- Baile? Sim, avisou... Sobre o baile, é fim de ano não é? Pois é, baile. – Soltou algumas pequenas risadas, ainda estava muito nervoso.

Já estava desconfiando que algo havia acontecido, afinal ele parecia muito nervoso e suas mãos que a seguravam em seu corpo já tremiam.

- E você gostaria de...

Foi rapidamente interrompida.

- Olha, aquela é sua casa não é?

Suspirou tristemente, descendo de seus braços que tanto dava conforto a ela.

- É sim, obrigada.

- Nos vemos no colégio. – Disse abaixando sua cabeça.

- Até... – Fez um leve aceno com a mão e deu a volta na casa até a janela de seu quarto, James confuso foi atrás.

- O que vai fazer?

Deu um grito pelo susto que tomou com James.

- Tá doido? O que veio fazer aqui?

- Ver o que ia fazer. – Levantou sua sobrancelha. Pra que os lençóis?

- Pra ir pro meu quarto, boa noite James.

Ainda suspeito permaneceu no local vendo Ayra subir segurando nos lençóis, quando ela entrou no quarto, recolheu o lençol e acenou para James.

- Rapunzel, não poderia jogar seus lençóis?

- Não, não poderia. – Riu abafada.

- Boa noite Rapunzel.

- Até. – Sorriu bobamente enquanto fechava sua janela, o dia não podia ter acordado de acordo com Ayra, estava muito perfeito para acabar triste, porém era quase inevitável toda sua felicidade acabava quando pisava em sua casa, as lembranças ruins vinham a tona e não tinha nada que ela pudesse fazer a respeito, foi até a porta de seu quarto e verificou se estava trancada, graças a deus estava, sentou-se em sua cama e pegou seu laptop e o abriu, quando estava ligando seu telefone toca.

- Alô?

- O que tá acontecendo? – Falou a voz do outro lado da linha.

- Mark! – Neste momento nasceu um sorriso de orelha a orelha na face da loira.

- Não venha com ‘’Mark’’, o que tá acontecendo?

- Como assim? Por que tá tão bravo?

- Você não entra direito faz três dias, e quando entra não me da atenção, o que tá acontecendo você não me conta nada, eu to aqui preocupado com você e você sabe disso.

- Mark, me desculpa eu não devia ter feito isso contigo... Só que estou muito feliz.

- E não conta nada para seu melhor amigo?

- Tudo bem, me desculpa eu devia ter contado desde o começo. – E assim ela começou a desenrolar o que tinha acontecido com ela nesses tempos, afinal ela não tinha culpa.

Depois de alguns minutos, Mark ainda estava em silêncio.

- Mark, fale alguma coisa...

- Então, você ia convidar ele para o baile?

- Ia, mas... Ele mudou de assunto, então me calei.

- Não deviam tinha que convidar.

- Eu não ia conseguir você me conhece!

- Tudo bem, só não faz mais isso comigo, se não for entrar me telefona, eu me preocupo contigo e esse tempo todo que passou sem entrar eu só imaginei o pior.

- Desculpa, tenho que desligar tá bom? Boa noite.

- Boa noite princesa, bons sonhos.

- Pra você também amor. – Deu um leve sorriso e desligou, pegou sua toalha e se despiu, entrou no Box e tomou seu banho, ao sair já estava seca e enrolada em sua toalha, pegou seu pijama e o pôs estava penteando seu cabelo quando a fome bateu. Droga. – Olhou para a porta de seu quarto e caminhou até ela, abriu e olhou de um lado para o outro, desceu devagar as escadas tomando cuidando e olhando tudo em volta, deu uma leve olhada na cozinha, quando viu que não tinha ninguém abriu o armário e pegou um pacote de bolachas, voltou para o quarto e trancou, se achou sortuda, pois normalmente sua mãe estaria lá e só de vê-la seu dia poderia acabar em sofrimento, tentava o máximo não pensar nisso. Foi para seu banho, trocou de roupa e foi dormir não queria saber de mais nada que aconteceria naquele dia.

Pov. James.

Estava voltando da casa da Ayra, só um pouco confuso ela é de alguma forma misteriosa para mim. Cheguei à minha casa e quando fechei a porta percebi o eco que fez, não havia ninguém lá o que era estranho fui até a cozinha, a sala procurando por alguém eles não podem ter sumido desde de manhã até que me deparei com minha empregada.

- Rosa? O que está fazendo aqui?

- Ah, Senhor me desculpe. Os seus pais receberam uma ordem e terão que passar cinco dias fora eu vim para te avisar, só isso, bem eu vou indo.

Ela se dirigiu até a porta rapidamente, jurava que estava um pouco envergonhada, por que eles não me contaram isso? Tudo bem, mal me importo.  Corri pro meu quarto e fiquei por lá, não peguei no sono a noite toda por causa dela. Ela é simplesmente perfeita enquanto eu sou um idiota e não posso fazer absolutamente nada para mudar isso, eu não quero de maneira alguma magoar a Carrie, mas cara é um baile! É minha chance, talvez a única que vou poder ter com ela, a Carrie não pode me proibir disso, é isso mesmo, vou ligar pra ela.

O telefone tocou, tocou e ela não atendeu, insistiu por mais quatro vezes e na quarta finalmente conseguiu.

- Eu sei que você me ama, mas não precisa me telefonar toda hora. – Ria.

- Não é isso... – Disse ainda sério. Olha Carrie, sobre o baile eu adoraria ir com você, mas... Eu estava pensando em convidar outra pessoa.

Ela ficou em silêncio.

- Carrie? – Logo começou a ouvir barulhos de choro e enfim, ela desligou na cara dele.

- Merda, o que foi que eu fiz?! – Jogou seu telefone na parede e deitou de bruços em sua cama, se não magoa uma irá magoar a outra, não há outra saída? Despiu-se, caminhou até o banheiro, tomou seu banho, pôs sua coeca Box preta e foi dormir.

Obs. Ayra.

Estava dormindo tranquila, sem nenhum sonho e nenhuma preocupação até que foi interrompida por seu celular tocando, acordou no susto, e pegou seu celular. ‘’Número Restrito’’ aparecia na tela.

- Alô?

Ouvia choros.

- Me desculpa. – Uma voz computadorizada do outro lado dizia.

- Quem é?

- Eu não queria me desculpa. – Disse abafadamente.

Ouvia choros e mais choros, até que a pessoa desligou, sem entender ficou olhando o celular por muitos minutos, até que botou o no criado novamente e voltou a dormir.