Can I Have This Dance? escrita por Dawseyride shipper


Capítulo 19
Catch Her - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Chegamos a minha casa, mostrei os quartos para Pietro e Annie e os deixei sozinhos para que pudessem se acomodar. Voltei para a sala e Henry parecia incomodado.

–O que foi que houve aqui? - sussurrei para Mel, que estava ao meu lado.

–Ryan acabou de dizer que acha que está apaixonado por uma Mikaelson. E Henry não lida muito bem com isso, você sabe. Ele e Stefan são muito parecidos quanto a isso.

Aproximo-me de Stefan, sentando-me em seu colo.

–Você sabe que não precisa se preocupar, não é? - digo bem baixinho em seu ouvido.
Ele dá uma risadinha.

–Não estou preocupado por sua causa. E sim por causa da cabeça de Ryan, que provavelmente vai estar a prêmio.

–Por quê? Não vai me dizer que...

–Sim, é a Annie que me refiro. É dela que gosto. - Ryan se manifesta.

–Eu ouvi isso. - os olhos de Ryan ficam arregalados. Eu e Henry começamos a rir e os Salvatore nos encaram, não entendendo nada. Até que Ste tem um estalo.

–O que foi que Annie disse?

–Que ouviu a declaração do Don Juan ali. E não pareceu muito amigável.

–Deixem nossa irmã. Ela sempre foi assim. - interveio Pietro. - Quem sabe um amor não faça-a mudar. - ele completa.

Em seguida desce as escadas correndo com um sapato voando atrás. Felizmente ele é mais rápido.

–Se sujarem meu tapete de sangue, faço vocês limparem com a língua.

Ouço minha irmã grunhir.

–Se esse bastardo continuar de graça, vai ter sangue em muitos lugares além do seu tapete. - ela grita do quarto.

Ryan fica boquiaberto quando Annie aparece no alto da escada. Ela tirou o vestido que usava e vestiu um short jeans com uma blusa frente única azul que deixava seus olhos ainda mais azuis. Somos muito parecidas, mas ela é morena como nosso pai e eu sou loura como nossa mãe.

–Acho que podemos começar a falar a respeito de Stella. - emenda, se jogando no colo de Ryan, que se retesa.

–Pobrezinho, tem medo de mulher. - debocha Henry.

–Deixe-o em paz, An. O garoto não deve nem ter beijado na boca ainda. E você tem um milênio de experiência!

Todos na sala começaram a rir do que digo. Ryan encarava o chão. Se ainda fosse humano, certamente estaria roxo de vergonha. Sinto pena dele e tento amenizar seu desconforto mudando de assunto.

–Agora é sério. O que faremos a respeito de Stella? O que planejam fazer caso ela não se renda? Que medidas estão pensando em tomar?

–Bom, agora que há uma bruxa por perto, podemos fazer muito mais. Mas acredito que ela ainda nos dê ouvidos. Passamos por essa situação há alguns séculos atrás. – Annie explica.

–Como assim? É comum Stella ter essa atitude? Aliás, vocês sabiam que ela estava viva? – eles ficam confusos com tantas perguntas ao mesmo tempo. Mas cada um responde uma, mesmo assim.

–Ela agiu assim uma única vez, que foi quando descobrimos que ela estava viva.

–Isso foi quando estávamos em uma cidade pequena no interior de um país da Europa. Não lembro qual era. O povo tinha suas lendas a nosso respeito, mas nunca descobriram sobre nós dois. Nos viam como um tipo de guardiões. Mas não desconfiavam de que o problema fora levado por nós, mesmo que sem sabermos. Quando começaram a caçar o culpado por algumas mortes na cidade, conseguiram pegá-la, mas ela foi mais esperta.

–Certo, e como foi que vocês descobriram exatamente que era ela? Como tiveram certeza?

–Isso foi simples. Numa noite marcada como ‘A Noite do Retorno da Criatura’, fomos orientados a permanecer na cabana que nos foi oferecida. Mas como éramos vampiros e estávamos atrás de alguma diversão, fomos caçar a tal ‘criatura’. – fez aspas com os dedos. – Não esperávamos encontrar Stella, mas depois de algum planejamento e esforço, descobrimos onde ela se escondia e a pegamos.

Aquilo me fez refletir. Então eles já conseguiram parar Stella uma vez? O que os impede de fazê-lo novamente?

–Se você quiser eu conto como foi que fizemos.

POV Annie

–Claro que quero. Imagina se não... Isso pode nos dar idéias para pegá-la dessa vez. Não podemos fazer a mesma coisa que vocês fizeram antes, pois ela sabe como desviar do que quer que façamos. Mas podemos bolar novos planos com base no antigo.

–Se você quiser, posso contar como foi que a pegamos antes.

–E ainda pergunta? É claro que quero. E se possível, com riqueza de detalhes. Na verdade, se quiser e puder, pode começar agora. – responde Rebekah.

–Posso fazer um chocolate quente? – pergunta a menina Salvatore.

–Claro que sim, meu amor. Eu te acompanho. – mas como fica bobo esse meu irmão apaixonado. Por sorte Rebekah lembrou aos Salvatore que aqui não havia comida.

–Então, estávamos nessa pequena cidade na Europa...

*Memórias ON*

O dia amanheceu lindo. Desde que chegamos, há uma semana, tudo o que temos visto é chuva. Não fazia ideia de que sob a luz do sol o lugar era tão magnífico assim. O lago está refletindo a luz, o que faz com que o reflexo pareça um pequeno arco-íris particular desse povo tão simpático.

