Dramione - Só Sei Dançar Com Você escrita por Mahizidio


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa a demora para postar, mas eu tinha meio que desistido dessa fic e estava me dedicando inteiramente a "Efeito Colateral", mas resolvi que vale a pena continuá-la e aqui estou com mais um cap.
Muito obrigada por quem está acompanhando e pelos comentários! Espero que gostem desse capítulo! ^-^



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– Sr. Malfoy, o Sr. Zabini está na lareira e quer falar com o senhor, Sr. Malfoy; a elfa doméstica falou apressadamente, enquanto Draco terminava de se arrumar.

– Fala que já estou indo.

Era seis e dez da manhã e Draco – como nos últimos quatro dias – estava quase saindo. Ficaria cerca de quinze minutos sentado no banco do jardim – jardim, do mato mal cuidado – da casa de Hermione. Ele sabia que ela só sairia às seis e trinta, mas não se importava em ficar esperando. Aquele seria o quinto dia e Blaise resolvera atrapalhar sua nova rotina.

Draco desceu até a sala de visitas, desde o dia no qual Hermione esteve lá, ele vinha evitando o lugar. Blaise estava com a cabeça no meio das chamas esverdeadas e assim que viu o sócio entrando começou a falar:

– Que roupa é essa, sua doninha filha da puta? Não sei se você reparou, mas já faz uma semana que você não aparece no escritório; Draco não estava com o costumeiro terno feito sob medida, usava uma calça jeans escura, sapatos quase da mesma cor e uma camisa de um cinza claro sob o cardigã preto, com as mangas levantadas quase na altura do cotovelo. E que merda de história é essa de você estar saindo com a Granger?

– Como você sabe sobre ela? perguntou em tom indiferente, deixando Blás ainda mais irritado.

– Seu elfo me falou, Draco. Agora troca essa merda de roupa e vem para o escritório. Temos sérios problemas.

Mal acabou de falar, Blaise desapareceu junto com as chamas. Pelo tom que o amigo usara, Draco achou melhor não contrariá-lo. Antes, porém, mandou um bilhete à Hermione.

Os problemas não eram poucos, no dia anterior Zabini descobrira um grande desfalque na empresa, além de o principal advogado deles estar afastado por alguma doença muito grave, ainda não identificada.

– Um milhão de problemas para resolver aqui, e você saindo com a Granger! bradou Blás. Faz uma semana que você não aparece, cacete. Muita coisa pode acontecer em uma semana, Malfoy.

– Pode ter certeza de que eu – melhor do que você – sei muito bem como as coisas podem mudar em uma semana; falou sério, encarando o amigo com um olhar pensativo.

– Do que você está falando, Draco? perguntou intrigado, sentando-se na grande cadeira atrás da mesa dele enquanto Draco sentava-se displicentemente no sofá que havia no escritório.

– É uma longa história, e sim, antes que você pergunte, tem a ver com Granger, falou entediado. Inclusive, eu fiquei pensando – durante aquela chatice de reunião...

– Nossa, não sabia que tinha alguma coisa dentro dessa sua cabeça albina, ironizou.

– Cala a boca e me escuta, Zabini. Granger, ela é advogada, não é? Eu não sei, mas acho que ela não está trabalhando, poderíamos contratá-la, pelo menos enquanto o Dr. Ledger está doente. Ela pode ser o que for, mas é boa no que faz. Era, pelo menos, completou em pensamento.

Blaise ficou alguns segundos atônito. Não podia acreditar no que estava ouvindo, ele sabia que o amigo não era o mesmo dos tempos de Hogwarts, mas ai até oferecer um cargo de confiança para Hermione Granger. Não, Hermione Weasley – a mulher que foi casada com uma das pessoas que Draco mais odiou na vida – era demais.

– Acho bom você começar a falar o que está rolando entre vocês dois, Malfoy.

xx

Como já estava perto da hora do almoço, Blaise e Draco foram a um restaurante próximo ao escritório. Draco não queria falar sobre o que estava acontecendo entre ele e Hermione – mesmo porque, nem ele mesmo sabia o que estava acontecendo -, mas sabia que o amigo iria sufocá-lo de perguntas até saber a verdade. Ele não contou tudo o que estava sentindo, como havia falado para Granger, disse apenas os fatos e deixou que Blás os interpretasse como bem entendesse.

