Fright escrita por mariKato


Capítulo 2
Capítulo 1




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Capítulo 1 – O primeiro contato

 

 

- Alô, alô – repeti mais de três vezes essa palavra e simplesmente não houve resposta. Isso estava começando a me irritar.

- Algum problema? -perguntou Ana se aproximando

- Nenhum, só aqueles trotes idiotas que não param. - Disse irritada

- Você ainda não descobriu quem é?

- Não.

- Deve ser Onew, aquele nerd estranho da aula de Inglês.

- Onew? Quem é esse?

 “Onew? Tem alguém com esse nome na escola?”

- Aquele nerdzinho que anda com a Bell

 Bell era minha amiga, costumávamos chamá-la de dona encrenca. Semana passada cismou que Key era gay e que ele estava dando encima do amigo dela o… ONEW!!!

- Ana, por que o Onew me telefonaria? - Perguntei enquanto colocava os sapatos

- Sei lá… dizem que ele gosta de você.

“O ONEW O NERD?”

Quando eu ia perguntar por que o Onew iria gostar de mim, uma pessoa que nem sequer se lembrava que ele existia, Key apareceu correndo igual a uma gazela.

- Key anda direito, depois você acha ruim quando as pessoas digam que você é gay

Ah ainda não disse, mas o Key é meu melhor amigo e eu acho extremamente fofo o jeito como ele anda, a Ana não acha.

- Ah irmãzinha não implica – disse ele apertando as bochechas da irmã – E eu não sou gay eu vou casar com a Mari – disse ele apontando pra mim.

- Deixa o Kame ouvir isso. - Disse Ana meio irritada

- Ana, eu não tenho nada com o Kame caramba.

Kame era sem dúvida um hiper partido: rico, simpático, carinhoso, charmoso, bonito… mas ele era somente meu amigo e só havia se aproximado de mim por que estava apaixonado pela Ana, infelizmente ele havia pedido segredo.

 

14:04

Estávamos andando pelo corredor, eu já estava bem mais calma, até que meu celular tocou de novo:

- Alô, alô – quando eu ia desligar eu ouvi ao fundo muitos gritos e um pedido de socorro

- Mari, você está bem? - Perguntou Key me olhando de olhos arregalados

- Ela vai desmaiar – disse Ana

Não, eu não ia desmaiar. O pedido de socorro continuava e os gritos eram cada vez mais terríveis. Eu queria ouvir mais, mais e mais, porém alguém arrancou o celular da minha mão:

- Eu já disse pra trocar o número desse telefone – disse Kelly, minha amiga. Ela estava extremamente irritada.

- Tinha alguém… alguém… pedindo so socorro – disse eu ainda em transe.

- Trote. Já ouviu falar? - Disse ela ainda mais irritada.

Olhei para a bolsa de minha amiga e vi que ela havia comprado mais um chaveiro verde, com esse ela completava vinte e três chaveiros da mesma cor.

 Key olhou e depois perguntou inocente:

- A sua cor favorita é verde?

Ela lançou um olhar fulminante sobre ele e quando ia responder, de uma forma não muito educada, meu celular tocou de novo:

- Alô – disse Kelly arrancando o celular da minha mão – Olha aqui seu desocupado, a Mari tem mais o que fazer do que ficar atendendo seus trotes idiotas – ela ficou e silêncio – Ann? - Vi que suas bochechas ficaram vermelhas – Desculpe eu vou passar pra ela – ela então estendeu o telefone na minha direção e disse fazendo bico:

- É um tal de Ryo

Ryo era o melhor amigo do meu irmão, eu ainda não disse mas eu tenho um irmão.

- Oi – disse desanimada enquanto lançava um olhar assassino pra minha amiga

- Quem foi a maluca que atendeu o seu celular?

- Uma amiga

- Bonita?

- O que você quer?

- Cadê o Tomo?

- Quem?

- O Tomo, seu irmão, ô retardada.

- Ah o Yamap? - Disse eu. Tomo era gay e irritante, e além do mais era um apelido idiota.

- Você tem outro irmão?

- Não.

- Então?

- Por que você não liga pra ele?

- Por que só da ocupado, estou preocupado.

Uma sensação tomou conta de mim. E se os gritos que eu ouvi fossem do meu irmão?

 Pânico

- Mari, você ainda está aí?

- Estou.

Abaixei a cabeça e tentei manter a calma, foi quando alguém colocou a cabeça no meu ombro e disse:

- KONKON

Suspirei aliviada e dei um grito de felicidade enquanto pulava no pescoço do meu irmão.

- PI o/

- Você está bem? - Perguntou ele, eu amava meu irmão mas não demonstrava isso com muita frequência, salvo as exeções quando alguma assanhadinha ligava lá em casa atrás dele.

- Não, ela não está nada bem. Leva ela pra casa – disse Ana

- Eu não. O Key leva. - Disse Yamap tentando se livrar de mim, que não parava de pular em seu pescoço.

- Ah, Pi o Ryo te ligou. - Disse eu

- Meu Deus – disse batendo a mão na testa – Esqueci. O Ryo deve estar no aeroporto.

- Fazendo o que?

- Ele vai passar uns tempos lá em casa.

Soltei meu irmão na hora, o Ryo me irritava e ter ele como hóspede não era algo muito agradável:

- E você não me consultou por que?

- Por que eu ouvi você no telefone com aquela sua amiga que eu não conheço e eu sei que ela também está vindo pra cá, e você não me consultou.

- Que amiga? - Perguntaram Ana e Kelly

- A Marito – respondi

- Uhhhhuuhhhh – gritaram as duas pulando de felicidade

Marito havia ido embora antes do meu irmão resolver atormentar a minha vida, leia-se mudar-se para o meu apartamento.

É eu tenho um AP, chique né? Eu queria liberdade mas o Pi estragou tudo, o lado bom é que ele é super pop no colégio e seus amigos são ultra maravilhosos e vivem lá.

Mas voltando a minha amiga, ela estava fugindo de alguma coisa que eu não fazia idéia do que era:

- O irmão dela vem também?

Eu sabia as safadinhas estão empolgadas por que o irmão da Marito é simplesmente tudo de bom:

- Vem – respondi já sonhando com aquela beldade na minha casa.

-MARIANE, NÃO VAI TER ESPAÇO – gritou Pi

“Ué, ele ainda ta aí?”

- Yamap, o seu amigo está te esperando – disse Ana

- Ah é verdade. E você mocinha vá pra casa, afinal, quando a sua amiga chega? -perguntou ele apertando o meu nariz.

- Hoje, ela di disse que me li ga va.

“Meu Deus será que era a Marito?”

Fiquei novamente com aquele pânico no corpo, senti minhas pernas amolecerem, e então meu celular tocou.


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