Fright escrita por mariKato
- MARI QUER CASAR COMIGO????? - Gritou Key fazendo cara de criança esperando o doce.
Normalmente eu responderia: “É claro Key, você é o homem da minha vida”, mas nós estávamos saindo do aeroporto: eu, ele, o Pi, o Ryo, a Marito e o lindo YunHo.
- Mari, você não me disse que estava namorando. - Disse Marito
- E não estou – disse eu olhando para YunHo
“Ai como eu sou cara de pau”
- E ele quem é?
- Eu sou o Key – disse ele
- Ele é o Key, meu amigo. - Esclareci
Quando chegamos em casa Ryo disse:
- Mari, que história é essa de você estar recebendo trotes?
- Como você sabe? - Perguntei assustada
- Ué, a maluca que atendeu o seu celular me disse.
- Ah é verdade – disse aliviada
- Então é por isso que você atendeu o telefone tão assustada quando nós ligamos? - Perguntou YunHo
- A verdade é que a minha irmã é maluca – disse Yamap, ele bagunçou o meu cabelo e depois simplesmente piscou pra minha amiga.
“Cara de pau, isso deve ser de família…”
Fomos nos deitar, eu olhei pro meu celular e num impulso maluco o agarrei: quem quer que seja que estava tentando me assustar estava conseguindo, e eu não podia nem sequer retornar a ligação: o número era restrito. Estava absorvida em meus pensamentos quando ele tocou.
- Alô – disse assustada
- Você não respondeu sequer casar comigo.
Key.
Ai que alívio. Imaginei a cara que ele estava: apostaria dez reais com qualquer um, que ele estava fazendo beicinho.
- PARA DE FAZER BEIÇO KEY, DAQUI A POUCO EU VOU COMEÇAR A CONCORDAR COM A BELL E ACHAR QUE VOCÊ É GAY – ouvi Ana gritar.
- Você não quer mais casar comigo? - Perguntou ele novamente sem dar atenção ao ataque histérico da irmã.
- É claro que eu quero Key, você é o homem da minha vida.
Percebi que ele ficou muito aliviado. Depois de meia hora de conversa fiada virei pro lado e dormi.
Sonhei que estava andando em um pântano escuro, eu ouvia o toque do meu celular, a cada passo ele ficava mais alto. Olhei pra trás e vi alguém de costas, ele era alto, cabelo preto liso, com um celular azul nas mãos, ele estava me ligando, quando ele se virou vi que ele tinha a boca perfeita. E então eu acordei.
Olhei em volta: todos me observavam: YunHo (lindo como sempre), Marito, Pi (e sua cara de chapado) e Ryo. Passei a mão na testa e vi que estava suando.
- O que houve? - Perguntou YunHo assustado
- Só um pesadelo – respondi
- Você está péssima – disse Ryo – Quer dizer você normalmente é assim…
Olhei para o relógio: 6:00
- Tenho que ir pra aula.
Eles saíram do meu quarto e eu fui tomar banho, aquele sonho era, de alguma forma, real demais.
Coloquei meu uniforme e vi que Marito estava ainda de pijama encolhida na cama.
- Por que você ainda está de pijama? - Perguntei
- Ué? Por quê? - Perguntou ela
- Por que você vai comigo pra aula. Eu já falei com o diretor, pegue um uniforme meu ali dentro do armário.
- Eu vou de uniforme?
- Aham
Percebi que minha amiga tremia, tremia e tremia, me sentei ao lado dela:
- O que há?
- Eu. Eu preciso te contar uma coisa.
- Conta.
- Eu disse que estava fugindo e bem… é verdade…
- MARI VAMOS. - Gritou Pi
- Marito, você me conta quando nós voltarmos, certo? Acho que já estamos atrasadas. Se troca rapidinho, eu te espero na cozinha.
Cheguei na cozinha e vi que o jornal estava encima da mesa, eu não costumo lê-lo, mas naquele dia o abri justamente na página policial, meus olhos se arregalaram. Senti o sangue gelar nas veias. A manchete dizia:
MORTES NO PÂNTANO
“3 estudantes do colégio Nihon foram encontrados mortos no pântano da zona leste, a polícia suspeita que as mortes ocorreram por volta das 14:04, havia um celular azul ao lado dos corpos de Gabriela Afuso Midori, Tegoshi Yuia e Massuda Takahisa”
- AAAAAAAAAAAA – não contive o grito, aqueles eram alunos do colégio onde eu estudava, os dois primeiros eu não conhecia, mas Massuda Takahisa…. O Massu... namorado da minha amiga Tako.
Pânico.
Terror.
Medo.
E dois detalhes: um celular azul e o horário.
TRIMMMMMMMMMM TRIMMMMMMMMMM
Era o telefone de casa, imaginei Tako do outro lado chorando litros, mas quando atendi, ouvi uma voz rouca e desconhecida:
- Cuidado
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