(Bella)

Acabamos de sair na rua da frente da mansão dos Cullen e eu já estou quicando no banco do passageiro do carro do Edward.

Ansiedade, nervosismo, felicidade, saudade, solidão, vergonha, medo, confusão, alegria, insegurança... um misto de sentimentos povoava o meu cérebro e os meus pensamentos.

Como as pessoas me verão? Como elas reagirão a mim? Como elas me receberão? Uma maré de novas perguntas invadiu a minha mente. Percebi que eu estava começando a transpirar de nervosismo.

Edward olhou pra mim.

- Calma garota! - ele colocou uma mão no meu ombro fazendo uma leve pressão me impedindo de quicar no banco. Quando fui olhar pra ele uma coisa me chamou atenção no painel.

- Ei! - eu disse apontando pro sistema de som no carro (n/a: que por acaso eu me esqueci o nome) – posso ligar?

- Claro – ele colocou a mão no volante novamente e voltou a olhar pra estrada – os CDs estão no porta luvas – ele disse simplesmente. Mas eu fui mais observadora... Me estiquei pra pegar a minha bolsa no banco de trás, voltei a me sentar corretamente no lugar quando tinha ela em mãos, tirei meu iPod de lá e conectei ao aparelho (n/a: Leitor de cds e entrada para cabo usb! Lembrei, mas tô com preguiça de voltar lá...)

Procurei uma música que eu ainda não tivesse enjoado. Foi quando eu vi uma que eu amo!

http://www.youtube.com/watch?v=QfrZP32sIz0 << Ouçam!! (amo total essa música!) Por enquanto a letra não interessa muito, mas se quiserem pesquisar é Lucky – Jason Mraz feat. Colbie Caillat

A música começou a tocar. O som harmonioso invadiu rapidamente o carro. Essa música me lembrava vagamente o Caleb, mas se tinha uma música que realmente podia descrever o nosso namoro era Hot 'N Cold, da Katy Perry, nós éramos meio... instáveis. Mas voltando ao atual, a única coisa que me fazia lembrar o Caleb nessa música era que antes e depois do nosso namoro, nós fomos grandes amigos, melhores, eu ousaria dizer.

- Essa música é legal – Edward disse, meio receoso. Foi quando eu me lembrei que estava sentada no carona do carro de um praticamente desconhecido que é, literalmente, o homem dos meus sonhos.

- Aham... é uma das minhas favoritas – eu disse meio que viajando na música. Nem percebi quando ele estacionou o carro.

- Chegamos – ele disse desligando a música. Com o que ele disse toda os sentimentos confusos voltaram para o primeiro plano da minha mente. Paralisei.

- Bella – ele me chamou enquanto eu estava imóvel com os olhos fechados, eu me recusava abrir os olhos com medo do que veria. - Bella? - Ele chamou mais alarmado.

- Bella? - agora era a voz de Alice me chamando, ouvi batidas no vidro do carro. Percebi que eles sussurraram alguma coisa, mas a única palavra que eu entendi foi “Jasper”. O que ele tem a ver com isso?

Não sei, mas de repente tudo ficou mais calmo... estranho. Ousei abrir os olhos.

Perdi o ar quando vi o prédio a minha frente.

Sabe aquelas escolas dos EUA que normalmente se vê em filmes? Pois é, eu estou na frente de uma delas. A estrutura perfeita com um grande gramado na frente e um chafariz. Nunca pensei que seria tão igual aos filmes... Definitivamente a França agora parecia mais atrativo.

- Uau. Isso é tão... previsível. - e comecei a rir. O nervosismo faz cada coisa...

- Ok, mas agora você tem que sair e se socializar! Ou você quer ficar conhecida como “a intercambista que eu não lembro o nome” pra sempre? - tinha uma pontada de ironia na voz dela ou era impressão minha? Resolvi ignorar. Sai do carro bem lerda, já tinha pego a minha bolsa e o iPod que tava conectado no som do carro. Joguei com cabelo pro lado e fechei a porta do carro. Não fiquei surpresa ao constatar que todos já esperavam na calçada. Quando eu ia me movimentar pra ir ao encontro deles ouço um som de motor próximo, passando por trás de mim.

Me virei pra ver o que era.

Uma moto linda estava passando, pelas roupas era uma mulher pilotando. Ela estava usando botas de cano alto de couro pretas, uma calça jeans clara e uma jaqueta de couro preto bem no estilo motoqueiro, daquelas que abre no lado com zíper. Ela estacionou do lado do carro do Edward e tirou o capacete. Só então pude ver o rosto dela. ( http://anythinghollywood.com/?attachment_id=46701 ) ( imagem 2 http://images.starpulse.com/Photos/Previews/AnnaLynne-McCord-c02.jpg )

Ela sorriu, pegou a bolsa e segui com um olhar superior para o prédio do colégio.

