O Ladrão De Sol escrita por M R B L A C K P E A R L


Capítulo 8
Atlantis VII - Tomamos um Chá da Tarde


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpem a demora, era para eu ter postado esse capitulo ontem, mas estava eu lindo -sqn tomando meu banho e tive uma ideia, ai tive que reescrever este capitulo inteiro praticamente, e de 900 palavras ele foi para 2000 GDFAFDAGFDA
A aventura de verdade começa agora, grandes surpresas e espero que gostem, boa leitura :D
PS: Não esqueci de vocês leitoras queridas, capítulo dedicado para a tributo do distrito que eu não sei pois ela não colocou no perfil e eu não perguntei qual ela prefere Giullia Lepiane dona do primeiro comentário da minha fic,
Natitalia Prince dona das melhores assinaturas nos finais de capitulo e que um dia ainda fica com o Jake só para ela, e para a linda da Karol Jackson que quase me matou com a emocionante recomendação que ela fez da minha fic, MUITO obrigado por lerem minha história *---*



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Capitulo 7
   Tomamos um chá da tarde

Atlantis

 Eu estava na van junto com Cassie e Bilbo, Argos nos levaria até a cidade e dali por diante estaríamos por nossa conta, Cassie olhava para trás toda hora como se tivesse deixado algo, talvez ela já estivesse certa de nossa morte e estava lamentando a vida que poderia ter levado se não tivesse aceitado esta missão maluca. Sentar no banco de trás era um pouco incomodo pois aqueles olhos da nuca de Argos pareciam nos olhar sem nem ao menos piscar, porém o mais difícil mesmo era ficar perto de Cassie, ela estava sentada ao meu lado e eu acho que ela me achara um idiota, eu ficara tão nervoso ao falar com ela, senti minhas bochechas esquentarem.
 Mal tínhamos saído do acampamento e Cassie assustou a todos dentro do carro.

-Parem, devemos passar na minha casa antes, eu preciso passar lá !

-Acalme-se Cassie – Argos disse um pouco assustado, até eu ficara assustado, Cassie emitia um leve brilho esverdeado nos olhos e uma fumaça esverdeada saia de sua boca como se ela estivesse fumando – Não podemos parar na sua casa.

-Você não entende, eu sei que será melhor para nossa missão – Mesmo com aquilo tudo ela estava bonita, mas de uma forma superior, parecia uma rainha encantada emitindo ordens, Argos acabou parando o carro – Muito obrigado, tenho certeza que isso nos salvara !

 Eu não estava entendendo nada do que estava acontecendo com Cassie, aquilo fora muito estranho, muito estranho mesmo. Assim que Argos parou no canto da estrada Cassie abriu a porta e pulou para fora, todos estávamos sem reação mas acabamos indo atrás dela, tinha um portão velho de madeira com um longo caminho de terra, no alto da pequena montanha dava para se ver uma pequena casa de fazenda.

-Vamos gente, não temos muito tempo !

 Cassie deu um chute na tranca do portão que se escancarou como manteiga, ela não parou um segundo e subiu correndo, Bilo veio trotando ao meu lado e logo ele estava na minha frente, mesmo pequeno aquele sátiro podia correr mais rápido do que eu,  quanto mais subíamos melhor era de se avistar a casa. Ela era toda de madeira, tinha dois andares e todas suas janelas estavam abertas, um cheiro doce perfumava o ar, quando chegamos na porta eu respirava com dificuldade e decidi que logo quando voltasse para o acampamento treinaria para melhorar isso.
 Cassie parou na frente da porta e respirou profundamente.

-O que foi Cassie ? – Eu perguntei, ela subira tudo aquilo na maior velocidade para chegar ali e ficar parada ? – Esta tudo bem ?

-Eu só estou esperando – Ela disse, uma expressão sonhadora se formava em seu rosto, ela não emitia mais aquele ar estranho – Pronto, podemos entrar.

