O Plágio De Uma Bela Melodia escrita por Lilo Lut, Chiharo Sasaki


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer a Taylor Monsem, seja bem vinda florzinhaa, dedico esse capitulo a você.
Boa leitura.



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Segunda-Feira, 15/02 – Luke

            Quando entrei no refeitório, para ir almoçar, percebi que vinha uma garota, em minha direção, com um exemplar do "by Justino", que provavelmente estava recheado de novidades do Sábado anterior. Como numa ocasião daquelas, do tipo “traição escandalosa”, eu estava sempre metido, e a do fim-de-semana não tinha sido uma exceção, eu até já tinha me preparado psicologicamente para ter meu nome estampado na capa daquele jornalzinho de quinta, em negrito, se preciso, dizendo o quanto traíra e medonho eu tinha sido por ter feito tal sacanagem com o Guilherme, um garoto simpático, inteligente, tímido e blá-blá-blá. Mas, quando eu percebi o que realmente tinha escrito naquele projeto de notícia, eu realmente fiquei surpreso. Não era bem o nome Luke que estava chamando atenção na manchete do dia, incrivelmente, não era. Ele não aparecia se quer uma vez na notícia inteira. Só havia coisas sobre morto-vivos e como era chocante o fato do Guilherme ter lançado uma nova teoria que era completamente contraposta a Ciência. Foi aí, então, quando percebi que tinham jogado a culpa toda daquela maldita catástrofe em cima da pessoa mais inocente da história: Alice.                                                                      

Decidi que tinha a obrigação de pelo menos consolá-la por tudo aquilo que o seu próprio irmão tinha escrito, provavelmente a mando de alguém, que logo mais eu descobriria que havia sido da própria japonesa traíra. Sei que se eu não tivesse encontrado a minha amiga a tempo, provavelmente ela teria arrancado todos os fios lisos do cabelo da Yoko, que inevitavelmente, em poucos segundos, teria agido da mesma forma.                                                                   

Como se não já fosse o bastante para aquele dia, uma das pessoas que menos me agradavam no mundo apareceu para “conversar”. E tenho que acrescentar que sua expressão não era nada boa. Muito menos o seu tom.               

- Cecília?! Nossa Luke, nunca achei que ela fizesse o seu tipo.                             - Mal sabia ele que ela se encaixava completamente nos padrões que uma garota me agravada. Mas eu não poderia dizer nada daquilo, já que estava falando era o Peu, seu ex namorado.                                                                                 

- Do que você está falando? – indaguei rapidamente. Será que ele tinha percebido então a maneira em que eu olhava para ela? Achei que eu fosse discreto.                                                                                                                                  

- Não seja tão cínico. Vocês dois, juntinhos, lá no Rockabilly, se divertindo como um casal enquanto sua melhor amiga fazia algo que faria com que ela virasse motivo de chacota para toda a faculdade. Quanta consideração não é mesmo? – espera. De onde ele tinha tirado essa idéia de que eu tinha ido junto com Cecília ao Rockabilly, como um casal?! Eu estava com a Yoko. Sim, e tinha sido com ela que eu tinha ido me divertir. Aquilo não fazia o maior sentido. Mas, como eu estou falando do Peu...                                                                                 

- Olha, seja lá quem te contou essa idéia maluca, não tem nada haver. Eu estava muito ocupado fazendo outras coisas...                                                                   

- PARA COM ISSO LUKE! SEU AMIGO ME CONTOU TUDO – berrou ele, me interrompendo. Mas o que diabos o Peter tinha falado dessa vez?! – QUE VOCÊS DOIS ESTAVAM LÁ! ESPERO QUE VOCÊ SAIBA QUE NÃO VAI FICAR POR ISSO MESMO – completou ele, me dando as costas, para o meu alívio. Ele não era exatamente o que se pode chamar de agradável. No entanto, eu fiquei sem entender nada.                                                                                             

Foi aí então que decidi procurar meu provável amigo fofoqueiro, para que pudesse me explicar o que ele tinha alterado na porcaria da história do sábado à noite. E o porquê da mirabolante idéia que ele teve de ir conversar com aquele marginal, porque, era exatamente isso o que o Peu era. Apesar de ser bastante inteligente, ganhar todos os prêmios de melhor aluno que nossa faculdade tinha a oferecer, ele não passava de um bandidinho encubado pelo aquele rosto de criança chorona que não enganava a seu ninguém. Eu e Deus sabemos muito bem o que ele já aprontou no StarClube nas noites de sexta-feira. E não eram coisas agradáveis.                                                                            Tudo bem, tenho que admitir, eu também não era um dos maiores santos que existia na terra nas minhas noites na famosa casa de show underground da cidade, mas eu pelo menos nunca matei ninguém.

