Can I Have This Dance? escrita por Dawseyride shipper


Capítulo 12
An Agreement For Peace


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez eu não demorei! :P
Boa leitura!



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Passamos uma tarde muito agradável juntos naquele sábado. Após provar a excelente culinária de meu namorado, saímos para dar uma volta. Passeamos no parque, fomos até o shopping local e vimos um filme antigo na TV depois de chegarmos a casa. Curtimos bastante um ao outro. Stefan é um príncipe. Ele não merece ter um monstro como eu ao seu lado. Aconchego-me mais em seu abraço. Ele parece estranhar, mas prefere não perguntar o que eu tenho. Chegará uma hora em que a verdade será inevitável. É melhor que ele saiba por mim do que por Henry ou qualquer outra pessoa.

Pensar no meu irmão magoado me faz sentir um forte aperto no peito. Sinto falta de quem Henry costumava ser. Se eu pudesse fazê-lo entender que também estou triste com o acidente, também estou sofrendo, talvez nossa relação se tornasse um pouco melhor. Anseio tanto isso. Uma lágrima escapa de meus olhos.

-Por que você está chorando, Bekah?

-Não é nada, Ste. - ele sorri quando o chamo pelo apelido. - É apenas um cisco. - Argh, que desculpa idiota.

-Sei... Vem cá. - me puxou mais para perto, beijando meus cabelos e acariciando gentilmente minhas costas.

-Stefan, você sabe que eu vou te amar independente do que acontecer, não é?

-Sim, eu sei. Eu também a amarei, Bekah. - Essa era a resposta que eu gostaria de ouvir.

-Eu preciso te contar algo sobre mim. - digo um tanto temerosa. Qual será a sua reação? Tenho medo de que ele nunca mais queira me ver.

-Conte-me, Bekah. Sou todo ouvidos.

-É sobre o meu passado. A primeira coisa a se saber é que eu tenho, ou tive, cinco irmãos. A Stella, como você já sabe, morreu. Eu nasci... - a maldita campainha toca.

-Depois continuamos a conversar, meu amor. Eu prometo. - minha coragem se esvai.

Ele abre a porta, encontrando o desespero em pessoa. Pam chorava copiosamente, caída no chão da varanda, balbuciando palavras ininteligíveis.

-Ele... Eu... Morto... Acampando...

Stefan ajuda a menina a levantar, põe-na sentada no sofá e, enquanto tento consolá-la, vai pegar um copo de água com um pouco de açúcar para tentar acalmá-la.

-Aqui, Pam. Beba um pouco.

Suas mãos tremiam tanto que o líquido do copo formava pequenas ondas. Quando o choro dela finalmente diminuiu um pouco, Stefan tentou entender sobre quem e o quê ela falava.

-Pam, tente ficar calma e relatar devagar o que aconteceu.

-Ele estava comigo e uns amigos na floresta. Saímos ontem à noite pra acampar. Precisávamos nos distrair do que aconteceu... Foi tudo culpa minha. Isso aconteceu porque eu fui estúpida.

-Shhhh... Não foi culpa sua. Mas o que aconteceu, afinal?

-Ele morreu, Stefan. Do mesmo jeito que aquela mulher. Eu não deveria ter dado a ideia de irmos acampar. Poderíamos ter feito tantas outras coisas. Ele estaria comigo agora.

Decidi ler seus pensamentos para ver todo o ocorrido.

*Memória ON*

-Chad? Cadê você? Volta aqui, fala comigo! Eu sou sua irmã. Só disse isso pro seu bem!

-Chad? Chad? CHAD!

Meu irmão... Morto. Deixo-me cair ao seu lado, não querendo acreditar na imagem diante de mim.

O corpo lívido e pálido, o pescoço coberto de sangue e com as mesmas feridas que havia na mulher que encontramos ontem à noite no quintal de Stefan. Stefan... Preciso achá-lo. Mas antes preciso chamar Kevin e os outros para retirar meu irmão daqui.

*Memória OFF*

A lembrança era perturbadora. Ver por seus olhos o corpo do garoto com quem ela tanto se importava, sentir o que ela sentiu naquele momento. Tudo era tão pesado, mas ao mesmo tempo tão íntimo... Mas também tinha a ver comigo, afinal, foi meu irmão quem matou Chad. Sinto-me culpada por isso.

-Sinto muito, Pam. - as palavras saem antes que eu note o que estou dizendo.

-A culpa não foi sua, Bekah. - Stefan tenta amenizar a situação. Mas infelizmente ele não está certo.

-De certa forma, sim.

