Summer Paradise escrita por CrisPossamai


Capítulo 6
Free!


Notas iniciais do capítulo

Livre, quem não adoraria se soltar das amarras do mundo e viver plenamente? Aos 18 anos, ser livre parece ser inconsequentemente fácil, principalmente, no verão. Por isso, ninguém estava preocupado em definir ou rotular aquela relação... Muito menos Quinn Fabray.



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Naquela sexta-feira, Quinn tomou café com Matt Rutherford, almoçou sozinha e jantou com a irmã Frannie e o cunhado George. O apartamento estava inteiro e decentemente organizado. Por isso, a dona do lugar nem notou a ausência dos três vasos de decoração quebrados na festa surpresa. Esquisito. Voltar a dormir sozinha após se habituar a companhia dele. Foi muito esquisito. Ela precisou admitir que sentiu falta do seu abraço. Por tanta estranheza, custou a pegar no sono e acabou perdendo completamente a hora para o início do Campeonato de Voleibol de Praia. A loira abre os olhos e percebe a luminosidade escancarada do dia. Oh! Ela estava muito encrencada! A corrida até a arena de vôlei na orla rouba o seu fôlego. É, ela já esteve em melhor forma física. Reconhece facilmente Matt, Michael, Charlie, Mike e Aylin conversando na arquibancada, enquanto Nellie, Lily e Tina se mostravam impacientes nas proximidades da quadra. A expressão de alivio se alastra pelo rosto da dupla de vôlei ao notar a chegada da loira.

_ Ei, desculpe o atraso... Achei que vocês já estariam jogando!

_ É, deveríamos ter começado... Mas, os organizadores insistem em um número mínimo de duplas...Tina aceitou participar... O que acha? – a ideia de Lily soa problemática e a loira não se entusiasma muito.

_ Por que não, Quinn? No mínimo, vai ser divertido! – a asiática se mostra animada.

_ É divertido, especialmente, para quem vai ficar sentado rindo da gente. – ela mira os adolescentes falando amenidades na arquibancada.

_ Não se preocupe. O campeonato de surfe é amanhã e todos os meninos vão se arriscar! – a situação muda completamente.

A loira dá de ombros e topa se inscrever como dupla de Tina. Mais duas jovens decidem se arriscar e dois grupos com quatro equipes são sorteados. Por azar, as amigas caem na mesma chave e se enfrentariam em breve. Pelo menos, não se cruzariam até a final. É o pensamento que Lily solta ao conferir a tabela. A competição inicia com o outro grupo e as atletas correm para a sombra da arquibancada. A primeira diferença gritante em seu relacionamento com o surfista fora a aceitação. Matt lhe recebeu com os braços abertos e um beijo estalado. E ela não faz objeção alguma ao ser envolvido em seu abraço.

Poderíamos deixar este amor ser o pálido céu

Poderíamos ser levados pela correnteza toda noite

até o novo sol nascer

_ Sinto muito, meninas. Meus tios chegam da Turquia daqui a pouco e eu não posso perder esse almoço de jeito nenhum. Queria muito assistir vocês detonando todo mundo! – o jeito de Aylin era mesmo fora do comum. A garota era inacreditável.

_ Bom, eu garanto que vou registrar todos os ângulos com as minhas fotos... Dá para acreditar que vão mesmo me pagar para fotografar os campeonatos de hoje e amanhã? – Michael comemora a oportunidade – É praticamente um sonho se realizando!

_ Nem me fala sobre amanhã... Vou pagar o maior mico da minha vida! – Mike leva as mãos ao rosto ciente da eminência de um fiasco sobre a prancha.

_ Não perca a esperança, cara. Sempre pode aparecer alguém pior! – o dançarino xinga o melhor amigo e todos gargalham – Ei, garotas... Vocês são as próximas, certo? – o negro atenta para a alteração no placar e a dupla improvisada pede “torcida” – O que acha de um beijo de boa sorte? – Quinn ri da bobagem e acaba aceitando a sugestão. Contudo, após o beijo se apossa do boné do garoto – O que acabou de acontecer?

_ Eu vou jogar e preciso mais desse boné do que você, Rutherford. – a garota coloca o boné para se proteger do sol e dá as costas para o garoto que ainda resmungava. Tina segue o exemplo e rouba os óculos escuros do namorado. Situações desesperadoras pedem medidas desesperadas.