Matheus e sua trupe de amigos, digo Peu, Pedro, Igor, Rafael e o Gustavo, conhecido como Guga, que graças a um grande conhecido meu, Heitor, está bem longe agora, costumavam arranjar inúmeras confusões no estabelecimento e com as pessoas que lá freqüentavam. Não que seja anormal por lá esse tipo de coisa, já que a maioria das pessoas que lá estão é para se meter nesse tipo de dilema mesmo, seja para brigar, ameaçar ou mandar alguém direto para o inferno, se não utilizar certas químicas proibidas. Mas eles agiam de forma que ninguém, ninguém mesmo, a não serem eles próprios, se simpatizava. Tal motivo para o meu espanto de que o Peter tinha conversado alguma coisa com aquele cara. Se eu conheço bem meu amigo, ele não fica a menos de 10 metros de distância dele, por medo mesmo. Peter não é a coragem em pessoa.

Então, foi exatamente por isso que fui atrás dele, para por em pratos limpos toda aquela maluquice de história.                                                                                           Chegando em meu quarto, na faculdade, me dei de cara com ele deitado em sua cama, já que dividíamos o dormitório juntos, com um ar de despreocupado, assistindo atentamente a um filme que passava na TV. Como sempre, suas coisas estavam jogadas pelo quarto, sem nenhum tipo de organização e eu tenho quase certeza de que fazia algum tempo que ele não ouvia a palavra banho, já que o cheiro que pairava pelo quarto não era o que se pode dizer de bom. Era péssimo.                                                                                     

- Peter, você fez algo hoje que normalmente você não faria?                                

- Dei um fora na Penélope – nossa, aquilo realmente era mais incrível do que a resposta que eu estava esperando ouvir – e não estou me sentindo mal. Quer dizer, um pouco, mas acho que não deveria, já que vou me encontrar com a Letícia no final da tarde. Não entendi a pergunta. – além de covarde, tenho que acrescentar que inteligência também não era o seu forte – eu ando fazendo coisas imprestáveis por aí? O que disseram dessa vez?!                                           

- O Peu me disse que vocês andaram conversando e o assunto foi eu estar saindo com a ex-namorada dele... Você tem ainda algum pingo de juízo nessa sua cabeça? Como você fala uma coisa dessa brincando?                        

- Quê?! – ele disse, parecendo bastante surpreso – eu não falo com esse cara, nem sobre tortura. Quanto mais sobre Cecília... Eu dou um enorme valor à minha vida, caso você tenha esquecido.                                                                     

- Foi exatamente isso o que eu pensei. Mas ele disse que meu amigo tinha dito que a gente tinha ido juntos ao Rockabilly, eu e ela, e como minhas opções de amigos não passam de dois e a outra pessoa não é exatamente do sexo masculino...                                                                                                                                 

- Esse cara ta enlouquecendo, se você quer saber. Ele fica criando coisas na cabeça dele e fica pondo a culpa nos inocentes. Eu não posso nem ficar no quarto lamentando o fato da minha querida amiga não estar mais envolvida nos meus planos amorosos...                                                                                         

- Penélope?! Sua amiga?! – não posso esconder que soltei umas gargalhadas com o comentário dele – sempre achei que ela fosse mais que isso...                                                                                                                                                  

- Pois é, mas não é mais. A gente ficou de beijinho, beijinho, e agora nem de abracinho estamos mais. Mas vamos esquecer isso. Angelina deu em cima de tu de novo?                                                                                                           

Foi aí que então começamos a típica discussão de como era incrivelmente bizarro o jeito que aquela garota ruiva olhava para mim e qual era o nível de medo que eu sentia quando ela se aproximava. E não tenho como negar que a minha resposta foi bastante honesta ao afirmar que o estágio para o meu horror já era o máximo. E que se um dia, ele resolvesse passar para o próximo nível, eu ia precisar me internar em um manicômio bem longe.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



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