O Impossível, Difícil De Definir... escrita por Louvre


Capítulo 64
A noite calma no telhado do prédio


Notas iniciais do capítulo

Colegas leitores, to postando esse captulo somente agora por causa da minha internet, ela "desapareceu" ontem de tarde e s voltou agora... Pacincia...

Boa leitura!



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Capítulo 64: A noite calma no telhado do prédio

- Quer alguma coisa Jaime? – Miguel fala adentrando sua casa, estava acompanhado de sua mulher de sua filha e do garoto a quem perguntara.

- Não, muito obrigado... Eu tenho que agradecer pela carona que o senhor nos deu...

- Não se preocupa com isso, não custa nada dar essas caronas... Meu motorista vai levar você e seus pais pra casa.

- Seu pai sempre muito legal comigo! – o garoto falou a sua namorada.

- Meu pai sempre gostou de você, agora que nós estamos namorando ele vai ser mais legal ainda com você...

- Nossa, fico me sentindo até importante! – o garoto falou num ar de autoconfiança.

- Seus pais também têm sido muito educados e legais comigo.

- É porque eles têm medo de eu estragar tudo sabe? É que eu não sou assim o modelo ideal de namorado né? – ele fala sem jeito.

- Pra mim você é perfeito... – ela fala o beijando. – Eu acho incrível o seu esforço em tentar mudar pra me ver mais feliz, você tenta melhorar todo dia o que, pra mim, é mais que... Que... Não sei nem descrever!

- Apaixonante?! – ele sugeriu a palavra depois passou sua mão delicadamente pelo rosto dela. – Você merece linda, merece que eu dê sempre o meu melhor por você! – falou e a beijou.

- Detesto interromper o casal, mas já é tarde... Todo mundo aqui precisa dormir... – a mãe da garota fala.

- Sua mãe tem razão, amanhã a gente se vê!

- Então até amanhã né? – ela fala lhe dando um selinho.

- Até... – ele se despede e segue até o carro.

- Mas até que enfim em garoto?! Você aluga demais o doutor Miguel! – seu Rafael fala nervoso.

- Calma pai, eu só tava me despedindo da Maria Joaquina...

- É Rafael, nosso gordinho só tava se despedindo da namorada dele, ele ta apaixonado! – Eloísa comenta.

- Isso não dá pra ele o direito de alugar o doutor! Você pelo menos agradeceu ele pela carona? – o pai fala novamente.

- Claro que sim, eu sou uma pessoa educada agora! To falando direito e fazendo as coisas certas pra não enver... Enver... Pra não deixar com vergonha a Maria Joaquina! – falou orgulhoso, apesar de algumas dificuldades em algumas palavras.

- Educado?! – Rafael falou e depois gargalhou muito, Jaime ficou sem graça.

- Precisa rir assim do menino Rafael? – a mãe repreendeu.

- É que foi engraçado ele falando! Ta certo Jaime, tem que procurar melhorar mesmo, tem que procurar ficar mais educado!

- Então você acha que eu to melhorando pai?

- Claro que sim... Ta meio devagar, mas essas coisas são assim mesmo. – falou bagunçando o cabelo de seu garoto.

- Que dificuldade esses dois! – a mãe fala fazendo piada.

..........................

Enquanto isso, em outro lugar, um som peculiar pôde ser ouvido no apartamento que Nicholas mora, o barulho da porta sendo aberta, se tratava do jovem que acabara de chegar. Sua mãe dormia, o silêncio imperava naquele lugar, assim como a escuridão, entretanto o garoto desfez as duas coisas. Aquela atmosfera o incomodava, abriu a geladeira de hábito, pois não tinha fome, tomou um copo de água.

- To sem sono, acho que vou pensar um pouco lá em cima... – falou pra si mesmo, saiu de sua casa e subiu as escadas para o teto, ao abrir se surpreendeu com o que vira.

- Uê?! O que ta fazendo aqui uma hora dessas Larissa? – ele perguntou confuso, sua vizinha estava de pé olhando as estrelas, ainda estava vestida com as mesmas roupas da festa que fora.

- Oi Nicholas... Só to aqui pensando... Pensando num monte de coisas... – sua feição cansada e seus dizeres distantes fizeram o jovem de cartola intuir que havia algo errado.

- E ta tudo bem com você? E a festa que você foi tava legal? – ele perguntou.

- Tava sim, mas parece que eu sou a única da família que escuta rock! – ela fala.

- Sei como é não ter o ritmo musical reconhecido! – ele falou em tom de piada, se aproximou e a abraçou gentilmente.

- Pois é né? Como viver nesse mundo em que o bom gosto musical se restringe a poucos?

- É nossa batalha guerreira! Viver nesse mundo cão! – falou claramente fazendo outra piada, a jovem riu.

- Só você mesmo Nicholas, sabia que eu tava triste aqui?

- Só não entendo por que.

- Muita coisa na cabeça, matérias que não consigo aprender, problemas com os outros, família complicada te cobrando...

- Não sabia que seus pais eram rígidos...

- Não falo deles, falo de outros parentes, às vezes acho que meus pais são até pouco rígidos demais! Eles deviam ser mais firmes sabe?

- Não entendo como...

- Também não sei explicar direito... Tipo, eu to super mal numa matéria entende? Aí ao invés deles me mandarem me matar de estudar eles deixam eu ir na festa da família... Ta certo que é uma comemoração com os parentes, mas eu já tomei uma bomba sabe? Eles nunca deveriam me deixar ir nessa festa, deveriam me fazer estudar e muito!

- Novamente fiquei confuso... Se você acha que precisa estudar mais, então estude mais! Pelo menos falar assim parece fácil, não deve ser tão simples...

- Não é mesmo! Eu preciso ser cobrada sabe? Eu preciso de uma pressão maior pra conseguir aprender as coisas.

- Não dá pra dizer que te entendo, eu nunca tive dificuldade em aprender, quando tomei bomba foi por matar aulas e causar confusões, questão de matéria mesmo eu aprendo fácil... Lá na escola eu resolvo os exercícios e ainda dá tempo de dormir!

- É mesmo?!

- To te falando, eu já até ajudei uns colegas meus a estudarem...

- Você cozinha, você dança, joga futebol bem, você tem facilidade de aprender e ensinar... Chato você hein? Me conte sobre seus defeitos, por favor! – ela fala em tom de provocação.

- Bom por onde começar... Quando eu acordo de manhã meu cabelo parece uma moita, e quando acordo também tenho mal hálito, triste né? – ele fala voltando à piada.

- Ô...

- Também tenho dificuldade em compreender as coisas, pra mim garotas lindas como você não tinham problemas... – ele fala sério.

- Todos têm problemas, só que nem todos os encaram de bom humor como você. – ela falou olhando fixamente pra ele. – Um bom humor apaixonante! – seus rostos começaram a se aproximar, seus olhos se fecharam e seus lábios se tocaram. Naquela noite a luz das estrelas brilhava numa tonalidade única, o vento soprava calmamente e o silêncio era quase penetrante, entretanto nada disso importava praqueles dois, só importava o universo particular de cada um compartilhado naquele momento, só importava a eternidade daquele instante. As luzes das estrelas nada mais eram que a extensão do sentimento daqueles dois, a noite silenciosa era apenas o respeito dela pelo momento daqueles apaixonados, o beijo nada mais era que a extensão da vida compartilhada daqueles dois jovens, da vida, dos mundos, dos universos, do infinito de cada um, do infinito vivido naquele breve minuto.


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Notas finais do capítulo

Momento jaime e maria e Larissa e Nicholas...

Até o próximo!