O Impossível, Difícil De Definir... escrita por Louvre


Capítulo 63
O reencontro da felicidade


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Capítulo 63: O reencontro da felicidade

Em sua casa Rebeca estava deitada em sua cama, não havia nem trocado de roupa, ainda estava muito chocada com a cena que vira, queria nunca ter visto Paulo e Valéria se beijando.

Flash back on

- Tem certeza que você vai ficar bem? – Daniel pergunta à jovem, os dois estão parados a frente da casa dela.

- Tenho sim, a dor vai passar e eu vou melhorar... – ela respondeu muito triste.

- Eu não sei o que o Paulo te fez e nem questiono o fato de vocês se separarem, mas eu tenho certeza que você vai achar alguém que faça muito mais feliz que o Paulo! – ele tentava animar à jovem.

- Muito obrigado por ser tão atencioso Daniel, por me trazer em casa e por tentar me deixar melhor... Você também vai encontrar alguém legal que saiba admirar suas qualidades... – ela fala.

- Tomara! – ele disse pensando em Irene. – Precisando de mim é só ligar... Eu dou um jeito acredite!

- Até mais Daniel... – ela falou com um meio sorriso se despedindo de seu colega, lhe deu um beijo no rosto e foi pra sua casa, o garoto também seguiu seu caminho, não estava mais em clima de festa, foi direto pra sua casa.

Flash back off

De repente ela escuta um som em seu computador, pensava o ter desligado, o som era uma solicitação de conversa de seu colega Tom.

- Oi Rebeca! Eu não tava conseguindo dormir então resolvi entrar no bate-papo pra saber com você como foi a festa da Alicia... – o garoto falou animado até perceber a tristeza de sua colega. – Espera?! Você ta chorando?! O que aconteceu? – a alegria dele se tornou preocupação.

- Foi o Paulo... Hoje eu descobri que ele não gosta de mim! – falou vertendo lágrimas.

- Eu não entendo, porque e como ele...

- Eu peguei ele beijando a Valéria na festa.

- O quê?! A Valéria e ele?! Nossa... Muita coisa mudou mesmo! – falou muito surpreso.

- Eu terminei com ele, não posso ficar com alguém que não gosta de mim, o problema é que eu amo aquele garoto, mesmo sabendo que é da Valéria que ele gosta meu amor por ele ainda não mudou...

- Por que é muito recente e...

- O que eu faço Tom? Eu não sei o que fazer nessa situação. – ela falou desesperadamente.

- Rebeca eu gosto de você! – ele falou sem pensar surpreendendo a jovem. – Quer dizer, vem aqui pro Rio morar com seu pai, aqui em Xerém você não vai estar sozinha porque tem eu que gosto de você!

- Voltar pro Rio?! Morar com meu pai?! – começou a pensar.

- Como eu te disse, você não vai estar sozinha, eu estou aqui além do seu pai... Se você não gostar pode voltar pra São Paulo pra morar com sua mãe de novo.

- Talvez uma mudança de ares possa fazer bem pra mim nessa situação... Mas eu preciso pensar... Muito obrigado por ser meu amigo Tom, me sinto melhor por desabafar com você! – ela fala carinhosamente.

- Quê isso, não precisa agradecer... Agora tenta dormir, vai ser bom pra você. – ele falou educadamente.

- Vou tentar, obrigado de novo e até mais. – ela se despediu, ambos saíram do bate-papo e foram tentar dormir, havia muitas coisas na cabeça mas é sempre bom tentar descansar.

.................................

Paulo também estava com sua cabeça cheia, não se sentia confortável com o que aconteceu, tinha certeza que magoou Rebeca profundamente, concluiu, com razão, que Valéria também ficou magoada, ele nunca se sentiu tão culpado, tão triste consigo mesmo.

Ele estava em seu quarto pensando, também não conseguia dormir, porém escutou um choro disfarçado e o seguiu, vinha do quarto de sua irmã, a jovem estava sentada em sua cama, ao contrário dele ela ainda estava vestida com as roupas da festa.

- Marcelina... – o garoto fala entrando no quarto dela.

- Vai embora Paulo! – ela falou rispidamente, era clara sua tristeza.

- Ta chorando por causa do Rafael né? – ele perguntou.

- Sim eu to! Eu queria ter esquecido aquele garoto, mas não consegui ainda! Eu odeio gostar tanto dele!

- Não fala assim... – dizeres de Paulo se aproximando, se sentando e abraçando a jovem. – Eu to detestando de ver triste e to me detestando também por um monte de coisas...

- Do que você ta falando? Da briga sua com a Rebeca?

- Não existe mais eu e Rebeca, ela terminou comigo e com razão... Mas não é esse o caso, a questão é você e o Rafael.

- Eu não quero mais nada com aquele menino!

- Você quer sim! Você gosta dele e ele de você! – Paulo falou com propriedade.

- E o que adianta se ele me trai na primeira oportunidade?

- Escuta Marcelina, ele não te traiu, eu fiz aquele vídeo achando que ele havia te traído, mas não aconteceu, o Mário tava lá e me contou...

- Você que fez o vídeo?

- Acredite, o Mário me convenceu a não mostrar pra você, mas você acabou vendo mesmo assim, o medo dele era que você reagisse como reagiu... O salva vidas de aquário não te traiu, ele é louco pro você e eu, morto de ciúmes, armei pra que vocês se separassem... Desisti, mas armei.

- Você armou...?! Mas e o clima e tudo ali que...

