Diga que me quer. escrita por Nathalia Alves


Capítulo 17
Bruno vai atrás de Fatinha.




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Meus olhos estavam ardendo demais por conta do quanto eu havia chorado. E quando vi o Bruno ali, parado na minha frente, arderam mais ainda. Fiquei vermelha. Me virei para o espelho. Não queria que ele me visse daquele jeito. Não queria que ele me visse chorando. Não consegui me virar e olha-lo.

- O que você tá fazendo aqui? Se te pegarem aqui, ainda mais comigo, não vai ser nada legal pra você. - eu disse limpando meu rosto.

- E pra você? Vai ser legal? - disse e eu travei na hora.

- Bruno, sai daqui por favor. - disse indo em direção a porta, tentei abri-la, mas percebi que estava trancada e me desesperei.

- Calma. Eu só vim pra ver como você estava. A chave está comigo. Eu vou abrir a porta, mas primeiro a gente precisa conversar. - disse se aproximando de mim.

- Eu não tenho nada pra conversar com você. Sai daqui agora, por favor. - ao sentir o calor que o corpo do Bruno passava pra mim, saí de perto dele o mais rápido possível e sentei no banquinho que havia no meio do banheiro.

- Porque não conseguiu ler o texto que você escreveu? Porque ficou daquele jeito?

- Não te interessa. Abre a porta que eu quero sair daqui.

- Eu vou abrir. Mas depois que você me responder, o que eu quero saber.

- Não vou falar nada. Abre a porta agora, se eu não eu vou...

Tentei continuar, mas o Bruno me puxou pelo braço me fazendo levantar do banco e pressionando meu corpo contra a parede. Ele grudou o corpo dele em mim e meu coração veio na garganta e desceu de novo. Ele olhava pra mim de um jeito que nunca havia olhado antes. Fiquei nervosa, faltou pouco desmaiar ali, nos braços dele.

- Aquele texto tem alguma coisa a ver comigo? Você pensou em mim pra escrevê-lo, Fatinha? Seja sincera.

- Não tem nada. A ver. Com você. - eu disse engolindo saliva e fazendo uma pequena pausa entre as palavras.

- Não acredito em você. Me fala a verdade se não, eu não vou te soltar daqui.

- Por favor. 

Disse e fechei os olhos. Foi como se eu tivesse me entregando pra ele mais uma vez. Caí nos seus ombros, agora não via nada. Ficou tudo preto. Até que recuperei os sentidos em segundos e Bruno me envolveu em um abraço tão.. diferente. Porque ele estava me abraçando daquele jeito? Ele nunca me abraçou assim antes. Meus pensamentos se reviraram dentro da minha cabeça. Tentei, de leve, me soltar. Mas o abraço dele estava acolhedor, quente, carinhoso, bom demais pra eu me soltar. Não me importaria de ficar abraçada com ele ali, o dia inteiro. Bruno foi me soltando aos poucos, mas grudou sua testa na minha e me fuzilou com os olhos. Ele me olhou de um jeito que eu nem sei dizer. Só sei que perdi todos os meus sentidos. E quando vi o Bruno fechando os olhos e chegando a boca perto da minha, eu decidi então me entregar. Mesmo sem saber porque ele foi atrás de mim. Eu realmente não entendi. Porque ele me beijou daquele jeito? Porque me abraçou daquele jeito? Porque não me deixou sair? Sem pensar no que aconteceria depois, continuei beijando ele. O beijo foi ficando cada vez mais intenso. Ele então me pegou no colo e me colocou em cima da pia. Agora começou a me beijar mais depressa. Meu corpo ficou quente, comecei a suar, ele tentou tirar minha blusa. Aí que meu coração quase saiu mesmo.

- Bruno, aqui não por favor. - eu disse enquanto ele beijava meu pescoço, fazendo eu me arrepiar toda.

- Deixa. Por favor. - ele disse enquanto passava a língua na minha orelha.

- Aqui não Bruno. Alguém pode bater na porta. - eu disse puxando o cabelo dele com força.

- Mais tarde. Eu posso passar. No seu. Apartamento? - ele disse enquanto me dava beijos.

- Não. Você mesmo disse que não é certo.

- Mais eu to morrendo de vontade de ficar com você de novo. E eu sei que você quer tanto quanto eu, mais tarde eu vou passar lá. - disse mordendo a minha boca, com tanta força que dei um grito.

- Me machucou. - eu disse empurrando-o para longe de mim.

- Desculpa. - ele disse e veio ao meu encontro de novo. 

Ele me pegou no colo, me colocou contra a parede novamente e me beijou de novo.

- Mais tarde eu passo no seu apartamento. Esteja lá às 22h. - ele disse indo em direção à porta. 

Quando o vi indo embora, meu coração apertou. Algo dentro de mim gritava para que ele voltasse pra perto de mim e ao mesmo tempo eu sabia que tinha que voltar para a Quadra. As meninas já deviam estar malucas com o meu sumiço. Fui correndo para o stand e chegando lá Lia e Ju quase que me bateram.


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Notas finais do capítulo

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