O Impossível, Difícil De Definir... escrita por Louvre


Capítulo 21
Rafael e Marcelina


Notas iniciais do capítulo

É mais um capítulo de tensões, muitas tensões, mas...
Pra constar, Adriano ontem na novelinha viveu um momento Nicholas, dormindo em qualquer lugar...
Boa leitura!



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Capítulo 21: Rafael e Marcelina

- Velho sua cara ta péssima! A Rebeca te bateu no encontro de vocês? – Lúcio pergunta, Valéria começa a ranger os dentes.

- Não, eu só tive uma reação alérgica... E vocês saindo de novo né? – Paulo pergunta serrando seus punhos.

- Na verdade eu tava andando de bobeira, daí quem eu vejo saindo da aula de música? – falou olhando pra garota.

- É e agora estamos saindo “juntos”, ele vai me levar pra tomar um sorvete! – ela fala apertando o braço de Lúcio.

- Bom então... Então estamos saindo! – o gêmeo falou em tom de piada, palavras que consumiram Paulo de tanta raiva.

- O que eu posso dizer... Não sei como você aguenta sair com essa doida da Valéria!

- Não sei como a Rebeca aguenta namorar um menino peste, mal educado e chato como você! – a moça responde rispidamente.

- Que amizade bonita a de vocês... – Lúcio fala caçoando. – Mas você ta enganado Paulo, não é esforço nenhum sair com uma garota linda e divertida como a Valéria! Aposto que você ta é morrendo de inveja de mim... – Lúcio falou sorrindo, estava apenas brincando, mal sabe ele o quanto estava certo. – Você é muito sortudo Paulo, a Rebeca é uma menina legal e apaixonadinha por você! – tais palavras fizeram uma raiva brotar do mais íntimo da alma de Valéria.

- Lúcio vamos? Eu tenho que chegar cedo em casa, ainda tenho dever pra fazer... – a jovem fala puxando seu colega. – Manda um beijo pra Rebeca por mim Paulo! – falou ironicamente com muita raiva em cada palavra daquelas.

- Pode deixar Valéria! – respondeu de igual tom.

- Eu detesto esse menino! – ela cochichou pra si mesma, porém...

- Será mesmo? -... Lúcio ouvira e opinara.

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“Aquela Valéria me tira do sério, ainda mais quando ta com aquele esquisito do Lúcio, cheio de piadinhas né? Será que ele acha que é engraçado?!” Paulo pensava inconformado adentrando sua casa.

- Paulo... – a mãe dele o chama.

- Que foi? – responde rispidamente.

- Deixa de ser mal educado moleque! Quero saber da sua irmã e aquele menino... – a mãe retruca.

- Eles não pararam de trocar mensagens enquanto eu tava no clube, você tinha que ver era a coisa mais ridícula!

Em seu quarto Marcelina conversava, via internet, com Rafael, ela ria enquanto digitava, ele igualmente, de repente ela escuta as palavras “sua irmã” saírem da boca de sua mãe, fica curiosa, pede pra Rafael a esperar e vai saber o que, possivelmente, estariam falando dela.

- Então é por isso que ela não desgruda daquele computador, o que esse tal de Rafael ta querendo com a minha menina? – a mãe fala.

- Esse Rafael é um louco mãe, é um bandidinho da pior espécie, encrenqueiro, ta sempre na diretoria...! – Paulo exagerava e mentia em seus comentários.

- Sua irmã tem que se afastar desse garoto! Eu quero que você continue vigiando eles meu filho.

Marcelina dessa vez escutou tudo que sua mãe e seu irmão conversavam, cada palavra daquela entrava em seus ouvidos com se tivessem espinhos, uma raiva foi crescendo nela até ficar impossível de ser contida.

- Então é verdade! – ela fala aparecendo para os dois.

- Marcelina?! – Paulo fala surpreso.

- Minha filha?! O que você escutou? – a mãe fala igualmente surpresa.

- Tudo que eu precisava escutar, mandar o Paulo me vigiar com o Rafael que coisa baixa mãe! – a garota fala muito transtornada.

- Entenda minha filha que...

- Entenda você, o Rafael não é um mau elemento, ele é um garoto doce, gentil, que não tem nem pai e nem mãe... Ele vive escutando e aguentando calado as provocações do Paulo, meu irmão chegou a mandar ele pra enfermaria num jogo de futebol na quadra! Se existe algum mau elemento na sala esse alguém é o Paulo e não o Rafael!

- Isso não é verdade mãe, ela ta defendendo aquele marginalzinho!

