O Impossível, Difícil De Definir... escrita por Louvre


Capítulo 12
Chuva repentina, sentimentos confessos


Notas iniciais do capítulo

Capítulo repleto de coisas interessantes, espero que gostem...Muito obrigado Josh e AnnaSophia sz por favoritar minha história!
Boa leitura.



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Capítulo 12: Chuva repentina, sentimentos confessos

- Que chuva... De repente... – Adriano fala adentrando a casa estranha, não tinha coragem por si só para entrar lá, mas aquela chuva repentina o fez correr até o lugar mais próximo pra se abrigar e era justamente a tal casa.

- O que você quer aqui moleque?! – um homem muito mal encarado pergunta para o loirinho, o menino gela e engole seco, mas ele pensa rápido e fala:

- Foi o Nicholas... E-ele que me convidou pra vir aqui. – o homem se abaixou pondo seu rosto bem na frente do de Adriano, “Mãe! Eu vou morrer!” o menino pensou.

- Se você é amigo do Nicholas é nosso amigo também! – o homem falou abrindo um sorriso. – Vem, vou te levar até ele... – o homem se levantou e colocou sua mão no ombro do garoto, seguiu reto com ele, adentraram uma porta, de repente uma música começou a chegar aos ouvidos deles, uma música que ele conhecia.

- Ta tocando Michael Jackson? – o menino pergunta.

- A, você conhece boa música né? Como você é amigo do Nicholas já era esperado! – o homem fala virando um corredor, a música agora estava bem mais alta. – Ali ta o Nicholas.

- Caramba! – Adriano falou surpreso ao ver seu colega no centro daquela sala, estava dançando de maneira cem por cento igual ao próprio Michael Jackson, era incrível o quanto o jovem de cartola dançava bem.

- Ei Nicholas seu amigo chegou! – o homem falou quase gritando.

- Meu amigo?! – o jovem pára e observa, abre um leve sorriso. – Adriano seu locão! O que você ta fazendo aqui? – falou caminhando até seu colega.

- É que... Tipo ontem eu vi você entrando aqui nesse lugar estranho e conversando com esse cara estranho, sem ofensas. – os últimos dizeres do gordinho ele pronunciou olhando para o homem intimidador.

- Sei... Daí você achou que eu fazia algo errado como vender drogas ou coisas piores, acertei?

- Desculpa... Eu tirei uma conclusão errada... – Adriano falou sem graça.

- Deixa disso locão, eu já to acostumado, as pessoas sempre me julgam antes de conhecer, deve ser por causa da minha cara... – Nicholas fala. – Esse lugar é um clube de dança, os membros não têm muito dinheiro e por isso estão nessa casa velha, mas estão reformando aos poucos, aqui dentro ta muito bonito como você pode ver.

- Verdade, aqui dentro é bem mais bonito que do lado de fora. – falou olhando o arredor.

- Já que você ta num clube de dança vamos dançar! – Nicholas falou.

- Não, eu não sei dançar.

- Deixa disso garoto... – o jovem de cartola falou se posicionando atrás de Adriano e o empurrando pro centro do salão. – É fácil, é só sentir a música. – falou mexendo os braços como se tivessem vida própria, Adriano até tentou, mas não ficou bom.

- Vish Nicholas, seu colega não manja do assunto não hein? – uma pessoa comenta.

- Eu não tenho jeito pra isso mesmo Nicholas.

- Lógico que tem! Vou te ajudar... – Nicholas falou segurando os dois pés dele, ele movia as mãos fazendo seu colega mexer os pés no ritmo da música. – Sente a música garoto. – depois dessas palavras Adriano fecha os olhos, Nicholas solta seus pés e eles começam a se mover sozinhos no ritmo da música.

- Eu to conseguindo olha só! – o loirinho fala animado.

- Quem me dera fazer isso no meu primeiro dia, você tem muito que melhorar, mas tem muito potencial! – Nicholas fala sorrindo.

....................................................

- E de repente um chuvão! – Bernardo fala pra Alicia em tom de piada, os dois estavam muito molhados, acabaram de entrar na casa abandonada, usada como clube pelos meninos, pra se esconder da chuva.

- Acho que São Pedro não quer que a gente ande de skate hoje... – a menina fala. – Justo hoje que você ia estrear aquela pista que te mostrei.

- Qualquer dia a gente vai, a pista não vai sair correndo né? – ele fala. – E depois, se a gente não pode de andar de skate lá fora a gente anda aqui dentro! – o jovem falou subindo em seu skate se dirigindo pra frente do sofá, lá ele parou e começou a fazer manobras parado, rodava o skate, virava a prancha, fazia várias coisas.

- Ta me desafiando garoto? Olha que você vai perder hein? – a jovem falou em tom de piada e foi pra perto dele, começou a fazer manobras parecidas com a dele, de repente ela pisa em falso e se desequilibra, ela cai em Bernardo o derrubando, ambos caem no solo, Bernardo de costas no chão e Alicia sobre ele de bruços.

- Essa manobra é boa, gostei! – Bernardo falou sorrindo.

- Seu bobo! – dizeres dela também sorrindo, de repente os risos pararam, seus rostos foram se aproximando a cada momento, os olhos de ambos se fecharam e os lábios se aproximavam cada vez mais.

- Caramba vei que chuvão! – a voz de Paulo chega aos ouvidos dos dois.

