Um Sopro De Felicidade escrita por Mihara


Capítulo 16
Capítulo 16 - Sentimentos descobertos


Notas iniciais do capítulo

Ola gente, desculpem pela demora!Sem mais delongas, Boa Leitura!PS: se estiver chovendo, recomendo chocolate quente e pão! cobertos com o cobertor na cadeira. Porque eu fiquei em varias posições para escrever essa historia e com muitas interrupções, o que foi muito chato, e talvez, esteja com dores nas costas kkkkk, melhores condições ai pra vocês!Luz apagada ai, beleza?



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Capitulo 16

Sentimentos descobertos

Sakura estava deitada em seu quarto, no sofá. Syaoran ainda dormia. A menina precisava de tempo para absorver tanta informação. Lembrou-se de sua volta ao passado. Teria tanto poder assim? Era surpreendente e assustador.

As cortinas estavam fechadas, pois fora um dia ensolarado, porem era a primeira vez que queria que estivesse chovendo. Sentia falta do cheiro doce da chuva. Colocou os braços sobre os olhos, e lembrou-se das palavras de Yeilan.

_Sakura, você corre perigo! Porem, dentro da residência Li, você estará protegida. – Yeilan segurou as mãos de Sakura – não pergunte do que, é melhor você não saber! Mas não precisa se preocupar, Syaoran ira proteger você!

As palavras de Yeilan fizeram o coração da menina dar uma pontada.

_Eu peço a você também que não conte para ninguém sobre Syaoran, também não conte para ele que você sabe, ele é orgulhoso! – Sakura concordou – Irei chamar um velho amigo para ajuda-lo, espero que ele possa ajudar! E não se surpreenda se ele ficar interessado em você!

_Eu?

Sakura não entendeu, e Yeilan também não explicou. Gostaria que a mulher tivesse sido mais clara. Ouviu Tomoyo chamando na porta, o visitante chegara.

–-------****----------

Quando Sakura pensou em “interessado” fora em outro sentido. Um homem loiro, alto de olhos incrivelmente azuis a recebeu de braços abertos.

_SAKURA-CHAAAAAANN – o homem a abraçou com força e a ergueu do chão.

Sakura ficou sem reação. Um outro homem de cabelos negros e olhos vermelhos aproximou-se e o obrigou a solta-la.

_Qual é o seu problema? Você nem conhece a menina!

Ele sorriu e disse:

_Ah Kuropion, como você é mau.

_Cala a boca!

Ele olhou para Kurogane, sorrindo.

_Mas isso não é verdade, eu conheço Sakura-chan já de um tempo distante – ele olhou para Sakura – não é mesmo?

Ela reconheceu os olhos azuis, antes espantados, do passado, porem, agora ostentava um ar de graça. Não parecia ser uma pessoa ruim, muito pelo contrario. E ao lado do grande homem de olhos avermelhados, pareciam uma dupla dinâmica, o mal-humorado e o animado. Não eram o tipo de pessoas que se davam bem.

_Bo-boa noite! – disse Sakura.

_Sakura, estes são Fay e Kurogane – disse Yeilan – eles vieram ajudar Syaoran.

Ela curvou-se diante deles como comprimento, e estes fizeram o mesmo.

_Entretanto, peço que não tenham muitas esperanças, não sabemos que tipo de feitiço o esta prendendo. – disse Fay – Yeilan, preciso das informações sobre o estado de saúde de Syaoran, precisamos saber se as condições estão favoráveis para nós.

Yeilan concordou, Fay olhou para Sakura.

_Sakura-chan, preciso que espere aqui.

_Por quê?

_Por favor, é importante.

Sakura não queria saber, ela só queria ver Syaoran acordar. Tinha medo que ele não acordasse se não estivesse presente, ou talvez, fosse apenas sua vontade de ser a primeira pessoa que ele visse ao abrir os olhos. Mas ela concordou, não queria atrapalhar.

_V-vai dar tudo certo, né? – sentiu os olhos lacrimejarem e a voz embargar na garganta.

Fay colocou sua mão na cabeça da menina, afagando seus cabelos. Ele apenas concordou com a cabeça. Ele virou a cabeça sentindo as presenças que entraram na sala.

_Ah, então vocês devem ser os primos de Syaoran-kun! Ainda não tive a oportunidade conhece-los. – disse Fay, cumprimentando-os.

