Há Um Deus Chamado Enel escrita por Victor Souza


Capítulo 3
Capítulo 3 - Há um Deus que me salvará


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulozinho da minha primeira fic de One Piece, espero que curtam a historia que está para chegar ao fim :c afinal a ideia não era em momento algum uma long fic. bjs.



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“Haja ou não deuses, deles somos servos”

Fernando Pessoa

Quando cheguei a casa encontrei algo fora do comum, havia alguns homens do exercito de Deus do lado de fora de casa e um grande pássaro pousado no quintal. Não acredito que Purana estava na minha casa outra vez, mas era estranho ele ter trazido tantos soldados. Passei por eles cumprimentando, mas nenhum deles falou nada, me olhavam de um jeito estranho, como se alguém tivesse morrido, chegou a me dar arrepios. Entrei na casa e encontrei meu pai tomando chá com um homem, um dos shinkans de Deus.

– Olá papai, o que está havendo? Bom dia senhor. – Disse observando o homem que estava assentado junto ao meu pai, mas, onde estava Purana?

– Olá Senhorita Shanti. Deixe eu me apresentar, meu nome é Shura, um dos shinkans de Deus e estou aqui trazendo uma mensagem dele. – Shura era um homem alto e forte que trajava uma roupa de aviador, tinha um bigode um tanto quanto exótico, carregava uma lança nas costas e tinha asas grandes nas costas.

– E o que seria? – Olhei para o meu pai que segurava uma xícara tremulo como quem acabara de matar alguém por acidente.

– Eu, Shura, por ordem do grande Deus Purana vim aqui para convocar você Shanti para servir ao templo de Deus sobre ordem e poder das palavras divino sendo este pedido irrevogável. - Dizendo isso ele deu um pequeno sorriso de canto de boca como quem esperava o próximo ato.

– Eu... Eu não... – Eu queria simplesmente recusar e sair dali, mas de que adiantaria, era uma ordem de Deus, não se podiam recusar, eles iriam atrás de mim de qualquer jeito. – Eu não vou demorar muito, só tenho que escrever um recado pro meu namorado, já volto. – Dizendo isso subi as escadas para o meu quarto.

Peguei uma folha em uma gaveta e iniciei um pequeno recado “Fui convocada por Purana para servir ao templo, ele mandou um dos shinkans então tive que ir, vou sentir saudades, mas vou fazer de tudo para voltar logo, eu sei que ele só tá fazendo isso para que eu me apaixone por ele, mas saiba que não vai rolar porque eu te amo, com amor, Shanti.” Não sabia exatamente o que escrever, mas acho que era o suficiente, coloquei o bilhete na janela, sabia que ele veria quando voltasse.

Coloquei algumas coisas em uma bolsa, pequei minha raposinha nos braços e desci, dei um longo abraço no meu pai que ainda tremia sem explicações e depois sai seguindo o shinkan até uma ave grande que estava pousada no jardim, ele me pegou no colo sem avisos o que me fez corar, ele deu um sorrisinho e subiu na ave que abriu voo rumo ao templo de Deus na nuvem acima da cidade sendo seguido pelos soldados que usavam Milk dials para produzir caminhos de nuvens e deslizar por eles.

Caso você nunca tenha visto, um dial era um objeto que tinha habilidades especiais, alguns viajantes do mar abaixo os davam o nome de conchas, acho que devia ser algo semelhante que possa ser encontrado lá. Cada dial possui uma utilidade, alguns podem gravar sons, outros produzir calor e os Milk dials podiam produzir nuvens temporárias.

Nós chegamos ao templo, era cercado por um muro de tijolinhos cinza e possuía alguns emblemas espalhados por sua extensão. Entramos por um grande portão de madeira amarelo e vi o interior uma construção grande, toda de madeira, alguns membros do exercito pararam de conversar sob a sombra de uma árvore quando me viram entrar. Havia algumas garotas mais ou menos da minha idade do outro lado do templo varrendo enquanto cantarolavam uma canção.

