Summer Paradise escrita por CrisPossamai


Capítulo 9
Summer Paradise!


Notas iniciais do capítulo

Mesmo que inesquecível, todo o verão chega ao fim. E agora como, simplesmente, seguir em frente?



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Quinn sente o corpo despertar aos poucos, tateia a cama as cegas e não se surpreende ao encontrar o outro lado vazio. Normalmente, Matt se levantava mais cedo e já se aprontava para mais uma manhã dentro da água. Contudo, aquela quarta-feira prometia ser diferente. Ela apura a audição para descobrir a origem do som e sorri involuntariamente. Os olhos, enfim, se abrem para o mundo e para o rapaz sentado no chão com o pequeno instrumento em mãos.

_ Não há uma combinação de palavras que eu poderia colocar no verso de um cartão postal. Nenhuma canção que eu poderia cantar, mas eu poderia tentar pelo seu coração...Nossos sonhos, eles são feitos de coisas reais... Amor é a resposta para a maioria das questões no meu coração. Por que estamos aqui? E para onde vamos? E por que é tão difícil? Não é sempre fácil e às vezes a vida pode ser enganadora, mas, vou te dizer uma coisa... É sempre melhor quando nós estamos juntos... – Matt cantarola a canção Better Together, de Jack Johnson.

_ Manhã ruim pra o surfe? – ele balança a cabeça despreocupadamente a arranca outra nota musical encantadora do ukelele. – Me ensina?

Quinn sempre fora apaixonada por música. Na infância, adorava as aulas de piano. Entretanto, ao aderir ao Clube Glee admirava a facilidade com que Noah Puckerman tirava lindíssimas melodias do violão. A barulheira de Finn na bateria poderia ser ritmada, só que não soava com a mesma desenvoltura e harmonia. Durante a gravidez, o bad boy praticamente circulava com o violão sempre a postos para acalmá-la com alguma canção favorita ou lição de afinação. Não poderia negar que o rapaz tentava ser paciente e lhe explicar dezenas de vezes a mesma seqüência de acordes. O problema é que grávidas dificilmente estão em seu melhor humor e as aulas se encerravam com gritos ou discussões estúpidas. Após abandonar a casa da família Puckerman, ela decidiu evitar qualquer proximidade com o instrumento de cordas. Nem mesmo o rápido envolvimento com Sam lhe libertou das lembranças mais complicadas. Pelo menos, não até aquele momento. O ukelele era uma espécie de violão havaiano e exalava um som totalmente próprio e original. Somente por essa sutil diferença, a loira achou que poderia abrir uma exceção. Afinal, ainda era verão e estava na Califórnia.

_ Ei! Isso foi bom...Você tem noção dos acordes, só falta a pratica mesmo! – o negro se anima com o rápido progresso da aluna.

_ Você disse a mesma coisa sobre o surfe! – ela contesta e se apodera do instrumento.

_ Quase... Eu disse que você tem estilo, mas ainda não consegue se firmar em cima da prancha. É bem diferente, Fabray!

_ Não mesmo. É a mesma coisa! – ele tomba a cabeça para trás e ri alto da teimosia dela – Deixa para lá... Afinal, são seis da manhã... E eu suspeito que você já tem o dia todo planejado, não é? – a loira passa os dedos pela corda e o som sai quase afinado.

_ Pela primeira vez no dia, você ta certa! – ele se levanta e se estica a fim de espantar a preguiça do corpo.

Meu coração está afundando

Conforme eu vou me levantando

Acima das nuvens para longe de você

E não posso acreditar que estou indo embora

Oh, eu não sei o que vou fazer

Pela primeira vez no dia. Pela primeira vez em seu último dia, Quinn acordava para seu último dia na Califórnia e não poderia estar mais confusa. Mike e Tina já estavam se servindo do café da manhã, quando ela e Matt resolveram sair do quarto. A visão do amanhecer na beira-mar já era considerada normal. Contudo, a presença de todos em uma manhã de mar ruim só poderia confirmar as suas suspeitas. Algo estava sendo armado para as suas últimas horas no balneário. Não haveria de ser nada grandioso, nem deveria. Ao alcançar o local ocupado pelos amigos, Matt fez a sua jogada tradicional: se livrou da camisa, do boné e correu para a água. Nesse instante, ele puxou Quinn pela mão para correr ao seu lado só porque era gostoso correr na areia. A água praticamente morna faz valer à pena a insanidade antes mesmo de o dia iniciar apropriadamente. De repente, os adolescentes estavam dentro do mar, rindo, agitando, gritando uns com os outros e fazendo idiotices próprias de suas poucas idades.

