Imperfeitos escrita por Felipe Perdigão


Capítulo 17
XV — Surge um novo filho da noite.




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Oliver acabara de sair da piscina. Havia ganhado em primeiro lugar e o competidor que ficara em segundo havia chegado por alguns segundo milésimos de segundo de diferença. Assim que ouvira seu nome nas caixas de autofalantes acústicas ele olhou pras raias ao lado procurando quem ficara em segundo. Ben Harper era seu nome, o nome do ganhador de uma medalha de prata, o nome do garoto que ficara excitado em público por ele, o garoto que o beijara minutos atrás no vestiário.

O garoto saíra da piscina a pressa. Conseguiu identificar Alice que pulava ofegante gritando pelo nome do melhor amigo que conseguira o primeiro lugar do pódio. Ela vestia uma jaqueta do namorado da equipe de natação ao lado de Antony que estava com sua jaqueta do time de vôlei.

Em seguida Oliver procurou por Jane enquanto caminhava até seu treinador que o aguardava com uma toalha. Ele não achara a menina em nenhum lugar. Isso o irritou. Tommy estava ali há pouco minutos e a garota que ocupara seus pensamentos por uma boa parte do dia havia sumido sem explicação.

Sem ter o que fazer no momento ele aceitou a toalha do treinador e o abraçou.

— Você foi ótimo. — O treinador passou a mão pelos cabelos molhados do garoto e o bagunçou. — Graças a você e ao Ethan nós iremos para as competições estaduais.

O garoto deu um breve sorriso enquanto se secava e vestia as roupas do time de colégio para subir ao pódio e pegar sua merecida medalha de ouro.

Ele queria ir ao vestiário buscar seu celular. Ele odiava ficar longe do seu celular por mais de um minuto, ainda mais deixa-lo em um armário que, quando se é um bruxo, pode facilmente arromba-lo.

Unknown estava tirando suas noites de sossego.

Assim que descera do pódio com sua nova medalha de ouro, Oliver olhou pra arquibancada aonde Alice vibrava mais do que nunca.

Ainda inquieto com o sumiço de Jane, o garoto olhou cuidadosamente analisando todos os cantos do estádio pra ver se encontrara a garota, mas fora em vão, quem ele conseguiu ver foi Tommy. Ele estava diferente, os óculos fundos haviam sido substituídos por lentes, Oliver deduzira, o corte de cabelo surfista havia mudado recentemente para Militar e seus olhos vidrados olhavam para o nada como se o garoto estivesse preocupado com algo.

A vontade de Oliver era ir lá e dar um murro na cara de Tommy, afinal, ele havia tentando matar a ele e seus amigos nos últimos meses.

Ao invés de fazer isso ele acenou para Tommy que o agora o encarava e retribuíra o aceno com um sorriso largo e nem um pouco irônico.

Oliver estava a planejar alguma coisa.

Anoite havia começado há algumas horas. Oliver, Kath, Matt, Alice e seu namorado estavam em um fast food.

Oliver não parava de olhar o celular, ele não havia recebido nenhuma noticias de Jane há horas e Unknown estava quieto demais e aquele sorriso o incomodara.

O garoto chegara a tremer com tamanha preocupação.

Alice que estava com uma trança frouxa sobre os ombros, não parava de brincar com um dos brinquedos que a irmã de seu amigo, Kath, havia ganhado junto a um dos lanches que pedira. Matt e Ethan já haviam percebido que o garoto parecia ansioso, mas Alice, a mais lerda da turma havia demorado pra perceber isso, porém, assim que percebeu demonstrou tamanha preocupação.

— Ai azeitona, o que foi dessa vez? Seus pais lhe irritando novamente? — A garota colocou uma batata frita na boca pensando no quanto já havia comido naquele dia.

— Antes fosse. — O garoto queixou-se colocando a testa sobre a mesa suja.

— O que foi então, Antony? — Alice indagou o amigo esperando uma resposta concreta dessa vez.

