P.O.V. Percy

   GOSTOSA !! Essa foi a única palavra que me veio a cabeça assim que Annabeth saiu do vestuário, o short  antes largo e grande, agora se encontrava curto e justo, desenhando suas pernas torneadas, o top preto que ajustava perfeitamente e seus seios, OPA ! Aquele top eu conhecia bem, não era da Drew?? Eu o tinha arrancado semanas antes. Balancei a cabeça analisando seu corpo. Annabeth tinha um corpão, cintura fina, seios grandes e barriga lisinha, e bom, sua bunda também não ficava para trás. Os meninos estavam praticamente comendo-a com os olhos.

   - Vamos jogar? – perguntou com um sorriso sacana nos lábios, me aproximei ficando a centímetros de seu rosto.

   - Manda ver – falei alto o bastante, para o time inteiro soltar um ‘‘UOU”. Annabeth estreitou os olhos.

   - Vou mandar.

   No posicionamos na quadra, Nico me entregou a bola, mas sem ver um vulto passa por mim, e quando me dou conta a bola estar rodando no dedo de uma certa loira, minha boca se abriu instantaneamente, como que eu não pude perceber ela me tomando a bola. Olhei para os meninos e eles estavam mais impressionados que eu. Um sorriso sacana brincava nos lábios de Annabeth.

   - Seja mais atento – fala jogando a bola para mim, e ficando no seu lugar. Ouço algumas risadinhas, mas não deixo que elas me desconcentrem. O apito foi soado, e então o treino começa.

   Só para deixar claro, Annabeth estava no time de Grover, ou seja, íamos ser adversários. O combinado era os meninos jogarem para mim, e eu fazer as cestas. Meu time estava espalhado pela quadra, Léo estava com a bola correndo na minha direção, se aproxima mais de mim e me passa, eu a pego já pulando para fazer uma cesta de três pontos, mas mãos me impedem de concluir tal movimento.

   - Se pensa que vai ganhar comigo aqui. Está muito enganado – sua voz soou risonha. Annabeth me toma a bola, e sai correndo quicando com ela, fico parado bobo olhando sua agilidade, ninguém nunca tinha bloqueado um movimento meu. Sai correndo atrás da loira, meu time a marcando, mas ela parecia saber todas as nossas jogadas. A loira atravessa a quadra, driblando e desviando de todos os seus adversários, e bem no meio ela pula e lança a bola, fazendo uma cesta de três pontos, perfeita. Annie da uma piscadela para mim.

   Meus olhos se arregalam, era meio que impossível ela ter acertado aquela cesta, o pessoal do seu time comemorou. Corro e pego a bola, enfurecido por essa cesta, saio correndo com ela em mãos, passo para Frank, que passa para Dylan e volta para mim, pulo novamente, com a certeza de fazer ponto, mas Annabeth é mais rápida e pega a bola de minhas mãos em menos de segundos. Ela passa para Grover, que sai quicando e entrega para Nico, o moreno sai correndo, e passa novamente para a loira, Léo e Frank estavam marcando-a, mas Annabeth da um giro de 180º graus, fazendo os dois de bobinhos, flexiona os joelhos, e pula ficando pendurada na cesta, mas fez dois pontos, o que só fez minha raiva aumentar. Como uma garota poderia ser tão boa em um esporte de menino?

   No final do treino, estávamos suados e ofegantes, o time vencedor estava em uma comemoração que parecia não ter fim. Bom queria dizer que meu time tinha ganhado, mas infelizmente não era, e sim o da loira irritante. Nico e Grover estavam com ela nos ombros, gritando em felicidade.

   - Percy, essa menina e incrível – Frank fala, tentando respirar e aumento mais minha raiva.

   - Você sabe que precisamos dela no time né – Léo se pôs a dizer, bufei e sair sem responder para o vestiário.

   Entrei no chuveiro e me despi, fechei meus olhos e deixei a água fria cair sobre meu corpo, era maravilhosa a sensação de estar em contato com a água, era como se ela me restaurasse. Enquanto tomava banho, fiquei pensando nos movimentos de Annabeth, ela era incrível mesmo, sabia jogar como ninguém, posso dizer que a loirinha é bem melhor que o Jason, eu precisava dela no meu time, nem que seja só para treinamento, precisava de uma jogadora ao porte dela. Fiquei bastante tempo debaixo do chuveiro, apenas pensando, sim eu só consigo pensar direito quando estou em contado com água, estranho, eu sei. Desliguei o chuveiro, peguei a toalha e enrolei do quadril para baixo. Abrir a porta e sair para poder trocar de roupa, então eu encontro Annabeth sentada no balcão. Assim que me ver seus olhos se arregalam e ela vira o rosto.