 Ela abriu a porta, a sala de entrada era muito aconchegante, com dois sofás para três pessoas e alguns pufes coloridos, um grande tapete colorido cobria o chão da sala, a lareira ainda tinha pedaços de madeira em brasa, algo dourado brilhava lá dentro. Uma escada em um dos cantos da casa levava para o andar de cima, e uma porta do outro lado deveria levar para a cozinha eu imaginara pois um perfume de flores silvestres e chocolate saia de lá.

-Vovó ?  

 Cassie perguntou e então conheci a senhora mais legal da minha vida, a avó de Cassie veio pela porta que eu imaginara ser a cozinha e estava certo, ela era um senhora magra e baixa, seus cabelos prateados estavam presos em um coque no alto da cabeça e um óculos meia lua estava preso na ponta de seu fino nariz, ela usava um vestido tie-dye nas tonalidades roxa e azul, um avental sujo de chocolate estava amarrado em seu pescoço.

-Cassie ! – Mesmo sendo uma idosa que aparentava ter uns sessenta anos ela saiu correndo e abraçou sua neta – Pelos deuses, como você está ? Está tão linda, seu pai me disse que viria, ele acabou de partir !

-Calma vovó, nem faz uma semana que estou no acampamento – Mesmo arranjando desculpas dava para se notar que Cassie estava feliz – Eu sabia que meu pai estava aqui.

-É ele me disse, mas vamos tomar um café, eu fiz especialmente para vocês, quem são seus amigos ?

-Estes são Atlantis e Bilo – Eu acenei para a senhora, foi ai que percebi que Bilo estava sem calças e imaginei o que será que a nevoa estava fazendo a avó de Cassie enxergar – Meninos esta é minha avó Minerva.  

-Cassie não se esqueça que não podemos demorar, Argos esta na van nos esperando.

-Relaxa Bilo, aposto que a avó de Cassie fez vários bolinhos de chocolate, e tenho certeza que estarão em pratos de plástico e embrulhados com papel .

-Então eu acho que Argos não ligaria de esperar um pouco.

 Do pouco que eu conhecia de Bilo sabia que ele era um grande comilão, e adorava coisas exóticas como papel, plástico, metal e madeira, Cassie e sua avó nos guiaram até a cozinha e lá nos sentamos, a mesa do café estava repleta de coisas, pães, bolos, biscoitos, geleia de amora e pasta de amendoim, prometi a mim mesmo que levaria algumas coisas para Argos, logo eu e Bilo estávamos devorando aquilo tudo, com a boca cheia perguntei para Minerva.

-Me desculpe Minerva, mas o que Apolo veio fazer aqui ?

-Ele veio me contar algumas coisas – Ela ficou nervosa, percebi que a senhora olhava para o relógio da parede em todo momento como se estivesse esperando por algo – Mas comam, aproveitem, sei que não podem demorar muito.

 A senhora colocou mais suco em meu copo que estava vazio, Bilo nem prestava atenção pois estava mastigando alguns garfos.

-Cassie, você pode me acompanhar um momento ?

-Claro que sim vovó – Ela disse e se levantou – fiquem aqui meninos, já volto.

 Sei que não devia achar aquilo estranho pois as duas eram avó e neta, mas alguma coisa estava me incomodando, porém continue na mesa e aproveitei para enrolar algumas coisas para Argos, não demorou muito e logo Cassie estava de volta na cozinha com sua avó, havia algo de diferente em Cassie, ela usava uma tiara prateada com espinhos também de prata, e em sua mão um pequeno estojo de grafites para lapiseira, e a diferença que eu não conseguia parra de notar, uma lagrima pairava em sua bochecha mas  o sorriso mais lindo que eu já vira estava estampado em seu rosto, fiquei curioso para saber o que tinha acontecido.

-Vamos – Cassie disse – Temos que ir, já fiz o que tinha que fazer e já tenho uma pista de onde deveremos ir.

-Tudo bem, você é quem manda – Eu disse, mas acho que fiz a escolha de palavras erradas, Cassie me olhou e fechou a cara, abraçou sua avó e saiu descendo na nossa frente – Até mais Sra. Minerva.

-Cuide bem da minha neta nesta missão garoto.