– Então a bela dama enfim chegou. – Disse Purana saindo da porta central da construção com um grande sorriso vinha de braços abertos na minha direção. – Foi bem rápido, eu achei eu seu namorado causaria mais problemas.

– Ele não está em Bilka. – Disse com raiva, sabia que eu só tinha sido convocada porque Purana me queria longe de Enel. – Você acha mesmo que seu plano vai dar certo? Eu estando perto ou longe não mudará nada.

– Isso é o que veremos. – Ele disse com um grande sorriso no rosto. – Shura apresente a ela o trabalho no templo. – Dizendo isso ele se abaixou para me dar um beijo no rosto, mas eu sai antes.

E esse foi o inicio de um longo castigo. Não havia muito trabalho no templo, era como ser dona de casa, mas em uma casa muito maior e fazendo comida pra muito mais gente. Porem a pior parte era escapar dos assédios dos membros do exercito de Deus, eles tentavam passar a mão nas meninas que trabalhavam ali e algumas vezes tentavam agarra-las. Bem, comigo eles não conseguiram nada nesses três dias que estou aqui.

Por falar nisso, já tem três dias que eu estou aqui e me pergunto: como Enel está? Eu não posso ter nenhum contato com as pessoas fora do templo, não recebi nenhum recado, nenhuma carta, nada. Queria saber simplesmente como está o humor dele, ele simplesmente odeia Purana e depois disso então. Eu pensei em fugir do templo para ver ele um dia, mas não teria como Purana saberia usando mantra.

Talvez eu ainda não tenha falado sobre Mantra, mas é uma habilidade especial do povo do céu que somente alguns possuem, dentre eles estão Purana e os shinkans, tal como meu pai. Com o Mantra é possível prever o próximo passo do adversário em uma luta ou vigiar o que as pessoas estão fazendo ou quem está ao seu redor. Dizem que o Mantra de Purana lhe permite ouvir todo o templo de Deus e um pequeno pedaço que está sob a nuvem do templo.

Já era noite do meu quarto dia, eu estava cansada e caminhava rumo ao meu dormitório. Os corredores de madeira estavam mal iluminados e eram clareados pela luz de alguns trovões volta e meia, uma chuva terrível caia lá fora, os relâmpagos dançavam no céu. Eu parei em uma janela para observar o céu lá fora, dei um longo suspiro enquanto colocava o cabelo atrás da orelha.

– Hoje seria meu aniversario de dois anos de namoro com Enel, me pergunto o que ele está fazendo. – pensei em voz alta.

– Provavelmente chorando a perda de uma dama tão Lina como você, death. – uma voz roupa respondeu atrás de mim.

Me virei divagar e ali estava, um dos shinkans parado me observando. Ele era alto, teria uns 30 anos e tinha o corpo extremamente malhado. Usava uma calça preta e uma camisa azul sem mangas o que permitia ver seus braços grandes e tatuados. Seus cabelos loiros estavam penteados para trás e seus olhos de gato me olhavam como se eu fosse a próxima presa, e provavelmente seria se não saísse dali logo.

– Ah, me desculpe, já está tarde eu vou voltar para o meu quarto, com licença. – Dizendo isso me retirei o mais rápido possível quando senti uma mão grande agarrando meu braço.

– Porque tanta pressa, agente ainda nem se conheceu melhor, death. – Ele disse no meu ouvido puxando meu corpo para perto e passando uma das mãos pelas minhas costas alisando-as e descendo a mão gradualmente, nesse momento ouvi o barulho de relâmpago tão forte que parecia ter caído em cima do próprio templo. – Venha, vamos para o meu quarto, que eu vou te mostrar todo o poder de Cariot, o mais forte shinkan de Deus, death.

Eu tentei me soltar, mas ele era forte de mais, suas mãos pesadas seguraram meu rosto enquanto ele aproximou os lábios para me beijar. Eu tentei ar um tapa no seu rosto, mas fui jogada contra a parede imediatamente. Ele me segurou outra vez com um sorriso maléfico no rosto e começou a beijar meu rosto enquanto sua mão percorria meu corpo. Era terrível eu tinha que fugir dali.