— Quem é o Antony lendo jornal na fila do pão? — Oliver caçoou demonstrando menor preocupação com Antony.

— Não percebe Alice? — Matt olhou o amigo que havia tirado a cabeça da mesa o encarando com espanto. — É por causa da Jane. Aconteceu algo entre os dois. — O rapaz que procurava com um olhar distante a área de fumante pra ver se estava vazia informou à garota que estava preocupada.

— É verdade? Aconteceu algo com a... — A menina disse rapidamente e antes que pudesse acabar de falar fora interrompida.

— Não, bem, digo, aconteceu e não aconteceu. — Ele explicou enquanto bagunçava o cabelo sob a touca.

— Garoto — Alice urrou. — Você sabe que sou lerda, explica de um jeito que eu entenda. — A garota o ordenou.

— Ela me beijou. — Ele riu enquanto lembrava-se do cheiro da garota. — Só que não há vi depois disso. — Ele bufou demonstrando tamanha preocupação.

— O beijo foi tão ruim que fez a garota desaparecer. — Ethan comentou fazendo todos rirem.

— Idiota. — Alice e Oliver disseram ao mesmo tempo.

— Só que recebi uma mensagem de Unknown um pouco antes de sair do vestiário. — Ele colocou a testa novamente sobre a mesa.

— A gente havia combinado de contar ao outro sobre todas mensagens de Unknown, não? — Matt parecia irritado. — Juro pela Gabrielle Coco Chanel que ele irá se arrepender de ter mexido conosco. — Matt trovejou parecendo estar determinado.

Estava ficando cada vez mais tarde. Oliver precisava levar sua irmã embora.

Os garotos já haviam saído da lanchonete, estavam um tanto afastados da entrada/saída se despedindo quando Ethan voltara ao assunto.

— Não sei se perceberam, mas Tommy estava no ginásio, não havia como ele tirar Jane de lá e voltar tão rápido. — Ethan estava pensativo.

Ele não obteve resposta.

Oliver por certa forma estava feliz por não ser o único a ver Tommy mais cedo e provocou uma explosão de pensamentos em sua mente.

— Matt, o grimório está com você? — O garoto torcia que sim.

— É, acho que sim. Pelo menos estava. — Matt procurava em sua fiel tiracolo marrom da Louis Vuitton — Está aqui.

O grimório era um livro velho e pesado com a capa feita de um couro antigo e um metal prateado um tanto quanto conservado. Haviam algumas runas desenhadas em pelo couro e seu cheiro, apesar de velho, lembrava menta, morango e limão.

Oliver soltara a mão da sua irmã e olhara para Alice pedindo silenciosamente que ela não tirasse o olho da pequena garota. Em seguida, ele abrira em alguma página aleatória e o segurava com uma das mãos.

Indica mihi, quod volo. — O garoto sussurrou e então um vento frio surgiu sobre o livro e as páginas se movimentaram até abrir em uma página com alguns escritos em um tom de vermelho envelhecido com alguns desenhos celtas antigos.

A expressão do rapaz era preocupante. Ele não dissera algo por alguns instantes e então memorizava o número da página e entregara o grimório pra Matt e fixou seus olhos no do amigo.

— Vão chamar Antony. Urgente. O coven está precisando se reunir. No mesmo lugar do bosque de sempre.

— Posso ajudar? — Ethan demonstrou tamanha empolgação.

— Esse pesadelo só está começando. — Alice dissera e dera um beijo no rosto do namorado. — Mas é só com nós quatro.

O garoto não insistiu, ele percebera a tamanha inquietação que surgira em Oliver depois que lera alguma coisa no livro.

Oliver estava tão agitado que não conseguia enfiar a chave na fechadura, ele teve que respirar por alguns segundos antes de conseguir abrir o portão e deixar sua irmã com seus pais.

