Rusty System Of Love escrita por Maniac


Capítulo 13
Capítulo 13.


Notas iniciais do capítulo

Não falei que não demoraria no próximo? ♥ Então, aqui estou eu com mais um capítulo, e vou dizer, por mais estranho que pareça, gostei de escrevê-lo. Natsu, seu vagabundo desgraçado. )))))))= /apanhadaney/
Enfim. Eh, eu queria dizer pra vocês que deixassem um review, acima de tudo. Porque essa fanfic tem 96 leitores.
96.
Fucking.
Leitores.
E a maioria é fantasma. Então, esse capítulo é dedicado para aqueles que comentam, seus lindos ♥♥♥♥♥
Se bem que o capítulo tem uma atmosfera depressiva... E eu estou o dedicando pra vocês...
Er, eu não odeio vocês. Eu amo. Mas... Ah. Bem, vou deixar de falar, rere. Espero que gostem e boa leitura! :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/327380/chapter/13

Os passos que dava pelo corredor eram vagarosos. Quem a visse daquele jeito pensaria que ela estava pensando em algo calmo e que muito provavelmente estaria a perturbando de alguma forma.

Sim, era de certo que isso era algo que estava a perturbando de "alguma forma", mas, de forma alguma, que isso poderia ser calmo. Poderia ser qualquer coisa, realmente, menos calmo.

Mas, incrivelmente, ela não sentia vontade de chorar. Na verdade, era ao contrário. Sentia vontade de rir de si mesma, por culpa de sua idiotice, de todas as bobagens que ela pensou ao achar que algum dia, poderia arrumar-se enfim com alguém que amava.

Estava errada, mais uma vez. E, justo ela, que sempre tinha se censurado e pensado que aquilo acabaria muito provavelmente, em algo que fosse prejudicá-la do pior jeito possível. Mas não, o seu estúpido coração, achando que já estava livre de qualquer tipo de dor, insistiu nisso. E seu cérebro, como um idiota, concordou, ainda que parte sua concordasse consigo mesmo, com suas deduções anteriores.

E no final, isso tudo que havia deduzido, estava certo. Agora, sentia vontade de xingar seu coração até que sua garganta secasse e ela não pudesse mais falar nada. Quem sabe assim, poderia aliviar-se?

A expressão calma e quase que sem passar nenhum tipo de sentimento ─ o que, então, não podia ser chamado de "expressão", então? ─ surpreendia algumas pessoas que a viam. Certo, certo, era realmente viável que alguma vez ela não usasse aquele tipo de expressão de alguém que se libertava mais, aquela que usava quando estava com Natsu. Sim, de certo que isso aconteceria alguma vez, mas não esperavam que seria tão cedo.

Entrou na sala, e Erza levou o olhar para ela, mas no exato instante, percebeu que a sua suposta "conversa" com o rosado, não deveria ter resultado em nada.

A ruiva sentou-se na cadeira á frente da de Lucy; a de Natsu.

Virou o corpo para trás, olhando para a loira que mantinha os olhos ─ sem brilho ─ fixos no caderno, como se preferissem observar qualquer ponto aleatório do que fitar algum rosto.

 — Lucy... Algo aconteceu? — perguntou, com uma face preocupada. Não gostou nada de vê-la daquela maneira, e já suspeitava do que havia acontecido. De qualquer maneira, já tinha a completa certeza de que tratava-se do idiota rosado. ─ Ele rejeitou você, ou...? ─ questionou mais uma vez.

Esperou que, de alguma forma, fosse ignorada pela loira. De alguma forma, ela pensou? Seria ignorada sem dúvidas, mas toda a sua certeza foi descartada quando ela viu o aceno de cabeça da loira. Um sim.

A ruiva comprimiu os lábios.

— ...Mentirosa. — disse, levantando o olhar mais uma vez. Os olhos da loira estavam brilhando, mas, isso não era algo que pudesse se alegrar, pois sabia bem o que viria depois daquilo. Aquilo não era bem o brilho comum que havia os olhos dela, quando estava com Natsu. Era um brilho diferente. Aquele tipo de brilho que vêm quando alguém está prestes á chorar. — Se não quiser dizer agora, eu entendo. Mas saiba que eu vou estar aqui... — continuou, com sua face calma, que foi substituída logo após por uma mais amedrontadora. — Mas você vai me contar. Por mais que não queira.

Lucy expôs um pequeno sorriso nos lábios, enquanto limpava o canto dos olhos.

— É... Eu sei bem. — riu, o nariz vermelho. Prendia a vontade de chorar, afinal, ela preferia rir da própria desgraça do que chorar mais uma vez. — Bom, agora vá fazer o seu trabalho. Aqueles garotos estão mais uma vez lendo revista pornô, é realmente horrível...

Erza levantou da cadeira quase que automaticamente, virando-se vagarosamente, e fitando os garotos, que por sua vez, sentiram a barriga remexer, os pensamentos travarem, o rosto ficar roxo, e uma aura negra com a forma de uma mão estrangular cada um lentamente. É, por mais que eles fossem punidos, nunca aprenderiam.