Mal despediu-se de Zabini, Draco aparatou em uma rua pouco movimentada perto da casa de Hermione. Xingou mentalmente por ela morar em um bairro trouxa, caso contrário, não precisaria se esconder. Ele não precisou apertar a campainha para saber que Hermione não estava, uma vizinha – que ele julgou muito intrometida e fofoqueira – avisou, em um típico tom alcoviteiro, que ela havia saído bem cedo e ainda não retornara. O ex-sonserino não se deu ao trabalho de responder, lançou um olhar de desdém para a senhora de aspecto atarracado e sentou-se no banco de sempre. Inconscientemente, começou a tamborilar os dedos sobre os joelhos. Já era mais de duas horas da tarde e, pelos cálculos dele, ela deveria chegar às três. Horário que eles haviam seguido à risca nos últimos dias. Começou a se irritar.

Dez minutos. Quinze, trinta. Uma, duas, três horas e nada de Hermione voltar. Ele já havia batido na porta diversas vezes, andou pelo quarteirão. E, mais de uma centena de vezes, se perguntou o que ainda fazia ali. O frio estava ficando cada vez mais cortante a medida que o sol ia se escondendo ao horizonte.

Levantou-se mais uma vez, daria a última volta no quarteirão e se Hermione não estivesse por perto ele iria embora. Assim que se levantou, um típico som de aparatação chegou aos ouvidos dele. Hermione não seria tão displicente ao ponto de aparatar em um lugar no qual pudesse ser vista. Mesmo tendo certeza de que não encontraria quem esperava, virou-se para ver quem estava ali. E Draco não poderia estar mais enganado. Hermione fora displicente e estava ali, na frente dele. O rosto ainda inchado e o cabelo desalinhado anunciavam que ela havia voltado a chorar.

Hermione não percebeu a presença de Malfoy até que ele a chamasse, a poucos passos da porta que ela acabara de abrir.

– O que você está fazendo aqui, Malfoy?, perguntou apoiando-se na porta para encará-lo.

– Ainda não se acostumou com a minha presença, Granger?; falou arrogante e irônico como sempre, mas não gostou do modo como ela havia falado, como se fosse a primeira vez que estivessem conversando.

– Eu já falei mil vezes, Malfoy, eu sou Weasley. E você não respondeu à minha pergunta: o que você está fazendo aqui?

– Cacete, Hermione; ela não esperava por aquilo, ouvir seu nome sendo pronunciado de maneira tão autoritária a fez vacilar. Draco também parou por alguns segundos, a naturalidade com a qual aquele nome saíra por seus lábios - talvez a primeira vez em sua vida - o deixou tonto. Ele respirou fundo antes de continuar a falar, de maneira menos exigente; eu pensei que… Sei lá! Só acho que você deveria ter falado, há quatro dias, que não queria que eu voltasse mais; porque pra mim, quem cala consente.

– Mas… ela não sabia o que falar, não tinha argumentos. E não queria que ele parasse de acompanhá-la, naqueles dias havia sentido como se cada parte dela que morria ao amanhecer, ia se recuperando durante o dia, com alguém cuidando de seus ferimentos. Virou-se entrando em casa, deixou a porta aberta, o que fez Draco a acompanhar. Voltou a falar, tão baixo que ele precisou ficar a poucos centímetros para ouvi-la. Você não apareceu hoje cedo. Tudo bem, você se cansou, não é mesmo? Quem iria querer ficar assim, como babá de uma…

Hermione não pôde completar sua frase, Malfoy a segurou pelo pulso, virando-a bruscamente. Ela encontrou as íris cinzas e todos aqueles matizes tempestuosas funcionaram como imãs para os olhos castanhos - tão simples e monótonos diante da intensidade com a qual Malfoy a olhava. No momento em que encontrou os orbes castanhos, inconscientemente, Draco deslizou os dedos que prendiam com força o pulso de Hermione até entrelaçá-los nos dedos trêmulos dela. Todo o corpo, ainda frágil, de Hermione formigou e sem pedir permissão ao seu consciente as pálpebras se fecharam.

Os dois tinham as respirações descompassadas, Draco sentia o coração martelando contra o peito e assustou-se com a intensidade de seus batimentos. Ele se aproximou mais um passo, o único que ainda os separava. Todos os sistemas do corpo de Hermione a alertavam a parar, mas ela não conseguia ter nenhum pensamento coerente e as únicas coisas as quais ainda conseguia sentir era o perfume que tinha cheiro de canela chegando em seus alvéolos pulmonares e tomando conta de todo o seu sangue. Além do toque macio em sua mão.

