My Cure escrita por Lacrist


Capítulo 9
Capítulo 8 - A Jornada


Notas iniciais do capítulo

Oi divonas, tudo bem?
Me dêem os parabéeeeeeeeeens, fiz 19 anos no dia 14 de maio *o* ninguém diz que tenho 19 todos dizem que tenho 14 '-' KKKKKK'
Esse capítulo terá um simples flashkback de quando Elena tinha 9 aninhos, espero que curtam!
Tenham uma boa leitura!



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- NÃO! - Dei um berro agudo e estridente que com certeza poderia ser ouvido até no Alabama.

Isso não pode estar acontecendo!

Não, mil vezes não!

Eu me recuso a aceitar, me recuso!

- Elena, querida... é apenas temporário.

- EU JÁ DISSE QUE NÃO VOU! - Bati o pé no chão, pouco me importando com o que as pessoas iriam pensar daquela atitude.

- Me dêem licença por favor. - Papai pediu educadamente para os pais de Damon e Stefan - que assentiram imediatamente - antes de se levantar do sofá de minha casa e me puxar pelo braço, levando-me para a varanda, onde não poderiam ouvir a nossa conversa. 

- Eu não vou morar na mesma casa que o Damon! - Estrilei.

- Eu já lhe disse que é temporário! Não posso abandonar seu tio, estamos com muitos prejuízos depois que fomos assaltados e você sabe muito bem disso! - Aquilo só podia ser o início de um pesadelo.

- Não posso morar lá com vocês? - Mesmo já sabendo a resposta, resolvi perguntar. Eu precisava tentar tudo o que estivesse ao meu alcance.

- Mas é claro que não! Eu teria que te matricular num colégio novo e o ano está quase acabando. Quer ser reprovada? - Virei o rosto para o lado, fazendo um bico imenso.

- Não. - Respondi a contra-gosto.

- Então está decidido. Irá morar com o Sr. e a Sra. Salvatore. Eles já concordaram e Jeremy está muito empolgado com a notícia. - Virei os olhos, pouco me importando com o olhar reprovador que recebi de papai. Ele odiava quando eu fazia aquilo.

- Pois é, todos estão felizes, menos eu! - Bufei.

- Vá arrumar suas coisas. Quando vocês forem com eles eu voltarei para o hospital, preciso conversar com o médico. - Suspirei, passando as mãos pelo rosto cansado. Ainda era madrugada e nem eu e nem os pais de Damon - que estiveram com a gente desde o momento em que fomos para o hospital - dormimos. Devo admitir que eles (juntamente com seus filhos), estavam sendo muito legais em estar do nosso lado nesse momento tão difícil. Só o que eu não imaginava, era ter que ir morar com eles temporariamente. O plano inicial era eu e Jeremy ficarmos lá até o fim das aulas, se caso minha mãe não acordar antes disso.

- Me avise quando tiver notícias do quadro de minha mãe. - Pedi. Papai beijou minha testa demoradamente.

- Pode deixar. Se cuide filha. - Assenti, entrando em minha casa e subindo para o meu quarto para arrumar as malas.

Peguei duas malas imensas e abri meu closet, despejando praticamente todas as peças de roupa em cima de minha cama e colocando-as de qualquer jeito dentro da mala. Eu não queria ir morar com o Damon. Uma coisa é você saber que ele foi seu amigo outra coisa é você ir morar com os pais dele e seu irmão. Damon e eu só sabemos brigar. Pedir ajuda a ele foi a coisa mais idiota que eu já fiz em toda a minha vida. Se eu tivesse aceitado a sua ajuda antes, quando ele ainda queria me ajudar, tudo bem. Mas eu fiz tudo errado e agora, é tarde demais para nós. Digo, para nossa amizade.

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto sem que eu percebesse. Quando a primeira lágrima caiu, foi impossível impedir que as outras seguissem o mesmo curso que a primeira. Meu coração doía e minha energia parecia ter sido sugada. A única vontade que eu tinha naquele momento era a de morrer. Eu odiava a minha vida. Afinal, descobri recentemente que tudo o que eu vivo é semelhante a um filme de terror e que nenhum creme importado tem o poder de curar a minha mãe. 

Eu era um monstro e não havia nada dentro de mim que contestasse aquela afirmação. Por eu ser tão cruel e ruim com as pessoas ao meu redor que Damon e Jeremy se afastaram. E eu acabaria afastando minhas melhores amigas de mim também.