Pietro hoje ficou na cabana que nos cederam em nossa estada aqui. Ele na gosta muito de andar no sol. Prefere a noite que ninguém fica encarando. Aliás, a verdade é que à noite não há ninguém na rua e ponto. As lendas daqui contam que existe um monstro que devora pessoas que circula pela cidade durante a madrugada e deixa suas marcas nas paredes das casas e no chão das praças. Claro que eu sei que eles se referem aos lobisomens, pois segundo os nativos, o monstro só aparece de tempos em tempos e ninguém conseguiu matá-lo.

Hoje, assim que saí da cabana, uma garotinha veio a mim com seu irmãozinho pendurado em suas costas para pedir que após o pôr do sol eu voltasse para dentro e ficasse lá até a manhã seguinte. Eu sabia o que era e sabia o que ia enfrentar naquela noite.

Quando voltei à cabana e contei a Pietro ele ficou muito empolgado.

–Finalmente alguma agitação nesse lugar! – ele dissera.

Na hora certa, saímos do conforto de nossa hospedagem para ir a caça do tal lobisomem, mas nada poderia ter me preparado para o choque que levei quando dei de cara com minha irmã mais nova ao lado do lobo.

–Stella?

–Como vai, doce irmã? Ainda a mesma garota retardada de sempre ou finalmente acordou para a vida?

–Como você ousa?

–Annie, não. É exatamente o que ela quer: que você ataque. Sejamos racionais e conseguiremos pegá-la. – apesar de Pietro ter sussurrado em meu ouvido, Stella escutou.

–Querido Pietro. Que saudades senti de você! Mas acredito que tenha esquecido as incríveis habilidades adquiridas com a transformação. Posso ouvir o que quer que você diga a ela. E acredite: não é nada fácil me pegar. Ainda mais com um animal de estimação como esse aqui. – abaixa-se e acaricia o pelo do lobo, que solta um rosnado que parece uma risada, como se debochasse de mim e de meu irmão.

Passamos horas num embate com nossa irmã até que o sol começou a nascer e o lobo começou a retornar a forma humana. Como já era de manhã, resolvemos ir embora, pois o perigo passara. Pelo menos até o próximo pôr do sol.

De volta à hospedagem, Pietro e eu começamos a bolar um plano.

–Ela provavelmente está usando o lobisomem para encobrir seus rastros durante a lua cheia. Por que não esperamos até hoje à noite para seguirmos eles e descobrir o esconderijo em que estão? Mas antes precisamos garantir que as buscas deles serão frustradas. – sugere Pietro.

–Mamãe infartaria vendo o monstro cruel que a filha se tornou. Ela nunca quis que nos separássemos. Se já não bastasse Rebekah e Henry terem se afastado, agora Stella está de volta depois de séculos, se aproveitando de um pobre garoto para encobrir as maldades que ela tem feito.

–Precisamos nos concentrar, querida. A única maneira de salvar esse povo é ajudando o garoto e prendendo Stella. Essa noite nós agiremos.

*Memórias OFF*

–Naquela noite, saímos bem antes do pôr do sol e avisamos a todos que a Criatura havia estado próxima à nossa cabana num horário anterior ao pôr do sol e que todos deveriam se abrigar mais cedo para evitar riscos. Como o povo era muito supersticioso, acreditaram facilmente e após o toque de recolher, buscamos em toda a área por desavisados ou corajosos. – continua meu irmão.

–O que poderíamos fazer após terminar a tarefa era retornar à nossa hospedagem e aguardar até que eles aparecessem. E foi o que fizemos. Quando Stella e o lobisomem apareceram, ela tinha uma expressão de fúria no rosto. Virou as costas e simplesmente foi embora, mas eu conhecia bem a expressão no rosto dela. A raiva era tanta que ela estava prestes a tentar algo ainda pior, o que só nos fez agir ainda mais rápido.

–Alguém quer chocolate quente? – Henry aparece na porta da cozinha. Ele claramente estava escutando. Seria impossível não escutar com a audição que temos.

–Henry! Eles estavam prestes a pegar a Stella. – reclama Ryan, que já enroscado até demais no meu corpo. Mas não posso reclamar. Faz tempo desde que arranjei qualquer tipo de companhia. – Até que você não é má ideia, garoto. A não ser pelo fato de que é um garoto.

–Não vejo problema algum. Stefan é só um garoto. A diferença é que ele é humano. – rebate Rebekah.

–Acho que está na hora de vocês voltarem para a casa dos humanos. Podemos continuar amanhã. Se não se importam...

–Está mesmo me expulsando da minha própria casa, An?

–O termo certo não seria esse, mas se você prefere assim, então sim, estou.

–Que atrevida. Isso é um ultraje! Mas entendo seus motivos. Henry, Mel, vamos?

–Já estamos indo.

–Vão mesmo me deixar com dois vampiros que parecem adolescentes cheios de hormônios? – indaga Pietro.

–Desculpa, irmão. Só há três quartos na casa dos Salvatore e o terceiro é do Peter. Hoje só lhe resta pedir a Annie que não faça muito barulho.

O comentário infame de Henry me deixa muito irritada. Mas somente a mim. Todos ao meu redor estão rindo, até mesmo a namorada de Henry.

–Pietro só quer ir com vocês por que aqui não vai sobrar ninguém para ele. Na cidade ele pode arranjar qualquer rabo de saia.

–É, ela está começando a passar dos limites. Acho melhor vocês irem agora.

–Boa sorte, Ryan! – é a última coisa que Rebekah diz antes dos quatro irem embora.

–Minha deixa. Boa noite aos dois. E Ryan... Espero que você sobreviva. – e sobe.

–Bom, garoto, agora somos apenas nós dois.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo!



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