-Do quê você está falando?

-Nada. Fique com ela. Preciso resolver algumas coisas. - Fui até o quarto dele, peguei as chaves do carro e saí correndo. Preciso achar Henry. Ele, com certeza, é o culpado por isso. Talvez esteja descontando sua raiva e frustração por me ter deixado descobrir o que havia por detrás de toda aquela maldade.

-Mas que droga! Ele não pode matar simplesmente porque não tem mais o amor da vida dele ao seu lado. Preciso conversar com ele. Mas se eu tentar uma abordagem direta, ele vai fugir. Terei de prendê-lo ou conversar de maneira delicada. - Fico rodando pela cidade, até que decido ir até minha casa, onde ele resolveu se instalar. Entrando na sala de estar, encontro tudo revirado, bolsas de sangue espalhadas pelo chão. Droga! Meu estoque! Ando pela casa, analisando os cômodos. Observo que o caos está concentrado nos primeiros ambientes. Subo as escadas, encontrando peças de roupa espalhadas pelo chão a caminho do meu quarto. Ao passar pela porta do mesmo, avisto um Henry jogado sobre a cama, com uma morena em seu peito, ambos dormindo pesadamente. Acordo a garota gentilmente, pedindo que ela vá embora. Ela não tem nada a ver com o que vai acontecer aqui. É desnecessário que ela presencie o embate sobrenatural que ocorrerá nesta casa. Assim que ouço a porta bater no andar de baixo, grito o nome de meu irmão a plenos pulmões.

-HENRY!

Ele desperta assustado, pulando da cama, fazendo com que o lençol que cobria seu corpo caia, expondo sua pele desnuda. Cubro meus olhos, constrangida com a situação.

-Qual é, irmãzinha? Todos nós temos o direito de nos divertirmos, não é? Você deve ter tido uma noite e tanto com o seu humano. Eu também posso. Apesar de que pela sua reação, você ainda não conseguiu nada com ele.

-Porque ele não é um brinquedo! - disse, tentando me controlar para não atacá-lo. - Você pode, por favor, se vestir?

-Já que você insiste... - ouço seus passos até o corredor. Ele para, provavelmente para pegar as roupas no chão, e bate com força a porta do banheiro.

-Idiota. - resmungo, sabendo que ele ouviu.

Henry ignora o que eu digo e toma banho lentamente. Enquanto espero pacientemente por meu irmão, Stefan me manda uma mensagem. *Se você voltar e não me encontrar, é porque fui até a casa dos pais da Pam, levá-la e apoiá-la no momento em que ela contar a eles. Te amo.*

*Tudo bem. Também amo você. Cuide bem dela.*

-Vejo que tem alguém muito apegada ao seu humano. - Henry diz próximo ao meu ouvido, sua proximidade me deixa assustada.

-Nojento. Por acaso sabe o que fez? Ele está levando a irmã do garoto que você matou até a casa dos pais para dar a infeliz notícia. Qual é o seu problema?

-Desculpa, irmãzinha, mas não matei ninguém. Como pode ver, eu estava com a garota que você espantou há pouco.

-Pouco? Tem ideia de quanto tempo passou desde que você foi tomar banho? Quase uma hora e meia! E o que você quer dizer com 'Não matei ninguém'?

-Pra quem vai viver pela eternidade, é pouco. Se você tivesse prestado atenção, teria notado que me alimentei da bela garota que se encontrava neste quarto. Por sorte, eu a compeli a esquecer a noite que tivemos. Se não ela teria ido diretamente à delegacia contar que sabe quem matou a mulher que aparecera no quintal do seu 'namoradinho'. - ao citar Stefan, faz aspas com as mãos, ironizando.

-Se não foi você, então quem matou Chad? E, aliás, o que aquela mulher fez com você para ter tido um destino tão cruel?

-Ela me dispensou. - deu de ombros como se matar um ser humano, culpado ou não, fosse normal. - E você tinha que trazê-la de onde quer que ela tenha vindo até o quintal de Stefan, justo no dia em que ele resolveu dar uma festa pra mim?

-Acho que seu namoradinho não deveria falar sobre os planos dele por aí. Nunca se sabe quem pode estar ouvindo. Aquele foi o meu presente pra você. Minha parabenização. Sabe como seu irmão é... Eu tinha que atrapalhar você de algum jeito.

-Não podia simplesmente ter me contado o que ele planejava? Tinha mesmo que iniciar uma investigação policial bem no dia mais importante da minha existência? Aquilo acabou com a minha noite.

