Doce Encanto escrita por Marie


Capítulo 5
Um lugar mágico


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Esse não é cap completo mas eu não queria deixxar a fic um longo tempo sem postar.Me diverti muito fazendo esse cap e espero que vcs também. bjsss



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Estava no carro de Edward indo a sei lá aonde.

Ele me parecia bem entusiasmado com essa surpresa que me daria, iria ser "pelo bem da nossa amizade" como o próprio disse.

Não tinha a menor ideia o que se passava naquele cabeção, mais devo admitir que estava bem curiosa pra saber logo onde estava me levando e pra que. Não aguentei e verbalizei o que estava gritando na minha cabeça.

–Fala logo para onde estamos indo Edward. - pedi.

–Não se preocupa Belinha, logo saberá- piscou pra mim.

–Poxa, mais você não pode me dar nem um diquinha. - implorei.

–É uma s.u.r.p.r.e.s.a Bell! - soletrou- Que graça vai ter se eu te contar primeiro.

–Dar uma dica não vai fazer mal nenhum.

–Mais eu prefiro deixar você na curiosidade. -sorriu matreiro.

Dei um soco falso no ombro dele, rindo também.

–Não terá graça nenhuma se eu te contar antes da hora. - disse levantando as mãos do volante e as pousando de novo - Vai ter que esperar Belinha.

Bufei tentando me conforma.

–Mais vai demorar muito pra chegar á esse tal lugar?

–Não, já tamo chegando. - disse virando uma curva.

Enquanto o tempo passava pude apreciar o belo dia que ainda se passava nessa tardizinha de Forks, o tempo ainda estava bom com um sol bem agradável, que não fazia o vento que batia em meu rosto e bagunçava seus cabelos ser frio, mais sim bom e revigorante.

O que me fez apreciar mais ainda esse tempo que passava com Edward, estava realmente gostando do rumo leve e despreocupante que aquela tarde estava sendo para nós dois, como se fossemos novamente os mesmos amigos que um dia fomos anos atrás, sem a interferência do futuro e os sentimentos atribuídos com ele.

Distraída como eu estava só percebi que tínhamos chegado quando Edward pousou a mão em meu ombro e consequentemente recebendo aquela familiar eletricidade que emanava sempre que tocava em mim. Perguntava-me se ele á sentia também, mais logo tive a convicção que não, Edward jamais sentiria as mesmas coisas que sinto, -principalmente na mesma intensidade- e aquela não seria diferente.

–Chegamos senhorita apressadinha. - anunciou com aquele sorriso meio de lado.

Olhei para os lados tentando ver alguma coisa de surpreendente mais só havia estrada de um lado e mais estrada de outro e uma floresta com uma trilha estreita á frente.

–Mais que diabos é isso Edward? Você me fez viajar durante um bom tempo pra ficar no meio do nada numa estrada?

Até que a ideia de ficar aqui com ele asós no meio do nada não era uma ideia tão ruim assim..

–A viagem ainda não acabou Belinha. Apenas uma parte dela.

Olhei nos grandes olhos verdes de Edward tentando entender o que ele estava querendo mais só encontrei ali felicidade e contentamento, o que é que ele fosse me mostrar nem que fosse um pônei que ele tinha achado na estrada já valeu, por poder ver aquele brilho no olhar, esse jeito hipnotizante e misterioso que só ele tinha e que por tanto tempo fui privada de ter por perto.

–Como assim "uma parte dela"? - disse desviando dos olhos dele e tentando volta a racionalidade.

–Bom, não ta vendo aquela trilha - disse apontando pra ela - Poisé vamos seguir nela.

–O que? Mais porque Edward, a minha surpresa por acaso é um esquilo? -perguntei realmente já considerando que a história do pônei poderia ser verdadeira.

Ele deu uma gargalhada gostosa e foi saindo do carro.

–Pare de fazer essas suposições bobas e venha logo comigo Belinha. - disse abrindo a porta do carona e me puxando de lá.

Começamos a entrar na trilha, e até que não foi tão difícil quanto eu imaginava que seria, a maior parte do caminho era plana e ele empurrou as samambaias e teias de musgo para o lado a fim de me dar passagem. Quando o caminho reto nos levava por árvores caídas e predegulhos, ele me ajudava, ergendo-me pelo cotovelo e depois me soltando de imediato quando o caminho estava limpo. Seu toque na minha pele não deixava de provocar um batimento errático em meu coração.

Não seguimos a trilha completamente, fomos floresta adentro depois de um tempo, o que me fez me perguntar seriamente se não estávamos perdidos.

Tentei ao maximo desviar os olhos dele, mas sempre escorregava. A cada vez, ele penetrava meus olhos com tristeza.

Na maior parte do tempo andamos em silencio. De vez em quando ele me fazia uma pergunta qualquer, mas nada de muito crucial só para preencher o silêncio que perdurava.

