O Impossível, Difícil De Definir... escrita por Louvre
Notas iniciais do capítulo
Venho agradecer a todos que acompanham minha fic, tem sido uma grata surpresa receber cada comentário, tenho que agradecer também a Charlison Moraes que recomendou minha história.
Boa leitura!
Capítulo 22: Confronto
- Aqui, seu dinheiro senhor! – Nicholas fala pagando um vendedor de pipocas, estava junto de Adriano. – Você ta falando sério? Quer dizer que a mãe do Mário também chama Tereza?
- É verdade, bom na verdade chamava Tereza, ela morreu quando o Mário era bem pequeno...
- Tenso, muito tenso! Não sei o que é pior, se é ter uma mãe morta ou um pai vivo que não quer saber da gente como é o meu caso... – Nicholas faz a observação. – Acho que o pior caso é o do Rafael, ele te contou que os pais dele morreram num acidente de carro?
- Verdade?! Coitado dele! – Adriano falou surpreso, pensou: “Tanta gente com tanto mais problema que eu e eu ficando bravo porque o Nicholas ta com a Tereza... Eu devia ter vergonha!”
- E por falar em Rafael, olha ali locão! – o jovem de cartola falou apontando para um banco de praça debaixo de uma árvore, nele Rafael e Marcelina se beijavam.
- Velho se o Paulo vir isso vai matar o Rafael!
- Acho que já viu olha só... – falou apontando Paulo se aproximando do casal.
Marcelina e Rafael ainda se beijavam sem notar absolutamente nada do mundo ao seu redor, até que seu beijo parou, não por que quiseram e nem por falta de ar, o motivo foi um forte empurrão que Paulo dera em Rafael o jogando no chão.
- Seu moleque eu vou acabar com a sua raça! – Paulo falou muito transtornado, partiria pra cima do outro garoto se Marcelina não tivesse lhe segurado no braço.
- Não, Paulo pára! Você não vai machucar o Rafael!
- CALA A BOCA MARCELINA! ESSE GAROTO VAI TER A LIÇÃO QUE MERECE! – Paulo estava completamente tomado pela raiva, nunca havia falado em tal tom com sua irmã.
- Não grita com ela! – Rafael fala se levantando.
- Ta tudo de boa aqui? – Nicholas aparece à presença daqueles três fazendo uma pergunta retórica.
- Não te mete nisso garoto poste senão eu quebro a sua cara, e você também Adriano!
- Mas eu to na minha! – o loirinho responde. – E você sabe que não aguenta me bater...
- Não é de hoje que eu quero te partir em dois garoto! – Nicholas fala serrando os punhos. – Hoje não vai ter professor de educação física pra te ajudar!
- Vocês todos parem com isso! Vamos embora Paulo... – Marcelina falou quase em tom de desespero.
- Eu só vou embora depois de quebrar a cara desse nanico que acha que é homem! – se referiu a Rafael.
- Por que você não tenta então? – o baixinho desafia.
- Você tem certeza que vai brigar com o Paulo? – Adriano pergunta.
- Eu já cansei de ficar aguentando esse garoto calado, ele gritar com a Marcelina foi a gota d’água! Quer me bater Paulo? Então vem! – o jovem de olhos verdes falou, Paulo, furioso, se soltou de Marcelina e partiu pra cima dele, se projetou pra segurá-lo na cintura e derrubá-lo, até conseguiu segurar, mas Rafael não caiu, travou seus pés no chão e pouco se moveu da investida de Paulo.
- Nossa ele é forte! – Nicholas observa surpreso, falava do baixinho.
Rafael, com sua mão direita, acerta um soco nas costelas do outro garoto na posição que estavam, o golpe tira um pouco do equilíbrio do maior, então Rafael passa seus dois braços pelo abdômen dele, o levanta e joga lateralmente no chão. Rafael e Paulo caem, porém Paulo cai com muito mais força, o baixinho o segura com as duas mãos o braço direito do outro garoto e passa suas pernas por ele, as pernas do baixinho travavam o braço a altura do pescoço e do ombro e com as mãos ele forçava-o pra baixo causando muita dor.
- AIIIIII!!! – Paulo falou com dificuldade.
- Isso é jiu-jítsu? Vei na boa, o Rafael é um ninja! – Nicholas comenta.
- Uau, um ninja... – Adriano fala olhando pro nada, começou a viajar em suas ideias.
- Deus do ceu! – Marcelina falou assustada.