E aí, não sobraria mais nada para mim.

Fechei a primeira mala com raiva e joguei a outra no chão, deitando-me em minha cama e enterrando meu rosto no travesseiro. Comecei a gritar, meu coração parecia que ia explodir e meu peito queimava. 

Eu tinha medo. Medo de que minha mãe nunca mais abrisse os olhos. Eu tinha medo de acabar afastando todas as pessoas que eu amo de mim. Mais o maior medo que eu tinha naquele momento, era o de nunca descobrir quem eu sou de verdade. 

Quem está por trás da capa de "Eu sou melhor" que sustentei por todo esse tempo?

Era o que eu gostaria de descobrir.

Me levantei, terminando de arrumar minhas malas. Antes de sair do quarto, peguei uma foto do casamento de meus pais. Os dois se encontravam abraçados na foto e sorriam como nunca haviam sorrido antes. Dei um sorriso triste ao ver aquela foto e a guardei no bolso dianteiro de minha calça jeans.

Olhei em volta, observando cada detalhe do meu quarto. O closet vazio e alguns cabides pelo chão. Eu sentiria falta dali. 

Mas o que eu mais sentiria falta, era da minha felicidade. Pois aquela, havia evaporado há muito tempo. 
 

Flashback on:
 

12 anos atrás.

- Você me prometeu, Damon! - Acusei, estreitando os olhos na direção do malandrinho.

- Já disse para não levar a sério as minhas promessas, amendoim. - Ele riu, se levantando e caminhando em direção a sua casa. 

- Para de me chamar disso, garoto! - O segui e não me dando por satisfeita, comecei a bater em suas costas.

- Porque você está me batendo, garota? - Perguntou, enquanto se virava para segurar meus bracinhos finos.

- Você me prometeu que me levaria pra tomar sorvete! Você é um mentiroso, Damon! - Tentei lhe acertar um soco mas Damon continuou me segurando firmemente, chacoalhando-me para a frente e para trás. Em meio a tantos sacolejos, pude vislumbrar seus lindos olhos de perto.

Puxei meus braços bruscamente, entrando em minha casa com olhos cheinhos de lágrimas. Damon era mesmo um idiota mentiroso.

Fui para o meu quarto e deitei em minha cama, chorando um pouco. Passaram-se alguns minutos e eu ouvi alguém batendo na minha porta. Pensando que era a minha mãe, falei um baixinho "Pode entrar" e a pessoa que entrou em meu quarto era a última que eu queria ver na face da terra.

- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? - Fiquei de pé num salto, pronta para colocá-lo para fora do meu quarto a base da força.

- Êpa, calma ai, amendoim. Eu vim em paz! - Ele levantou os braços, mas só a menção do apelido que ele me dera fez com que a minha fúria só aumentasse.

- NÃO ME CHAME DE AMENDOIM, EU JÁ FALEI! - Damon se encolheu com o meu grito.

- Eu tenho algo para você. Está lá no jardim. - Vi Damon estender a mão em minha direção. Olhei para a mão dele e logo em seguida para seu rosto. Ele parecia sincero, só que eu não queria ceder facilmente então, fiz birra.

- EU NÃO QUERO! - Embiquei.

- Você vai gostar, eu prometo. Vem comigo. - Aqueles olhinhos lindos me fizeram ceder. Peguei em sua mão macia e meio sem entender, eu percebi que gostava da forma como elas se encaixavam perfeitamente uma na outra.

Andamos de mãos dadas até o jardim da minha casa e então, eu vi o moço que vendia sorvete parado na entrada da minha casa. Damon soltou minha mão para pegar dois sorvetes de sua mão e o pagou. Ele acenou divertido para nós antes de seguir seu rumo.

Damon parou em minha frente, dando-me um copinho repleto de sorvete de chocolate. Era o meu sabor preferido. O dele, era o de morango.

- Porque fez isso, Damon? Você me disse que não era para eu levar a sério as suas promessas... - Uni as sombrancelhas, tomando meu sorvete.

- É, mas eu só estava implicando com você. Sabe, é legal te ver irritada. - Ele riu.

- Então foi só por isso? - Perguntei, um pouco magoada.

- Não. Você é uma boa amiga e mesmo que a gente brigue a maior parte do tempo, eu gosto da sua companhia. Você sabe que eu não gosto de te ver chorando. Ainda mais por minha causa. Me desculpe. - Sorrimos abertamente um para o outro.