Fui ao encontro dos Cullen. O primeiro comentário foi o do Emmett.

- Tavas secando a Dianna, hein? - e gargalhou. (n/a: como Dianna é um nome americano, a pronúncia é “Daiana”, só pra constar)

Sussurrei um “idiota” pra ele e segui em frente com a Rose, ela parecia ser a única que não se incomodaria de eu acompanhá-la agora.

- Hum... Rose? - perguntei insegura.

- Oi?

- Será que as pessoas vão me estranhar muito? - ela sorriu pra mim.

- Claro que não, ela provavelmente nem vão te diferenciar de qualquer outro estudante. Todos sabem que alguém estava vindo fazer um intercâmbio, uma menina, mas você não se parece muito com uma típica brasileira. Poderia dizer que você veio do reino Unido, mas nunca do Brasil. Claro, se você conseguir disfarçar o sotaque e colocar um pouco de sotaque de brasileiro falando inglês você vai ser facilmente conhecida, mas você não conseguiria fazer isso.

- Por que você acha que não? - eu a enfrentei.

- Oras, por que você praticamente nasceu falando assim, nunca mais que você vai perder o sotaque.

- Ah – eu estava decepcionada... Eu não vou perder o sotaque? Droga. Pelo menos o meu sotaque não me incomoda.

Rosalie parou em frente a uma porta, percebi que ninguém me notou até aqui... Que audácia! Como não me notaram?

Ok, voltando ao presente...

- Bella, aqui é a sala da diretoria – ela fez uma pausa. Qualé! Mal entrei na escola e já vou parar na sala da diretoria? - Acho bom você dar uma passada aqui pra pegar o seu horário, fazer aquela prova que você tem que fazer...

- Peraí, como você sabe da prova? - perguntei. Senti uma mão pesada no meu ombro e olhei pra trás. Era Emmett.

- Bella, nós sabemos de tudo – e sorriu como um serial killer. Ui, arrepiei dos pés à cabeça.

- Ãhn... eu acho bom entrar logo, então – desviei os olhos no sorriso que ainda estava estampado no rosto do Emmett. - nos vemos depois.

- Até o horário de almoço! - disseram, mas eu já tinha entrado na sala e fechado a porta.

Suspirei antes de andar até o balcão da secretária.

- Posso ajudá-la? - ela perguntou, seus olhos caramelo cintilavam por trás dos óculos e seu cabelo loiro estava espalhado por seus ombros e costas.

- Sim, eu sou Isabella Turner, vim do... - ela sorriu e não me deixou terminar.

- Ah, sim, Isabella, ouvi falar de você... - ela comentou enquanto se levantava e saía de trás do balcão – me acompanhe, por favor.

Me conduziu até uma saleta de espera, a sala era toda branca, uma grande janela e um sofá na parede ao lado da janela era a única decoração, fora o bebedouro e uma mesinha com algumas revistas.

- Você pode esperar aqui, logo a diretora irá chegar.

- Obrigada – ela saiu e eu me sentei no sofá.

Passados uns três minutos eu já estava impaciente. Que diretora é essa que atrasa?

Ouvi vozes na outra sala, me esforcei pra entender o que diziam.

- Ah Dianna, você não tem jeito mesmo! Não faz nem cinco minuto que chegou e já estava aprontado? - Ouvi uma risada animada.

- Ah, Meg, você sabe que aquele banheiro era muito sem graça! Eu só estava redecorando ele, oras...

- Claro... Você já sabe o caminho ou eu tenho que mostrar?

- Não, obrigada, eu sei pra onde devo ir. - ouvi passos e ela apareceu na porta, me olhou surpresa e esticou o pescoço pra outra sala. - Viu, Meg? Eu não sou a única que comecei o ano bem! - ambas riram – Poxa, ela até bateu meu recorde!

- Desculpa, é só um engano – ela olhou pra mim e eu me arrependi de ter falado – Eu ainda não aprontei nada, só tô aqui por causa da prova. - ela se sentou ao meu lado e se virou pra mim confusa.

- Que prova? - ela perguntou atônita, vi o rosto dela perder a cor.

- Não, é só que eu tenho que fazer uma prova pra ver que ano eu tenho que cursar! Não se preocupe, não é nada com você!!!!

- Ufa – ela relaxou e encostou as costas no sofá – isso é bom. Mas me conta, por que tens que fazer essa prova?

- Ah – imitei a posição dela de desinteressada encostando as minhas costas no sofá – é por que eu nunca estudei aqui, nos EUA, quero dizer – a compreensão brilhou em seus olhos.

- Ahhhhh tahhhhhhh eu nem tinha me tocado ainda, o teu sotaque... - com isso eu fiquei reta e com uma cara tipo de mangá, só faltava aparecer aquela gota do lado do meu rosto, era tipo -_-”.