- A culpa não é só minha né irmãzinha? Você também tem esse ciúme doentio que eu usei, ou usaria, pra separar vocês dois... Eu sei que todo mundo falou com você que o Rafael nunca faria isso e você não acreditou, mas em mim você tem que acreditar, se eu, que nunca gostei de vocês dois juntos, to falando que nada aconteceu é porque realmente nada aconteceu! – falou com uma lógica inegável.

- Paulo eu te odeio! – ela falou o empurrando.

- Eu sei que mereço isso, o salva vidas de aquário que não merece...

- Nisso você tem razão! Eu vou lá falar com ele! – ela disse com propriedade saindo de seu quarto.

- Marcelina não... Não agora, ta tarde... – ele tentou argumentar, ela por sua vez pareceu não escutar, esqueceu-se de horário, de violência urbana, de qualquer outra forma de se comunicar com Rafael, somente saiu de casa e seguiu pra casa dele.

- Droga Marcelina! Precisa ser tão imprevisível assim?! – Paulo falou trocando de roupa o mais rápido que conseguia, não iria deixar sua irmã andar sozinha àquela hora da noite.

............................

- Rafael... Vai dormir garoto ta tarde! – Lia falou com uma voz sonolenta, o garoto estava na sala jogando vídeo game, era outro que estava sem sono por conta de vários acontecimentos.

- Vou dormir daqui a pouco, não se preocupa eu vou só terminar esse jogo! – falou forçando um sorriso. – Pode voltar a dormir Lia.

- Vê se não fica muito tempo pendurado nesses jogos... – ela falou muito sonolenta e voltou ao seu quarto.

- Droga, nada me faz esquecer ela! – ele falou soltando o joystick e olhando o teto, pensava em Marcelina e em que a professora Helena havia lhe dito. De repente sua campainha toca, ele abre a porta receoso e vai até o portão, afinal quem seria uma hora daquelas? Ao abrir mal pode conter sua surpresa.

- Marcelina?!

- Sim, sou eu...

- O que você quer comigo uma hora dessas? – se perguntou muito confuso.

- Eu queria... Queria... Queria pedir desculpas Rafael! – ela fala chorando. – Eu agi errado, guiada pelo ciúme e por projeções de situações que minha mente criou... Você tinha toda razão, eu, como sua namorada, deveria ter acreditado em sua palavra... Eu desisti muito fácil de nós dois, mas acredite não foi por mal, é muito difícil pra mim lidar com meus sentimentos... Só queria que você entendesse que eu ainda te amo, mesmo sabendo que você não quer mais nada comigo e... – ela é interrompida por um abraço forte dele.

- E você é louca sabia? Só por isso você saiu no meio da madrugada pra vir aqui? Sabia que você poderia morrer nessas ruas perigosas? Sabe quantos drogados, ladrões, criminosos andam essa hora? – falou deixando algumas lágrimas escorrerem.

- Você ficou preocupado?

- E como eu não ia ficar? Eu também ainda te amo! Eu havia decidido nunca mais me envolver com você, eu estava disposto a não te perdoar nunca por não ter acreditado em minha palavra...

- Entendo...

- Mas o meu orgulho tava me deixando infeliz também... Por favor, só não faça isso de novo, acredita em mim da próxima vez! – ele falou quase em tom desesperado.

- Volta comigo Rafael, por favor, eu senti tanto sua falta! – ela falou e ele o beijou nos lábios, um beijo com um sabor diferente, sabor de reencontrar um tesouro a muito perdido, um sabor de um sentimento nunca morto, mas sim renovado. As lágrimas desciam em meio aquele beijo, mas eram lágrimas de felicidade, aqueles dois jovens reencontraram sua felicidade.

- É claro que volto com você meu anjo! – ele respondeu sorrindo. – Só que você não pode ficar aí fora e nem voltar pra casa essa hora, vamos entrar e ligar pro seus pais avisar que você está aqui... Você e o Paulo... – falou olhando pra uma árvore perto de sua casa onde o garoto estava escondido.

- Oi, eu?! Eu tava passando por aqui entende...? – Paulo falou saindo de seu esconderijo nitidamente sem graça.

- Sim, passando por aqui de madrugada né?! – Rafael falou fazendo piada.

- Ah cala a boca salva vidas de aquário! Pelo menos eu não fico usando pijama de ursinho! – Paulo retrucou, nesse instante Rafael reparou nas roupas que usava, um pijama com alguns ursinhos desenhados, a vergonha foi inevitável.

- Compraram esse pijama pra mim quando eu era bem menininho, só que eu não cresci tanto e o pijama ainda serve... – falou muito vermelho.

- Eu achei uma gracinha...! – Marcelina falou sorrindo.

- Vem logo Paulo! Vamos entrar... – Rafael falou.

- O que ta acontecendo aqui?! – as irmãs de Rafael saem de casa, uma delas segurava uma panela e a outra uma colher, achavam que a movimentação era por conta de um ladrão.

- Sem estresse vocês duas... Eu e a Marcelina voltamos, ela e o Paulo vão dormir aqui hoje!

- Que bom que vocês voltaram! – as irmãs falaram felizes ao mesmo tempo.

- Essa família sua gosta de pijama de bichinhos né? – Paulo comenta observando o pijama das irmãs do garoto.

A observação fez as duas corarem, entretanto os risos foram gerais, estavam todos felizes, por seus motivos, pelo pequeno casal ter voltado, principalmente o próprio casal que, como já citei, havia reencontrado a sua felicidade.


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Notas finais do capítulo

Momento pelúcia eternamente! (brincadeira)

O casal de pelúcia finalmente se estão juntos de novo!

Até o próximo!