O almoço na lanchonete pode ser definido por qualquer palavra, exceto tranqüilo. Matt e Charlie se desdobraram para atender ao número assombroso de turistas sem esquecer dos pedidos dos amigos. Uma refeição nunca rendeu tantas risadas à garota de Ohio. Ninguém tinha mencionado a sua partida imediata e não poderia estar mais grata por isso. Sentimento que muda totalmente ao ouvir os planos para a tarde. Invadir uma casa para tomar banho de piscina? Aquelas pessoas só poderiam estar malucas!

Mas um dia, eu vou encontrar meu caminho de volta

Para onde o seu nome está escrito na areia

(Marcado em meu cérebro)

_ È a nossa tradição de verão. Mike passou por isso no ano passado e sobreviveu. – recorda o garoto mais tímido do grupo.

_ Espera! Você invadiu uma casa no ano passado? Por que não me contou? – questiona Tina, contraditoriamente, empolgada.

_ Não sei... Fiquei com medo do que você poderia pensar! – ele dá de ombros.

_ Sério? Eu acho isso legal, muito legal! Te daria um ar perigoso. Você seria ainda mais irresistível, Mike! – a menina sela os lábios do namorado.

_ Oh! Você não disse isso, né? – a loira revira os olhos – Vocês já foram pegos alguma vez? – os rapazes se apressam em negar a possibilidade.

_ Honestamente, sim... – Aylin toma a dianteira – Há três anos, na primeira vez que o Matt fez isso, o dono da casa flagrou a gente e saímos correndo... Mas, eu esqueci os óculos escuros na casa... E quase me desesperei quando percebi... Eu teria perdido os óculos caríssimos da minha mãe, dá pra imaginar? Charlie voltou e foi pego bem na hora. – ela revela a trajetória.

_ Essa história é hilária! Ela chorou o fim de semana inteiro porque achou que o Charlie tinha sido preso. – debocha Lily.

_ Você não esquece disso, né? – a garota turca reclama e é consolada pelo namorado – E eu praticamente surtei quando encontrei o Charlie no primeiro dia de aula.

_ O que você quer dizer? – questiona a asiática, ainda colada ao dançarino.

_ Ela me beijou. Nosso primeiro beijo, não é querida? – o rapaz mais alto da turma passa o braço pelos ombros dela e beija a sua bochecha.

_ Mas, você disse que fariam um ano de namoro? Então, não estão juntos desde esse beijo, certo? – a loira faz as contas e acerta a suspeita de início turbulento.

_ Vocês vão mesmo repetir isso pela milésima vez? Lá vamos nós! – desdenha Michael sendo estapeado por Nellie pela indelicadeza com os amigos.

_ Não, nosso começo foi bem complicado... Aquele foi o nosso primeiro beijo, meu primeiro beijo desde sempre. Mas, me sentia mal por ter feito isso sem certeza do que tava acontecendo... E ainda tivemos o problema Marissa! – ela olha furiosa para o rapaz.

_ UAu! Isso foi há dois anos e você ainda se irrita, Aylin? Céus! Você me beijou e me ignorou por semanas. Eu tentei seguir em frente!

_ Yeah! Seguiu em frente colocando a língua na garganta daquela insuportável da Marissa! – rebate Nellie e o garoto cruza os braços indignado.

_ Por que estamos falando disso de novo? Podemos resumir, por favor? Esses dois teimosos só foram se acertar no outro verão. Felizes? – Lily se atém pouco aos fatos.

_ Isso pareceu bem tenso... Acho que é assim para todo mundo, né? – Quinn Fabray comenta e recapitula as próprias idiotices românticas.

_ Deve ser mesmo. Afinal, aqui ou em Ohio sempre confundimos ou estragamos as coisas com namorados, melhores amigos, hidromassagem... – Matt solta e traz átona a mentira sobre a identidade do pai de Beth. Tike gargalha alto, Quinn sente o rosto corar e ninguém mais entende o contexto da situação.

