Go ahead. escrita por Victória L


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Agora sim, um capítulo de verdade pra vocês kkk.
Boa leitura ♥
Qualquer erro me avisem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/328827/chapter/23

Pov. Ayra.

Aquele era um momento totalmente único, porém ainda não estava pronto para vivenciá-lo.  O homem cujo disse que era meu pai me encarava com uma face entristecida enquanto eu tentava não olhar diretamente em seus olhos negros.

- Não é meu pai. – Desafiei-o.

- Se precisar de um exame de sangue, de qualquer coisa que me faça provar para você de que sou eu mesmo seu pai, eu o farei. – Disse se aproximando.

Via seu corpo se aproximar mais ao meu e realmente não me controlei.

- Afaste-se! – Gritei.

- Minha querida, não tenha medo. – Sorriu.

- Não sou sua querida. – Comecei, aliás, eu nunca poderia ser ele sumiu, meu pai sumiu quando eu era ainda aprendia o que era viver e do nada ele resolve voltar?

- Minha filha. – Tentou.

- Muito menos sua filha.

- Ayra, por favor, filha acredite em mim.

- Não sem uma prova.

- Faremos um exame então. – Seu sorriso aumentou.

- Pode ser. – Bufei. Mas, se é meu pai de verdade, por que me deixou naquele dia?

Seu sorriso se desfez e ele retirou seu chapéu revelando cabelos loiros ondulados que cá entre nós combinava muito com ele.

- Você não tinha ideia do que sua mãe faria com você nesses tempos. – Murmurou.

- Ah, sim eu tenho e ela fez.

- Não era meu objetivo abandoná-la. – Suspirou. A história é longa, e eu não posso lhe contar muita coisa sobre ela, apenas o necessário.

- Não enrole tanto, por que me deixou?

- Ayra, sua mãe se tornou uma mulher possessivamente ciumenta não saía mais sem ela e ela acabou achando que você seguiria meu caminho.

- Que caminho?

Suspirou.

- Só o necessário. – Repetiu. E em um dia... A cinco anos Ayra, eu não estava mais aguentando, cheguei em casa meia hora atrasado estive com um amigo de trabalho e falamos sobre negócios durante essa meia hora, quando cheguei em casa sua mãe estava chorando, imaginando que eu tivera um caso com outra mulher e a deixara esperando, começamos a discutir e foi aí que eu soltei. – Respirou fundo.  Que não estaríamos mais casados se... Se não fosse por você, o meu bem mais precioso à única força que me deixava feliz em voltar para casa, ela me ameaçou muitas vezes antes de você chegar e o jeito de te ver segura foi te deixando, você minha filha, é minha felicidade, por favor, entenda que foi tudo isto que me fez rever todas as coisas e tomar consciência que eu nunca devia ter te deixado.

Nessa hora minhas lágrimas percorriam todo o meu rosto caindo em direção a minha camiseta, limpei-as rapidamente, porém imaginava que meus olhos estariam vermelhos a esta altura, abaixei minha cabeça evitando-o de ver meu rosto tão humilhante, ouvi passos em minha direção e segundos depois um par de sapatos negros suas mãos rodeavam meu corpo e me abraçavam cada vez mais forte. Não me lembro de ter me sentido tão feliz e segura ao mesmo tempo, não foi com Mark, nem com James, fora com meu pai a única pessoa que sabia que me amava de verdade, que fizera tudo isto só para me ver feliz novamente. Depositou um rápido beijo no topo de minha cabeça e se afastou de mim.

- Olhe para mim. – Sussurrou.

Levantei lentamente minha cabeça para ele o encarando.

- Eu sou seu pai. – Sorriu. Mesmo que não acredite, te darei a prova, porque eu te amo... Eu te amo filha.

Minhas palpitações apenas aumentavam, podia ter um ataque ali mesmo, fechei os olhos rapidamente e respirei bem fundo.

- Eu também te amo, pai.

Fora minhas últimas palavras antes de  sentir-me apertada novamente pelo forte abraço que me dera, porém o momento foi interrompido pela enfermeira que acabara de entrar no quarto.

- Senhor, poderia se retirar, por favor. – Pediu.

- Sim, claro. – Respondeu rapidamente.  Eu vou te esperar na sala. – Me deu um pequeno beijo em minha bochecha e saiu do quarto.

Lembrei-me que Mark e James ainda estavam no quarto e me virei para eles.

- Me... Desculpem-me, foi tão... Rápido, eu...

- Relaxa. – Interrompeu-me Mark. Era seu pai, foi muito importante... Se eu pudesse te abraçaria.

Soltei uma leve risada e fui ao encontro de seus braços que se enrolaram em minha cintura tornando o abraço terno.

- Eu não acredito que perdoou James tão rápido. – Sussurrou.

- Perdoei... Mas, não esqueci... Só não podia deixa-lo ir embora novamente... Desculpe-me Mark.

- Não venha com desculpas. – Respondeu. Só quero que seja feliz, e estou meio incapacitado, porém não significa que irei desistir de você, nem que demore cem anos, estarei te esperando. – Disse segurando minha mão.  Pra sempre princesa. – Beijou-a.

Dei um pequeno sorriso, um tanto bobo eu tinha um melhor amigo que se preocupava comigo e que só queria me ver feliz, mesmo que não fosse com ele e foi a melhor coisa que alguém poderia ter me dito.

A enfermeira permanecia ali, anotando sobre as reações de Mark até que apontou para mim.