Sakura virou-se encontrando Meiling e Lieng na entrada da sala. Pode ver o desespero estampado na cara de Meiling, então eles tinham ouvido a conversa, mas sua intriga ficou em Lieng. Seu rosto estava neutro. Entendia que ele não tinha laços muito fortes com Syaoran, porem sua atitude estava –talvez – simples demais.

Meiling pulou sobre Fay, agarrando a gola do casaco.

_Eu posso ir com vocês, né? – ela olhou-o de um modo como se não fosse uma pergunta.

_Acho melhor você ficar aqui com Sakura –ch...

_Eu vou com vocês, né?! - disse ela entre dentes.

_Tudo bem, ela ira conosco – disse Yeilan – Lieng, você também pode vir!

Ele não se preocupou em levantar-se do sofá no qual estava deitado.

_Não se preocupe Sakura, chamaremos você assim que ele acordar.

Sakura havia ficado quieta, mas sentia-se extremamente injustiçada. “Por que ela pode ir e eu não?”, era o que queria perguntar, mas ficou calada. A prioridade seria Syaoran. Entretanto, sentia-se excluída, como se não fizesse parte da família. Isso não importava, esperaria nem que fosse sentada, firme.

–-----******-------

As dores abandonaram seu corpo há muito tempo. Não conseguia pensar, ou talvez fosse apenas o cansaço. Sentia o corpo emergido em águas profundas e escuras, onde nem mesmo seu guardião poderia alcançar. Suas lembranças eram a única coisa que lhe fazia companhia, lembranças dela.

Impressionante o rumo em que as coisas tomaram. Era estranho ficar perto dela, mas ficar longe era insuportável. Sakura era pra ser nada além de um fantoche, interpretando um papel sem importância ao seu lado. Sua presença não era pra ser importante.

Mas as coisas mudaram.

O som do sorriso dela ficara gravado em sua mente, a imagem do olhar emburrado e as mãos na cintura também estavam lá. Ela era tão pequena, como se o mundo pudesse esmaga-la, então tinha de protegê-la. Queria estar ao lado dela, ver as coisas mais absurdas que é capaz de fazer. E não suportava que outro homem a tocasse, Sakura era sua esposa, não poderia ser tocada, ela era dele, sua mulher.

E ao pensar tudo isso, uma parte de sua mente gritava que não deveria ser tão submisso a uma mulher. Era seu ponto fraco, muito fácil de ser atingido. Lembrou-se do desespero que seu corpo sentiu ao ver Lieng tocando na pele de Sakura, logo depois, não se lembrava de mais nada, apenas do fogo que sentiu queimar em seu corpo e a dor latejante de seu olho.

Queria sentir o calor do corpo dela, o cheiro e a macies. Queria Sakura, sua droga e vicio. Sentiu a água entrar pelos pulmões, estava se afogando. Segurou no pescoço, impedido de respirar, iria morrer.

–------*****--------

Ela estava impaciente, esperar era mais difícil do que parecia. Não conseguia ficar sentada, mas também não queria mostrar tanta ansiedade na frente do garoto de cabelos negros. Ele a observava na cara de pau, sem desviar o olhar. O máximo que Sakura podia fazer era ficar mexendo na barra da blusa, como se fosse à coisa mais importante do mundo.

_Você não deveria ter insistido um pouco mais para ir ver seu namoradinho?

Sakura não respondeu, não daria satisfação para ficar nervosa. Tinha suas razões, não se preocuparia com ele.

_Você é muito passiva! Faz bem para um homem sentir os ciúmes de uma mulher, sabia?

Ela não respondeu. Ciúmes? Não estava com ciúmes.

_Esta com inveja, não é? Já teve esse tipo de sentimento Sakura?

Inveja, odiava admitir que ele estava certo nos dois pontos. Nunca tinha sentido inveja antes. Estava com inveja de Meiling e com ciúmes de Syaoran. O pior era justo quem estava lhe dizendo tudo isso.

_Ok! Não vou forçar você a nada, queria apenas manter um dialogo – Sakura continuou em seu voto de silencio – ah, tudo bem então.

Ele ficou em silencio por alguns minutos, não parecia um clima muito confortável para a menina.

_Tome cuidado Sakura, também estão atrás de você!

Ela ficou confusa.

_O que?

Lieng se levantou para ficar de frente a Sakura, aproximando-se mais que o necessário. Achava graça daqueles olhos verdes, tão ingênuos.