Ele deixara a irmã na cozinha aonde sua mãe encontrava e correra até seu quarto e assim que abrira a porta sua gata que o recebeu com três miados seguidos e ele sem fazer contato visual disse pra ela com a voz ríspida.

— Espero que não esteja com fome, sua gata obesa.

Oliver foi até a cômoda que ficava encostada em uma das paredes do quarto e bagunçara todas as gavetas, ele não conseguia encontrar o que procurava.

O rapaz se escorou na comada tentando fazer esforço pra se lembrar aonde pusera um saco de pano preto que guardava o que procurava e então se lembrara de um baú de madeira negra que ficava embaixo da sua cama.

Ele tirara o baú e lá estava o saco negro. Ele dispensara as coisas sobre sua cama conferindo se faltava algo.

Lá estava tudo que precisara. Velas coloridas, uma pra cada elemento. Cristais de diferentes tamanhos, dos quais Oliver analisava com cuidado tentando lembrar-se de cada um dos significados, um vaso de cerâmica, uma enorme concha, alguns gravetos secos de salgueiro que ele havia comprado pela internet e um pote de vidro com essência de várias flores.

Apressado o garoto guardava novamente os itens quando fora surpreendido por Julian. Ele entrara no quarto de uma forma com que fez Oliver, que estava distraído soltar um grito um tanto quanto constrangedor.

— Puta merda. — O garoto deixara a sacola de pano cair no chão deixando algumas velas rolarem até o tapete no centro do quarto.

Ele se abaixara pra pegar as velas rezando pra que seu primo não tivesse reparado nelas e assim que se levantou reparou na expressão do rapaz que estava vivendo em sua casa nos ultimo dias.

— Ai, não me olha com essa cara de espanto. Depois te explico. Realmente preciso ir. — Oliver estava embaraçado.

— Não, você vai esperar. — Julian franziu o cenho e deu um suspiro enquanto segurava um dos braços de Oliver e tentava tirar a sacola de suas mãos com outra.

— Você não entende. Eu preciso ir. — Oliver arregalou os olhos ao ver a hora em seu rádio relógio.

O primo mais velho empurrou o mais novo sobre a cama e tirou da sacola preta a vela vermelha e certificara que Oliver estivesse olhando.

Incendio. — O garoto dissera com a voz ampla e então um vento quente surgiu no quarto e a vela se acendera.

— Como? — o espanto estava estampado na cara do menino.

— Pensou que era o único da família? —um sorriso aparecera no rosto de Julian — Há quanto tempo você sabe disso?

— Desde a oitava série. Eu e alguns amigos. — Julian deu de ombros.

— Então você tem um clã? — O garoto estava animado com o rumo que a conversa estava tomando.

— Não mais.

— O que houve com eles? — Oliver olhou mais uma vez para o rádio relógio. — Bem, não tenho tempo. Depois conversamos.

O garoto se levantou, soprou a vela na mão do primo e então a guardou no saco.

Ele começou a andar em direção a porta e assim que chegara a escada que levara ao primeiro andar da casa e então ouvira a voz do primo.

— Eu te darei uma carona, temos muito a que conversar.

O carro não estava indo quão rápido o mais novo do primos quisera. Oliver ainda estava desconfiado, não acreditava que seu primo também era um bruxo.

Havia muitas coisas das quais ele não sabia.

Havia muitas perguntas sem respostas.

Eles não conseguiriam manter o silêncio por tanto tempo então Oliver abrira a boca.

— Por que você não tem mais um clã?

— Dois deles morreram. O outro... — ele pausou pensativo. — os espíritos baniram seus poderes e mesmo eu ainda tendo meus poderes...

— Não é a mesma coisa que praticar em grupo. — Oliver o interrompeu e completou sua frase.

— Exatamente.

— Qual seu elemento?

— O fogo.

— Como o.

— O Antony. — Julian interrompeu o primo — Eu sei, eu consegui sentir a energia de cada um dos bruxos do seu clã.

— Por que não disse antes?

