Os Sete Amores De Michelle Borardi escrita por Dani Morais


Capítulo 7
Mãe, to namorando




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No dia seguinte à balada, eu fiquei com a maior ressaca, mas eu nem bebi Senhor, que maldita ressaca era aquela, ressaca de beijo? Só podia ser.

Minha mãe ficou me colocando contra a parede toda hora tentando arrancar a maldita informação da minha boca, que eu não fiz questão nenhuma de trancar:

-“Minha filha, eu não acredito que você beijou aquele menino, depois de tudo que eu te falei, que não era a coisa certa pra você...”

Se dependesse da minha mãe, eu seria BVL para sempre, e não é Barriga Viciada em Lanchonete, não. Eu teria meu primeiro beijo só quando... eu nem teria meu primeiro beijo.

Mas o que ela não imaginava é que eu estaria namorando aquele menino, e era melhor que ela nem imaginasse mesmo, se eu quisesse continuar com meu álbum de figurinhas, meu computador, meus dentes na boca...

Segunda- feira chegou e eu não queria descer para o intervalo de jeito nenhum, fui totalmente arrastada pelas minhas amigas. Quando cheguei ao pátio, dei uma disfarçada e fui comprar chiclete, mas não seria Michelle Borardi se ele não tivesse parado atrás de mim com uma amiga esperando eu terminar de comprar.

-“Oi”- ele disse com um sorrisinho no rosto

-“Ah,oi”- Senhor já pode me levar da terra nesse momento eu não preciso mais viver, só me tira daqui agora, agoora!

-“Me da um beijo!”

-“Mas aqui no meio do p...”- já era, eu estava beijando ele no meio do pátio, estava viajando totalmente, até que o mundo fez o favor de me acordar.

-EEEI, NÃO PODE BEIJAR AQUI NÃO!- disse a diretora.

Imagina diretorazinha linda do meu coração, que não vai me dar uma pequena advertência, eu não estava beijando ele, estava apenas procurando o chiclete que acabei de comprar. Argh! Só faço merda!

A semana inteira foi a mesma coisa, nós só nos encontrávamos nos intervalos e algumas vezes na saída, conversávamos um pouquinho e tchau. Depois era a tarde interira jogando conversa fora no MSN.

Até que certo dia, aquela amiguinha vaquinha dele -que nem podia ser considerada uma vaca de tão magra que era, coitada das crias dela, iam passar fome. – chegou e apertou a bunda dele, A BUNDA! Quem sai apertando bundas por aí? Ainda mais de caras compromissados  -ou tecnicamente compromissados.

Foi o suficiente para a espertona aqui -ou não tão esperta- terminar o “namoro” no mesmo dia, alegando que eu não tinha gostado nada daquela intimidade deles.

“Agora eu to solteira e ninguém vai me segurar”.

Livre! Livre, leve e solta! Passei  o resto do ano em altas festas naquele lugar, como era o nome? É muito popular, todo mundo vai lá ...Ah, cama. Bebi coisas que nem tinha experimentado antes como leite com chocolate, leite com groselha. Beijei vários caras como o edredom, sofá, almofada -e cá entre nós, são os caras mais gostosos que eu já vi. Foi espetacular!

Mas, depois me arrependi profundamente de ter terminado o namoro, acho que estava gostando dele ...mesmo...


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