_ Isso porque você não sabe do resto da história. Matt. O segundo e o início do terceiro ano foram um verdadeiro campo de guerra, certo vadia? – Tina levanta o histórico ruim da loira e recebe uma olhada nada amigável.

_ E eu estava triste porque vou embora amanhã. Vocês realmente facilitaram as coisas para mim! – comenta a garota levemente irritada até ser envolvida pelos braços de Matt.

_ Não diga isso! Nós combinamos de não dizer nada! – Aylin revela o pacto.

_ Não arruíne as boas vibrações para esta tarde, Fabray! – Charlie aproveita para zoar com a visitante.

Porque eu lembro de cada pôr-do-sol

Eu me lembro de cada palavra que você disse

Nós nunca iríamos dizer adeus

Cantando la-ta-ta-ta-ta

O negro dá de ombros e a puxa pela mão para fora do estabelecimento comercial. Ainda teriam que achar uma casa de ricaços e o tempo não poderia ser gasto a toa. O outro lado da praia para tentar invadir. A ideia era bizarra, mas, Quinn tinha que concordar que o perigo tornava tudo incrivelmente divertido. A caminhada dura pouco mais de dez minutos e o bairro da alta sociedade do balneário poderia humilhar algumas mansões de Hollywood. Quinn tinha notado as impressões adversas na primeira vez que os jovens californianos pisaram no prédio de Frannie. A opção pela beira-mar se daria a paixão pelo surfe e pela gratuidade em freqüentar o local. Como Lily brincara no primeiro contato, e mesmo o ingresso de Matt a universidade só ocorreu pela conquista de uma bolsa de estudos. Por tantos detalhes, a loira compreendeu a tradição de verão. Nada mais do que uma brincadeira, um acerto de contas com as pessoas que lotavam a praia mais nuca seriam um deles. Os eternos haules. Michael para diante de uma mansão, analisa o portão de altura mediana e grita chamando a atenção de todos.

_ É esta casa!

_ Por que essa casa? – questiona Matt.

_ Por que é a casa do patrão do meu pai e sei que não tem ninguém aqui.

_ Casa do patrão do seu pai? Tem certeza? – Charlie se preocupa com futuras complicações.

_ Yeah. É a casa do idiota do chefe do meu pai e a família doa cara só usa nos fins de semana, acreditam? Além disso, eu conheço bem esse lugar. Vamos lá, galera!

O garoto pega impulso, se firma e supera a cerca. Simples. Matt e Mike auxiliam o avanço das garotas e são os últimos a saltar o obstáculo. A primeira impressão é que a residência é de tirar o fôlego. Outro detalhe era que a informação do mesmo Michael estava correta. Tudo indicava que a casa estava desocupada há algum tempo. Charlie e Mike são os primeiros a pular e aprovam a temperatura da água. Tina, Aylin e Lily se entreolham e se jogam sem sequer raciocinar. Nellie se recusa a entrar até ser empurrada pelo namorado, ainda obcecado em fotografar cada detalhe da diversão. Já Matt corre, pega impulso e executa uma acrobacia antes de cair na piscina. Quinn posa para mais um registro do garoto e se joga na água.

Diga-me como voltar

De volta ao paraíso de verão com você

E eu estarei lá em uma batida do coração

(120 passos por minutos, garota)

Mergulhos, tombos, trapalhadas e piadas gastam a primeira hora da pequena quebra da lei dos adolescentes. De repente, Michael some dentro do pátio e os amigos temem em chamá-lo para não atrair o interesse dos vizinhos. Do nada, Michael berra cuidado e saca uma bola de vôlei na direção da piscina. Lily sai da água e corre para pegar o objeto, que aterrisou no gramado. A jovem mais sarcástica da Califórnia joga a bola,  Charlie recepciona de manchete, Aylin se estica toda para normaliza o passe, Tina toca de leve e Mike só tem o trabalho de conduzir a bola para a continuidade da brincadeira. Matt escapa da cortada venenosa de Quinn e tem o bom humor de debochar da pontaria. A loira resmunga qualquer coisa e empurra água para cima do negro, que lhe abraça e distribui beijos em seu rosto. O casal é alvejado por tiros de água por todos os lados e logo, a guerra se instaura. Saltar para espalhar água, mergulhar para puxar os inimigos para baixo da superfície e muita algazarra antes que o inevitável se concretizasse oficialmente. Mike tem a brilhante ideia de colocar a namorada nos ombros para que o bloqueio se tornasse imbatível. Do outro lado, Charlie e Matt seguem o exemplo e Quinn e Aylin ficam mais altas. Poucos lances ocorrem o jogo volta a sua normalidade.

