Um Sopro De Felicidade escrita por Mihara


Capítulo 2
Capítulo 2 - Herança de Clow Reed


Notas iniciais do capítulo

Ola!
Me desculpem por ter demorado tanto, eu fiquei sem internet por um tempo e tive que revisar todo o capitulo da historia.
Obrigada mais uma vez para quem esta acompanhando e eu espero que voces gostem.
Boa leitura!!!



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Capitulo 2

Herança de Clow Reed

A família li era maior do que Sakura pensava. Um império. Ela se arrependia de não poder ter aprendido mais sobre essas pessoas quando aceitou os termos do contrato. Eles eram conhecidos por toda a china, e possuíam muitos contatos e empresas filiais no restante do mundo. Acabou se envolvendo com gente poderosa demais, e agora não sabia mais onde estava pisando. Porem, só estava ali por causa daquele ridículo contrato e pelo bem de sua família.

Grandes portões se abriram para a limusine, dando passagem para a grande mansão. À frente, havia uma gigantesca fonte e um jardim decorado com os mais variados tipos de flores, ao longe poderiam ver-se muitas arvores nos arredores da casa. A mansão tinha um toque oriental e ocidental, era rustica e mostrava claramente que já existia há um bom tempo. Sakura sentia que ainda não tinha visto nem metade.

_ Pretende ficar ai por quanto tempo?

Syaoran caminhava mais a frente, apressado. Sakura fazia esforço para acompanha-lo, mas o enorme vestido atrapalhava. Ela pisou na barra e caiu no chão, ouvindo um som desagradável vindo do tecido. Syaoran parou e olhou para a pobre moça com a cara no chão. Foi até Sakura e, com uma cara de desgosto, segurou seu braço rudemente e a arrastou-a a força.

_Você faz ideia de quanto valia esse vestido?

Sakura recusou-se a falar algo, eles que aguentassem as consequências por terem a escolhido como noiva.

Assim como ela imaginou, a mansão pelo lado de dentro ara ainda mais bonita. Grandes salas e corredores com fotografias estranhas, e vasos que pareciam da dinastia mei-lin, shin ou o que quer que fosse. Eles subiram uma escadaria que dava para os dois lados, que Sakura só havia visto isso em filmes. Nos andares de cima, haviam muitos quartos, Syaoran abriu uma das portas e a jogou na cama de casal.

_Não precisa ser tão rude!

_Este é o nosso quarto! Faça o favor de decorar logo os caminhos e passagens dessa casa para não incomodar ninguém, caso se perca procure alguma das empregadas. Fique aqui até a hora do... – Sakura interrompeu - Nosso quarto? Você vai dormir comigo?

_ Você ainda não acordou? Agora estamos casados. Dividiremos a mesma casa, o mesmo quarto e também a mesma cama. Não é obvio?

Sakura não acreditava. Eles tinham passado tanto tempo dentro da limusine e não tinham dito uma única palavra, então o que eram aquelas atitudes e palavras arrogantes? Além do mais, só haviam se conhecido algumas horas atrás. Ele entrou no quarto e retirou o paletó.

_Isso não vai dar certo, nos mal nos conhecemos.

_Cala a boca! Acostume-se!

_Esta mais que obvio que nem você esta feliz com isso!

Syaoran abriu alguns botões da blusa deitando-se na cama ao lado de Sakura para tirar um cochilo. O quarto estava quente e abafado, a menina suava por dentro da roupa de casamento, então caminhou até um guarda roupa ali perto para procurar algumas roupas. Havia muitas peças bonitas e chiques, as roupas de Syaoran estavam junto com as delas, cada parte de um lado do guarda roupa. Pegou uma peça de roupa que parecia uma das mais simples, uma meia calça e uma blusa sem mangas tradicional.

No banheiro, ela pode ver o estrago que fez no vestido. O branco se tornara uma cor encardida, e aparte da frente estava completamente rasgada. Ao se trocar, não sabia o que fazer. Estava com receio em deitar-se ao lado de Syaoran, que dormia com o braço sobre o rosto. Não queria incomoda-lo e nem chegar perto. Então ela sentou-se no sofá perto da janela.

Parara para analisar tudo o que acontecera. Sua separação com sua família, o casamento e agora aquela situação. Então toda a agonia e desespero acumulada naquele dia finalmente descarregou-se em lagrimas, queria chorar e espernear. Nunca sentira tanta solidão e tristeza quanto sentia agora. Até o quarto em que estava era desconfortável, não tinha aquele sentimento de segurança que sentia ao estar em casa. Era uma casa diferente, com pessoas diferentes. E o que mais a incomodava era o ser desprezível deitado na cama que deveriam dividir pelo resto da vida.

