Achei estranho a Fatinha ter aceitado numa boa ser mina amiga. Pensei que ela fosse brigar comigo quando eu contasse que menti sobre a Ana estar grávida. Cheguei em casa a Juliana estava no sofá.

- Oi Ju. Ainda acordada por que? - perguntei fechando a porta.

- Você foi atrás dela de novo? Eu falei pra você não ir.

- Ju, tá tudo bem. Nós vamos ser amigos.

- Amigos? Você e a Fatinha?

- Sim. A gente conversou e achamos melhor assim.

- Você achou melhor assim, né? 

- É Juliana. Eu disse que não vou ficar com ela e pedi pra sejamos amigos. Ela concordou.

- Tudo bem. Acho que ela não merece mesmo.

- Não merece o que Ju?

- Nada não Bruno. Tchau.

- Vai ficar me tratando assim, agora?

- Não. Desculpa. A Fatinha é minha amiga e você meu irmão. Só não quero vê-la triste e espero que você tenha feito o que realmente quer. Porque quando ela decide uma coisa ela vai até o fim. E ela estava realmente disposta a te esquecer.

- Eu percebi isso quando ela falou comigo. Foi fria e disse que aceitava. - eu disse cabisbaixo.

Eu estava me sentindo mal. Sei lá. Já nem sei mais se eu devia ter dito aquilo tudo. Mas agora eu já disse. Talvez seja melhor assim.

- Que bom. Espero que você respeite a decisão dela, então.

- Vou respeitar e quero que ela respeite a minha.

- Vai sim, porque eu vou ajudar.

- Boa noite, vou pro quarto. - eu disse.

- Boa noite.

Fui para o meu quarto e me deitei na cama. Fiquei me sentindo triste. Senti falta da Ana. Ela mesmo com todos os defeitos sempre tentava me animar de algum jeito e me dava carinho, mesmo com o jeito estranho dela. Quero que ela volte logo.