Quinn, Tina e Aylin decidem respirar um pouco e aproveitar as divinas cadeiras para pegar sol. O trio de respectivos namorados se encara com um plano maligno em andamento. Os três rapazes se jogam na piscina ao mesmo tempo e o aguaceiro respinga para todos os lados. Michael, Nellie e Lily se divertem da briga épica. Pelas cinco horas, o susto que interrompe a folia na casa alheia. O telefone toca no interior da residência, o alarme do local dispara e todos correm para apanhar seus pertencentes e dar o fora dali. A saída desgovernada só se encerra na segurança da praia. Michael e Matt rolam na areia de tanto rir ao flagrarem as expressões apavoradas do restante do grupo. Lily é a primeira que reúne fôlego e lógica para verbalizar a situação.

Minha alma está ferida, as ruas estão congeladas

Eu não posso impedir que esses sentimentos se misturem

E eu daria mil dias, apenas para ter mais um com você

_ Mas, que diabos aconteceu? Achei que íamos ser pegos no flagra. No próximo ano, eu escolho a casa!

_ Isso foi incrível! A melhor invasão de todos os tempos! – o negro comemora ainda se recuperando da fuga.

_ Eu nunca pensai que iria fazer algo tão louco... Mas, eu confesso que foi muito divertido! – reconhece a loira já nos braços do surfista.

_ Divertido! Eu nunca corri tanto na minha vida! – confessa Mike ainda com a respiração irregular e a mão no peito. O batimento estava desregulado.

_ Yeah! Se você corresse assim nos jogos de futebol, não teríamos feito aquele vexame no segundo ano... – corneteia o melhor amigo. – Uma vitória na temporada!

Todos caem na gargalhada de novo e Charlie conta que nem o patético time da escola tinha feito tanta vergonha no Campeonato Escolar. Quinn ri das histórias narradas pelos amigos da Califórnia, escuta pacientemente os planos de Mike para Chicago, sorri aos relembrar as próprias loucuras no último ano do Mckinley Hill e se pergunta como poderia se afastar daquelas pessoas a visualizar a obra de arte produzida por Matt Rutherford. QUINN FABRAY escrito em letras garrafais na areia.

A vida real pode esperar,

Estamos quebrando como as ondas

Estamos brincando na areia, eu e você, garota

Segurando sua mão
 

_ Para que você possa ver amanhã de manhã do avião. – ele comenta simplesmente ao dar de ombros.

_ Não acredito que eu to mesmo indo embora... – a loira lhe retribuiu com aquele sorriso poderia lhe quebrar por dentro tão facilmente.

_E eu não acredito que eu tenho que me despedir depois de tudo isso... – ele a puxa para um abraço – Isso foi maravilhosamente louco.

_ Na primeira semana, eu te agradeci pelos dias que viriam... Agora acho que seria muito pouco dizer obrigada por todos esses dias... – a loira envolve o pescoço dele com as mãos.

_ Não, não precisa nada disso. Aylin diz que você é tipo uma super-heroina e eu preciso concordar com isso. Você é incrível, Quinn. – o rapaz descansa a sua testa na dela.

_ Isso... Vocês... Você fez desse o melhor verão de todos, o que eu poderia dizer?

_ Bom, você poderia voltar um dia... Algum dia...

_ Pode contar com isso, Matt. Um dia...Um dia de cada vez, certo?

_ Yeah... Não seja uma estranha, ta? – ela sorri e gesticula afirmativamente com a cabeça. O rapaz corresponde ao sorriso, oferece a mão, lhe puxa para o abraço e acaba em mais um beijo. Definitivamente, o último beijo do verão.

Por que um dia, vou encontrar meu caminho de volta

Para onde o seu nome está escrito na areia

Traga de volta, traga de volta, rebobine!