 A senhora apertou minha bochecha e sorriu, o que ela queria dizer com aquele sorriso depois daquela frase ? Assim que todos descemos entramos na van e Argos disse.

-Que demora, já se passou uma hora, nunca faço paradas assim, eu deveria deixar vocês na cidade e pronto, sem paradas, isso não é excursão.

-Relaxe Argos, eu trouxe doces para você – Coloquei o embrulho de bolinhos e alguns biscoitos no banco da frente, não sei se ele gostou, mas pelo menos ficou mais calmo – O que são esses presentes que você ganhou ?

-Como assim ? – Cassie já não estava mais sorrindo e agora parecia furiosa – Você ouviu mina conversa com minha avó ?

 Realmente eu não sabia formular direito minhas frases diante daquela garota.

-Desculpe Cassie, eu não ouvi nada, é só que eu percebi que você voltou com uma tiara e algo na mão, eu juro que não ouvi !

-Jure pelo Estige que é mais fácil de acreditar – Bilo me disse, olhei para ele querendo dizer “me ajude” mas ele estava ocupado mastigando algo.

-Não te interessa Atlantis, e pode deixar que eu não vu mas me intrometer no curso de sua missão, afinal você é o líder, seguirei suas ordens.

 Sobre o que ela estava falando ? Argos tinha uma expressão de diversão em cada um dos olhos que era possível ver, Bilo continuava a mastigar e eu não entendi nada. Estávamos chegando a nosso destino, já era possível ver sinais de civilização e logo atravessaríamos a ponte, Cassie olhava emburrada para a janela e eu me perguntava se era mesmo filho de Atena, como era difícil entender aquela menina. Estávamos parados na entrada da ponte, parecia que aquele era um péssimo horário para ir para a cidade, então algo chamou minha atenção, um homem que deveria ter dois metros de altura estava andando entre os carros na nossa direção, ele era forte, musculoso e peludo, estava sem camisa e exibia varias tatuagens sem noção como privadas, carros e pinups, eu não resisti e perguntei para os outros.

-Vocês por alguma acaso estão vendo aquele homem vindo em nossa direção ?

-Agora que você falou eu estou vendo – Cassie disse, ela parecia ter esquecido que estava brava – E eu acho que eu sei o que é aquilo.

 Só foi Cassie dizer as ultimas palavras que o monstro lançou algo em nossa direção, era uma bola flamejante, por nossa sorte abola acertou o carro da frente o explodindo em mil pedaços, metais retorcidos e vidro bateram em nossa van, o pânico se espalhou pela ponte, varias pessoas saíram de seus carros e saíram gritando sobre ataque terrorista.

-O que é aquilo Cassie ? – eu estava ficando nervoso, o monstro continuava andando no meio dos carros e de pessoas assustadas, porém ninguém parecia notar que ele existia – Vamos sair daqui, ele vai atacar de novo !

 Só foi sair e se esconder de um carro que vimos nossa van explodir em chamas também.

-Aquilo – Cassie chorava, novamente eu não estava entendendo – Aquilo é um lestrigão, um deles matou minha mãe.

 Pronto, agora eu entendia, Cassie chorava pois aquilo te trazia lembranças dolorosas, não podia deixar nada acontecer a meus amigos, mal saímos em missão e já estávamos sendo atacados ? Aquilo não era justo.

-Tudo bem, eu tenho um plano – Aquilo era complicado, como se podia pensar com aquilo tudo acontecendo ? Infelizmente eu era um semideus e aquilo era mais que possível, nosso cérebro era modificado para batalha, então naqueles momentos nós pensávamos melhor que Albert Einstein – Cassie, fique aqui já que você está sem arma, Bilbo venha comigo e Argos ajude Cassie a se proteger.

-Eu não tenho muita experiência em batalhas, e mas uma vez, mesmo que isso não seja meu dever eu vou ajudar.

-Muito obrigado Argos, seremos muito gratos e te prometemos algo se sairmos vivos dessa.

-Você está errado Atlantis, eu tenho uma arma – Então ela tirou a tiara do cabelo que virou um arco prateado, e o estojo que estava guardando no bolso virou uma aljava cheia de flechas de bronze celestial  – Esses são meus presentes.

