esperava que Annabeth gostasse, segundo Silena ela iria adorar.

– Annabeth Pathernos Chase, você me daria a grande honra de ser a tampa da minha panela, a metade da minha laranja, a cereja do meu bolo, a...

– Percy – disse rindo e me levantando, uma lágrima escorreu pelo seu rosto – Claro que aceito.

Era impossível de descrever a felicidade que invadiu meu peito, de repente, o oceano ficou calmo, as estreladas brilharam e lua tornou um holofote, iluminando nós dois, apenas nós dois. Abrir a caixinha e tirei uma correntinha de prata. O pingente de coração com o símbolo do infinito se dividia ao meio, tornando-o dois pingentes.

– Isso é para mim? – perguntou, agora minha namorada, segurando as lágrimas que insistiam em sair. Assenti, sabendo que o sorriso que estava em minha boca poderia rasgar meu rosto á qualquer momento. Ela se virou, afastei seu cabelo e coloquei a correntinha. Beijei sei pescoço e a virei.

– Sua vez – Annabeth me olhou sem entender, balancei a outra metade do pingente, a loira sorriu e colocou em meu pescoço, numa corrente mais grossa. Agora ambos pertenciam ao outro.

Então a beijei como se minha vida dependesse disso, foi um beijo meio selvagem. O clima fresco que estava se fora dando lugar á um fogo que me consumia. Quando eu vi já estávamos no corredor do Hiate, entrando em um quarto.

Annabeth me deixava louco com seu simples e delicado toque, minhas mãos apertaram sua cintura, e ela suspirou contra o beijo, mas antes de as coisas esquentarem, me lembrei do que Rafael disse ‘’ela espera que sua primeira vez seja digamos assim, especial’’. Me forcei a quebrar o beijo, Annie faz um som de desaprovação, meus pulmões gritavam por ar.

– Não que eu não queira fazer amor com você Annabeth, eu quero e muito – vi suas bochechas enrubescerem – Mas, não quero que sua primeira vez seja apenas pelo momento.

Annabeth acariciou meu rosto, e colou nossas testas, eu podia sentir sua respiração contra minha boca, isso só me deixava mais excitado.

– Não vai ser somente pelo momento Percy, eu só quero fazer isso com você – ela então beijou meus lábios, devorando-os.

A prensei na parede, Annabeth mordia pescoço, me fazendo arfar como nenhuma outra garota conseguiu.

– Te quero Perseu – sussurrou em meu ouvido com uma voz sedutora que me era desconhecida – Te quero agora.

Isso foi tudo para me perder meus sentidos. Eu necessitava dela, do seu toque, dos seus beijos, de tudo. As mãos delicadas de Annabeth passaram por de baixo de minha camiseta, tirando-a, ela acariciava meu abdômen e suas unhas passavam de leve sob meu tórax, eu sentia as vibrações em meu corpo. Queria ela, agora.

Annabeth POV’s

Quando se perde os sentidos, nada mais importa, viramos uma outra pessoa que nem imaginávamos ser. Percy tinha esse efeito sobre mim, perto dele eu me sentia completa, me sentia feliz e realizada. Dei uma leve mordida em seu lábio fazendo-o gemer entre o beijo e me segurar de forma possessiva.

A atenção de sua boca, estava agora em meu pescoço. Percy me colocou na cama com delicadeza, quebrando o beijo.

– Prometo não te machucar – sorrir.

– Eu confio em você.

Seus olhos agora estavam negros, e eu sabia que era de desejo. Peguei sua nuca colando nossos lábios em um beijo onde nossas línguas brincavam uma com a outra. As mãos de Percy pousaram em minha coxa, e foi subindo junto o vestido, meu corpo estremecia recebendo cada toque seu. Então meu vestido vai para o chão. O moreno morde o lábio, admirando meu corpo, ele parecia estar em uma espécie de transe, mas seus olhos brilhavam como o sol refletindo no oceano.

– Você é perfeita Chase – disse, devorando minha boca, sentei em seu colo, nossas peles encostadas fazendo um fogo nunca visto brotar dentro de mim. Sua boca desceu para meu pescoço, e logo em seguida para o vale dos meus seios, mas o sutiã atrapalhava. Uma de suas mãos, apertava minha coxa, enquanto a outra procurava o fecho da peça de roupa.

Percy me deitou, enquanto jogava meu sutiã em um canto qualquer. Novamente ele parou para me observar, seus olhos analisando meu corpo inteiro. Senti minhas bochechas esquentarem.

– Está nervosa? – perguntou beijando minha testa. Era incrível a maneira carinhosa como ele estava me tratando.

– Um pouco – confessei – Acho que é por ser minha primeira vez.

– Você está se saindo muito bem Sabidinha, me fazendo sentir coisas que eu achava ser impossível de ser sentidas.

Era impossível eu estar mais feliz, eu nunca imaginei que Percy Jackson tinha esse lado, dei-lhe um breve beijo, um selinho para ser mais exata.