- Agora você vai me escutar Paulo, se eu quisesse eu quebrava seu braço, te quebrava todo, mas sei que isso ia deixar a Marcelina triste! – falou forçando o braço do outro garoto pra baixo pra deixar claro sua última afirmação. – Eu amo a sua irmã cara! Eu sou doido com ela e vou namorar com ela querendo você ou não! E se você gritar ou maltratar ele de novo na minha frente eu vou acabar com você! – as últimas palavras bateram forte nos ouvidos de Paulo e mais forte ainda no de Marcelina. – Você entendeu? – falou forçando o braço mais um pouco, lágrimas começaram a escorrer da face de Paulo.
- Entendi sim... Agora me solta, você vai quebrar meu braço! – o namorado de Rebeca chega a quase implorar e Rafael o solta.
- Vei o que aconteceu aí? – o jovem de cartola pergunta.
- Bom, é que, como eu sempre fui baixinho, minha mãe há muito tempo me colocou na aula de jiu-jítsu, pra eu saber me defender caso alguém maior quisesse me bater, daí eu venho fazendo jiu-jítsu desde então... – o baixinho explica.
- Acho que o de menor deve ser mais forte que eu, que você e que o Jaime! – Adriano faz a observação.
- E precisa lembrar que sou baixinho?! – o garoto fala olhando pro chão.
- Rafael... – Marcelina fala calmamente chegando perto do garoto de olhos verdes.
- Marcelina desculpa por bater no seu irmão, eu perdi a cabeça quando ele gritou com você... Por favor, não me odeie por isso! – o garoto falou quase lacrimejando.
- Você pode repetir o que você disse? – ela pergunta.
- Não me odeie por bater no seu irmão... – Rafael responde sem graça.
- Deixa eu ajudar... – Nicholas fala. – Rafael ela não ta falando dessa parte, acho que esse é o melhor momento pra pedir ela pra namorar não acha? – o garoto de cartola fala sorrindo. De repente o baixinho é tomado por muita felicidade, ele vai até a moça e segura às mãos dela.
- Desculpa o fato de eu ser muito tapado! Marcelina eu te amo! Quer namorar comigo? – ele fala meio sorrindo meio sem jeito e a jovem começa a corar igualmente sorrindo.
- É claro que eu quero seu bobo! Eu também te amo! – falou e o beijou, beijo correspondido por ele.
- É ISSO AÊ MOLEQUE!!! – Nicholas gritou.
- Eu já vi beijos demais por hoje... – Adriano falou baixo.
Ainda sentado Paulo observava com sua mão esquerda sobre o braço direito, doía bastante assim como seu corpo, só que a pior dor era a de sua alma, por essa dor chorava, havia apanhado, foi humilhado e agora estava sendo rejeitado por seus colegas e sua irmã, se levantou e saiu disfarçadamente, vagou pelas ruas sem rumo algum, pelo menos era o que achava, se sentou a beira de uma escada e ficou ali.
“Mas que droga velho! Aquele Lúcio tirou a maior onda com a minha cara, depois a Marcelina beijou aquele salva vidas de aquário, depois ele me espancou e começou a namorar a minha irmã...! Ainda não acredito que eles se beijaram na minha frente...!” Pensava ainda chorando bastante, “Qual é o problema comigo? Eu to namorando uma garota linda e que gosta de mim, por que não consigo estar feliz com isso? Por que a todo instante a imagem “dela” vem na minha cabeça?”
- Paulo... – uma voz feminina chega aos seus ouvidos.
- Ham... É você, é você mesmo? – falou duvidando de seus olhos.
- Como assim garoto? Por que você ta todo machucado na porta do meu prédio? – Valéria perguntou, Paulo olhou para trás e percebeu que realmente era o prédio que Valéria morava.
- Como eu cheguei aqui? – se perguntou.
- Vem garoto entra, você precisa fazer um curativo nesses machucados todos... Vamos vem... – ela falou preocupada o ajudando a levantar.
Paulo realmente não fazia ideia de como havia chegado ali, pra ele havia andado sem rumo algum, mas seu subconsciente o guiou praquele lugar. Como um animal ferido foi a um lugar ao qual se sentisse seguro, ao lado de alguém que lhe passasse segurança, seu subconsciente o guiou para Valéria.
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oficialmente o namoro começou, precisou do Paulo tomar uns tapa pra isso acontecer, e vejam só aonde foi parar? justamente na casa da Valéria... Tenso!
Até o próximo!