- Cala a boca Paulo! Seu mentiroso! – ela falou voltando pra seu quarto, digitou para Rafael: “eh taum injusto!”, rapidamente Rafael respondeu: “oq aconteceu?”, mas não obteve resposta, pois Marcelina saiu do quarto ainda muito furiosa e triste.

- Aonde você vai Marcelina? – Paulo pergunta.

- Me deixa em paz Paulo! – ela fala muito rispidamente e sai de sua casa.

- Vai atrás dela Paulo, não deixa ela fazer besteira! – a mãe pede e o garoto sai seguindo sua irmã.

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- Você foi muito gentil em me trazer em casa Lúcio! – Valéria fala com seu colega, estão os dois a frente do apartamento dela terminando um sorvete.

- Que isso, disponha, sempre que quiser fazer ciúmes em alguém conte comigo! – ele falou a deixando corada.

- Ai Lúcio, me desculpa é que...

- Não precisa se desculpar, só vou te pedir pra não ser má com a Rebeca, ela não ta com ele por capricho, ela gosta dele.

- Não, eu nunca faria isso...

- No mais eu até gosto de fazer raiva no Paulo, ele todo jogo na quadra quer me partir em dois, depois eu ainda não engoli aquela história dele mandar o Rafael pra enfermaria!

- Então você não ta bravo comigo?

- Nada, você é como uma irmãzinha Valéria, não tem como ficar com raiva de uma irmãzinha! – fala colocando sua mão na cabeça dela e sorrindo. – Até amanhã irmãzinha! – falou se despedindo, ainda meio envergonhada Valéria entrou em sua residência, ficou sem ação diante da atitude de Lúcio.

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- Que droga de vida! Por que minha mãe e meu irmão não me deixam em paz! – Marcelina falou, em prantos, pra si mesma sentando em um banco numa praça debaixo de uma árvore.

- O que aconteceu? – uma voz conhecida chega aos ouvidos dela

- Rafael?! – ela fala ao ver seu colega sentar no mesmo banco que ela. Sua atitude é instintiva, ela o abraça forte.

- Ei, ei, calma, ta tudo bem agora... – o garoto fala também a abraçando.

- Não, não ta tudo bem Rafael. – respondeu ainda chorando muito. – Minha mãe mandou o Paulo me vigiar com você, eles não me querem nem perto de você porque acham que eu to gostando de você.

- Eles só querem te proteger Marcelina, lá em casa sempre foi assim, por eu ser o caçula e baixinho meu pai e minha mãe sempre me protegeram demais, depois que eles morreram naquele acidente de carro minhas irmãs que passaram a me superproteger... Se eu espirro elas querem me levar no médico, se eu jogo futebol elas ficam com o coração na garganta... Quem gosta da gente é assim mesmo, vê o perigo em tudo.

- Mas... Mas não é justo Rafael! Meu irmão inventou um monte de mentiras sobre você pra minha mãe... – falou o soltando de seu abraço.

- Se são mentiras logo serão esclarecidas meu anjo! – ele falou segurando o queixo dela, em seguida limpou suas lágrimas. – Não gosto de te ver chorando, você é muito mais bonita feliz... – ele disse com um leve sorriso, Marcelina não tirava sua visão dos olhos dele, olhos verdes, preguiçosos e penetrantes, ela achava muito confortante olhar os olhos daquele garoto.

- Você é tão doce Rafael! Como você me achou aqui?

- Você me disse que sempre quando está brava vem pra praça e fica sentada num banco debaixo de uma árvore, não lembra?

- Você prestou atenção?!

- Não consigo não prestar atenção em você meu anjo! Entenda que eu gosto muito de você, talvez mais do que deveria, se seu irmão e sua mãe têm medo disso eles têm total razão porque desde a primeira vez que te vi não consigo te tirar da cabeça! – falou tirando delicadamente a franja da testa da menina, instintivamente seus rostos se aproximam, sentiram mais uma vez o hálito quente um do outro como naquele dia da enfermaria, entretanto hoje não havia enfermeira para atrapalhar, não havia ninguém pra atrapalhar e mesmo que houvesse não adiantaria, pois, quando seus olhos se fecharam e seus lábios se tocaram não estavam mais ali, estavam no mundo um do outro, estavam na alma um do outro, compartilhando um sentimento vivo e pulsante, viveram uma vida em um momento, viveram o infinito de cada um por aquele breve e eterno minuto.


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Notas finais do capítulo

esse capítulo foi simpático, porque rafael e marcelina são um casal simpatico!
Espero que gostem do capítulo, até o próximo!