Quinn evita o elevador e prefere a lentidão das escadas. Seis andares para colocar a cabeça no devido lugar e compreender que namoro de verão não significaria nada. Namoro de verão não chegaria nem a próxima estação. Era nisso que ela queria acreditar, era nisso que ela teria que se apegar. Abrir a porta e encarar a irmã já com a expressão saudosa foi suportável. Escutar o cunhado Walden assegurar que sempre seria bem-vinda fora agradável. A parte complicada foi se deitar e não encontrar qualquer resquício de sono na última noite na Califórnia.

O estridente toque musical não lhe assustou por volta das seis da manhã. Não, Tina não lhe ligaria antes do sol raiar. Não, ela não correria para a praia e resmungaria pela excesso de sono sendo confortada pelos braços de Matt. Não, não teria nem a oportunidade de reclamar da temperatura da água ou de qualquer outra coisa sem importância. Ao invés disso, Frannie levaria a irmã caçula ao aeroporto para o embarque para Ohio. Quinn admira a vista do luxuoso apartamento por mais alguns minutos e acha justo responder o SMS de Kurt. O rapaz queria confirmar o horário de sua chegada para combinar algo com os amigos “presos” no marasmo de Lima. Blaine, Artie, Sugar e Joey estavam ansiosos para ouvir tudo a respeito das aventuras em Los Angeles e a ensolarada Califórnia. A mensagem de texto é enviada e, imediatamente, o sorriso de culpa lhe preenche. Àquela hora, o jovem ainda deveria estar sonhando.

A irmã mais velha a chama para o café, afinal, o vôo sairia em poucas horas. Frannie faz questão de dirigir pela orla e ri da expressão zangada estampada na cara da caçula. O grupo estava lá, no mesmo local da praia. De relance, Quinn reconhece Aylin, Tina e Lily pegadno sol e mais ao longe, visualiza o que deveria ser as silhuetas de Matt, Nellie, Mike, Michael e Charlie flutuado no oceano a espera da onda perfeita. Certamente, ela sentiria falta disto. Sentiria falta daqueles rostos.

Lembro-me da primeira vez em que nos beijamos (eu me lembro)

Como eu não queria deixar seus lábios

E como eu nunca me senti tão alto (tão alto)

Cantando la-ta-ta-ta-ta

Nove e meia. Hora de embarcar. Matt Rutherford perde a paciência com as sucessivas marolas e sai da água. O negro se junta aos amigos, apanha o boné dá uma olhada no celular. Nada de importante, apenas o horário. 9h33min. Instintivamente, ele mira as alturas e ri de si mesmo pelo reflexo ridículo. Não, não teria a menor chance de flagrar o avião dela. Mike segue o exemplo, abandona o mar e sugere uma partida de vôlei. A vida deveria seguir em frente, não é? Afinal, ele morava na Califórnia e sentia que estaria eternamente preso as maravilhas da estação mais ensolarada do ano.

Judy Fabray esperava a filha no saguão do aeroporto de Lima com um sorriso receptivo e o abraço caloroso. Os amigos não sossegam até que a avistam adentrando ao Breadstix naquela mesma noite. Sam mostra algumas imitações novas de celebridades, narra encontros históricos com famosos em Los Angeles e gargalha ao revelar as peripécias do bizarro convívio entre Mercedes e Puck. Kurt e Blaine contavam as loucuras que Rachel já estava protagonizando em Nova Iorque e Artie interrompe o casal para perguntar sobre o paradeiro de Finn, aparentemente, dispensado pelo Exercito por alguma trapalhada. Ela ri da bobagem tão típica do antigo quarterback, sugere o sabor da pizza e sente que logo seria sua vez de falar tudo a respeito do mês no litoral. Quinn poderia contar dezenas de memórias divertidas, contudo, não seria capaz de expressar metade da experiência vivida a beira-mar, principalmente, na companhia de Matt Rutherford. Quinn Fabray sabia que namoro de verão não significaria nada, que namoro de verão não duraria nem até a próxima estação. Só que Quinn Fabray prometeu viver um dia de cada vez... E naquele dia, ela sentia falta de Matt Rutherford e de seu pequeno paraíso de verão.

Diga-me como voltar, de volta ao paraíso de verão com você

E eu estarei lá em uma batida do coração

(120 passos por minutos, garota)

Por que um dia, vou encontrar meu caminho de volta


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo e história finalizada. Agradeço pelo interesse sempre!



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