A floresta se espalhava á nossa volta em um labirinto ilimitado de árvores antigas; ele estava completamente á vontade, confortável no labirinto verde, sem jamais aparentar nenhuma dúvida quanto á direção que tomávamos.

Depois de acho que meia hora e uns minutinhos já estava ficando impaciente.

–Ainda não chegamos - brinquei fingindo mal humor.

–Quase lá. - ele sorriu - Esta vendo aquela claridade ali?

Forcei meu olhar a enxergar o que ele estava vendo.

–Hmmm, deveria ver?

–Acho que é porque já estou acostumado.

Ele veio e se posicionou atrás de mim tapando os meus olhos.

–O que ta fazendo? - perguntei tentando tirar as mãos dele dos meus olhos.

–Espera Belinha, só quero deixar o momento especial - disse atrás de mim me forçando a andar pra frente.

Tropecei um pouquinho no processo mais o trajeto não era muito longo. Meu coração acelerou se enchendo de expectativa.

Não demorou muito e Edward destapou meus olhos e eles foram invadidos por uma claridade; e depois perdi o ar não acreditando no que estava vendo. Porque simplesmente não dava pra crer que eu estava na mesma clareira que achamos acidentalmente anos atrás...

“Nós estávamos em uma daquelas excursões na floresta com a nossa turma da escola, tínhamos mais ou menos uns 7 anos. Nossa professora nos mandou ir em busca de flores que nós achássemos bonitas e interessantes para fazer parte da nossa pesquisa. Ela nos mandou ir em dupla, normalmente nos complicamos quando um professor nos pedia pra fazer dupla já que somos um trio, mais hoje não haveria complicação já que Jane iria querer ficar com um garotinho em que na semana passada tinha me contado que ela o achava uma graçinha. Fui ao encontro de Edward pedindo pra ser minha dupla que ele concordou com um "lógico".

A professora reuniu todo mundo pedindo para todos segurarem as mãos do seu par.

–E, por favor, crianças- a profi pediu com as mãos juntas- Não sigam para um caminho diferente sozinhos, sigam somente a trilha, e se por acaso virem uma flor distante pesam a mim para leva-los a ela, nós caminharemos muito lentamente obervando cada detalhe da floresta em tão não se distanciem da turma quando escolherem a sua flor.

Todos prometeram em um sono "sim professora" e começamos nossa caça a tal flor perdida.

Edward logo veio segurar sua mão na minha e senti um arrepio passar pelo meu braço. O que era uma coisa que eu realmente fiquei confusa porque a mão de Edward estava tão quentinha na minha.

Não tive tempo de pensar nisso porque fui interrompida pela voz de Edward.

–O que você acha de escolher uma flor silvestre - Edward opinou.

–Eu estava pensando em um lindo lírio do campo- suspirei botando a mão no coração fazendo uma carinha de sonhadora, já imaginando como ficaria lindo no meu cabelo.

–Que lírio nada, vai ser uma grande e forte planta carnívora.

–Edward, pro seu governo nem existem plantas carnívoras nessa floresta e estamos procurando flores Edward f.l.o.r.e.s- soletrei pro demente.

–Não estraga o meu barato Bela, é óbvio que existem plantas carnívoras aqui. Pelo menos pra essa floresta ser uma floresta que se preze tem que ter planta carnívora nesse bagaço.

–Mais não tem!

–Tem sim!

–Não tem!

–Tem sim!

E ficamos nesse joguinho até eu me invocar.

–Mais que droga Edward! Já disse que não tem porcaria de planta carnívora nenhuma aqui! E ponto final. - falei com as duas mãos na cintura parando de caminhar.

–Mais como você pode ter tanta certeza Belinha? Você não tem faro pra essas coisas. - disse empinando o nariz com o dedo.

Tapei a mão na boca tentando não rir mais não segurei, soltei uma gargalha que poucas vezes se dá na vida.

–A tah! E até.. -falei rindo- parece que você tem esse tal faro. -repeti a empinada com o dedo.

–Claro que tenh... Opa! Cadê a nossa turma?- Edward falou olhando pros lados.

Agora que ele falou que eu percebi que tínhamos ficado, e a nossa turma prosseguiu sem a gente.

–Caramba! Pior, cadê o povo?- falei com os braços abertos.

–Vish ferrou!- Edward falou levando as mãos aos cabelos os desarrumando mais ainda

–Como assim "ferrou" o que agente vai fazer agora Edward?- gritei

–Bom.. Eu tenho uma ideia. - disse botando a mão no queixo.

–Então fala home. - falei sem paciência.

–Já que agente ta perdido mermo e nós temos que nos conforma com a situação. É melhor fazermos uma coisa de útil com isso!

