Beyond The Barricade escrita por Fantine


Capítulo 7
TROISIÈME PARTIE "At The Barricade" - M. e E.


Notas iniciais do capítulo

SOM: http://www.youtube.com/watch?v=xIuqnsaa2UE



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Pouco depois, Marius chegou. Foi um dos últimos, logo começaram os ataques do governo.

Com tiros de pistola, salvou Courfeyrac e Gavroche.

Quase foi atingido por um disparo, mas um desconhecido entrou na frente, pôs a mão na arma e desviou o cano.

Marius pegou uma tocha e ameaçou explodir os barris de pólvora.

As tropas do governo recuaram. Durante essa breve trégua, ele ouviu chamarem o seu nome.

Era Éponine, estava ferida.

Marius… -Éponine chamou e entregou – lhe um papel – É da Cosette.

– Éponine eu… eu posso tratar – te… eu posso levar – te para a taberna… Oh Deus!

Ele quis levá-la até a taverna para ser medicada, mas ao ser levantada gritou de dor. De dor gritava também Marius. Uma dor silenciosa mas igualmente dolorosa, não fosse ela uma dor. Um sentimento de culpa invadiu – o quando viu um buraco negro na mão dela.

– Não faz mal… Não há nada que possas fazer. A bala atravessou a mão e penetrou no meu peito.

– Se eu pudesse fazer algo…

Como era mau sentir – se inútil. A morte vem e leva quem quer, enquanto nós, meros mortais, esperamos pacientemente a sua chegada, tentando ignorar o fato de não a podermos impedir e vivendo as consequências da sua vinda. Acordando todos os dias na esperança de podermos vivenciar mais um anoitecer. Afinal a pena de morte é nos dada como uma sentença em troca da nossa vida. Nascemos com a certeza da morte. No entanto não é a nossa morte que nos magoa mas sim a morte dos que nos rodeiam.

– Podes. Senta – te ao meu lado e não deixes que Gavroche saiba que eu chorei. Ele é meu irmão. Por favor não deixes que ele saiba que eu tive medo.

– Gavroche? – ele disse mas ela já não ouviu.

– Acho que estou apaixonada. – Ela confessou num último suspiro.

– Eu também. – ele disse. Mas era tarde de mais. Éponine estava morta.

Ele amava – a. Não como a Cosette. Ele estava apaixonado por Cosette mas a pessoa que ele amava era Éponine. Amor e paixão são coisas diferentes. Ele tinha – se acostumado com a sua presença e não poderia viver sem ela. Quando ele viu Cosette pela primeira vez ela parecia um pouco perdida, tal como ele sempre se sentia. E ele sabia, que por vezes, quando duas pessoas permanecem perdidas o destino trata de as juntar. Éponine parecia nunca estar assim. Parecia saber sempre o que queria. Talvez se ele tivesse sabido que o que ela queria era ele, as coisas se tivessem passado de uma forma distinta.

Beijou – lhe a testa e deixou que os amigos a levassem. Estavam, mesmo sem saber, levando – lhe uma parte de si. Uma parte que jamais voltaria, passasse o tempo que passasse. Acontecesse o que acontecesse. Éponine não era passado, ela sempre viveria dentro dele.

– Éponine foi o primeiro a cair. – Enjolras anunciou – Lutaremos por ele.

O nome dela era Éponine. A sua vida fora fria e escura. Ainda assim ela não tinha medo, experimentara a morte apenas uma vez.


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Notas finais do capítulo

Bem, depois de a minha semana de depressão pós-miseráveis, consegui vir escrever. Como Tolstoi diz e eu concordo: Eu escrevo livros, por isso sei todo o mal que eles fazem.
Eu encontrei a coisa mais linda do mundo: http://www.youtube.com/watch?v=oHdzBHpYNEk vejam, vale mesmo a pena. Eu vou colocar como foto do próximo capitulo uma da Sam feita nesta sessão de qualquer das formas. Ela parece mesmo um anjo.
Vou tentar fazer a fic durar um pouco mais, por isso vou criar uma nova parte, que não é parte e sim memórias sobre os personagens mortos.
Ok, então andava eu um dia de estes no blog Fuja De Casa, que desde já recomendo, quando encontrei um post chamado Comme des enfants. A Aline, a lindona que escreveu, transportou os miseráveis para os tempos de hoje. Deviam ler, está super engraçado, eu amei. Vou deixar o link e o último parágrafo. É Enjonine. http://fujadecasa.blogspot.pt/2013/02/comme-des-enfants_23.html
«Ela fica assim, observando a cena boquiaberta por alguns segundos, até simplesmente resolver que não vale a pena perguntar, então ela simplesmente manda uma mensagem de texto para o dono do apartamento:
S.O.S. Les amis invadiram. Tem uma barricada na sua sala. SEND HELP. »