O juiz autoriza o início da partida e a falta de entrosamento rende alguns erros das garotas. A comunicação se torna mais freqüente e os passes começam a sair mais ordenados. Os primeiros pontos são bastante festejados e o resto do grupo faz barulho na arquibancada, enquanto Michael registra os principais lances do confronto. Duas, três vezes são suportáveis. O problema era que o barulho irritante não cessava. O celular de Quinn berrava do bolso de Matt e já estava acabando com a paciência dele. Mike estimula o amigo a atender a chamada e encerrar aquele incomodo definitivamente. Ele apanha o aparelho e checa a identidade do ser mais insistente da face da Terra. Frannie.

_ É a irmã dela... – o asiático dá de ombros – Eu... Ah... Será? Ah... Alô! Ei, Frannie... Aqui é Matheus Rutherford, um amigo da Quinn... Da praia, lembra?

_ Ah, Matt? Sim... Sim, lembro! A minha irmã ta por perto? – ela estranha o barulho ensurdecedor do outro lado da ligação.

_ Olha, ela ta meio ocupada agora... É muito urgente? – o rapaz escolhe as palavras para não soar inadequado.

_ Não, nada demais... Ela comentou que sairia cedo para a praia... E eu e meu marido estamos pensando em encontrá-la por ai! Vocês estão aonde?

_ Ah... Sério? Nós estamos na Arena de Vôlei... Vocês deveriam vir. Ela começou a jogar agora mesmo! – Matt esclarece a situação.

_ Jogar? A minha irmã ta disputando uma competição de vôlei?! – ele confirma – Ah! Eu não perco isso por nada. Até mais, Matt!

O rapaz encerra a ligação rindo a toa. A garota poderia lhe matar por isso mais tarde. O arbitro ratifica o ponto da dupla, que comemora a virada no placar. O sol parecia cada vez mais forte e o calor beirava o insuportável. Apesar do cenário contrario, Nellie e Lily não davam qualquer amostra de cansaço e seguiam com o aquecimento. Afinal, estreariam em seguida. As adversárias sacam, Quinn se joga e alcança a bola com uma manchete, Tina percebe que a parceira não chegaria a tempo para cortar e opta por atacar diretamente. A ação surpreende as rivais e novo ponto é computado. A irmã mais velha entra na quadra e se surpreende com o bom desempenho da caçula. Nada mal para uma iniciante. Ela e o marido são bem recepcionados pelos adolescentes e são informados do imprevisto. Lance decisivo. Tina apenas coloca a bola em jogo, a dupla do outro lado da quadra ataca com certa dificuldade e a asiática ainda consegue levantar de primeira. Quinn corre para a rede e corta com força. Comemoração e fim da partida. Nellie e Lily se apresentam para o próximo jogo e as vitoriosas se retiram do local. De relance, ela percebe o aumento da sua torcida e recebe os cumprimentos da irmã sem tirar os olhos do seu mais que amigo e menos que namorado.

_ Por que eu acho que isso – a presença de Frannie e George – é culpa sua? – ela acusa certeiramente o negro, que se levanta a caminho do bar.

_ Por que você tem razão?! Seu celular não parava de tocar e alguém precisava atender, né? – ela releva a pequena surpresa – Estamos indo no bar comprar água. Vocês querem mais alguma coisa?

_ Um balde gelo, por favor! – a asiática reclama do calor incessante, o namorado tenta lhe animar com um beijo na bochecha antes de seguir o amigo – Credo! Eu to tão podre... Sinto como se eu caminhão tivesse me atropelado! – imediatamente, Tina leva as mãos a boca ao compreender o tamanho de seu erro – Quinn, me desculpe, eu...

_ Por que? – o comentário captura a atenção de todos – Eu conheço a sensação e você não ta errada, Tina. – ela força um sorriso e toma coragem para narrar a seu mais recente trauma – Há alguns meses, eu sofri um acidente de carro... E acabei presa em uma cadeira de rodas por semanas. Felizmente, não foi nada irreversível.

_ Sério? Uau...Então, você é tipo uma super-heroina, certo? Superar uma coisa assim é muito, muito difícil... Eu fico tão feliz por ser sua amiga! – Aylin genuinamente rompe as tensões ao citar algo tão impensado.