Draco respirou fundo, ela cheirava a sabonete de alecrim e cigarro. Uma mistura peculiar, e inevitavelmente viciante. O ar que saia irregular dos pulmões se chocaram ao passo que o loiro aproximava ainda mais seus rostos, também já com os olhos fechados.

E o sinal que Hermione queria - sem realmente querer - soou.

Era a campainha.

Não estavam muito longe da porta e rapidamente Hermione a alcançou. Draco levou o olhar para direção que ela seguira, passando as mãos nos fios loiros como se o gesto fosse dissolver todas as nuvens que rondavam sua cabeça. Não poderia haver pessoa melhor para ter chegado ali: a vizinha inconveniente. Ela esticava os olhos tentando enxergar pela fresta que Hermione havia deixado aberta da porta.

Enquanto a velha continuava a encher o saco, Draco passou observar a casa. Do mesmo jeito que o lado de fora, ali também fora um lugar bem arrumado. Mas, como tudo na vida de Hermione, aquilo também era passado. Malfoy sentiu vestígios do cheiro que o fez ter náuseas na primeira vez que chegou perto de Hermione. Sujeira, bebida, cigarro e alguma coisa que parecia com urina e fezes de gato. Por um momento fugaz ele se perguntou se aquilo seria do gato cor de ferrugem que Hermione tinha na época de escola, mas uma conta rápida de matemática o fez perceber que nenhum gato normal viveria por tanto tempo. Em resposta aos seus pensamentos um gato saiu sabe-se lá de onde e começou a roçar por entre as pernas dele. Não era, definitivamente, o tal gato laranja. Ele era branco e quase não tinha pelos. Que coisa feia, Draco pensou e logo tratou de afastar o bicho. Coitado, para um gato ficar "pedindo" carinho para qualquer um, é porque ele deve estar muito largado. Desviando o gato de seus pensamentos, Draco voltou a prestar atenção no lugar.

A sala era bem espaçosa, dividida em dois ambientes: sala de jantar e estar. Ele não pôde prestar muita atenção, já que Hermione acabara de dispensar a vizinha e entrava novamente em casa. Mas ele pôde perceber que a casa tinha proporções completamente... desproporcionais. Ele voltou-se para ela:

– Granger... falou cansado, sabia que aquele seria mais um dia difícil.

– Vai embora, Malfoy. Sai daqui. Sai da minha vida!, a voz embargada denunciava toda fraqueza que ela vinha sentindo. Não esperou que Draco saísse, subiu as escadas, deixando-o lá.

Ele estava encostado nas costas de uma poltrona e deixou-se escorregar até o chão, não se importando com a camada espessa de poeira que tinha ali. O que estou fazendo com a minha vida? foi o que ele pensou ao apoiar o rosto entre as mãos. Fazia quase catorze anos desde o fim da última Guerra e uns dez desde de que ele tinha dado um rumo à vida. Lógico, ainda não era visto com bons olhos por toda sociedade bruxa, mas todo o esforço que fez para voltar a ter uma vida digna não foi em vão. Além do fato de pertencer a duas das famílias mais importantes do mundo bruxo ter ajudado. Não importava se as famílias Black e Malfoy estavam enfiadas até o pescoço com as artes das trevas, as pessoas eram hipócritas e ainda respeitavam aqueles nomes.

Há nove anos havia conseguido recuperar todo o dinheiro da família, tudo o que pertenceu a sua mãe, Bellatrix e a Lúcio. Tinha até oferecido uma parte dele à Andrômeda, mas a tia disse que não queria dinheiro vindo de tanta sujeira. Não se importou, mais ouro para lotar o cofre dele. O que pertencia a Sirius, ele sabia, estava com Potter, então não se preocupou – não que ele realmente fosse considerado da família, mas como se tratava de dinheiro... Levou exatos seis anos para tudo voltar ao normal. Draco passou um terço desse tempo em Azkaban, não teriam como deixá-lo por mais tempo. Graças à Veritaserum, Lúcio deixou bem claro que o filho fora obrigado a fazer tudo o que fez e ele, quando fora interrogado, confirmou o que o pai havia dito.