- Eu não te desculpo! - Molhei meu dedo com sorvete de chocolate e lambuzei sua bochecha. - Agora sim eu te desculpo! - Ele fez uma careta hilária quando viu sua bochecha lambuzada.

- Eu só não revido porque eu mereci. - Concordei, balançando a cabeça e me sentando no gramado.

- Mereceu mesmo. - Damon se sentou ao meu lado e ficou me olhando por um bom tempo e segurou uma das minhas mãos novamente. A maravilhosa sensação que se apossou do meu corpo quando isso aconteceu me deixou tão hipnotizada que eu ergui meus olhos e encontrei o rosto de Damon próximo do meu.

Pensei que ele fosse me beijar, mas ele apenas sorriu, se afastando um pouco e entrelaçando seus dedos com os meus.

Encostei minha cabeça em seu ombro enquanto podia ouvir o som suave de sua respiração me acalmando. 

Não sabia exatamente o que estava acontecendo comigo. Só sabia que aquelas sensações faziam meu coração bater mais forte dentro do meu peito.

Flash Back Off.

Rolei uns 4 degraus da escada ao final daquela lembrança. As malas caíram das minhas mãos e ouvi os gritos de todos naquela sala quando viram o meu tombo. Para o meu desespero, quem veio ao meu amparo foi o Damon, que me segurou e passou a mão pela minha bochecha. Senti uma ardência naquela região e percebi tarde demais que ali sangrava.

Ficamos nos olhando por uns bons minutos antes que vozes aflitas quebrassem aquela estranha conexão.

- Elena, você está bem? - Stefan perguntou.

- Aham, foi só uma tonteira. - Damon me soltou e meu pai pegou minhas malas, colocando-a dentro do carro dos pais do Damon.

Me despedi do meu pai com um abraço e entrei no carro, vendo que Jeremy fazia o mesmo. Sentei-me espremida entre Stefan, Damon e Jeremy. No banco da frente ao lado do motorista, a Sra. Salvatore se encontrava.

Um silêncio estranho pairava no ar e ninguém ousou quebrá-lo.

Seguimos em silêncio para o meu novo lar temporário, ainda refletindo na lembrança que eu tive. O braço de Damon roçava no meu e seu cheiro estava impregnado em minha bata branca, já que no chão frio do hospital ele ficou abraçado comigo.

Chegamos até a casa de Damon. Fazia um bom tempo que eu não ia ali. A casa em que eles moravam era bem grande, mesmo que a sua família não fosse tão rica. A minha também não era, já que meus pais se separaram e... bom, agora ela está em coma.

Lembrar disso fez meus olhos arderem. 

Saí do carro, pegando minhas duas malas pesadas. A única coisa material que eu carregava dentro delas além das minhas roupas era um ursinho de pelúcia que eu havia ganho de natal da minha mãe. E claro, a fotografia dos meus pais que se encontrava em meu bolso.

- Sejam bem-vindos a nossa casa! - A mãe de Damon era gentil demais. Dei um sorriso fraco em sua direção. Eu que não ia maltratá-la ou fazer pouco caso de sua hospitalidade. 

Ela me abraçou de lado, pegando uma das minhas malas enquanto Damon ajudava Jeremy com as suas. Stefan já havia entrado em casa na companhia de um apressado Sr. Salvatore que iria correndo para o trabalho, alegando estar atrasado.

Entrei na casa e peguei a minha mala das mãos da Sra. Salvatore. Não queria que ela se preocupasse comigo daquele jeito. Eu não merecia. Dei apenas um sorriso que dizia: "Não se preocupe, eu me viro." Ela assentiu.

- Vou mostrar para vocês os quartos que irão ficar. - Ela disse, enquanto eu, Jeremy, Damon e Stefan a seguíamos, subindo as escadas de madeira da casa. Graças a Deus eu não iria ter que dividir o quarto com o Jeremy.

Passamos por um corredor e na terceira porta, ela parou, dizendo que aquele seria o meu quarto. Eu abri a porta do mesmo enquanto os outros seguiam para ver o novo quarto de Jeremy. 

O quarto era bonito, não tão grande quanto o meu mas ainda sim, era bem arejado e aconchegante. Uma cama de casal forrada com lençóis de seda repousava bem no meio do quarto e alguns móveis apenas deixavam o quarto mais bonito.