-Oh, sinto muito, se eu... - fez uma pausa dramática. - consegui exatamente o que eu queria. - Argh! Eu quero matá-lo. Respiro fundo, me concentrando em manter o controle e começo a falar.

-Provoque-me o quanto quiser, meu objetivo foi o de vir aqui para conversar.

-E o que você quer saber? - pergunta desconfiado.

-O que exatamente aconteceu naquela noite. E por favor, não fuja. Encare como o vampiro valentão que se mostra.

-Posso saber a que noite se refere?

-Sim, pode. Primeiro à noite da festa.

-E segundo?

-Responda a minha pergunta.

-Se é assim... Estava andando por aí e vi... Stefan. É esse o nome dele, não? - assenti - Então, eu o vi saindo do mercado e pensando alto. Ele dizia alguma coisa sobre festa e surpreender alguém, que imediatamente soube que era você. Na hora fiquei possesso. Minha vontade era matá-lo, mas isso faria você sofrer por pouco tempo. Decidi dar uma volta pra pensar em uma maneira de acabar com a sua noite. Fui até a cidade vizinha, entrei num bar e comecei a beber. Precisava bolar um plano. Foi então que a vi. Seu nome era Lia. Joguei charme e tentei seduzi-la. Ela recusou. É claro que poderia hipnotizá-la, mas aquela ideia de acabar com a sua noite, que eu tanto procurei acabara de aparecer na minha frente. Saí do bar e fiquei esperando-a do lado de fora, escondido em um canto escuro que mais parecia um beco. Quando a vi, simplesmente comecei a segui-la. No momento em que ela passou por um trecho mal iluminado da rua, tapei sua boca, virando-a de frente para mim e compelindo-a a não fazer ruído algum. Depois apenas me alimentei de seu sangue, drenando-o todo de seu corpo. Quando senti que ela ficara mole e sem vida em minhas mãos, carreguei-a até o quintal de Stefan. É tão curioso como ninguém percebeu o que eu fazia!

Ele estava realmente se divertindo com aquilo?! - Eu adoraria matá-lo agora. Mas não posso. Meu irmão parece muito mais fora de si do que eu imaginara.

-E o que você pretendia com a garota que estava aqui mais cedo, a que eu expulsei?

-Apenas me divertir e alimentar. Não ia matá-la. Sua imaginação fez de mim um ser perverso, não?

-Minha imaginação não, suas atitudes. Se você não fosse tão impulsivo e maligno, talvez nem estivéssemos tendo essa conversa.

-Provavelmente você estaria se divertindo com o seu humano na cama dele. Ou indo roubar mais sangue de hospital. Aliás, isso é crime, sabia?

-Já disse: não ouse falar sobre Stefan. Quanto ao sangue, prefiro roubá-lo de hospitais, que podem sempre colher mais dos humanos, do que matar pessoas inocentes, ao contrário de você. - opto por mudar o foco. - E a outra noite a qual me refiro é a do acidente.

Repentinamente a postura de Henry mudou. Sentia-o frio, distante. Seus olhos perderam o foco. Era como se ele estivesse novamente no lugar onde crescemos, recebendo a notícia de que nossa irmã e as duas amigas que faziam companhia a ela haviam morrido devido ao fato de que a carruagem capotara.

-Não quero falar sobre isso.

-Mas você sumiu. Eu sempre pensei que seus sentimentos eram quanto à morte de nossa irmã, o que nunca fez sentido, já que vocês não eram nem um pouco apegados. Agora tudo faz sentido. Você amava Augustine e por isso se tornou tão amargurado. Você precisa pôr isso pra fora. E então estará pronto para viver novamente. A culpa não foi sua. - digo pacientemente, esperando que isso o faça se abrir. Mas apenas surte o efeito contrário. Henry veste novamente sua máscara de ira e sai pela janela, parando apenas para deixar no ar uma mensagem:

-Você não vai descobrir nunca o que eu estou sentindo. Mas pode ser que aconteça algo parecido. Mas por ora, temos um problema e precisamos nos unir. Há mais um vampiro por aqui. Então... - estende a mão - temos um trato?

-Sim, temos. Mas tenho uma condição.

-E qual seria essa?

-Paz. Entre nós três.

-Três quem?

-Aliás, melhor. Você não vai matar aqui na cidade. E vai deixar Stefan e os amigos em paz. Assim não haverá pescoços quebrados e ninguém vai desconfiar de nós dois. E se você concordar, até me atrevo a dar-lhe uma quantidade significativa da minha confiança. - olhava em seus olhos, esperando ansiosamente por sua resposta.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo, que será uma surpresa *-*



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