   - Desculpe – pediu envergonhada, soltei uma gargalhada, o que fez ela me olhar de sobrancelha erguida.

   - De que você está rindo cabeça de alga? – sentei ao seu lado no balcão, me controlando.

   - De você – ela ainda não pareceu entender, o que só fez a graça aumentar – Bom você é rebelde, mas mesmo assim tem seus momentos de pureza.

   Annabeth me deu um murro no braço.

   - Ai, realmente isso já virou vicio – ela me deu língua – Já ouviu falar quem da língua, é o mesmo que pedir um beijo?

   A loira levantou o punho fechado, mas eu a impedir.

   - Okay Annabeth eu paro, Senhorita Pureza – e comecei a gargalhar.

   - Eu me orgulho de ser pura, melhor do que ser uma dessas vadias que você pega, que com certeza abre as pernas para qualquer um.

   Uma ideia me passou na cabeça.

   - Annabeth você é virgem? – vejo suas bochechas corarem.

   - Sou – mas acrescenta rapidamente – Mas me zoe, e você levará um murro nessa carona sua.

   Levantei as mãos em sinal de rendição, na verdade eu até gostei de saber que ela era virgem, isso só a torna mais especial.

   - Sabe, você está em extinção. A maioria das garotas com dezesseis anos já perdeu sua virgindade.

   A loira solta uma risadinha.

   - A vergonha na cara também – nos encaramos e caímos na gargalhada.

   Depois que conseguimos nos recuperar da crise de riso, ficamos um tempo calados, até ela pronunciar.

   - Você fez um belo jogo hoje cabeça de alga – meus lábios se curvam em um sorriso.

   - Isso é um elogio? – entendam, Annabeth me elogiando é um fenômeno muito raro. A loira me empurra de leve com o ombro.

   - Não se acostume – ela se levanta – Vou lhe esperar lá fora. Agora que percebi que Annie já está vestida com sua roupa normal, o que me deu uma pontada de tristeza.

   - Annabeth como você conseguiu aquele top? – perguntei curioso, já que o top ficava nomeu armário. Ela mexeu os pés.

   - Bom, eu arrombei seu armário – nessa hora eu levantei.

   - Você o que?

   - Ai Percy, arrombei seu armário, e alias, cabe mesmo um defunto lá dentro – coloquei as mãos no cabelo, aquela menina era fogo.

   - Mas como? E qual o seu problema com defuntos garota?

   A loira me encarou de forma mais tranquilamente que eu já vi.

   - Percy eu já arrobei muitos armários antes. Tive que aprender essa manha, para colocar esquilos dentro do armário de um menino que pegou na bunda. E quanto aos defuntos, bom eu aprendi a andar de skate em um cemitério, então me dou super bem com gente morta.

   Okay, será que é só eu que estou com a boca aberta, e pensando em como a Annabeth é mais estranha que eu pensei.

   - Você aprendeu a andar de skate em um cemitério? – perguntei e ela assentiu como se fosse a coisa mais normal do mundo – Por que?

   Annie suspirou.

   - Porque era no cemitério que tinha uns obstáculos maneiros.

   - Mas andar de skate é fácil, em qualquer lugar você aprende.

   Isso foi como da um golpe de judô em sua cara, pois Annabeth me encarou com seu melhor olhar assassino, o cabelo de minha nuca se enriçaram.

   - Você sabia que andar de skate também é considerado como esporte né.

   - Não é não, qualquer um anda – okay eu estava caçando a morte, mas adorava provoca-la.

   - Percy, andar de skate, requer prática e habilidade, mente e músculos trabalhando ao mesmo tempo – ela respirou fundo tentando manter a calma.    

   Neguei com a cabeça.

   - Claro que não, é só pegar o skate e sair andando, até eu dou conta – Annie pareceu pensar um pouco, e log sorriu travessamente.

   - Quer apostar? Se você ficar em cima do skate por vinte segundos, eu lhe pago um jantar, se caso você cair antes do previsto, o jantar sai por sua conta – ela estendeu a mão, nem hesitei em pegar.

   - Fechado, e para tornar as coisas mais divertidas, o perdedor irá ao cemitério, exatamente meia noite, e gritará algo para se humilhar.

   - Perfeito – soltamos as mãos, e ela se encaminha para a saída, antes dela sair a chamo, a mesma se vira me encarando.

    - Você é demais em quadra – vi um sorriso brotar em seu rosto antes de sair – Realmente demais – sussurro para mim.