Fright escrita por mariKato
Capítulo 1 – O primeiro contato
- Alô, alô – repeti mais de três vezes essa palavra e simplesmente não houve resposta. Isso estava começando a me irritar.
- Algum problema? -perguntou Ana se aproximando
- Nenhum, só aqueles trotes idiotas que não param. - Disse irritada
- Você ainda não descobriu quem é?
- Não.
- Deve ser Onew, aquele nerd estranho da aula de Inglês.
- Onew? Quem é esse?
“Onew? Tem alguém com esse nome na escola?”
- Aquele nerdzinho que anda com a Bell
Bell era minha amiga, costumávamos chamá-la de dona encrenca. Semana passada cismou que Key era gay e que ele estava dando encima do amigo dela o… ONEW!!!
- Ana, por que o Onew me telefonaria? - Perguntei enquanto colocava os sapatos
- Sei lá… dizem que ele gosta de você.
“O ONEW O NERD?”
Quando eu ia perguntar por que o Onew iria gostar de mim, uma pessoa que nem sequer se lembrava que ele existia, Key apareceu correndo igual a uma gazela.
- Key anda direito, depois você acha ruim quando as pessoas digam que você é gay
Ah ainda não disse, mas o Key é meu melhor amigo e eu acho extremamente fofo o jeito como ele anda, a Ana não acha.
- Ah irmãzinha não implica – disse ele apertando as bochechas da irmã – E eu não sou gay eu vou casar com a Mari – disse ele apontando pra mim.
- Deixa o Kame ouvir isso. - Disse Ana meio irritada
- Ana, eu não tenho nada com o Kame caramba.
Kame era sem dúvida um hiper partido: rico, simpático, carinhoso, charmoso, bonito… mas ele era somente meu amigo e só havia se aproximado de mim por que estava apaixonado pela Ana, infelizmente ele havia pedido segredo.
14:04
Estávamos andando pelo corredor, eu já estava bem mais calma, até que meu celular tocou de novo:
- Alô, alô – quando eu ia desligar eu ouvi ao fundo muitos gritos e um pedido de socorro
- Mari, você está bem? - Perguntou Key me olhando de olhos arregalados
- Ela vai desmaiar – disse Ana
Não, eu não ia desmaiar. O pedido de socorro continuava e os gritos eram cada vez mais terríveis. Eu queria ouvir mais, mais e mais, porém alguém arrancou o celular da minha mão:
- Eu já disse pra trocar o número desse telefone – disse Kelly, minha amiga. Ela estava extremamente irritada.
- Tinha alguém… alguém… pedindo so socorro – disse eu ainda em transe.
- Trote. Já ouviu falar? - Disse ela ainda mais irritada.
Olhei para a bolsa de minha amiga e vi que ela havia comprado mais um chaveiro verde, com esse ela completava vinte e três chaveiros da mesma cor.
Key olhou e depois perguntou inocente:
- A sua cor favorita é verde?
Ela lançou um olhar fulminante sobre ele e quando ia responder, de uma forma não muito educada, meu celular tocou de novo:
- Alô – disse Kelly arrancando o celular da minha mão – Olha aqui seu desocupado, a Mari tem mais o que fazer do que ficar atendendo seus trotes idiotas – ela ficou e silêncio – Ann? - Vi que suas bochechas ficaram vermelhas – Desculpe eu vou passar pra ela – ela então estendeu o telefone na minha direção e disse fazendo bico:
- É um tal de Ryo
Ryo era o melhor amigo do meu irmão, eu ainda não disse mas eu tenho um irmão.
- Oi – disse desanimada enquanto lançava um olhar assassino pra minha amiga
- Quem foi a maluca que atendeu o seu celular?
- Uma amiga
- Bonita?
- O que você quer?
- Cadê o Tomo?
- Quem?
- O Tomo, seu irmão, ô retardada.
- Ah o Yamap? - Disse eu. Tomo era gay e irritante, e além do mais era um apelido idiota.
- Você tem outro irmão?
- Não.
- Então?
- Por que você não liga pra ele?
- Por que só da ocupado, estou preocupado.
Uma sensação tomou conta de mim. E se os gritos que eu ouvi fossem do meu irmão?
Pânico
- Mari, você ainda está aí?
- Estou.
Abaixei a cabeça e tentei manter a calma, foi quando alguém colocou a cabeça no meu ombro e disse:
- KONKON
Suspirei aliviada e dei um grito de felicidade enquanto pulava no pescoço do meu irmão.
- PI o/
- Você está bem? - Perguntou ele, eu amava meu irmão mas não demonstrava isso com muita frequência, salvo as exeções quando alguma assanhadinha ligava lá em casa atrás dele.
- Não, ela não está nada bem. Leva ela pra casa – disse Ana
- Eu não. O Key leva. - Disse Yamap tentando se livrar de mim, que não parava de pular em seu pescoço.
- Ah, Pi o Ryo te ligou. - Disse eu
- Meu Deus – disse batendo a mão na testa – Esqueci. O Ryo deve estar no aeroporto.
- Fazendo o que?
- Ele vai passar uns tempos lá em casa.
Soltei meu irmão na hora, o Ryo me irritava e ter ele como hóspede não era algo muito agradável:
- E você não me consultou por que?
- Por que eu ouvi você no telefone com aquela sua amiga que eu não conheço e eu sei que ela também está vindo pra cá, e você não me consultou.
- Que amiga? - Perguntaram Ana e Kelly
- A Marito – respondi
- Uhhhhuuhhhh – gritaram as duas pulando de felicidade
Marito havia ido embora antes do meu irmão resolver atormentar a minha vida, leia-se mudar-se para o meu apartamento.
É eu tenho um AP, chique né? Eu queria liberdade mas o Pi estragou tudo, o lado bom é que ele é super pop no colégio e seus amigos são ultra maravilhosos e vivem lá.
Mas voltando a minha amiga, ela estava fugindo de alguma coisa que eu não fazia idéia do que era:
- O irmão dela vem também?
Eu sabia as safadinhas estão empolgadas por que o irmão da Marito é simplesmente tudo de bom:
- Vem – respondi já sonhando com aquela beldade na minha casa.
-MARIANE, NÃO VAI TER ESPAÇO – gritou Pi
“Ué, ele ainda ta aí?”
- Yamap, o seu amigo está te esperando – disse Ana
- Ah é verdade. E você mocinha vá pra casa, afinal, quando a sua amiga chega? -perguntou ele apertando o meu nariz.
- Hoje, ela di disse que me li ga va.
“Meu Deus será que era a Marito?”
Fiquei novamente com aquele pânico no corpo, senti minhas pernas amolecerem, e então meu celular tocou.
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