_Uma pessoa me disse uma vez, as aparências enganam!

_Se esta falando de você sei muito bem disso – cuspiu Sakura, encarando-o com firmeza.

_Não sabe não – ele riu – nem da metade.

Lieng se afastou e saiu da sala, e logo Sakura pode relaxar. Ele a intrigava. Mas como assim também estavam atrás dela? Será que era o que Yeilan tinha dito antes? Tentou esquecer o assunto, estava sobrecarregada. Queria saber como Syaoran estava, já fazia um tempo desde que eles subiram.

_Syaoran...

Ela ouviu sons de passos na escada, quando olhou para cima, viu Kurogane. Levantou e disse:

_Ele acordou?

Ele apenas sorriu e fez um gesto com a cabeça dizendo para segui-lo.

–------****---------

Ele podia respirar, então não morrera. Ou será que estava no céu? Inspirou e respirou varias vezes, as dores do corpo voltaram e ainda não conseguia enxergar. Onde estava?

_Syaoran-kun, abra os olhos!

Aquela voz, ele conhecia aquela voz. Mas de onde? Sentiu uma mão fria em suas costas, logo depois, um pequeno choque correu pela sua espinha. Seu corpo foi erguido até ficar sentado, e, aos poucos, suas pálpebras foram se erguendo pesadamente. Pode ver seus braços e pernas, sua pele estava pálida devido à falta de sol, também viu alguns pares de pés ao seu redor. A luz do ambiente fez sua visão do olho esquerdo arder, a do direito não enxergava. Então era isso, estava sego de um olho.

Fechou os olhos para acostumar à visão. Também queria poder falar, mas sua garganta estava terrivelmente seca. Sentiu um peso sendo jogado sobre seu corpo e braços ao redor de seu pescoço, Sakura? Abraçou forte o corpo colado ao seu, como era bom sentir contato humano, passara tanto tempo sozinho na escuridão, e porque mesmo? Não se lembrava de nada, também não queria agora, apenas queria ficar abraçado com o pequeno corpo que estava ali.

–-------*****-------

Foi uma sensação mista, o que foi engraçado. Primeiro, seu corpo foi abatido pelo choque de ver Syaoran, finalmente acordado. Depois, pelo choque de ele estar abraçado com Meiling. Sentiu seu coração doer, aquilo era ciúmes? Lieng estava certo, infelizmente.

Sentiu os olhares do quarto se voltarem para si, como se estivessem com pena. Aquilo lhe deu raiva, não queria pena de ninguém. Então apenas ficou de canto, sem interromper a cena.

“Você é muito passiva”

Aquelas palavras soaram no fundo se sua mente, mas tentou ignorar. Não queria sentir esse tipo de sentimento.

Syaoran abriu os olhos e viu Meiling em seus braços e Sakura mais afastada. Teve um choque ao ver quem abraçava e praguejou um palavrão em sua mente, mas estava cansado demais para brigar, apenas afastou-a resmungando.

_Meiling, o que você...

Sentiu uma forte tontura, um enjoo forte vindo do estomago e um gosto amargo na garganta. Correu para o banheiro aos tombos, cambaleando.

_Syaoran-kun, você ainda não esta apto para se mover muito. Por favor, deite-se um pouco. Seu corpo esta desidratado e você deve estar com muita fome. – Disse Fay, na porta do banheiro.

Fay ajudou Syaoran a deitar-se na cama. Sakura assistia tudo com peso no coração, queria correr para ajuda-lo.

_É melhor você dormir um pouco! – disse Fay.

_Meiling, traga água para Syaoran. – A menina saiu às pressas.

Syaoran procurou os olhos de Sakura, que estava perto da porta do quarto. Ela olhava para baixo, evitando o olhar de proposito. Era a primeira vez que se sentia assim, queria enterrar a cabeça debaixo da terra. O garoto voltou seus olhos para Fay, fazia tempos que não via o amigo. Este, apenas sorriu compreendendo o que Syaoran queria dizer.

_É melhor você descansar, teremos uma longa conversa mais tarde!

_Como vai, garoto? – disse Kurogane.

_É bom ter você de volta. – disse Yeilan. – Sakura, venha aqui!

