P.O.V. Percy

Eu tinha que admitir que Annabeth tinha uma voz sensacional, era incrível como não desafinou nem uma única vez, pude perceber que a loira depositou sua alma ali para cantar, era isso que tornava a música especial. Depois de elogiá-la Drew saiu puxando-me para fora do porão, assim que estávamos no meu quarto, ela me empurra e eu caio sentado na cama. Drew parou na minha frente e cruzou os braços, fazendo um bico enorme, rolo meus olhos com essa cena.

- Então...? – falo sem entender o motivo de estar aqui e ela está emburrada.

- Você ainda tem coragem de perguntar? – a morena começa a andar de um lado para o outro gesticulando as mãos – Por que você sempre defende aquela perereca azeda hein Percy.

Levanto-me bruscamente da cama.

- Eu não a defendo Drew, apenas falei que a voz dela é bonita, nada demais.

- Nada demais Percy? Nada demais? Bom, pois sabia que é demais sim. Ela é minha maior rival, aquela rebeldizinha sem classe pensa que é melhor que eu? Pois ela está muito enganada, eu sou Drew Tanaka, filha de uns dos caras mais ricos do Estados Unidos, sou a capitã das lideres de torcida e namorada do capitão do time de basquete, fui eleita a garota mais linda e desejada na Goode por quatro anos consecutivos...

Enquanto Drew dizia, tudo que eu ouvia era blá blá blá, sério se ela me perguntasse depois o que tinha falava, eu iria simplesmente responder De Libélulas?, então tudo que eu fazia era revirar meus olhos e assentir.

- ... Então ela não tem o direito de mandar naquela escola, sendo que lá é área minha – percebi que ela tinha calado a boca e resolvi voltar da minha viagem, durante o ‘’discurso’’ de Drew, eu fiquei pensando como que o cachorro quente surgiu, depois tenho que tirar essa dúvida. Bom voltando ao assunto, olhei para a senhorita Esquentada e apenas falei.

- Você está certa – isso foi o bastante para abrir um sorriso. Uma coisa que aprendi durante esses anos, mesmo você estando errado, sempre concorde com as garotas, isso lhe garante um ponto á mais com elas.

- Pelo menos você me entende neném – essa voz já está me irritando, então para não ter perigo de escutá-la novamente, tratei de puxar Drew pela cintura colando nossos lábios. Sem demoras tirei sua blusa, jogando-a em qualquer canto. Drew mordeu meu pescoço, mas isso não me arrepiava e nem arrancava um suspiro meu á muito tempo. Empurrei-a para a cama, e eu mesmo tirei minha camisa e minha calça já que Drew era lenta até para isto. Fui para cima dela, a beijando, eu sentia falta do meu estômago dando mil cambalhotas, do meu mundo parar quando estávamos em momentos como esse, mas isso acabou entre Drew e eu, agora era somente desejo sexual, nada mais que isso. Arranquei sua saia, junto com sua calcinha e minha cueca, peguei a camisinha e coloquei, porque só o que me faltava ter um filho á essa idade com uma piriguete igual a Tanaka, depois deslizei para dentro dela sem dó, sabe o que eu sentia falta também, do romantismo, sim no começo do nosso namoro eu era mais romântico, parece que as palavras mais lindas vinham nesse momento, mas com o passar do tempo isso tudo acabou, o meu amor por ela acabou. Drew já não era mais sincronizada comigo, ela não me satisfazia mais, não fazia-me suspirar, deseja-la mais, isso era muito ruim. Chegamos ao ápice juntos e cair ao seu lado. Ela então se abraçou a mim, era o tempo que seu corpo e seu cheiro me alucinava. Ficamos em silêncio como sempre acontece, até que a porta é aberta e uma loira entra.

- AHHHHHHHH – Annabeth grita, se virando de costas e tampando o rosto com as mãos.

- Annabeth, é... sabe... – tentei explicar, mas eu não dava conta de terminar a frase. Annie saiu do quarto, provavelmente furiosa. Me levantei da cama, e vestir minha roupa.

- Drew, se vista – falei autoritário, ela me olhou com cara de pidona e agarrou meu pescoço.

- Não Pers, vamos continuar, dessa vez sem aquela oxigenada nos atrapalhar.

Afastei-a de uma maneira que até eu fiquei assustado, mas não demonstrei.

- Se vista, e quero você fora daqui, em dez minutos ouviu?

- VOCE É UM CHATO PERCY – gritou colocando suas roupas - CHATO E BABACA.

Assim que terminou, ela passa por mim e faz questão de esbarrar em meu ombro, na porta Drew se vira para dizer algo.

- Você também é um idiota, não vê que ela nunca vai lhe dar bola, ela gosta é daquele lá, como é o nome? – a morena se esforçou para lembrar e logo sorriso ao conseguir a resposta – Rafael, ele á conhece como ninguém Percy, trata sua loirinha como uma verdadeira princesa, faz ela se sentir bem e feliz, você pode ver quando Annabeth está com ele, o sorriso verdadeiro que sai de seus lábios. Por acaso ela já sorriu daquela forma quando está contigo? Pense bem nisso Jackson.

- SAI DAQUI DREW, VOCE NÃO SABE DE NADA – ela ainda deu uma gargalhada.

