Diabolic Lover escrita por Marie Lolita


Capítulo 3
03 - Irei te afogar na água benta


Notas iniciais do capítulo

Acho que serei a responsável por algumas mortes de ataque cardíaco, pois estão ficando ansiosos demais pela continuação; Espero que vocês aparentemente esse capítulo e se apaixonem pelo Ian e vibrem com a Marie.



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      É ele! O vampiro pervertido!

     – SEU VAMPIRO PERVERTIDO, EU VOU TE MATAR COM UMA ESTACA NO CORAÇÃO! – grito sem me importar que todos do café ousam.

     Parto para cima dele com as mãos prontas para estrangulá-lo. Meu corpo vai com violência em sua direção e o impacto da minha raiva faz com que o corpo dele vá para trás, quase batendo na mesa.

      Meu plano é frustrado quando ele agarra meus pulsos com apenas uma das mãos e os aperta forte, sem conseguir conter, um gritinho de dor escapa entre meus lábios.

      Elevo meu olhar para encarar as duas pedras azuis celestes que são os olhos dele e fico com mais ódio quando vejo uma faísca de divertimento em seu olhar.

      – ME SOLTA, SEU VAMPIRO PERVERTIDO! – grito. – Eu vou te afogar na água benta, seu desgraçado! – digo, me contorcendo para conseguir me libertar.

      – Marie, se acalma. Todos estão olhando para a gente – diz Cassie baixinho, para que só a gente possa ouvir.

      Eu paro de me debater e olho sutilmente ao redor, vendo vários pares de olhos direcionados em nossa mesa, como se fizéssemos parte de um reality show.

       No mesmo segundo meu peito se aperta, minha garganta se fecha, a respiração fica ofegante e desproporcional, fazendo com que eu perca a força no corpo, só não desabo no chão porque a mão de Ian ainda está segurando meus pulsos.

       O mundo todo roda ao meu redor e vejo somente alguns borrões que não consigo distinguir, mas sinto quando o aperto nos meus pulsos se afrouxa e ele me força a sentar em uma cadeira.

       – O que está acontecendo com ela? – ouso uma voz lá longe perguntar, enquanto tento me forçar a respirar.

      – Ela está tendo um ataque de asma – alguém responde, imagino que Cassie. – Ela precisa da bombinha de ar, rápido.

      – Ótimo, mas onde está essa merda?

      – Bolsa... bolso da... frente – digo com muito esforço.

      Não consigo mais me forçar a colocar ar para dentro dos pulmões, minhas vias áreas se fecharam por completo. Sinto meu peito subir e descer em menos de um segundo e minha visão começa a ficar escura, junto com a agonia de estar sendo sufocada que piora a cada instante.

       – Ian, vai logo – alguém fala.

       – Achei.

       Um objeto é colocado entre meus lábios e é expelido um jato frio, que no mesmo segundo me obrigo a respirar. Fico nessa tortura por cinco minutos, até que minha visão está um pouco melhor, mas ainda respiro com a ajuda da bombinha. Pego a pequena bombinha de ar das mãos de Ian e fico pressionado o jato.

       – Que merda aconteceu aqui, Ian? Você a conhece? – indaga Charles.

       – Não, não a conheço – ele mexe a cabeça de um lado e para o outro, para afirmar sua negativa.

       Mentiroso de uma figa, penso, um pouco melhor, mas com o ódio subindo a cabeça.

       – Se não a conhece, então por que ela te atacou? A Marie não é o tipo de pessoa que se engana facilmente, principalmente em relação a essas coisas – Cassie levanta uma sobrancelha, que é coberta por sua franja reta e coloca as mãos nos quadris.

       – Não sei. Ela pode ter me confundindo com alguém parecido.

       – Pare de mentir Ian. Admita que você atacou a Marie em um beco e quase a estrupou! Admita! – Cassie quase gritou sua acusação, o que me deixou surpresa, pois ela é o tipo de pessoa que nunca perde a compostura, em nenhuma situação.

       – Você fez isso mesmo Ian? – Charles pergunta incrédulo.

       – Claro que não, Charles! Eu nunca faria isso com uma garota, você me conhece!

       – Já não sei se conheço mais – Charles fala baixinho, mas todos nos escutamos.

       – Está mesmo duvidando de mim? – Ian se volta para ele com o olhar cheio de ódio e dor.

       Cansada de só ver aquela discussão sem fazer absolutamente nada, eu me levanto da cadeira e pego a minha bolsa em cima da mesa.

       – Chega. Eu me cansei dessa discussão toda. Vou embora – digo, já guardando a minha bombinha na bolsa.

       – Mas Marie você...

       – Tudo bem Cassie. Ian deve estar certo, eu devo ter o confundido com outra pessoa, isso acontece. – Fico de frente para a pequena garota oriental e pego suas mãos entre as minhas. – Me desculpe por acabar com o seu encontro e... hum... por chamar tanta atenção – olho ao redor, vendo que as pessoas ainda estão de olhos na gente, algumas até assustadas. – Eu vou para casa, antes que o gerente apareça. Preciso de um copo de chá gelado e um livro. Falo com você mais tarde.

       Voltei a minha atenção para os garotos que estão com um olhar perplexo olhando para mim. Eu olho para Charles, vendo o quanto ele está abalado com a situação e seus lindos olhos azul gelo assustados.

       – Me desculpe por estragar tudo – meus olhos não encontram os de Ian. Eu não tenho coragem de encará-lo, pois sei que se fizer vou agredi-lo novamente, até conseguir que ele cuspa a verdade, mas Cassie não merece tudo que fiz, por isso não devo piorar a situação.

       Mesmo ainda um pouco tonta e ofegante, eu finjo que está tudo bem, pois não tenho o direito de preocupar mais ninguém com a minha situação. Cassie me acompanha até o meio fio da calçada e espera até que um táxi pare e ela informe o endereço.

       Meu sangue ferve em minhas veias, pois eu sei a verdade, e a verdade é que Ian Christopher me atacou e negou descaradamente o que fez. Sei disso porque é o mesmo cheiro almiscarado que senti no beco, a mesma pegada que me prendeu entre a parede. Tudo indica o óbvio, mas por consideração a minha prima, eu decidi que só por hoje vou fingir que estou enganada, mas isso não quer dizer que não vou caçá-lo até os confins do inferno se for preciso.


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Notas finais do capítulo

GEEEEENTE ELA ATACOU O IANZINHO! Quer dizer, tentou, mas o que será que acontecera agora? Não sei. Vamos esperar e ver
Beijinhod com açúcar



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