Sakura deu passos lentos até ficar ao lado de Yeilan, olhou para Syaoran, mas rapidamente, logo desviou o olhar. Estava com vergonha de que afinal? Queria saber, mas bem no fundo, uma vozinha na sua mente dizia que estava com medo de ser deixada de lado por Syaoran, sentimento que veio quando viu ele abraçando Meiling.

_Syaoran... – ela não tinha o que falar, as coisas que tinha planejado já tinham sido ditas por todos antes dela. Não sabia o que dizer.

Ela sabia que ele a estava encarando, sentia isso como se ele lhe dissesse para encara-lo também. Olhou novamente, ah, como era bom poder ver aqueles olhos penetrantes novamente. Meiling chegou com a água, quebrando o breve contato visual. Ela colocou o copo de água nas mãos de Syaoran e deixou a jarra perto para o mesmo alcançasse.

Sakura não pode odiar Meiling nessa hora, os olhos da menina brilhavam. De certo modo, entendia o que ela sentia, eram sentimentos parecidos, também queria poder estar sendo útil. Gostaria de saber, se não fosse pela rivalidade no amor, poderiam ser amigas?

Todos saíram do quarto para deixar o chines descansar.

_Temos problemas! – disse Fay.

Ele observava o céu noturno da janela do escritório de Yeilan. Não conseguia ver as estrelas aquela noite, estava coberto de nuvens. Tomoyo havia servido o chá que lhe pediram – de camomila, pois todos pareciam estar estressados – e avisou para os demais que Yeilan não queria ser interrompida.

_O motivo de ter pedido para Sakura-chan ficasse esperando foi que eu tive uma sensação ruim. – ele virou-se para Yeilan. – Ela parece instável, não só emocionalmente como fisicamente também. Nunca a tinha visto na vida, mas é como se eu a conhecesse desde pequena, é estranho.

_ Quer dizer que a qualquer momento ela pode voltar ao passado? – Perguntou Kurogane.

_Ou ao futuro. – disse Fay. – Não temos muitas informações sobre os poderes de Sakura-chan. Temo o pior.

_Ela conseguiu alterar o passado – disse Kurogane – Já sabemos que é um poder extremamente perigoso!

_Mas que todos o desejam – Yeilan segurava sua xícara perto da boca – Que bom que Sakura não é uma pessoa ruim.

Fay sentou-se na poltrona em frente a mesa de Yeilan, mas Kurogane permaneceu de pé.

_O feitiço em Syaoran era poderoso, tinha o objetivo de fazer com que ele dormisse durante um longo período. Não duvido que ele tenha perdido a memoria. Não consegui identificar a fonte do poder. – Fay suspirou – um feitiço de tamanho poder não pode ser lançado a distancia, e somente Syaoran é que poderia ter visto o rosto do mesmo. Seja lá quem for, fez o garoto esquecer tudo de proposito.

_Se ele fez o garoto esquecer, é sinal de que ele sabia que viríamos para acorda-lo. – disse Kurogane.

_Estamos em um tabuleiro de xadrez. E nós somos os peões. – praguejou Yeilan.

Eles ficaram em silencio, teriam que investigar sobre esse assunto, e de preferencia, sem envolver os anciões do clã.

_Passem a noite aqui, vocês precisam descansar! – Disse Yeilan – Falaremos com Syaoran mais tarde!

–------****--------

Ele estava confuso, suas lembranças estavam confusas. Sakura corria pelo jardim, ele atrás dela. Estavam brincando, mas já se conheciam antes? Tinha certeza de que a encontrara pela primeira vez naquele altar. Porem, imagens de Sakura gritando e correndo estavam nas suas lembranças – apesar de que não era diferente muito de agora – mas, eles eram tão pequenos.

Os olhos estavam pesando, não queria dormir. Tinha medo de não acordar mais. Ele ouviu batidas na porta, e uma pequena cabeça com uma cara beberrona entrou pela fresta.

_Tomoyo fez uma sopa para você! – Ela entrou no quarto, olhando para o chão.

_Se não olhar para frente, cai tropeçar e derrubar a sopa em mim! – disse Syaoran.

Sakura olhou fixamente para frente, evitando Syoran.

_Eu não quis dizer desse jeito!

Ela soltou um pequeno sorriso, sentia falta daquela cara carrancuda. Colocou a sopa entre as mãos de Syaoran, os dedos dele tocaram os seus e sentiu seu coração acelerar.

