Fui para o quarto da Juliana e tranquei a porta para que o Bruno não pudesse ouvir a conversa.

- O houve amiga? - ela perguntou ao ver que eu estava triste.

- Amiga eu to muito sentimental esses dias. Eu choro por qualquer coisa. - eu disse já com os olhos cheios de lágrimas.

- Hoje é dia de comemorar, não fica assim. - ela disse tentando me animar.

- Amiga, cadê a Lia? - eu disse limpando o rosto com cuidado pra não borrar a maquiagem.

- Não sei. Ela ainda não ligou. Enquanto eu me arrumou, vai lá chamar ela?

- Vou sim. - eu disse e fui me levantando. Me olhei no espelho, sorri e abri a porta.

Vi que o Bruno estava sentado na mesa e quando ouviu o barulho da porta do quarto da Ju batendo, olhou pra trás. Levou um susto quando me viu. Fui até a porta e quando tentei abrir, percebi que estava trancada. Eu olhei pro Bruno, que estava rindo. E dei um sorriso super irônico. Ele percebeu que eu queria sair, e veio em direção a porta. Gelei.

- Boa noite Fatinha. - ele disse com um sorriso malicioso no canto dos lábios. 

Nem respondi. Fiquei virada de cara pra porta esperando ele abrir. Ele fazia de conta que ia abrir a porta mas ficava rindo. Que vontade de dar um soco na cara dele. 

- Dá pra abrir a porta, ou está difícil? - eu perguntei irritada.

- Segunda opção. - ele disse em voz baixa, se aproximando.

Tentei puxar a chave da mão dele e abrir a porta, foi aí que ele chegou mais perto ainda. Suspirei e fechei os olhos com tanta força que nem sei como meus cílios postiços não saiu.

- Bruno.. abre essa porta. - eu disse já quase perdendo a voz. Ele estava com a cabeça praticamente quase enterrada no meu pescoço. Senti o frio quente saindo da sua respiração.

Ele então se afastou e abriu a porta. Quando eu ia sair, ele puxou meu braço.

- Você está linda. - ele sussurrou no meu ouvido.

Deu um tapa no braço dele, e ele me soltou. E então fui até o apartamento da Lia.