— O clã não é meu.

— Antes tivesse falado, odeio admitir, mas meu clã literalmente precisa de ajuda.

Antes que Julian respondesse Oliver exclamou para o primo virar à direita e indicou aonde ele deveria estacionar.

A rua estava deserta, dois postes seguidos estavam com as luzes estragadas dificultando bastante à visão da rua. Ambos tiraram o celular do bolso e fizeram do flash do celular como lanternas e iluminaram as grades do bosque até achar a passagem para dentro do bosque.

Assim que os primos acharam os outros bruxos Alice levantou-se e Oliver deu um sorriso pra ela, mas a menina estava emburrada, literalmente com cara de bunda.

— Se Ethan não pode vim, que diabos Julian está fazendo aqui? — Ela encarava o menino.

Incendio. — Julian gritou e umas folhas secas sobre o chão do bosque incendiaram formando um círculo de fogo envolvendo a garota que fugia das chamas que dançavam com o vento frio daquela noite. — Vim fazer isso.

— Desfaça! — Oliver ordenou.

Antes que Julian tivesse o bom ato de apagar aquelas chamas Antony estendera a mão e rapidamente cerrou os punhos fazendo todas as chamas desaparecerem junto ao cheiro de mato queimado.

— Porque diabos fez isso? — Antony disse, mas logo viu que aquilo não era a pergunta certa para o momento. — Como conseguiu fazer isso?

— Desculpa Alice, noite ruim.

— Só porque está de mau humor não significa que pode matar alguém meiga como eu.

— Já chega Alice. Temos coisas mais importantes pra fazer. Se Oliver quis nos reunir misteriosamente há essa hora é porque ele tem motivos realmente sérios. — Matt cortara a menina que ficara sem graça.

— Desculpa ter sido grossa Julian. — A menina corou.

Oliver caminhou até uma parte plana do bosque e arrumou as velas e os cristais e olhara para os amigos para que cada um assumisse sua posição.

Logo em que todos posicionaram sua posição Oliver pegou a vela branca no centro do círculo e a acendera com um fósforo. Caminhara em direção de Matt que estava ao leste do círculo com a vela amarela já em suas mãos e com os olhos fechados concentrando em seu elemento.

Ventus et confitemini memoriæ nobis. — Matt disse e então o ar se agitou, várias correntes de ar vieram de todas as direções até chegarem ao redor do jovem bruxo do ar fazendo com que a fragrância de flores se espalhasse pelo ar.

Então Oliver com a vela que tinha a chama bastante agitada foi em direção a Antony. Oliver evitou fazer contato visual com o amigo e então passou a chama da vela branca para a vela vermelha fazendo Tony tomar a iniciativa de invocar seu elemento.

Purificent nos, ignis. — Os gravetos secos do sabugueiro se incendiaram de uma forma inexplicável. As chamas subiram de uma forma tão grandiosa que fizera Antony dar uns passos para trás.

Chegara à vez de Oliver invocar o elemento. Ele pegara a vela azul no chão e sem pensar duas vezes ele acendera a vela. Já antes de invocar o elemento ele conseguia sentir seus pés molhados, um forte cheiro do oceano e barulho das ondas batendo nas rochas.

Aqua, da nobis sapientiam. — E então Oliver teve a impressão de estar sob a água e a concha posicionada aos pés do garoto estava com água que refletia a luz do luar.

Enfim chegara a vez da única garota daquele clã.

Oliver se sentindo revigorado não hesitou em acender a vela verde de Alice

Terram, da nobis virtus. — A menina dissera e então algumas flores azuis floresceram ao redor de seus pés, alguns cipós caíram das árvores e o vaso de cerâmica havia sido enchido de terra e uma pequena grama nascera e no centro havia uma Epiphyllum oxypetalum florescia aos poucos lançando um perfume diferente dos demais que aparecera no ambiente quando Matt invocara o ar.

O círculo havia sido invocado.