Frannie tem que admitir. Quinn estava certíssima. Não havia qualquer motivo não nutrir simpatia por Aylin. Cor da pele ou religiosidade jamais serviriam para julgar o caráter de alguém. Por isso, a mulher não dava a mínima para a escancarada proximidade entre a caçula e o rapaz negro. Talvez pelas experiências passadas, Judy não teceria nenhuma opinião contraria, entretanto, os pais tendiam a ser muito preconceituosos. Não sair da linha representava não falar, pensar ou fazer qualquer coisa fora do aceitável. Ser alguém respeitável aos olhos da sociedade. Era bom observar a irmã caçula rompendo todos os padrões por conta própria. Os rapazes retornam com garrafas de água e o apito indica outra partida em andamento. Sem muito esforço, Lily e Nellie vencem a estreia. Pontos, saques, cortadas, risadas e o bendito confronto. Melhor sorte para a dupla de fato e Quinn e Tina precisam se contentar com o segundo lugar do grupo. As semifinais e a segunda derrota consecutiva. Após uma manhã terrivelmente quente, Nellie e Lily vibram pela conquista do vice-campeonato e as garotas de Ohio riem ao recapitular cada lance através das fotos de Michael.   

Passe-me uma bebida, ou talvez duas

Uma pra mim e outra pra você

E nós seremos livres, livres

Pouquíssimas nuvens mancham o céu azul no início da manhã de domingo. Quinn consegue acordar no horário planejado e pega os garotos se preparando para cair na água. A ausência de Aylin é justificada por Charlie, que preparava a prancha para a primeira bateria da categoria iniciantes. Mike não estava completamente convencido de sua participação no torneio até escutar seu nome ser chamado nas caixas de som. Quinze minutos para que os primeiros concorrentes achassem a onda certa e mostrassem suas habilidades. Matt, inscrito na modalidade Amador, não esquentava com a iminência da disputa e afirmava estar querendo só aproveitar o mar perfeito. Nellie seria a única representante da turma na categoria feminina. Michael aparece completamente encharcado, porém, entusiasmadíssimo com a oportunidade de experimentar uma câmera fotográfica aquática. Os flashes dele registram com excelência a manobra que garante uma ótima nota para Charlie e os diversos caldos que fazem Mike passar mais tempo fora do que em cima da prancha. O som retumba e novos competidores se jogam ao mar. Matt vai totalmente pela contramão, se mantém remando e dá pouco credito aos mais apressados. Esperar pela onda perfeita valia a pena. E teria que valer mesmo... O negro tinha encaixado uma manobra básica e sequer seria avaliado pelos jurados... Então, a ondulação mais uniforme do dia surgiu no horizonte. Charlie e Nellie apontaram a formação ainda da beira da praia e torcem pelo amigo completamente sozinho na onda. Michael estava com a câmera a postos e soltou um urro ao captar com exatidão o momento que Matt saiu rasgando do tubo. O rapaz parou apenas perto da orla e não tinha muita pressa para retornar e busca por outra onda... Não teria tanta sorte novamente.

Charlie e Matt se classificam para a próxima etapa. Mike recebe a pior qualificação de sua vida e ri da péssima atuação na competição. Tina adora a reação do namorado diante do enorme fracasso e pula em seu pescoço para intermináveis beijos. Talvez, o rapaz em sua frente não estivesse preparado para falhar em algo senão fossem as mudanças e ação de tomar as rédeas da própria jornada no ano anterior. Ela imaginava que o namoro teria ruído meses atrás se o dançarino não batesse de frente com o pai e gritasse aos quatro ventos que desejava se tornar um artista. Independentemente do futuro do relacionamento, Tina podia encher a boca para dizer que sentia orgulho de Mike Chang. No fim da manhã, as poucas garotas inscritas no torneio ganham o oceano e o desempenho impressiona a platéia que lotava a praia. Michael capricha no enquadramento da máquina e não esconde a preferência em registrar detalhadamente a performance da namorada. Charlie erra a manobra, não consegue entrar na onda na hora certa e só emplaca um movimento simples. Matt continua com a tática da paciência e acertar duas ou três boas manobras consecutivas que lhe garantem na última bateria. Ele tinha ido muito, muito mais longe que sua expectativa inicial. Eram oito finalistas e somente três saíram de mãos vazias. Por isso, a concentração e as poucas palavras trocadas com os amigos antes de entrar no mar. Nada fenomenal. Seu instintivo aconselhava algo e a ânsia pela vitória indicava uma ação mais ousada. Resultado: a queda da prancha e a necessidade de correr contra o relógio. Remadas e entradas em ondulações pouco maiores que marolas. Com a sensação de desastre, ele dá de ombros e se precipita para uma onda de tamanho mediano. Outros dois concorrentes tentam remar, mas, chegam tarde. Matt se mantém na crista da onda, executa um ou outro movimentos e arranca alguns aplausos do público. A buzina indica o fim dos trabalhos e nada mais pode ser feito. Na pior das hipóteses, ele teria se divertido num domingo de sol com os amigos.

