Diga que me quer. escrita por Nathalia Alves


Capítulo 45
Te ver e não te querer, é improvável é impossível




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/327767/chapter/45

Entrei no shopping e fiquei procurando a Lia e a Ju. Estavam na fila da pipoca. Já haviam comprado os ingressos.

- Parem de me deixar sozinha com o Bruno. Por favor. Eu to falando sério. - eu disse séria.

- Desculpa. É que ele ficou te olhando de um jeito.. - a Ju disse e sorriu.

- Problema. Só não falam mais isso.

Fomos para o cinema. Vimos um filme de romance. E eu como sempre, chorei o filme inteiro. O filme contava a história de uma mulher que se apaixonou por um taxista e que eles ficaram juntos. Mas depois ele foi embora e a deixou sozinha. A história partiu meu coração. Sei lá, foi muito triste. No final ele morre nos braços dela e pedindo perdão. Uma coisa bem triste mesmo. 

Quando saímos do shopping, ficamos na porta esperando o Bruno chegar. Eu estava sem ânimo nenhum pra ir pra balada. Aquele filme me deixou triste demais. Quando o Bruno chegou, parou o carro em frente a calçada e entramos no carro.

- Maninho liga o rádio por favor. - a Ju disse olhando pra ele.

- Liga aí Ju. - ele disse. - Como foi o filme? 

- Muito triste. - a Lia respondeu colocando a mão no banco do motorista e outro no do carona.

Enquanto a Ju passava de uma estação pra outra, não havia nenhuma música legal. Até que ela parou justamente na estação que estava tocando a tal música.

- Essa música é muito linda. - a Ju disse se deixando levar pelo ritmo.

- É Ironic, o nome né? - o Bruno disse e pude ver que ele me olhou pelo retrovisor. Meus olhos encheram de lágrimas.

- É sim. Já tinha escutado antes? - a Ju perguntando olhando pra ele.

- É. Já ouvi sim. - ele disse.

A Ju ficou cantando a música e eu abaixei a cabeça no banco de trás e comecei a chorar. Eu tava ali tão perto dele e não podia fazer nada. A cada verso da música eu lembrava do dia que ele fez massagem e mim. Como eu sinto falta de tocá-lo e ficar perto dele. Até que a Lia me abraçou e percebeu que eu estava triste.

- O que houve? - ela falou baixinho.

- Essa música é muito triste pra mim.

- Porque?

- Lembra aquele dia que eu fiquei com o Bruno no stand?

- Lembro.

- Então, eu disse que sempre que ele ouvisse essa música era pra ele lembrar de mim. - eu disse falando baixinho, pra só a Lia escutar.

- Para com isso. Levanta essa cabeça, enxuga essas lágrimas. Olha pra ele, amiga. Ele parece nem ligar pra você e você vai ficar chorando? Por favor. Ele não merece isso.

- Eu sei. - eu disse e levantei o rosto. Fiquei olhando pela janela e deitei minha cabeça no banco. Pude perceber que o Bruno falava algo com a Juliana, mas eu estava tão destraida que nem prestei atenção.

Até que chegamos em frente o prédio. Eu fui a primeira a abrir a porta. Dei um tchau muito rápido pra Lia e pra Ju e agradeci o Bruno pela carona. Fui correndo pro meu apartamento.

Cheguei lá, fui pro banho. Saí do banho e liguei para o Vitor. Eu não conseguia parar de chorar, minha barriga voltou a doer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Diga que me quer." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.