- Vocês poderiam me dar licença um minutinho? Precisamos dosar ele novamente.

- Claro. – Respondi. Eu não vou embora até receber alta. – Sorri e depositei um beijo em sua testa.

Ele sorriu e lançou um olhar fulminante para James, quando o olhei seus lábios faziam movimentos estranhos ‘’tomara que morra’’ li e o encarei, ele me olhou e logo lançou um sorriso sínico deixando a sala e indo para a espera.

Acompanhei-o tentando não olhar novamente para Mark, a reação dele  não era nada boa quando dosavam ele, ele parecia sentir uma dor imensa e aquilo só me fazia sentir-me mal pela situação que ele passava, por uma parte aquilo acontecera por minha culpa. Entrei na sala de espera e meu pai já estava de pé e ele conversava com James, os dois abriram um sorriso quando me viram passar pela porta.

- Querida. – Disse meu pai.

- Anjo. – Sorriu James.

Andei em direção ao meu pai abraçando-o forte e imaginando o olhar de James para mim, eu o amava, havia o perdoado, porém eu ainda não esqueci o que fizera com Mark.

- Pai, poderia nos dar licença, por favor? – Perguntei.

- Sim querida, qualquer coisa só me chamar. – Soltou-me e caminhou para fora da sala de espera.

Cruzei os braços e olhei rapidamente para James que arqueava uma sobrancelha para mim.

- Olha... – Comecei. Eu te perdoei.

- Eu sei. – Disse.

Bufei.

- Eu te amo, amo muito.

- Eu também te amo muito.

- Porém eu não vou esquecer isso facilmente.

- Eu sei. – Disse. Mas, eu vou fazer de tudo para compensar tá bem? – Disse se aproximando.

Afastei-me lentamente.

- Você disse ‘’tomara que morra. ’’

- Tecnicamente não disse.

- Foda-se. – Bufei.

- Que boca suja. – Riu.

- Que seja. – Disse o encarando.

Ele se moveu rapidamente até mim e me abraçou fortemente.

- Minha pequena. – Depositou um selinho em meus lábios.

- Não é tão fácil. – Bufei afastando-o de mim.

- Não faça isso. – Disse segurando meus braços. Eu errei feio, eu sei.

- Não precisa repetir a mesma coisa, eu sei. – Suspirei.

- Tá bem, foi mal, não digo absolutamente nada.

- OK. – Respondi fria.

Vire-o para mim e envolvi meus braços em seu pescoço tomando seus lábios em um beijo apaixonado e quente, parei quando me faltava fôlego e sorri para ele que me retribuiu com outro sorriso, nesta hora meu pai entrou.

- Atrapalho algo? – Perguntou.

Soltei uma pequena risada.

- Não pai.

- Ah, que ótimo. – Disse encarando James. – Ayra, quero ter uma conversa com você.

- Pode dizer pai.

- A sós. – Encarou novamente James.

- Entendi. – Disse se retirando rapidamente.

- Eu quero lhe fazer uma proposta. – Começou. Para que faculdade você irá?

- West Miller.

Pude ver seus olhos brilharem.

- West Miller? – Perguntou.

- Sim, por quê?

- Perdi tantos anos de sua vida. – Disse colocando uma mecha de meu cabelo para trás.

- Achou que não seria capaz de entrar lá? – Arqueei uma sobrancelha.

- Não, claro que não, sempre acreditei em você. – Sorriu. Por sorte, minha casa mora perto da maioria das faculdades daqui, e West Miller é uma delas... Eu... Se você quisesse filha, poderia vir morar com seu pai.

- Morar? – Assustei-me.

- Ao menos que não queira...

- Eu amaria! – Sorri e o abracei forte.

Tem mais alguma coisa ótima que deveria estar acontecendo neste exato momento?

A enfermeira abriu a porta lentamente e olhou para sua pequena agenda.

- Com licença, a senhorita já pode entrar. – Disse sorridente.

- Irei vê-lo. – Disse ao meu pai.

- Tudo bem. – Sorriu.

Levantei-me e corri para o quarto onde Mark se encontrava, seu sorriso estava amarelo e seus olhos fixados em mim.

- Olá. – Sussurrei.

- Oi. – Disse logo em seguida.

- Está terrível. – Disse.

- Menos elogios, por favor.

Eu ri desta vez, aproximei-me dele e sentei-me ao seu lado.

- Se eu ficar bom até esta tarde me darão alta.

- E irá para casa.

Sua expressão mudou, estava sério e me encarava confuso.

- Para sua casa?

- Para sua casa. – Segurei sua mão. Arriscou-se demais Mark, eu amo você, é meu melhor amigo, nos veremos mais vezes eu te prometo só vá para casa e cuide-se eu não irei poder fazer isto por você nesses tempos. Eu adoraria que ficasse, mas não tem jeito.

- Tudo bem princesa, eu te entendo, então por favor procure na minha mochila em sua casa uma passagem de volta para mim.

- Procurarei.

- Obrigada princesa, eu te amo.

- Também amo você. – O abracei e saí daquela sala.

James me esperava do outro lado.

- Posso te pedir uma coisa?

- Claro.

- Vá a minha casa e pegue a passagem de volta do Mark.

- Com todo prazer.

Revirei os olhos e o senti depositar um selinho em minha boca e sair do hospital.

E agora, como iria contar para ele que iria embora?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Enquete para o novo capítulo, pelo menos respondam por favor :c.
http://www.survio.com/survey/d/E7I6L2K6Z9G7I7Q1I