–Tipo o que, sabedoria?- já tava prevendo que não iria sair nada que preste daquele cabeção.

–A gente ta num impasse, você diz que "não tem porcaria de planta carnívora nenhuma aqui"- falou fazendo uma péssima imitação da minha voz - E eu com o meu intelecto muito mais superior ao seu digo que obviamente tem sim.

Balancei a cabeça pra essa afirmação e o demente continuou.

–Então para mostrar que você está errada é melhor a gente ir à caça da planta carnívora!- disse apontando um dedo para o céu.

–Eu topo, mais é só para mostrar que você esta errado e para encontrar o meu lindo lírio. E você tem que me prometer que se agente não achar- e é lógico que não vai- o lírio vai ser a nossa flor escolhida, feito?- falei entendendo a mão.

–Feito!- pegou minha mão e a balançou uma vez- Mais se agente achar a minha, vai ser ela.

–Ta bom. - falei já sabendo que isso praticamente já estava ganho.

E com isso nós fomos em busca da planta carnívora e do meu lírio maravilhoso claro.

Começamos a andar observando cada detalhe, e devo admitir que fiquei encantada com a beleza daquele lugar, estava estranhamente fazendo um dia bonito, bem ensolarado e acho que fazia com que os bichinhos quererem apreciar o dia ensolarado também porque eles estavam em toda a parte, desde esquilos a até um viado que fez eu me esconder atrás de Edward quando ele se aproximou de nós, mas logo vi que ele era bonzinho e me atrevi a fazer um carinho nele, Edward tentou tirar minha mão dele dizendo pra eu tomar cuidado mais logo ele viu também que ele não iria nos machucar, ele também fez um carinho nele, mas logo o bichinho foi embora e tivemos que prosseguir com a nossa busca.

Andamos por um bom tempo já quase desistindo, quando uma claridade vinda de uma brecha entre as duas árvores nos chamou á atenção.

–Ta vendo o que eu to vendo Belinha?

–To sim! Vamo ver Edward! - disse já o puxando pela mão.

Andamos de mãos dadas á esse lugar misterioso, fomos entrando de mansinho e quando vimos o que era ficamos encantados. Brincamos por oras e nos divertimos como nunca. Aquele lugar nos abriu a imaginação, como se tudo se tornasse tão real e não uma coisa fantasiosa. Edward brincou que achava sua planta misteriosa e que agora era um pirata caçador de plantas carnívoras. Eu também imaginei que achava o meu lírio e que agora era a princesa das de todas as flores.

Aquele se tornou o nosso lugar. O nosso cantinho especial, nunca nos esquecemos dele e ficamos falando por meses de como ele era lindo e mágico. Sempre tivemos o desejo de voltar mais éramos apenas crianças e não tinha como ir sem o consentimento dos nossos pais. Então nos conformamos de que aquela seria a primeira e a ultima vez que fomos. Bom, até agora.."

Botei as mãos na minha boca realmente não acreditando que aquele era o lugar mágico da minha infância. Que me fez ter inúmeros sonhos maravilhosos com esse lugar.

–Mas.. mas como Edward? - olhando nos olhos dele tão encantados quanto os meus.

–Eu retornei á esse lugar meses atrás, estava muito confuso com umas coisas, e de repente achei que esse era o lugar certo para botar minha cabeça no lugar. Tentando achar aquela mesma magia que nós achamos.

–Estava confuso com o que?

–Com umas decisões que eu tive que tomar. - disse abaixando os olhos.

Senti seu desconforto e tratei de dar uma pausa na conversa e apreciar o lugar. Estava exatamente igual sem tirar nem por, igualzinha a minha lembrança e aos meus sonhos.

Caminhei até o centro sentindo Edward atrás de mim, fiquei admirada de como as flores estavam cheia de cor e vida tinha flores violetas, amarelas e de um branco delicado.

Abaixei para senti-las e por fim sentei.

–É incrível como não mudou nada.

Edward também se sentou.

–Também achei. Quando vim aqui pela segunda vez devo admitir que demorei um pouco pra acha-la - riu - Mas graças á Deus achei! Eu tinha ido sozinho e não tinha contado pra ninguém. Iria virar mais um Lost .

–Também não exagera- disse rindo também- Não trouxe a Jane aqui.

–Não, sempre achei que esse lugar fosse só nosso, não era assim o combinando?

–Era. - falei dando um sorriso aliviado.

–Mas depois de vim algumas outras vezes senti a falta de uma coisa, ou uma pessoinha em especial.

–Hmmm e quem será essa peste? - falei botando as mãos no queixo.








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Notas finais do capítulo

To muito feliz com os comentarios deixados no ultimo cap. Tenho q admitir que estava meio tristinha com a baixa quantidade nos primeiros cap mais agr sei como vcs estão gostando! Amei cada um! Obrigado ;)



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