— Quando é que vocês vão aprender á não trazer esse tipo de revista pra escola...? — ela murmurou, do jeito mais ameaçador possível.

A loira respirou fundo, fazendo a melhor expressão de calma que conseguia botar em seu rosto. Colocou um pequeno sorriso no rosto, e, pronto, conseguiu então, confirmar á si mesma que estava tudo bem. Afinal, o que era uma "rejeição" ─ pois afinal, aquilo não podia ter sido considerado sequer uma traição ─, pra quem havia sofrido uma anteriormente? Pff, por favor, ela não agiria de modo tão fraco assim.

Pegou a caneta e pôs-se á fazer qualquer exercício que havia deixado pendente no caderno.

Depois de resolver algumas três questões, o rosado entrou na sala, e ela conseguiu conter a palpitação forte do coração.

Ele sentou-se e virou o corpo para ela, com um grande sorriso.

— Hey, Luce. — abriu ainda mais o sorriso. — Queria te levar num lugar. Pode ir comigo?

A loira levantou o olhar para ele, e decidiu agir o mais normal possível.

— Francamente, Natsu, o que você quer? Ao invés de me atazanar, por que não vai resolver seus exercícios pendentes? — perguntou, revirando os olhos. E surpreendeu-se consigo mesma, era uma boa atriz, honestamente. Bastava Natsu acreditar em sua atuação.

— Como se eu tivesse paciência pra isso. Vamos logo. — respondeu ele, pegando-a pelo braço. Bem, de certa forma, ela ficou feliz ─ seria essa a definição? ─ pelo fato de ele sequer ter desconfiado. Mas, sentiu uma sensação estranha quando ele pegou-a pelo braço. Algo bom não resultaria dali, o que quer que ele fosse fazer.

Ela cada vez mais ia arqueando a sobrancelha com as direções que ele ia tomando, até perceber que ele levaria a mesma para o telhado. Aquele lugar... Tinha que ser aquele lugar, realmente?

Assim que ambos já estavam lá, ela respirou fundo.

— Natsu, que idiotice você fez? Ou melhor, o que você vai fazer? — perguntou, com as mãos na cintura. Sinceramente, ela estava agindo de jeito mais normal do que pensou que agiria.

Natsu não respondeu, ainda de costas para ela. Não conseguia ver o que ele estava fazendo, ou que expressão estava em seu rosto. Ela apenas pôde ver quando ele virou-se com uma expressão decidida.

— Luce. Você quer ser minha namorada?

E de repente, tudo parou.

O resto estava preto e branco, apenas ela colorida.

Que se dane o resto, pensou. Iria fazer-se de desentendida, como se não tivesse visto nada? Tiraria isso á limpo? O que faria?

Estava em dúvida consigo mesma. Á meia hora atrás, estava contando com que isso acontecesse, contando mesmo. Estava esperando que ele fizesse esse pedido fazia um mês, ou melhor, desde que havia se dado conta de que gostava dele. E agora, ele vinha e fazia o pedido. Mas parecia que, ela já não tinha os mesmos pensamentos que tinha, antes de ter visto aquela cena. Seria diferente se ela não tivesse tido a coragem de ir procurá-lo. Ela simplesmente aceitaria sem saber que ele havia beijado outra garota?

Honestamente, agora, ela já não sabia como agir.

A loira abriu um sorriso sincero no rosto, colocando os braços para trás das costas.

— Desculpe, Natsu. Esse mês que se passou me deu meio que um tempo pra pensar. E... Eu estou gostando de outra pessoa. — ela colocou os braços para trás das costas. — Sinto muito. Eu não sabia que seria desse jeito. Por favor... Esqueça aquilo. — colocou uma mecha de cabelo para trás da orelha sem jeito. Não ousou olhar para o rosto de Natsu, não queria decepcionar-se com ele e consigo mesma, de certa forma.

E foi desse jeito que a loira desceu as escadas do telhado, deixando para trás, um rosado agora, o qual não tinha conhecimento sobre.

Estaria ele feliz? Por apenas ter feito aquilo por obrigação, e sentindo-se livre agora?

Provavelmente.

Mas, sinceramente... Agora já não importava.

Não mais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não, eu não vou desconsiderar o que aconteceu ali encima, sobre ter gostado de escrever o cap. Porque em todas as fics que eu leio, o Natsu pisa na bola, e depois, ou a Lucy perdoa ele de braços abertos, ou ela esfrega tudo o que viu ─ o motivo o qual ela vai o rejeitar, no caso ─ na cara dele. E eu não achei que ficaria legal, então preferi assim. Mesmo que eu ainda sinta pena dele.
Não vou dizer o que aconteceu de verdade entre ele e a Lisanna, porque prefiro um suspense u_u Esperem pra ver~
Espero que tenham gostado, desculpem quaisquer tipos de erros.
Beijinhos, golfinhos, e até o capítulo 14. ♥