Antes de sua mãe morrer seu pai lhe contou que ela sempre dizia que se tivesse algum problema era apenas olhar para o céu, pois ele tranquilizava corações. Sakura não entendia direito antes, mas agora ela sábia. Mesmo que se esteja triste o céu sempre vai ser azul, com nuvens de chuva passageiras. Não importava se era um lugar desconhecido, ele tinha algo de familiar com sua antiga vida e isso era reconfortante, era o mesmo céu que via todos os dias no Japão, em Tomoeda. Ela chorou, sentada no sofá, olhando para o céu pela janela até finalmente pegar no sono.

–-----------******--------------

Syaoran acordou com dor de cabeça. Já estava escurecendo, então logo seria hora do jantar. Olhou para o seu lado da cama, ela não estava ali. Num pulo nervoso, ele se dirigiu para a porta, mas parou ao ver que a garota estava dormindo profundamente no sofá. Ele respirou fundo, se escorando na porta e escorregando até o chão. Ela o deixava nervoso, frustrado. Era extremamente irritante estar lado a lado com ela, isso porque não tinham nem um dia de convivência. Pôs as mãos na cabeça, teria que tomar algum remédio depois.

Estava cansado de tudo. As dores no corpo estavam mais fortes, e ainda havia aquele assunto com sua nova noiva a ser tratado. Tinha que ser forte, para poder mostrar-se um herdeiro poderoso e tomar a liderança, assim como sua mãe desejava. Pensar naquela mulher como mãe era meio irônico.

Syaoran levantou-se, precisava de ar fresco. Abriu a janela do quarto e fechou os olhos, ouvindo a brisa suave que fazia as folhas das árvores dançarem. Olhou para o sofá ao seu lado, observou bem a face da menina que dormia. Ela possuía um rosto bonito, não podia negar, mas provavelmente estava ali por dinheiro, igual a todas as outras. Não sabia por que sua família tinha escolhido essa garota para se tornar sua esposa, mas sabia que sua mãe iria explicar tudo mais tarde.

Ele fechou as janelas e saiu do quarto para jantar.

–-----------******--------------

Sakura sentiu um toque gentil em seu ombro, ela abriu os olhos e deparou-se com um lindo rosto. Uma menina de longos cabelos escuros e olhos azuis.

_Boa noite Srta. Kinomoto, o jovem mestre me pediu para acorda-la, é hora do jantar.

_Jovem mestre?

_Seu marido.

_Ah, é claro! Obrigada, qual é o seu nome?

_Eu sou Tomoyo Daidouji, uma empregada da casa. É um prazer conhece-la Srta. Kinomoto.

_Por favor, me chame de Sakura.

Sakura respirou profundamente, estava na hora de conhecer o restante da família. Estava sem coragem para levantar a cabeça e aparecer frente a eles com orgulho, como sempre fizera em situações complicadas como essa. Tomoyo percebeu que a menina parecia preocupada.

_Não se preocupe Srta. Sakura. Se esforce para provar que a senhorita é importante, tanto quanto eles.

Os olhos de Sakura brilharam, ela abraçou Tomoyo, quase sufocando a menina.

_Obrigada!

Tomoyo confirmou a insegurança dela. Ouviu pelo restante dos empregados que o Jovem mestre havia se casado, estava imaginando que seria uma mulher arrogante, assim como o marido, mas quando viu Sakura dormindo sabia que ela não era quem imaginara, pelo seu rosto sereno sabia que ela não poderia ser como as pessoas daquela família.

_Tomoyo, será que você poderia me levar até lá?

_É claro!

Por uns instantes, Sakura se sentiu alegre, pois parecia ter feito uma nova amiga.

Na sala de jantar, todos já estavam postos a mesa apenas esperando pela menina. A mesa era grande e longa, com muitas cadeiras em volta. Lá, estava uma mulher de cabelos incrivelmente logos, ela parecia uma chinesa tradicional. Ao lado, estavam Syaoran, e a sua frente uma cadeira vaga. Sakura sentou-se e observou quem mais estava presente. Uma garota de cabelos longos e olhos amendoados e um garoto de olhos escuros e perigosos.

Sakura olhou para Tomoyo que estava em pé, afastada. Ela deu-lhe um sorriso de encorajamento.

_ Muito obrigada por ter comparecido Srta. Kinomoto! – disse a mulher tradicional ao seu lado, de perto ela era mais bonita.

_ Por favor, me chame de Sakura!

_Estou muito interessada para saber mais de você Sakura, espero que possamos nos dar bem – Sakura sentiu que a mulher a sua frente lhe lançava um olhar curioso. Porem ela não era a única – meu nome é Yeilan, sou a mãe de Syaoran.

Sakura comparou o filho com sua mãe e concluiu que não se pareciam nem um pouco.

_Esses são Meling e Lieng.

Ela apontou para o garoto de olhos perigosos e a menina de olhos amendoados, que lançou um olhar fulminante para Sakura, enquanto o outro lhe ignorava completamente.

_Nos temos muito que conversar. Syaoran, você e eu. Então vamos comer para podermos falar com mais privacidade, sim?

Sakura apenas afirmou com a cabeça.