- Tem razão eu não sei – e saiu, desabei na cama com as mãos na cabeça. O pior de tudo era que Drew tinha razão, quando Annabeth está comigo, nunca vi um sorriso como aquele de quando ela está com Rafael, eu sou um inútil mesmo, sempre fazendo-a se irritar, ela me odiava, odiava Nova York, e eu aqui pensando que... ARGH !! Deixa pra lá. Deitei na cama, e de repente minha boca fica seca, precisando de algo para molha-la, e eu sei o que é preciso para matar essa sede. Levanto meu colchão, ali era meu reservatório, e encontro um Stroh ’80, um sorriso invade minha boca com ele em mãos, abro sua tampa e quando estou prestes a dá o primeiro gole ouço um grito.

- PERCY, NÃO – Annabeth chega metendo a mão na garrafa, fazendo-a cair no chão e quebrar em mil pedacinhos, me ajoelho tentado evitar que o líquido evapore, mas em vão. Depois me escoro na cama, com a cabeça entre os joelhos, evitando que as lágrimas desçam. Sinto Annabeth se sentando ao meu lado e colocando as mãos em meu ombro, isso faz com que minha cabeça se erga encontrando com seus olhos tempestuosos e intimidadores.

- Desculpe, não pude me controlar – pedi, uma lágrima escorre no canto do meu olho, ela delicadamente a seca, só de sentir seu toque meus pelos se levantam. Annabeth se coloca de pé e me oferece a mão que eu aceito, ela nos encaminha ao piano.

- Pega o violão – pedi, pego seu violão, era lindo assim como a dona – Sabe Percy, existem outros métodos além da bebida para se livrar de algo que lhe atormenta.

- Quais? – pergunto, Annabeth solta uma risada fraca.

- A música – então ela começa a tocar o piano, seu toque era leve e suave, fazendo a melodia entrar dentro de mim, rapidamente reconheci a música e dedilhei no violão.

- Cante – pediu com uma voz desconhecida para mim, e não pude recusar.

(http://www.vagalume.com.br/the-vampire-diaries/down-jason-walker.html)

I don't know where I'm at

I'm standing at the back

And I'm tired of waiting

I'm waiting here in line

I'm hoping that I'll find

What I've been chasing

(Eu não sei onde eu estou

eu estou de pé na parte de trás

E eu estou cansado de esperar

Eu estou esperando aqui na fila

Eu estou esperando que eu vou encontrar

O que eu tinha perseguido)

I shot for the sky

I'm stuck on the ground

So why do I try?

I know I'm gonna fall down.

I thought I could fly

So why did I drown?

I'll never know why

Its coming down, down, down.

(Eu atiro pro céu

Estou cravado no chão

Então, por que eu tento?

Eu sei que vou cair.

Eu achei que podia voar

Então porque eu me afoguei?

Eu nunca vou saber porquê.

Está vindo a baixo, baixo, baixo.)

I'm not ready to let go

Cause then I'd never know

What I could be missing.

But I'm missing way too much

So when do I give up

What I've been wishing for?

(Eu não estou pronto pra partir

Porque então eu nunca saberia

O que eu poderia estar perdendo

Mas eu estou perdendo demais

Então quando eu desistir

Pelo que eu estive desejando?)

I shot for the sky

I'm stuck on the ground

So why do I try?

I know I'm gonna fall down

I thought I could fly

So why did I drown?

I'll never know why

Its coming down, down, down.

(Eu atiro pro céu

Estou cravado no chão

Então, por que eu tento?

Eu sei que vou cair.

Eu achei que podia voar

Então porque eu me afoguei?

Eu nunca vou saber porquê.

Está vindo a baixo, baixo, baixo.)

Oh, I am going down, down, down.

I can't find another way around.

And I don't wanna hear that sound

Of losing what I never found.

(Oh, eu estou caindo, caindo, caindo

Eu não consigo achar outro caminho

E eu não quero ouvir aquele som

De perder o que eu nunca achei.)

I shot for the sky.

I'm stuck on the ground.

So why do I try?

I know I'm gonna fall down.

I thought I could fly

So why did I drown?

I'll never know why

Its coming down, down, down.

(Eu atiro pro céu

Estou cravado no chão

Então, por que eu tento?

Eu sei que vou cair.

Eu achei que podia voar

Então porque eu me afoguei?

Eu nunca vou saber porquê.

Está vindo a baixo, baixo, baixo.)

I shot for the sky

I'm stuck on the ground

So why do I try?

I know I'm gonna fall down.

I thought I could fly

So why did I drown?

Oh, its coming down, down, down.

(Eu atiro pro céu

Estou cravado no chão

Então, por que eu tento?

Eu sei que vou cair.

Eu achei que podia voar

Então porque eu me afoguei?

Está vindo a baixo, baixo, baixo.)

Assim que terminamos, vi que uma alegria imensa tomava conta de mim, era uma sensação estranhamente boa, como se meus problemas fossem sugados pela música, como se minha voz tivesse espantado todas as minhas preocupações. Olhei para Annabeth sorrindo.

- Obrigada – ela sorriu de volta.

- Percy me prometa uma coisa.

Assenti.

- Sempre, sempre que estiver preste a beber novamente, me chame ou me ligue, ou sei lá mande um pombo correio – rimos nessa parte – Mas por favor, não coloque mais aquilo na boca.

Levantei e coloquei o violão no apoio, então a puxei para um abraço.

- Eu prometo.