– E você está me dando uma das melhores noites – ele sorriu e voltou a me beijar, era um beijo devastador, nossos corpos estavam quentes. O moreno mordeu meu pescoço, e desceu sua boca até meu seio direito. Diferente de Dylan eu gemia era de prazer e não de ódio. A língua de Percy circulava meus mamilos, e vez ou outra eles eram mordiscados. Segurei e apertei seus ombros, querendo aprofundar mais seu toque. Sua mão estava massageando o outro, fazendo meu corpo se contorcer. Depois de deixa-los vermelhos e sensíveis, sua atenção volta novamente para minha boca.

Minha vez de deixar Percy maluco. Juntei forças e troquei nossas posições, o moreno me olhou surpreso, como se ficar por baixo fosse uma coisa nova. Com as pontas dos meus dedos, comecei a percorrer o corpo do Jackson, tocando em partes que me era desconhecidas, tracei uma trilha de beijos que ia de seu pescoço até sua barriga, vez ou outra dando leves mordidinhas, eu podia ouvir os baixos gemidos vindo dele. Não me pergunte como eu sabia exatamente o que fazer, eu simplesmente deixava ser guiada pelo meu instinto.

Para provoca-lo, sentei-me em cima de seu membro. O Jackson fechou os olhos e suspirou, abrir seu zíper e devagar retirei seu jeans, deixando a mostra sua cueca box azul, pude perceber que sua roupa intima já incomodava, sorrir e mordi meu lábio. O moreno estava com a expressão sapeca, então ele me beijou, invertendo as posições e voltando a ficar por cima.

Seus lábios novamente trilha um caminho que vai até minha barriga, ele me encara, seus olhos encontram os meus, me fazendo uma pergunta silenciosa, balanço a cabeça autorizando seu ato. Percy desce minha calcinha de forma lenta. Seu olhar percorre cada cantinho de meu corpo.

Sento-me em seu colo de novo, suas mãos passeiam pelo meu quadril.

– O que você está olhando? – pergunto mordendo o lóbulo de sua orelha e o provocando-o. Sinto que a respiração de Percy se acelera.

– Olhando o quão você é linda – ele passa a mão em meu rosto, tirando minha franja que caia sob meus olhos. Percy gruda nossas bocas em um beijo onde só há calor, meus dedos percorrendo seu tórax. O Jackson desce suas mãos apertando minhas coxas, entreabrindo-as, minha respiração fica irregular quando ele deposita um beijo em minha intimidade.

Quando sua língua entra dentro de mim, vejo estrelas. O moreno mantinha um movimento lento de vai e vem, ele a retira e morde de leve meu clitóris, me fazendo gemer e apertar os lençóis. Sua boca sugava com vontade minha intimidade, Percy troca a língua por dois dedos, e um gemido mais alto me escapa, ele os retira invadindo-me novamente com sua língua quente, o moreno explorava cada centímetro daquela região, meus suspiros invadiam o quarto enquanto meu clitóris era pressionado e mordido. Então, meu corpo relaxa todos os músculos e meu líquido desce pela garganta do Jackson.

Meus pulmões gritam por ar, fecho meus olhos tentando absorver o que acabou de acontecer-me. Sinto Percy se deitar ao meu lado e me puxar para um abraço.

– Como você está Annie? – perguntou, mexendo em meu cabelo, encarei seus magníficos olhos.

– Muito bem, mas vou ficar melhor – o moreno ergue uma sobrancelha – Vamos ver o que sei fazer.

Fui para cima dele, grudando nossas bocas, logo eu estava com meus lábios na beira de sua cueca. Minhas mãos tremiam um pouco devido ao nervosismo, imaginando como eu ia conseguir satisfazer o Jackson, igual ele me satisfez, só havia uma resposta, tirei sua Box e fiquei encarando o que saiu de dentro. Digamos que Percy possuía vários dons. Na hora senti minhas bochechas pegarem fogo. O Jackson começou a gargalhar.

– Gostou? – disse entre meio as risadas. Dei-lhe um soco.

– Talvez minhas suspeitas sobre você ser gay, estavam erradas – falei, desviando meu olhar para o outro lado.

– Espera ai – Percy se sentou, ficando cara a cara comigo – Você pensou que eu fosse gay?

Foi minha vez de rir, eu estava gostando desse clima entre nós, leve e tranquilo.

– Pensei, mas acho que essa noite você vai me mostrar que não é – ele sorriu, o empurrei e o moreno deitou-se. Encarei novamente seu amiguinho, e uma onda de timidez me invadiu, fechei meus olhos, eu podia fazer isso e eu queria. Deixei minhas mãos soltas, e respirei fundo, novamente me entreguei ao instinto. Abaixei minha cabeça e beijei sua glande, Percy ofegou. Passei minha língua por toda sua extensão, provando algo novo para mim, percebi que o moreno estava sentindo as mesmas coisas que eu, pois em seu corpo percorria espasmos e mais espasmos de prazer.