Coloquei minhas malas em cima da cama, olhando tudo a minha volta. Eu ainda me sentia mal. Na verdade, eu não sabia bem o que sentir. Era estranho saber que agora eu teria que morar ali e conviver com o Damon tendo que lidar com tantas lembranças vindo a tona a todo o momento.

Deitei em minha cama temporária e voltei a chorar. Eu sabia que aquela não seria a primeira vez que eu faria aquilo ali. 

(...)

- Você está se maltratando, Elena! - Caroline me bronqueou, na hora da saída.

- É verdade, amiga. Se você não se alimentar, você vai passar mal. - Disse Bonnie, colocando a mão no ombro de Anna. As duas havaim feito as pazes. Bonnie agora percebera que era boa demais pra ficar sofrendo pelo meu irmão e apoiava o relacionamento que Anna e Jeremy estavam começando a ter. Ela estava o apoiando bastante e sempre que podia, Anna ia visitar minha mãe no hospital acompanhada do meu irmão.

- Eu não sinto fome, meninas. Na verdade, eu não sinto nada. Queria fechar os olhos e morrer. - Falei, saindo da escola.

- Pare com isso! Por favor, Elena não diga uma coisa dessas. - Pediu-me Anna.

- Não se preocupem comigo meninas, isso passa. Eu espero. A gente se vê amanhã! - Acenei para elas, que continuaram me olhando com uma preocupação evidente.

Havia se passado uma semana desde que eu fora morar na casa do Damon. Nós nem temos nos falado e mesmo assim, todos os dias, eu tenho novas lembranças. Algumas são bobas demais e outras, são brigas nossas de quando éramos menores. Todas vindo até mim como peças de um quebra-cabeça. Ainda não falei sobre isso com minhas amigas, mas estou pensando em contar para elas o que vem acontecendo comigo.

Na hora da saída do colégio, Damon vai sempre embora com Jeremy e Stefan sempre está na companhia de Tyler enquanto a mim, sempre conto comigo como companhia. Não tenho me alimentado e na verdade, nem sinto fome. As vezes finjo que como para os pais do Damon não desconfiarem de nada, mas como eles são tão ocupados quanto meus pais eram na época em que estavam juntos, não tem tempo de prestar atenção em mim.

Subi as escadas da minha nova casa, percebendo que nem Damon e nem Stefan haviam chegado ainda. Me tranquei no quarto e fiquei olhando para o teto por um bom tempo. Ouvi o barulho da maçaneta no andar de baixo e percebi que os irmãos Salvatore já haviam chegado. 

Depois de um bom tempo, saí de casa sem que ninguém percebesse e fui para o hospital. Meu pai havia me proibido de ficar indo lá toda a hora, mas eu não podia evitar. Pelo menos ali, eu ainda podia ter algum tipo de contato com ela.

Adentrei o quarto em que minha mãe estava, sentando-me na beirada de sua maca. Haviam muitos fios espalhados pelo seu rosto e peito além de um monte de aparelhos que eu sabia que eram a única coisa que a faziam ficar viva e respirando.

- Sabe mãe... eu tenho lembrado de muitas coisas que eu vivi com o Damon na infância e que por um motivo muito estranho eu acabei esquecendo. Não entendo porque eu me esqueci de tudo e porque só agora eu estou lembrando, mas eu tenho me sentido cada vez mais estranha em relação a ele. Lembra que você vivia me dizendo que eu ainda iria me apaixonar por ele? Eu odiava quando você falava aquilo, mas eu acho que aquela Elena inocente do passado sentia alguma coisa por aquele garotinho. - Peguei em sua mão, apertando-a entre os meus dedos. - Mas o que essa Elena sente? Eu realmente não sei. - Suspirei, sentindo as lágrimas caírem ao olhar para o rosto de minha mãe. - Estou tentando descobrir quem eu sou de verdade. Eu sei que eu não sou só essa garota mimada e superficial e que sou muito mais do que isso. Mas... o que? Tenho tanto medo de não descobrir... - Solucei alto algumas vezes, abaixando minha cabeça, sentindo meu peito latejar. - Mãe, eu sinto a sua falta. Você é a única pessoa que me entende. Eu não sou nada sem você, mãe, nada! Você precisa acordar, precisa voltar para o meu pai, ele ainda te ama. Por favor mãe... abra seus lindos olhos, eu preciso vê-los de novo. - Continuei chorando, sem obter alguma resposta. Sua mão ainda estava mole e seus olhos, permaneciam fechados. 

