Percy Jackson - As Armas Sagradas escrita por Rafael Ed Kepler


Capítulo 16
A Batalha final. A arma secreta de Percy e Urano


Notas iniciais do capítulo

Olááááááá
Um capítulo de luta... E algumas coisinhas a mais :3 leiam e me contem o que acharam xD



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                Thalia, Nico e as caçadoras retornaram, passo por passo. Enquanto eu me aproximava do líder, notei a expectativa dos presos à minha volta e lembrei de algo perturbador. Não havia mais vozes. Podia ver claramente os lábios se mexendo, mas nenhum som audível era emitido.

                O líder pareceu perceber, então disse:

                -Curioso do por que não os escuta?

                -Um pouco. - admiti.

                -Eu pus uma barreira de energia entre eles e nós. - falou o Shine. - Eles não nos ouvem e nós não os ouvimos. Mais útil assim, não?

                -Mas eu os ouvia no início. -comentei.

                -Ah, eu pus mais tarde, quando uma garota começou a berrar muito por alguém... Então os silenciei de vez.

                A resposta dele ecoou em minha mente. "Quando uma garota começou a berrar muito por alguém" dissera ele. Não importa que isso não fosse algo que ela faria, não me vinha outra pessoa em mente.

                Me descontrolei e ataquei. Algo inesperado ao líder dos Shines, pois quando ele reparou meu movimento, eu já estava atrás dele, com uma perna em seu pescoço.

                O Chute o arremessou alguns metros, talvez perdera uma boa chance de eliminá-lo, mas não costumo pensar muito quando estou com raiva.

                Ele se levantou rápido, com sua espada à postas para parar meu segundo golpe que, desta vez, foi com Urano. Forcei minha lâmina contra à esbranquiçada do Shine, porém, ela não deu sinais de que pudesse ceder, então,  soltei toda força em um instante, fazendo o Shine se inclinar para frente, atingi outro chute, desta vez nas costelas. O homem recebeu o impacto e tentou correr para se afastar, mas não dei tempo de fuga, apontei minha espada para o coração do Shine, infelizmente ele à parou novamente com sua lâmina. Ataquei diversas vezes com a espada, o mais rápido que conseguia, mas o máximo que consegui fazer foi alguns poucos arranhões.

                Nos separamos por alguns instantes. O homem parecia muito cansado, sangue escorria de seus poucos arranhões que, na maioria, estavam em seus braços e pernas.

                "Ele está se contendo." disse Urano em minha mente.

               

                -Ele não parece se conter. - respondi.

                -Hã? - perguntou o Shine.

                "Eu sinto um poder imenso dentro dele, ele não o está usando. Ainda não sei o por que, mas sei que sua força vai muito além disso." falou Urano.

                -Então, vou fazer ele usar essa força. - comentei.

                O Shine pareceu não entender novamente, mas ataquei. Segurei o cabo da espada com as duas mãos e respirei fundo.

                É a primeira vez que uso isso fora do universo de Urano. pensei. Vamos ver se funciona.

                Concentrei e imaginei um grande pilar de gelo, que saía do chão e atacava seu alvo.

                Levantei  a espada para o céu, como se cortasse o vento, e, do chão, um grande pilar de gelo se ergueu em direção ao Shine.

                O homem era esperto, se esquivou do golpe, mas do pilar se criou outro menor, que o atacou também. Ele se desviou repetidas vezes e a mesma coisa acontecia em todas vezes.

                Guardei Urano na bainha e imaginei o controle do pilar em meus dedos. Apontei o dedo indicador e assumi o controle do original que ganhava diversas ramificações a cada segundo. Ergui o dedo para cima e ele me obedeceu, subindo para o alto também.

                As ramificações estavam em um número tão grande, que o Shine só tinha uma única rota de fuga, o alto. Foi então que pus o grande pilar ali, vindo exatamente na sua direção. Estava acabado.

                Mas isso não o matou, não, o pilar e suas ramificações pararam pouco antes de atingir o alvo, como se tivessem atingido algo sólido. Foquei os olhos e vi o que tinha acontecido, uma espécie de camada de energia cobria o Shine. Ela aumentou de tamanho, sua cor era branca, como uma folha de papel nova, sua forma era semelhante à um ovo, mas, pelo tamanho, suponho que seria o tamanho de um ovo posto por um deus em seu tamanho máximo.

                O gelo se desfez, quebrou-se em milhares de pedaços, até a camada esbranquiçada sumir e se fundir ao corpo do Shine. Isso mesmo, se fundir.

                "Ai está. Percy, suponho que seja impossível derrotá-lo sem usar aquilo." disse Urano em minha mente.

                Aquilo... Era minha arma secreta, mesmo que eu só possa usá-la com um corpo imortal - o casaco divino -, não queria usá-la sem que precisasse mesmo.