O jantar se decorreu até às 9hs da noite, o ambiente estava tenso, pois ninguém manteve um dialogo, pelo menos para Sakura. Os outros agiam como se aquilo fosse algo costumeiro. Logo depois, Sakura, Yeilan e Syaoran seguiram para a sala. Um lugar bem mobiliado com lindos móveis e mais jarros de períodos anteriores. Yeilan pediu a Syaoran e Sakura quase sentassem de frente a ela.

_Muito bem, temos um serio assunto para conversar. Eu irei dizer o real motivo de Sakura estar aqui – os dois a sua frente endireitaram-se no sofá, atentos as palavras de Yeilan - Sakura, você sabe por que escolhemos você como esposa?

Sakura negou com um aceno de cabeça, ela nunca havia pensado realmente do porque logo ela estar ali.

_é porque você tem algo de especial que interessou a família li, algo poderoso. Você foi escolhida por possuir algo em comum do grandioso mago Clow Reed.

Sakura pensava que talvez Yeilan pudesse ter cometido um engano, ela nunca ouvira falar de ninguém chamado Clow Reed.

_Um mago?

_Sakura, serei clara e direta. Escolhemos você como esposa de Syaoran porque possui poderes muito semelhantes ao do mago Clow. Precisávamos de uma esposa que pudesse usar magia, então procuramos em muitos lugares até sentirmos a presença de seus poderes.

Syaoran ficou paralisado, como uma garota tão simples como aquela poderia ter poderes semelhantes ao do grande mago Clow? Quanto a Sakura, estava perplexa, ela sempre pensou que Isso era só em livros e filmes, não é?

_Espera! esta dizendo que eu sou uma feiticeira?

_Não, você é uma maga! – disse Syaoran – Preste atenção, eu não vou repetir duas vezes. No nosso mundo, existem pessoas que conhecem segredos ocultos dos olhos das outras pessoas. Eles precisam se manter assim para que as pessoas normais não entrem em desequilíbrio.

_Esta me chamando de anormal?

_Não, mas da pra ver que é muito burra – Sakura ia levantar a voz quando ele a cortou mais uma vez – já disse para prestar atenção. Um desses segredos seria o fato de usarmos magia.

Sakura estava ficando mais confusa, usar magia?

_Não existe aquela historia de que nosso poder vem da energia cósmica do universo não né?

_Como é? De onde tirou essa ideia?

_Da pra ver que você não assistia muita televisão.

_O caso é que... – interrompeu Yeilan – a família Li tem usado magia por gerações, que são passadas com a realização de casamentos entre duas pessoas portadoras de magias, ou seja, você e Syaoran.

Sakura, pelo canto do olho, olhou para Syaoran, que virou o rosto emburrado.

_Eu realmente deveria acreditar nisso?

_Acreditando ou não, você iniciara os treinamentos amanha, Syaoran ficara encarregado por você, enquanto eu ficarei dando supervisão.

Sakura e Syaoran levantaram em um timing perfeito gritando:

_O QUE?

Eles se encararam, como se estivessem se comunicando mentalmente, desafiando um ao outro para ver quem duraria mais. Porem, Sakura se lembrou de algo importante.

_Yeilan, eu poderia visitar minha família em épocas importantes, como natal, ano novo e datas de aniversario? Por favor, eu gostaria muito de revê-los, mas me disseram que eu estava proibida.

Todos na sala se mantiveram em silencio por alguns segundos, Yeilan tinha se levantado e dado às costas para Sakura, retirando-se dos aposentos. Sakura já ia correr atrás dela quando ela parou de repente.

_Essa decisão não foi minha, eu não posso fazer nada. É destino de um Li sempre carregar magoas, para tornar-se forte e enfrentar adversidades, e você minha cara, se tornou uma Li. Espero que entenda, já que os termos do contrato diziam claramente que isso aconteceria.

Sakura ficou sem palavras, pois não esperava que eles estivessem realmente falando sério. Quer dizer que nunca mais veria a sua família? Eles não tinham o direito. Nunca mais ouviria a voz do irmão ou veria o rosto do pai? Estaria sozinha? Ela conteve as lagrimas, não choraria na frente de Syaoran, que a observava pelo canto do olho.

_Vamos! Amanha acordaremos cedo, temos que dormir.

Ela o seguiu de volta para seu quarto. Syaoran deitou-se na cama, mas Sakura pegou a coberta e um travesseiro deitando-se no sofá. Ele não falou uma palavra, não se importava. Quando ela deitou-se e encobriu-se dos pês a cabeça, chorou silenciosamente. Sabia que algum dia superaria, mas para isso apenas queria chorar.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso.
Por favor, continuem postando comentários sobre suas opiniões, se gostaram, se não gostaram, para ver se estou escrevendo direitinho. Não tenham dó nem piedade, eu estarei ouvindo.
Obrigada mais uma vez por lerem minha fic e estarem acompanhando. Farei o meu melhor!
Até mais e obrigada.