- É e de repente, como vei, como? – a voz de Mário também chega aos ouvidos dos dois, rapidamente Alicia gira por cima de Bernardo saindo de cima dele e batendo sua cabeça no solo.

- Ai...!

- Quê isso? – Mário pergunta.

- O que vocês estão fazendo aqui? – dizeres de Paulo.

- A gente ta escondendo da chuva igual a vocês, daí a gente foi fazer gracinha com o skate aqui dentro e acabamos caindo. – Bernardo falou.

- Ai minha cabeça! – Alicia fala.

- Você não entendeu que não pode trazer garotas pra cá Lúcio! Esse clube é só pros membros, nós! – Paulo fala muito alterado.

- E precisa ficar nervoso assim? E eu não sou o Lúcio, sou o Bernardo, lembra? Bernardo usa óculos! – falou mexendo em sua armação.

- A é? Então ta... – Paulo disse mais calmo, a raiva do garoto é com Lúcio, não com o com o fato de levar uma garota pro clube.

- Até parece que eu ia entrar num lugar que chama “Clube dos Cuecas” se não fosse obrigada.

- Ela falando desse jeito dá pra perceber que o nome é ruim mesmo, ainda bem que a gente vai trocar. – Mário comenta.

- O nome que eu escolhi vai ganhar com certeza! – Paulo comenta.

- E vocês o que estavam fazendo nessa chuva? – Bernardo pergunta.

- A gente ia quebrar uns vidros em outra casa abandonada. – Mário fala.

- Tem outra casa abandonada por aqui? – Alicia pergunta.

- Tem sim, mas com gente dentro. – Paulo fala com um sorriso maléfico, ele e Mário sorriem da mesma forma e batem na mão um do outro com um leve soco, é um cumprimento.

- Vocês são muito doidos! – Bernardo falou, ele concluiu corretamente que os dois quebravam vidros de casas habitadas.

.................................

- Que chuva é essa?! – ela se perguntava olhando onde poderia se esconder, a sua frente um grande campo de futebol, na sua lateral não via lugar algum que pudesse servir de abrigo, decidiu atravessar a rua, porém sua cabeça não estava em um bom momento, não se lembrou de olhar antes de atravessar, no meio do caminho uma luz forte chegou a seus olhos, um som de buzina forte chegou a seus ouvidos, ela olhou, assustada, um carro se aproximando muito rapidamente dela. A garota não gritou, não teve tempo, não teve tempo de nada, nem de falar, nem de respirar, nem de pensar, por aquele instante viu a morte a sua frente, somente fechou os olhos e a aguardou, porém, de súbito, ela sentiu uma mão em seu braço, logo depois sentiu um forte puxão, tudo em fração de segundos, o carro passou e não a acertou, o motorista nem pensou em parar para prestar socorro.

- Obriga... – Maria Joaquina falou sem ver quem tinha a salvado, foi interrompida.

- VOCÊ TA LOUCA MARIA JOAQUINA! – ele falou a segurando forte pelos braços e a balançando, chovia muito forte no momento.

- Jaime?!

- É, só eu... Qual é a sua menina? O que você tava pensando?! – ele estava desesperado, pensava que a moça queria se suicidar. – Você quer morrer é?

- Me solta Jaime! Ta me machucando! – falou tentando se soltar. – E o que tem se eu quisesse morrer ninguém ia sentir minha falta mesmo, ninguém naquela escola gosta de mim! – falou em tom de desabafo, o todo mundo que ela falava era na verdade a pessoa que estava a sua frente.

- Como você tem coragem de falar uma coisa dessas? EU GOSTO DE VOCÊ! EU IA SENTIR SUA FALTA SE VOCÊ MORRESSE! – ele não conseguiu conter suas palavras e seus sentimentos.

- Jaime... – falou impressionada com olhos arregalados.

- Eu gosto de você, acho que sempre gostei, todos os dias te vendo convivendo com você, você sempre me xingando, me tratando mal, ofendendo minha família... Eu sei que você não gosta de mim e eu queria não gostar de você, mas essa droga de cabeça que eu tenho não me obedece, não paro de pensar em você a todo instante. – falou de forma desconexa, nesse instante ele passa a mão delicadamente na testa dela retirando o cabelo de sua face. – Você é tão bonita, tão educada e eu tão Grosso, tão...

- Tão bondoso, capaz de mover o mundo pra ajudar quem você ama... – ela disse o interrompendo, ela também passou sua mão na testa dele tirando o cabelo pra ver melhor seu rosto, de repente suas faces começaram a se aproximar, os olhos se fecharam, sentiram o hálito quente de um do outro, vagarosamente seus lábios foram selados, um beijo num misto de muitos sentimentos guardados, sentimentos cultivados desde muito tempo. No mundo exterior a chuva continuava a castigar e muito, porém no mundo particular deles não havia chuva, não havia nada, não havia nada e havia tudo, havia o infinito, um infinito tão intenso que chegava a ser indescritível, aquele beijo não durou mais que dois minutos no mundo real, mas qual é a importância do mundo real? Naquele momento nenhuma, naquele instante, aqueles dois minutos foram o infinito de dois jovens apaixonados.


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Notas finais do capítulo

Capítulo de muitíssimas coisas, de um suposto bandido que na verdade era cover de michael jackson, de um quase beijo de dois skatistas e de, finalmente, o primeiro beijo da história...
Até o próximo!