Minhas mãos foram para seus testículos os apertando, um longo gemido saiu dos lábios do Jackson, então deixando a timidez de lado, coloquei seu membro inteiro em minha boca, sugando-o. Percy esmurrou a cama, tirei-o da boca e o apertei começando a masturba-lo, o moreno gemia coisas sem nexos. Então parei e ele solta um som de desaprovação, uma risadinha me escapa.

– Está gostando Jackson? – perguntei massageando seu amiguinho com a mão. Percy assentiu e gemeu mais alto. Novamente o coloquei dentro boca, pude sentir a ponta encostando em minha garganta. O moreno coloca as mãos em meu cabelo, me ajudando com os movimentos, não demora para engolir seu líquido.

Limpei o canto da boca com o polegar de forma mais sexy que consegui. Os olhos de Percy brilhavam de desejo, ele me deitou ficando por cima, colocou a camisinha e beijou minha bochecha de forma carinhosa.

– Se doer, eu paro – disse, eu assenti respirando fundo.

O moreno separou minhas pernas, e lentamente entrou de mim. Não sei explicar o que senti, foi uma mistura de sentimentos, dor, prazer e acima de tudo paixão. Percy permanecia quase imóvel em cima de mim, ele se movimentava de uma maneira delicada e carinhosa.

Seu rosto estava escondido na curva de meu pescoço, mordendo-o. Não sabia qual gemia mais, ele aumentou o ritmo, o que causou mais prazer. Minhas unhas cravaram em suas costas. Entrelacei minhas pernas em sua cintura aprofundando-o mais em mim.

Em meu peito a felicidade somente se ampliou, ter Percy ali comigo tão próximo assim, fazia meu coração bater tão rápido que era impossível de acompanhar suas batidas. Pensei em tentar algo novo, e novamente fiquei por cima, o moreno me ajudava com os movimentos, eu alternava entre rebolar e levantar, ele de novo me deitou. Suas estocadas ficaram mais fortes, suor brotou de nossas testas.

Um último grito saiu de nossos lábios ecoando pelo quarto. Percy saiu de dentro de mim e se jogou ao meu lado, o peito de ambos subia e descia de maneira descompassada. Seus braços me envolvem em um abraço.

Não foi apenas sexo, foi uma entrega, uma entrega na qual eu não me arrependi. Agora pertencíamos um ao outro.

– Doeu? – Percy perguntou desgrudando alguns fios de cabelo que estavam pregados em minha testa. Sorrir e lhe dei um selinho bastante demorado.

– No inicio sim, mas depois passou – recebo um beijo na testa – Dizem que melhora com o tempo.

Foi de proposito que soltei essa frase com duplo sentido, ele me lança um sorriso malicioso.

– Pode ter certeza que nossa transa vai melhor.

Rimos.

– Mas, então eu fiz direito? – qual é, depois do que aconteceu vergonha entre nós não tinha mais. Seus braços se apertaram mais em volta do meu corpo.

– Você quer a verdade? – assenti e abaixei a cabeça, esqueça o que disse sobre a vergonha, ela ainda existia sim. Para minha surpresa Percy começou a rir, o olhei sem entender – Annabeth, você foi a melhor garota que transei, seus movimentos são sincronizados com os meus, você sabe me satisfazer como nenhuma outra. Então senhorita Chase, você fez sim direitinho, melhor do imagina, nem parece que era virgem.

Sorrir, me senti aliviada em saber que não fiz papel de boba.

– Obrigada, e você contribuiu para que essa noite fosse perfeita para mim.

O moreno me beija, dessa vez sem desejo apenas paixão.

– Então vamos, se não Rafael me mata por chegarmos tarde – falou se levantando, e me ajudando a ficar de pé.

– Ele já vai te matar depois que ficar sabendo o que rolou aqui – rir imaginando a cena de um Rafael histérico.

– Você vai contar para ele né – assenti, terminado de colocar meu sutiã – Tudo bem, é só eu usar capacete para não deformar esse meu lindo rostinho.

Bati em seu ombro.

– Você é muito convencido – Percy me puxou pela cintura, colando nossos corpos.

– E você é muito gostosa.

Eu nunca ia me cansar da sensação que seus lábios me fornecia, do efeito que sua língua fazia em mim quando se encontrava com a minha, de seus dedos percorrendo todo meu corpo. Sua mão foi para minha bunda apertando-a de leve. Nos afastamos quando o ar acabou.

– Nada de safadeza tá – brinquei tirando sua mão de minha bunda.

– Não prometo nada.

Vestimos nossas roupas e saímos do Hiate. Já era um pouco mais das duas da manhã, nossos pingentes brilhavam com a luz da lua. Eu estava feliz, feliz por estar em São Francisco, feliz por estar com meus melhores amigos e mais feliz ainda por compartilhar minhas loucuras com Percy.