- Eu prometi que seria gentil. Desta vez, vou fazer algo diferente. - desembalava o chocolate - Não vai te machucar muito, só vai te abrir um pouco. Abrir suas portas pra mim.

  Cada palavra dita por ela me causou um medo interior que apertou de leve meu peito.

- Abrir portas? Mas como assim?

- Fique tranquila. Vou abrir minhas portas junto com você. Seremos dois cadeados em uma mesma chave. Romântico, não? Já viu a Dama e o Vagabundo? Vamos fazer mais ou menos isso. Quero ver seus "lábios" chegarem até os meus.

- Mello, o que está fazend-- Mello! Não!

- Calma!! Se ficar com medo é que dói. É só chocolate, não é tão duro. Agora abra as pernas.

  Mello esticou minhas pernas. Mesmo que eu tentasse impedí-la, sabia que seria inútil.

   Afinal, só de ter aceitado ficar sozinha com ela em sua casa já valia como se tivesse aceitado todos os seus desafios.

Então, fui invadida. Um fino e curto objeto cilíndrico que poderia se dissolver me abriu.

  Espremi os olhos.  Foi como se uma parte da minha pele se esticasse a ponto de se rasgar. Imagine algo atravessando e te cortando à força. Causando uma dor intensa. Rompendo pele, rasgando um tecido, contraindo músculos.

  Agora imagine algo cortando-lhe perto de pontos nervosos extremamente sensíveis. Devastador, não?

- Eu não vou enfiar tudo. Só metade. Agora fica quieta. Vou tentar sentar "nele" junto com você.

Mello abriu as pernas, e as dobrou. Vi de relance suas partes íntimas, que escorriam um fluído branco.

 Mello se enfiou no pedaço livre do chocolate que apontava para ela.

- Vai em frente. Tente me tocar!!

  Fiz um esforço para que o chocolate a invadisse. Não foi fácil como eu imaginei. Invadir Mello foi um zeus-nos-acuda. Mello agarrava minhas costas, arranhando-as. Senti um ardor profundo a cada unhada. Até que eu finalmente a toquei.

Toquei seus "lábios".

Uma sensação de vitória tomou conta de mim. Fosse talvez apenas o prazer se ambas as nossas feminilidades se tocando, como em um beijo.

Mas ainda doía um pouco. Me violando...!!

- Mello.. -balbuciei - já podemos sair?

 Ela pressionou minhas coxas, fazendo-me gritar.

- AAAAAAIIIIIII!!!!!!!!

  Se afastou e enfim se soltou do elo que nos uniu por poucos segundos.

Mello retirou o Batom Garoto de mim.

- Olha só o estado do chocolate - comentei aos risos.

- O que fazemos com ele?

- A Dama e o Vagabundo? - sugeri.

- Só se for agora.

  Colocamos ambas o chocolate na boca, cada uma um extremo.

- Não mastiga. Quero sentir essa porra derreter nas nossas bocas - pronunciou.