- Elena, vamos embora. - Damon me cutucou e eu o obedeci. Abracei minha mãe antes de sair do quarto dela. Continuei seguindo Damon até saírmos do hospital. Ele retirou um molho de chaves do seu bolso e parou em frente a um carro preto bem bonito. Fiquei boquiaberta por alguns minutos, pois eu sabia que aquele carro era dele.

Assim que entrei em seu carro, olhei estarrecida para Damon.

- Esse carro é mesmo seu? - Perguntei.

- Não, eu o roubei! - Ironizou. - É claro que esse carro é meu! Eu comprei com o meu dinheiro. Perceba que ele não é nenhum Fusca de 1864. - Automaticamente, eu me lembrei de uma das nossas discussões em que eu fiz pouco caso quando ele disse que iria comprar um carro com seu próprio dinheiro.

- Hum... fico feliz que tenha conseguido comprar seu carro. - Falei, depois que Damon colocou o carro em movimento.

- Fico feliz que tenha parado de destilar veneno. - Olhei para ele com incredulidade.

- Quem está fazendo isso agora é você. - Retruquei.

- O feitiço está virando contra a feiticeira. - Sorriu, cheio de sarcasmo.

- Eu não quero discutir com você, Damon. Sei que eu já te fiz muito mal e que você deve me odiar mas por favor, eu agradeceria se você parasse de me provocar. Estou vivendo um momento muito difícil e a última coisa que eu quero é ficar discutindo com você. - Ele deu uma risada cruel.

- Nós não precisamos nem nos falar se você parar de ficar dando uma de coitadinha e de sair de casa sem avisar as pessoas onde vai. - Abri a boca indignada com a frase que saíra de sua boca.

- Eu não estou dando uma de coitadinha! Como ousa me dizer isso? Meu sofrimento é real, pare de desdenhar dos meus sentimentos! - Gritei, sentindo algumas lágrimas saírem dos meus olhos.

- Me desculpe. - Ele parou o carro na garagem de sua casa e eu abri a porta do mesmo, saindo abruptamente. - Elena, espera.

- Me deixa em paz, por favor. - Ele me alcançou, me virando de frente para si. - Eu queria voltar a infância, quando depois de uma briga, nos reconciliávamos tomando sorvete. - Confessei, vendo-o me olhar abismado.

- Espera aí... você se lembra disso? - Droga, eu tinha falado demais.

- Eu... não... - Tentei consertar minha frase mas já era tarde para isso.

- Você se lembra disso, Elena? 

- Eu me lembro. Mas faz muito tempo então, esquece. - Saí correndo, deixando um Damon confuso para trás. Entrei em meu quarto, tentando entender o porquê do meu coração ter acelerado tanto com um simples toque de Damon em meus braços.

Encostei meu corpo na parede e fui deslizando, tentando organizar todos os meus pensamentos, que pareciam todos embaralhados.

Agora mais do que nunca eu estava decidida a descobrir quem eu sou de verdade. Decidida a descobrir o mistério que ronda meu passado com o Damon e principalmente, tentar entender o que o Damon foi/é para mim.

Mas, antes disso, eu tenho que mudar. Mudar para melhor e enterrar o monstro preconceituoso que eu fui um dia. 

Eu tenho certeza de que essa jornada eu terei que fazer sozinha.

Completamente sozinha.


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Notas finais do capítulo

Hmmm não sei se gosto ou não desse capítulo ainda estou em dúvida! Espero que vocês tenham gostado, de coração...
Agora a Elena vai começar a mudar. Nesse capítulo, ela já teve uma pequena mudança mas claro que ela terá as suas recaídas... uma menina mimada não muda assim de uma hora pra outra mas ela irá se esforçar!
O capítulo do passeio será no próximo ou não, ainda estou me decidindo. As Delenas vão amar esse capítulo haha!
Bonnie e Anna já se reconciliaram e Elena teve outro flashback!
Damon está arredio mas percebam que ele não consegue vê-la chorando. owwn.
Comentem pra mim meninas? Recomendem a fic, me dêem esse presente de aniversário HSAUHSUAHSA Tenham uma boa tarde quase noite e fiquem com Deus!