                Saquei Urano novamente e parti para o ataque. O corpo do homem ainda brilhava em um branco cegante, era impossível ver a forma que tomaria, mal era possível mirar o ataque, bem, não que isso fosse mudar algo. Assim que cheguei perto, uma rajada de luz branca se desprendeu do corpo do Shine e me atingiu, me jogando até as grades.

                Fui parado pela barreira de energia que, mesmo invisível, estava ali, como o Shine dissera.

                "Percy, prenda-o. A única chance é aquilo, mas ninguém pode estar próximo, principalmente meio-sangues." disse Urano.

                Ele tinha razão, em algum lugar no fundo da minha mente eu sabia: Era impossível eu vencer desse jeito.

                Imaginei toda força que existia em mim, todo poder que meu corpo pudesse conter na ponta de minha espada, e, assim atingi a barreira. Ela se desintegrou por completo, juntamente com as grades.

                Os gritos, que antes eram abafados pela energia, vieram todos em minha direção. Uma multidão enfurecida correu da imensa cela em direção à porta, mas foram barrados por uma parede, os doze deuses Olimpianos pararam em frente à toda multidão, que os fez parar de correr.

                -PAREM! - gritou Zeus, no meio de todos os deuses.

                Não fiquei parado para observar se daria certo ou não, novamente, foquei minha energia na espada e, com toda ela, criei uma barreira com mais de sete camadas de gelo em volta do homem, que, a cada golpe, se regeneraria.

                -Isso deve pará-lo por um tempo. - falei.

                Me virei para à multidão, os deuses haviam conseguido silenciá-los e parado à movimentação.

                -Tem algo em mente, Jackson? - perguntou Hades.

                -Sim. - respondi, alto o suficiente para o som ecoar pelas paredes do local. - Os deuses vão organizar à fuga, Silha vai abrir o portal para voltarem à terra. Todos aqui devem fugir, apenas eu vou ficar.

                -Do que está falando? - perguntou Zeus. - Os deuses ficarão para a luta!

                -Não, irmão. - disse Poseidon. - Não devemos. Infelizmente, essa não é batalha para nós.

                -O que está dizendo, Poseidon? - perguntou Zeus.

                -Ele tem razão. - concordou Athena - Por mais incrível que pareça. Não estaríamos fazendo nada além de atrapalhar ficando aqui.

                -Athena! - repreendeu Zeus.

                -Por favor. - falei - Organizar a fuga é algo que somente vocês podem fazer.

                Essas palavras pareceram fazer mais efeito em Zeus do que as anteriores. O silêncio tomou o lugar por alguns segundos, até um grito irrompê-lo.

                -NÃO! - gritou uma garota loira saindo do meio da multidão.

                Meus olhos se arregalaram e eu quase perdi a força das pernas ao reconhecer Annabeth. Ela não parecia muito diferente, não parecia mal tratada também, mas o reencontro inesperado não fez bem ao meu psicológico.

                A garota correu em minha direção e me abraçou.

                -Eu não vou te deixar aqui. - disse ela. - Não, não, não de novo!

                Talvez ela estava se referenciando à ocasião do monte de Santa Helena, onde eu pedira para ela voltar ao deus Hefesto, enquanto eu ficara e lutara contra os Telquines, o monte acabou explodindo, o que fez todos pensarem que eu estava morto durante duas semanas.

                -Annabeth... - disse. - Você não pode ficar aqui... É... É perigoso.

                -E de que adianta sair e te deixar aqui, pra você não voltar? - falou ela. - Eu não sei... Eu não sei se aguento viver se você morrer aqui enquanto eu fujo em segurança, Percy! Não posso fazer isso!

                Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela me beijou. Por alguns segundos, esqueci tudo à minha volta, os meio-sangues, os deuses, o Shine, tudo.

                Mas, quando o fôlego acabou e nossos lábios se separaram, uma mão atingiu o pescoço de Annabeth, a deixando inconsciente.

                Segurei seu corpo, enquanto observava Athena me lançar um olhar determinado.

                -Obrigado. - falei.

                -Não se preocupe. - Athena disse, apanhando a filha no colo. - Apenas não morra.

                -SILHA! - Poseidon chamou.

                Logo a gata apareceu, não há tinha visto desde o início da batalha, mas não parecia ferida.

                -Você vai na frente, precisamos de um portal. - ordenou meu pai.

                -Certo! Nyah! - respondeu a gata.

                Os deuses e meio-sangues me lançaram um último olhar, Nico, Thalia e as caçadoras fizeram o mesmo e pareceram concordar com o que Athena me disse:

                -Boa sorte. Que os deuses o ajudem.


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Notas finais do capítulo

Como foi? Alguém ai torce pela vitória de Percy?



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