Mais uma coisa para a qual o nome ajudou. A família Malfoy foi uma das primeiras a ser julgada. Obviamente pelo grande envolvimento com Voldemort e não pela porra do prestígio de ser um sangue puro de família respeitada. Muitos ficaram vários anos presos para depois serem julgados e descobrirem que eles eram inocentes. Os dois piores anos da vida de Draco; ele ficou imaginando como teria sido se os dementadores ainda guardassem a fortaleza de Azkaban. Seu pai com certeza merecia apodrecer naquele lugar.

Dois anos em Askabam, mais dois para recuperar os tão preciosos galeões da família, outro no qual ele abriu a sociedade com Blaise. E um último para que os vestígios da Guerra ficassem apenas na memória das pessoas.

Já fazia seis anos. Seis anos de uma vida estável, com tudo que ele sempre quis: dinheiro, conforto, mulheres e certo respeito. Mas agora ele estava ali, sentado no chão empoeirado da casa de Hermione Granger. E, por Merlim, aquele lugar estava um nojo! Ele podia apostar que a casa não via qualquer limpeza há vários meses. Ele precisava conversar com Hermione, fazê-la entender de uma vez por todas que ele só queria ajudar. Levantou-se e, antes de procurá-la, daria uma olhada na casa.

Havia dois sofás e uma poltrona na sala, os sofás eram de três e quatro lugares. No meio do ambiente tinha um grande tapete com desenhos aleatórios que combinariam perfeitamente com Luna Lovegood. Talvez tenha sido presente de casamento, pensou. Uma mesa, que deveria ser de centro, estava puxada para o sofá de três lugares – o qual era fundo no lugar do meio, provavelmente o único que era ocupado, já que os outros estavam empoeirados. Pelo estado de Granger, ele deveria imaginar que encontraria algo do tipo; sobre a mesinha havia um copo sujo, uma garrafa de Chivas Regal– como bom apreciador que era da bebida trouxa, sabia que aquela era uma das garrafas mais caras de Whisky - estava pela metade. Mais três long neck de marcas diferentes de cerveja (das quais ele só conhecia uma: Heineken. E não fazia ideia se as outras duas, Stella Artois e Tuborg, eram boas; para ele nenhuma seria, não havia gostado quando experimentou.) ajudavam a entulhar a mesa que ainda tinha um maço de cigarros, um cinzeiro com no mínimo vinte guimbas e um controle de televisão. Ainda naquele ambiente da sala havia uma estante que chegava até o teto, ela ocupava quase toda a parede de frente para os sofás e pelo menos metade da do lado direito a eles. E ela era... era arredondada onde as duas partes se juntavam. Que coisa mais estranha, pensou o loiro. Aquela era casa de Granger, portanto era essencial a presença de livros e a estante estava repleta deles, dividindo espaço apenas com uma televisão tão grande quanto uma televisão pode ser e um aparelho que ele achou conhecer como qualquer coisa que tocava músicas. E em um consolo sob a janela, ele pôde ver mais um maço de cigarros, várias moedas trouxas espalhadas e uma quantidade considerável de porta-retratos.

Antes de subir a escada, Draco deu uma olhada para a sala de jantar. Na parede ao fundo havia uma lareira entre dois armários repletos de bebidas, a maior parte das garrafas já quase vazias. Uma mesa absurdamente grande para caber na casa estava ali; Malfoy teve certeza que aquela casa era magicamente ampliada – e com proporções muito estranhas. Ele também se lembrou que aquela era a casa de um Weasley e pela quantidade na qual eles são, eram, com certeza precisariam de mesas muito grandes. O que até era bom, já que ela estava entulhada com todo o tipo de coisas, as quais definitivamente não caberiam em uma mesa normal.

Ele subiu cauteloso, não queria assustar Hermione.

A parte de cima era tão excêntrica e cheia de poeira como a de baixo, além de que parecia um labirinto. Ele abriu a primeira porta que viu, era um escritório. Assim que entrou o nariz dele começou a coçar e ele espirrou várias vezes seguidas. Se a casa não via uma faxina há meses, aquele lugar não via há anos. Draco imaginou que aquele seria o escritório de Ronald e provavelmente a última pessoa que entrara ali fora o próprio.