– Não precisa ficar com medo, eu sei que você vai gostar, todas gostaram, death. – Ele disse mais uma vez no meu ouvido com aquela voz rouca carregada de luxuria quando eu ouvi outro raio forte. – Se você resistir demais eu terei que te jogar para os soldados e eles serão cruéis com você, death.

– Posso saber o que está acontecendo? – A voz de Purana surgiu de algum lugar do corredor, Cariot se afastou de mim, eu não estava meio tonta, vi a silhueta de Purana se aproximando, ele parecia zangado.

Cariot com uma cara de susto se acolheu a parede contraria fazendo uma reverencia enquanto Purana me pegou pelo braço e começou a me levar pelo corredor.

– Me desculpe Purana-sama, death. – Cariot disse ainda em pose de reverencia.

– Amanhã conversaremos sobre seu castigo Cariot. – Purana disse caminhando pelo corredor escuro.

Ele abriu a porta de um dos quartos e entrou comigo ainda presa em seus braços, eu estava atordoada, assustada e surpresa, achei que havia me safado, mas me enganei Purana começou a fazer o mesmo, ele me agarrou e me beijou.

– Acho melhor eu te ter logo antes que alguém faça antes de mim. – Ele disse em um curto espaço entre um beijo e outro.

Ele começou a passar a mão pelas minhas costas até alcançar minha bunda quando um raio muito forte pode ser ouvido. Purana deu um salto para trás parecendo assustado ou algo do tipo.

– Parece que temos visita. – Ele disse consigo mesmo, provavelmente sentiu a presença de alguém usando o mantra. – E já passou pelos quatro shinkans abaixo, deve ser alguém forte, veremos o que ele pode fazer.

Purana saiu do quarto e deu um único grito e alguns segundos depois Cariot estava ali.

– Cuide de Shanti e não faça nenhuma gracinha. Parece que temos um engraçadinho subindo ao templo de Deus e eu esmo vou dar as boas-vindas a ele. – Purana disse se retirando.

– Parece que só sobramos nós mais uma vez... – Cariot disse me olhando ainda mais assustador. –... Mas, vamos deixar para resolver nossos assuntos mais tarde quando Purana não estiver por perto, death.

Eu e Cariot começamos a caminhar rumo a um lugar seguro quando passamos por uma janela que me deu uma vista externa surpreendendo. Eu vi Purana do lado de fora, parecia fazer um discurso antes de lutar com o invasor, desviei meu olhar um pouco, mas a diante e pasmei, era Enel.

Enel era o invasor, ele havia vindo me buscar, estava enfrentando Purana por mim. Uma lagrima de felicidade escorreu no meu rosto quando me veio o pensamento: “ele está enfrentando Deus por mim” ele iria ser morto, ninguém poderia ir contra Deus, se ele foi escolhido como Deus é porque ele é o homem mais forte da vila.

Comecei a correr pelo corredor em busca de uma saída, tinha que impedi-lo, uma anca de raios se iniciou no exterior, mas não tinha tempo para me preocupar com o tempo agora, olhei para trás e Cariot apenas sorria parado, parecia não ligar se eu fugisse ou não. Vi uma pequena saída e dei um longo grito.

– ENEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEL NÃO FAÇA ISSO!!! – Foi só o que consegui falar antes de perceber que a fonte de toda a iluminação dos relâmpagos que estavam acontecendo era ele.

“Os raios caem sobre os montes mais elevados, e onde encontram mais resistência é onde provocam o maior dano.”

Miguel de Cervantes


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Notas finais do capítulo

Um capitulo bem curto, não descrevi batalhas ou algo do tipo por que a ideia era soar mais como um josei ou shoujo do que um shounen, espero que tenham gostado, até o próximo.

Deixe um comentário dizendo o que achou.

Caso deseje eu posso fazer um capitulo extra com lutas.

xoxo