-Então temos mudança de plano – Um sorriso brotou em meu rosto, aquilo me animara, era nossa primeira batalha juntos e daríamos um jeito – Cassie fique aqui e ataque com suas flechas, sei que tem boa pontaria.  

-Mas seu plano ainda é perigoso, você não pode bater de frente com aquele monstro, ele é terrível!

-Mas é o que temos para hoje princesa !

 O que dera em mim para chama-la daquele jeito ? Talvez fosse o medo de não voltar mais . Saltei por cima do carro dando um mortal e aterrissando no chão, o monstro estava rindo, aos seus pés algumas bolas de bronze celestial flamejavam, sua expressão ao me ver foi de diversão, Bilo estava ao meu lado com um porrete de madeira na mão.

-Então estão prontos para serem comidos semideuses ?

-As pombas que vão comer sua areia quando te derrotarmos monstro nojento !– Eu corri em sua direção, foi ai que revelei minha arma, ela era a mesma espada dourada que pegara porém ninguém a não ser Bilo havia a visto e ninguém sabia o que ela virava, tirei uma chave dourada do bolso e logo os raios de sol alcançaram a lamina de dois gumes lançando feixes de luz por onde eu corria  – Morra Pé Grande !

 O gigante não pareceu ficar feliz com aquela minha ultima frase, ele podia ser grande e lerdo mas tinha uma rapidez incrível para pegar aquelas bolas flamejantes com as mãos e uma força imensa para arremessa-las em mim, tentei me esquivar mas não precisei, minha retaguarda estava bem protegida, enquanto corria vi Cassie disparar flecha atrás de flecha interceptando as bolas no ar as fazendo mudar de curso, mesmo com uma breve olhada não pude deixar de notar a beleza dela, parecia uma amazona de filmes antigos. Seu cabelo esvoaçava atrás, seu rosto brilhava e seus olhos azuis reluzentes iluminavam minha mente, sua respiração era controlada e as penas da ponta de cada flecha roçavam em sua bochecha deixando uma leve marca, a garota era perfeita.
 Infelizmente neste meu momento de descuido algo errado aconteceu, uma das bolas que haviam sido interceptadas por Cassie me acertou, ela não estava com toda força e nem pegava fogo, mas mesmo assim quebrou meu braço que eu segurava a espada, eu senti osso se rompendo e ouvi minha arma quicando no chão, não consegui fazer nada a não ser cair ao lado de minha espada e gritar.

-Vocês não são páreos para mim – O monstro salivava e lambia os beiços enquanto andava em minha direção com outra bola em suas mãos nuas, Bilo gritou e tentou ataca-lo mas o gigante só precisou chutar o pequeno homem bode para coloca-lo fora de batalha – O primeiro vai ser você, filho de Atena, aposto que sua mãe não lhe abençoou com sua inteligência, nunca vi garoto mais burro.

 Continuei deitado no chão apertando meu braço quebrado, Cassie gritava, ela atirava flechas, mas nenhuma parecia letal ao lestrigão, alguma flecha que ela lançou me envolveu  junto com o pé grande no meio de uma fumaça colorida incapacitando a visão da arqueira, naquele momento eu estava morto, o monstro me mataria ali no meio de toda fumaça e eu não poderia fazer nada para me salvar, porém algo surpreendente aconteceu, uma lamina negra atravessou a barriga do monstro subindo até o pescoço, ele olhou incrédulo para mim deixando suas bolas flamejantes caírem aos meus pé se transformando em uma cortina de areia amarela me mostrando  o semideus que havia renegado esta missão,  Jake Craig. 


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Notas finais do capítulo

E ai, oque acharam ? Cassie mereceu os presentes ? Atlantis é burro ? Esse Lestrigão vai come-los ? Gostaram da volta do Jake ? Todas estas respostas nos reviews aqui na globo #BRINKS
Espero que tenham gostado, e esperem ansiosos para o próximo capitulo o/
Beijos e Abraços de Frank, J.Victor :D



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