O ambiente era rodeado por estantes cheias de livros. Na mesa quase não dava mais para identificar o que era cada objeto, mas ele pôde ver que ali também tinha vários porta-retrato, alguns pergaminhos, penas, tinteiro, um jornal – talvez do dia no qual Weasley morrera – e um notebook, que ele só sabia o que era porque Blás praticamente o obrigara a comprar um.

Draco se aproximou da mesa e, com um aceno da varinha, limpou a poeira que cobria as fotos. Ele não soube o porquê, mas um arrepio percorreu o corpo dele quando viu Hermione naquelas imagens – algumas que se mexiam, outras paradas. A maioria da época de Hogwarts, nas quais ela e Rony eram apenas amigos. Uma do casamento e ainda mais duas nas quais toda família Weasley estava reunida. Ele fez o mesmo feitiço de antes e limpou o bloco de pergaminhos que tinha sobre uma prancheta; tinha algo, em uma caligrafia delicada, escrito ali. Ron, minha mãe me pediu para eu passar na casa dela hoje. Então devo chegar mais tarde. Já estou com saudades. Te amo! Mione. Não, Hermione provavelmente fora a última pessoa a entrar naquele lugar, e o Weasley nunca leu aquelas palavras. E agora quem estava ali era ele, Draco Malfoy. Ele sentiu-se mal por estar ali, invadindo um lugar que não era dele. Mas logo pensou que Hermione havia feito a mesma coisa, sem ao menos saber, dentro dele.

Draco saiu pela outra porta que havia no escritório, e se viu em um tipo da hall com mais uma estante cheia de livros e duas portas. Escolheu uma delas e finalmente encontrou Hermione.

Da porta, ele não conseguia vê-la, mas o choro dela era inconfundível. O quarto era bem grande e provavelmente o único cômodo da casa que estava limpo. Ela estava debruçada na cama, abraçada a um travesseiro, o corpo inteiro tremendo. Ele aproximou-se devagar; Hermione percebeu que ele estava ali e disse entre soluços:

– O que você ainda está fazendo aqui?

Ele não respondeu, sentou-se na beirada da cama e, meio cauteloso, tocou-lhe no rosto, tentando, inutilmente, secar as lágrimas.

– Eu estou tentando, sabe? Eu estaria mentindo se falasse que estou fazendo isso só por você. Afinal, não é o que dizem por aí, "Você é um Malfoy, Malfoys nunca fazem nada sem receber algo em troca."; deu uma rizada nasalada. As pessoas estavam certas... É a última vez que eu vou tentar, Granger. Se você me mandar ir embora, eu vou. E pode ter certeza que eu nunca mais vou "infernizar" sua vida, como gosta de dizer. Mas se você me deixar ficar, vou fazer de tudo pra que você fique bem.

Ele não esperava por uma resposta imediata, ela nunca respondia mesmo. Mas ela o surpreendeu; sentou-se de modo indiano e limpou o rosto de qualquer jeito antes de falar:

– Eu quero que você fique. Nesses últimos dois anos foi como se nada mais fizesse sentido, e nessa última semana você fez com que eu me sentisse, no mínimo... bem; parecia que ela sentia vergonha de admitir aquilo, desviou o olhar de Draco para uma foto na cabeceira da cama. Você me fez ver o que todas as pessoas próximas de mim tentaram por tanto tempo. E isso chega a ser até errado, porque foram eles que sempre me ajudaram com tudo, e eu ouvi você, quem nunca se importou comigo, mas que de uma hora para outra entrou na minha vida e meio que mudou tudo. Quase como uma luz no fim do túnel, sabe?

Draco assentiu e deu um sorriso vitorioso.

– Sabia que você ia perceber que eu sou a melhor opção, Granger.

– Por Merlim, você é ridiculamente arrogante e desprezível, respondeu revirando os olhos.

– Você me deixa até constrangido com todos esses elogios, Granger; disse levantando-se. Vem, você precisa dar um jeito nesse lugar, está um nojo.

continua...


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Notas finais do capítulo

E ai, gente, o que acharam? Eu, sinceramente, achei que ficou meio cansativo, mas enfim, eu tinha que contar sobre como o Draco está e tal. E esse quase beijo, hein!?! Haha
A fic não está betada, então desculpem qualquer erro que tenha ficado.
E enquanto eu não atualizo aqui, deem uma passada em "Efeito Colateral"! ;D
Comentários?
Bjs e até o próximo cap! *-*



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