Sakura sentou-se no sofá, vendo Syaoran tomando a sopa demoradamente. Olhava para as próprias mãos, evitando encara-lo. Da janela, ouviu o som de chuva, seu desejo fora atendido. Abriu a janela e colocou as mãos em concha para fora, sentindo as gotas na pele. Syaoran observava a menina.

_Sabe, eu estou confuso. – confessou ele.

Ela olhou para ele, mas logo desviou o olhar.

_ Você me maltratou muito quando criança.

Ela congelou. Syaoran não sabia de sua volta ao passado, mas já devia imaginar que ele logo descobriria. Ficaria zangado?

_O que você pensava que estava fazendo quando entrou naquele lugar?

_Mas você estava sangrando!

_Era perigoso! – reprimiu Syaoran, ele suspirou – como você chegou lá? Nunca havíamos nos encontrado antes, e de repente, eu tenho lembranças suas correndo pela casa, como se você já estivesse aqui a muito tempo.

_É uma longa historia, é melhor você descansar um pouco.

Ela continuou olhando para a janela. A chuva continuava caindo dando de beber para as arvores do jardim, elas mudavam de cor constantemente, alegres. Era majestoso. Syaoran colocou o prato sobre o criado mudo ao lado da cama, e chamou Sakura para mais perto. Ela caminhou a passos curtos, parando de frente a cama.

_ Olhe para mim! – disse Syaoran.

Ela queria correr, a instantes atrás queria jogar-se em seus braços, mas agora queria correr deles. Essa era a personalidade de Syaoran. Antes que percebesse, ele a puxou para debaixo das cobertas.

_o que você esta fazendo Syaoran?!

Era a vez dele de montar nela.

_Porque esta me evitando? – disse ele.

_O que?

_Você esta estranha! O que? Foi porque eu abracei a Meiling?

Assim como ele adivinhou, ela vez uma careta feia. Fazendo bico e inflando as bochechas.

_Por que eu ficaria estranha? – disse ela – não me interessa sua relação com ela, esse é só um casamento arranjado mesmo.

As palavras saiam da boca de Sakura instantaneamente, era orgulhosa demais para admitir que estava com ciúmes.

_Oh, então é assim? É por isso que você estava flertando com o Lieng aquele dia?

_O QUE? – aquela tinha sido a gota d'água. – MAS É VOCÊ QUE FICA BEIJANDO OS OUTROS SEM PERMISSÃO. ERA O MEU PRIMEIRO, SABIA?

_ EU NÃO BEIJEI NINGUÉM, BURRA!

_OLHA SÓ QUEM FALA, IDIOTA!

Syaoran bufou, era sempre assim! Sakura era mesmo uma cabeça dura. Ele beijara ela? Olhando-a de tal angulo, dava vontade de beijar de novo. Como seu cheiro era inebriante. Mas não deixaria ela lhe dar sermões tão facilmente.

_é melhor você ir dormir, esta cansado, não é?

_Eu não quero dormir – admitiu ele – tenho medo de não acordar de novo.

Sakura não falou nada, ele tinha razão. Ela compartilhava desse medo. Novamente, as palavras de Lieng vieram em sua cabeça. Ela não era tão passiva assim.

_Durma, eu ficarei aqui! – disse ela, com o coração na mão – Assim, quando você acordar e abrir os olhos, eu estarei aqui.

_E se eu não acordar?

_Deixo você careca, antão trate de acordar!

_Se for assim, prefiro não dormir! – disse ele desconfiado.

Por fim, deu-se por vencido e deitou ao lado de Sakura. Antes que a menina ajeitar-se propriamente, ele a abraçou por traz, enfiando seu rosto na nuca de Sakura e ajeitando-se em concha. Teve a impressão de que seria ela que não conseguiria dormir aquela noite.


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Notas finais do capítulo

É isso ai, kkkkk Mais um capitulo terminado! ah, eu imagino voces lendo a fic, sera que fazia sol? Pra mim estava chovendo, então eu coloquei o senário chuvoso. Eu adoro a chuva, mesmo depois de quase ter pegado uma pneumonia com ela kkkkkkkk Estamos avançando mais e mais na historia, coisas estão sendo reveladas e sentimentos novos e nostálgicos estão surgindo.TADADADA (Era pra ser musica de suspense) O que sera que vai acontecer? To be continue...(eu odeio essa frase curta, sempre encerrando meus programas favoritos)