Outrora, aquele coven já havia se reunido outras vezes, mas nenhum com a serenidade de agora.

Eles conseguiam sentir que tempos sombrios estavam por vim, só não tinham a coragem de admitir.

Oliver já impaciente pediu a Matt que o entregasse o grimório. Ele abriu na página que decorara e então depois de alguns segundos em silêncio lendo novamente a página abrira a boca.

— Depois que descobrimos que Tommy também era um bruxo, desconfiava que seus poderes não fossem naturais como os nossos.

Unknown — Julian que estava sentado ao sudoeste do círculo entre Oliver e Antony estava desinformado.

E então, depois de alguns minutos os quatro conseguiram informar Julian sobre algumas coisas. Eles não queriam demonstrar que tinham segredos terrivelmente obscuros dos quais Unknown revelasse, nunca mais teriam coragem de sair na rua ou até mesmo serem presos.

Oliver pegou o grimório e colocou no centro do círculo para que todos pudessem observar os desenhos na página, eram mais do que desenhos celtas.

Eram sombras, talvez espíritos.

— Essa página está no começo do livro, o dono do grimório na época escreveu em latim e pelo que entendi isso são espíritos.

Todos trocaram olhares assustados.

Então Julian se aproximou do velho livro e só de bater o olho no livro sua expressão mudara completamente.

— Magia das sombras. — Ele sussurrara com uma voz fúnebre.

— Alguém ao invés de ter afinidade com os elementos, tem afinidade com a sombra? — Alice disse assustada.

Antony deu uma risada duvidosa.

— Não exatamente. Já ouviu falar em vender a alma para o diabo? — Julian colocou um sorriso sarcástico na cara.

— Sim. — Oliver e Antony disseram juntos.

— É parecido. No entanto, troquem o demônio por espíritos. Assim você terá poderes variados como... — Ele pensou um pouco pra responder — tomar a forma de uma sombra, viajar no tempo, congelar o tempo e outras inúmeras coisas que bruxos naturais, como vocês podem fazer.

— Puta merda, estamos fodidos. — Alice disse olhando para trás pensando ter ouvido passos.

— É vocês estão fodidos. Pelo que me contaram Unknown já está usando magia das sombras há mais tempo que imaginam.

— E o que podemos fazer pra nos proteger daquela bicha pão com ovo que é o Tommy? — Matt estava apavorado com a ideia de que Tommy havia vendido sua alma só pra acabar com a paz em sua vida e na de seus amigos.

The Four Wonders. — A voz de Julian tremera ao pronunciar a palavra.

— Isso é o nome de alguma boyband? — disse Matt confuso.

— Estamos falando das nossas vidas ou de música pop? — Oliver fitou o amigo com os olhos.

As maravilhas. — Julian encarava o clã de seu primo meio decepcionado. — Não é possível que nunca, ouviram falar. Afinal vocês tem o costume de ler o grimório ou não?

— Não. — Os quatro disseram juntos soltando uma risada abafada.

The Wonders é um ritual que as velhas bruxas realizavam em época de crise. A natureza reconhecia os problemas e concedia a cada bruxo do clã um dom diferente.

— E precisamos vender nossas almas pra alguém pra fazer isso? Porque eu não sei se estou de acordo com isso.

Nenhum dos quatro rapazes conseguiu conter a risada.

E então Julian negou a pergunta da garota e explicou como tudo funcionava. Era algo simples, mas totalmente sábio que as bruxas antigas criaram para darem a elas forças para não deixarem sua raça morrer quando encontravam algum inimigo. Geralmente, alguém que quisessem leva-las para a fogueira ou amarra-las a uma cadeira e jogarem no fundo do rio.

Depois de uma longa discussão sobre se essa seria a melhor saída eles tomaram uma decisão.

— Vamos realizar The Wonders na esperança que ela nos guie até a luz nesses tempos sombrios.


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Notas finais do capítulo

É isso ai.