A diversão na praia lhe rendeu ótimas memórias e a bela quantia de 250 dólares, o que significa mais de dez dias de trabalho na sorveteria. Matt se joga na areia completamente exausto. O vento forte suavizava o calor dilacerante e os amigos riem ao sugerir mais um mergulho. Não, ele estava farto de água, pelo menos, naquele dia. Então, ele quase se confessa apaixonado por Quinn Fabray ao vê-la lhe trazer água de coco. Gelada, refrescante e logo no primeiro gole, o alivio é imediato. A loira ralha ao ficar sem uma única gota da água de coco e é calada com um beijo. Ela revira os olhos, empurra o rapaz para longe, ri da expressão cansaço dele e não resiste aos braços abertos a sua espera. Matt Rutherford sabia ser um completo idiota, às vezes. Na maior parte do tempo, ele era terrivelmente adorável.

Aqui os ventos fazem curva e as marés mudam

É melhor nós abandonarmos os veleiros e entrar

Quando o tempo nos deixará ir?

Eu acho que teremos que esperar até ventos alísios soprarem

E aí seremos livres, livres

_ Então, vocês já pensaram no que vamos fazer mais tarde? – Matt entrega os pedidos dos amigos e aproveita a brecha para programar o restante da terça-feira.

_ Não acredito! A boate daqui ta promovendo uma noite de hip hop com entrada pela metade do preço! Definitivamente, nós estaremos lá, não é querida? – Mike se empolga com a chance de balançar ao som de alguma música dançante.

_ Uau! Tudo vai estar mais barato nessa noite... O que vocês acham? – a asiática tenta convencer o restante do grupo, enquanto Charlie chega com os refrigerantes.

_ Eu to fora, galera! Os tios da Aylin continuam na cidade e quase não temos nos falado... Além disso, peguei mais turnos nessa semana... Vou trabalhar o dia inteiro! – todos estranham a opção do rapaz – Pretendo juntar algum dinheiro...Nosso aniversário de um ano chega nos próximos dias e queria impressionar a minha garota, sabem?

_ Mandou bem, cara! – Michael levanta para cumprimentar o amigo pelo gesto – Agora,  eu e a Nellie também vamos passar... Aquele filme que falei esses dias... As Aventuras de PI estreia e já reservamos ingresso. Ai, acho que preferimos algo mais tranqüilo hoje... Cinema e no máximo, comer um cachorro quente depois, vocês entendem né? – o mais tímido da turma fala de braços dados com a namorada, que beija a sua bochecha.

_ Espera, vocês tinham combinado algo a sós? Isso é um encontro, não é? – Lily debocha da saída romântica do casal – Sorte dos dois que também tenho planos para a noite... Porque sair para uma boate com esses dois casaizinhos não iria rolar, nunca!

_ Por que não? Nós somos casais muito divertidos! – Casal. É a primeira vez que Quinn se referia aos dois como um casal. E isso coloca um sorriso nos lábios de Matt – Mas, é terça-feira... Vocês não acham estranho sair para dançar numa terça-feira? É mais coisa de sexta ou sábado.

_ Yeah... Me diz de novo por que é que você tem que acordar cedo amanhã? – o argumento do negro é incontestável e o dilema é esquecido.

Não há nada entre

O que nós somos, o que nós vemos

Não há nada entre

O que nós somos, o que nós vemos

Nós somos verdadeiros

Walden Rutherford concorda em ceder o carro para a saída do filho com a garantia de que alguém permaneceria sóbrio. Por razões óbvias, Tina é eleita a motorista da rodada. Um bipe do celular interrompe a conversa entre as irmãs. “Estamos chegando”, dizia a mensagem de texto. Frannie aprova o visual da caçula, clama por juízo e brinca se deveria espera-la. Quinn revira os olhos, ignora a pergunta e bate a porta do apartamento. Honestamente, nem ela sabia como ou onde sua noite terminaria. Matt e Mike riam de algo escorados em um carro preto e não havia sinal de Tina. A loira grita para chamar a atenção deles e é recebida com um abraço e assobio debochado por parte do negro.

O braço sobre seus ombros durante a espera para entrar na boate, exatamente como Mike se portava diante de Tina. Ali, ela podia considerar mesmo que eram um casal comum saindo para dançar, para se divertir. A conversa para matar o tempo vagava das músicas prediletas de cada um, a revanche no boliche marcada para a noite seguinte, o filme que pretendiam assistir na quinta-feira ou o saboroso jantar tradicionalmente asiático, cortesia de Mike Chang, para todo o grupo na casa de Matt no dia anterior. O segurança confere seus ingressos e concede passagem para o interior do clube. A batida do hip hop ecoava por todo o lugar e os garotos clamavam pela ida direta para a pista de dança. A promoção no meio da semana parecia ter sido bem sucedida, visto a multidão que balançava ao som do famoso dj.

Matt reconhece a música ao pisar na pista e cantarola o refrão. A animação dele era simplesmente contagiante. Sair para dançar acompanhada era algo novo para Quinn. Principalmente, se considerar alguém com alguma habilidade para a dança. Nos bailes escolares, a loira não arriscou mais do que dois ou três passos em canções lentas com o atrapalhado Finn Hudson. Sam poderia ter sido um parceiro mais talentoso. A única vez que realmente se divertiram na pista ocorreu no casamento de Burt e Carole e não tinha nada para reclamar do então namorado. O garoto sabia alguns passos e não abriu a boca em momento algum para reclamar da necessidade de dançar ou sugerir que se sentassem. Não, Sam Evans poderia ter sido o namorado perfeito...Contudo, a traição e a chance de volta por cima devidamente destruída. Puck também tinha seus movimentos, se bem que... Jamais se divertiram genuinamente juntos. Em dois ou três ensaios, ela pode se impressionar com a desenvoltura de Mike e mesmo Blaine possuía bons reflexos. Nada que se comparasse a sensação de estar totalmente sincronizada com os passos de Matt Rutherford.

Num bote salva-vidas velejando pra casa

Com nossos corações bêbados e ossos cansados

Bem, eu só dou uma última olhada ao redor

Sim, e cada lugar parece uma cidade familiar

E aqui nós estamos

Passava das duas da manhã, quando ela sentiu a garganta seca e a necessidade de ingerir algum liquido. O negro escuta o pedido, chama a atenção do amigo e os casais rumam para o bar. Com facilidade, os rapazes convencem a atendente a vender doses de uísque com energético apesar da pouca idade e Tina segue com o protocolo da sobriedade ao optar por um drinque sem álcool. O dj volta a apavorar com a canção predileta de Matt e o caminho para a pista de dança é refeito as pressas. Os passos de Mike são mais elaborados, porém, o requebrado de Matt se mostra mais cadenciado com a batida do hip. Tina ri ao se perder na coreografia improvisada e o asiático emenda um movimento totalmente fora do contexto que acaba fazendo a namorada gargalhar mais alto. Quinn ainda se esforça para repetir as ações do rapaz, contudo, o balanço dele é impossível de ser acompanhado. Bust a move. O dee jay manda do nada o clássico rap e o quarteto com passagem pelo Novas Direções resgatam a cômica performance do professor Will Schuester em um dos primeiros ensaios do Clube Glee.

A empolgação de Quinn era tamanha que não bastou cantarolar a letra. Não, a loira ainda se apoderou do boné de seu parceiro de dança e ditou o estilo dali por diante. Aproximadamente às cinco horas da manhã, Tina se jogou nos braços do namorado e implorou par que fossem embora. Afinal, ela ainda teria que dirigir e precisava estar bem consciente. Ao estacionar na garagem da família Rutherford, a descendente de chineses desejou boa noite a todos e seguiu para o quarto sem olhar para trás. Com os olhos semicerrados, Matt fez o pedido mais sensato. Dormir ali. Definitivamente, os dois iriam apenas dormir.   

_ Eu senti mesmo falta disso... – ele fala já deitado na cama e quase entregue ao sono.

_ Disso o que? – a loira se esforça para manter o raciocínio lógico.

_ Você e eu... Na mesma cama... É muito bom! – ele solta o deboche, fecha os olhos e ainda dispara um muxoxo ao ter o braço esmurrado.

_ Você é um idiota, sabia? – Quinn acusa o garoto, que dá de ombros e sequer tem vontade para responder a provocação. Matt Rutherford sabia ser um completo idiota, às vezes. Na maior parte do tempo, ele era terrivelmente adorável.

Livres, livres

E você não quer ser livre?

De tempo em tempo um pouco

Eu conheço você, conheço você

É tão bom se sentir livre!


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Notas finais do capítulo

Próximo episódio.... Mercedes, Sam e Puck darão as caras na California!



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